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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA

Relatório Física Experimental I

Experimento 12: Termodinâmica – Termômetro a gás a temperatura constante

Professor: Wilton Pereira da Silva


Aluno: Erick Cândido Sousa
Turma: 01
Matrícula: 120110361
Data de realização do experimento: 08/10/2021

Campina Grande - PB
2021
1.1 Objetivo
O objetivo desse relatório é estudar o comportamento da pressão exercida pelo
ar em função da sua temperatura, a volume constante. Os métodos seguidos, o passo a
passo do experimento e os resultados obtidos nesse experimento serão expostos nesse
relatório. Com os resultados em mãos, buscaremos determinar a temperatura do zero
absoluto, em graus celsius.

1.2 Introdução
Dividiremos o experimento em duas partes, onde a primeira será chamada de
Parte A. Nessa parte será detalhado os procedimentos realizados no experimento. Cada
procedimento será detalhado na seção 2. Logo após essa parte, teremos a seção de
tratamento de dados. Nela será efetuado os cálculos e operações. Em seguida
concluiremos com relação aos resultados.

1.3 Materiais utilizados


• Fogareiro.
• Kitassato.
• Becker.
• Termômetro.
• Manômetro de mercúrio.
• Suportes.
• Funil.
• Mangueiras.
• Válvula.
Devido o ambiente pandêmico, os materiais físicos não foram utilizados. Mesmo
assim, foi possível realizar o experimento por meio das ferramentas virtuais fornecidas
pelo Professor Wilton Pereira da Silva.

1.4 Montagem original

Imagem 1
2. Procedimentos e análises
2.1 Parte A
Primeiramente, a válvula no meio do tubo do lado direito do manômetro é mantida
aberta. Além disso, mantemos o reservatório de mercúrio na parte baixa da haste, para
somente assim zerarmos o manômetro, ou seja, os dois meniscos de mercúrio/ar devem
estar no mesmo nível da escala, ou seja, na parte baixa da haste.
Logo após, enchemos o becker com água para colocarmos o mesmo no fogareiro.
Em seguida, mergulhamos o kitassato selado, contendo ar, na água do becker, e assim,
fechamos a válvula.
Todos os métodos acima são feitos para que possamos colocar o kitassato em
“banho-maria”. O processo está representado pela imagem 2.

Imagem 2
Com o aquecimento, o menisco de mercúrio/ar do ramo direito do manômetro
começa a descer lentamente, e dessa forma subimos o reservatório de mercúrio (funil),
obrigando o menisco a voltar para a sua posição original, mantendo o volume de ar
confinado com valor constante. O processo está representado na imagem 3.

Imagem 3
Quando o termômetro do kitassato estiver marcando aproximadamente 32 0C,
mediremos a temperatura Tc e a pressão manométrica ∆h. Quando é medida a temperatura
Tc, a pressão manométrica deve ser medida no mesmo instante. Além disso, iremos
repetir as medições para cada 5 ºC aumentado no kitassato. Todas medições foram
realizadas pelo próprio professor e estão representadas na tabela I.
Tabela I
1 2 3 4 5 6
∆h (cmHg) 2,1 3,5 5,1 5,6 6,5 8,2
Tc (ºC) 32,0 37,0 43,0 46,0 49,0 57,0

2.2 Tratamento de dados


Nesse experimento podemos considerar o ar como ideal. Além disso temos o
volume constante. Dessa forma, temos que:
𝑷𝑽=𝒏𝑹𝑻
𝑛𝑅
𝑃 = 𝑇 (𝑬𝒙𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝑰)
𝑉
𝒏𝑹
𝑷 = 𝒂 𝑻, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝒂 = é 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑒 𝑻 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎.
𝑽
Como achamos a temperatura em celsius, temos a seguinte conversão: 𝑻 = 𝑻𝑪 +
𝒃. Logo:
𝑷 = 𝒂 (𝑻𝒄 + 𝒃), 𝑜𝑢 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎:
𝑷 = 𝒂 𝑻𝒄 + 𝒄, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝒄 = 𝒂 𝒃
Lembrando que P = Po + ∆h, onde Po = 71,5 cmHg e ∆h foi previamente medido
na tabela I. Assim, iremos completar a tabela II com os valores para temperatura e para
P.
Tabela II
1 2 3 4 5 6
Tc (ºC) 32,0 37,0 43,0 46,0 49,0 57,0
P (cmHg) 73,6 75,0 76,6 77,1 78,0 79,7

Considerando que no zero absoluto a movimentação das moléculas do ar para,


temos que P = 0. Ou seja:
𝑷 = 𝒂 𝑻𝒄 + 𝒄
0 = 𝑎 𝑇𝑐 + 𝑐
𝒄
𝑻𝒄 = − (𝑬𝒙𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝑰𝑰)
𝒂
Usando o software LABfit para auxiliar no ajuste dos dados da tabela II, temos
que:
𝐜 = (𝟔𝟓, 𝟗𝟓 ± 𝟎, 𝟑𝟑) 𝒄𝒎𝑯𝒈
𝒄𝒎𝑯𝒈
𝐚 = (𝟎, 𝟐𝟒𝟒 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟕) °𝑪

Além disso, temos que o gráfico de (P x Tc) está representado abaixo.

Assim, a temperatura absoluta achada, utilizando a expressão II, é Tc = -270,29


ºC.

3. Conclusão
Como os dados objetivados foram alcançados com sucesso, podemos dizer que o
experimento foi concluído com sucesso e assim concluímos que:
I. Se utilizássemos água no lugar do mercúrio no manômetro, o comprimento do
ramo seria 13,6 vezes maior, pois a densidade da água é 1g/cm3 e a do mercúrio
13,6 g/cm3. Sabendo que o comprimento do manômetro é de 35,0 cm, podemos
afirmar que:
𝑷𝑯𝟐 𝑶 = 𝑷𝑯𝒈

𝜌á𝑔𝑢𝑎 𝑔 ℎ = 𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 𝑔 ℎ

𝑔 𝑔
1 𝑥 ℎ = 13,6 𝑥 35,0 𝑐𝑚
𝑐𝑚3 𝑐𝑚3

𝒉 = 𝟒𝟕𝟔, 𝟎 𝒄𝒎

II. A vantagem de um manômetro de água é que é mais viável tanto em preço quanto
na qualidade de dados informado. Já como desvantagens podemos citar o tamanho
da coluna de água, que teria em média 4 metros de altura, ou seja, algo inviável
de se ter em um local fechado.

III. Caso a válvula de gás estivesse vazando, podemos dizer que a pressão teria
variado de forma diferente, assim sendo, ela iria baixar seu valor com o passar do
tempo, já que com o vazamento, o volume da coluna de ar seria o correspondente
a todo o volume de ar presente no laboratório. Como esse volume é superior ao
volume do ar contido, tomando a expressão I notamos que quanto maior o
volume, menor a pressão. Por esse motivo, a pressão reduz.

IV. Quando tratamos de uma temperatura absoluta (escala Kelvin) e de valor zero,
podemos afirmar que as moléculas não se movem, ou seja,possuem energia
cinética nula.

V. Apesar do sucesso ao obtermos os valores, alguns erros sistemáticos podem ser


considerados fatores que afetem a precisão dos dados ao realizar o experimento
como por exemplo: considerar o gás como ideal, desconsiderar alterações de
temperatura, desconsiderar o vazamento do gás.

VI. Considerando que -273,15 ºC é a temperatura teórica referente ao zero absoluto


na escala Celsius, temos que o erro percentual é igual a -1,05%, logo obtivemos
valores suficientemente precisos mesmo com os erros sistemáticos citados
anteriormente.
4. Apêndice
4.2 Montagem da tabela II
P = Po + ∆h

1.
• P = 71,5 + 2,1
• P = 73,6 mmHg
2.
• P = 71,5 + 3,5
• P = 75,0 mmHg
3.
• P = 71,5 + 5,1
• P = 76,6 mmHg
4.
• P = 71,5 + 5,6
• P = 77,1 mmHg
5.
• P = 71,5 + 6,5
• P = 78,0 mmHg
6.
• P = 71,5 + 8,2
• P = 79,7 mmHg

4.4 Cálculo do zero absoluto


𝒄
𝑻𝒄 = −
𝒂
𝟔𝟓, 𝟗𝟓
𝑻𝒄 = −
𝟎, 𝟐𝟒𝟒
𝑻𝒄 = −𝟐𝟕𝟎, 𝟐𝟗 °𝑪
4.3 Erro percentual
𝑰𝒐 − 𝑰𝒕𝒆𝒐
𝑬𝑷 = × 𝟏𝟎𝟎
𝑰𝒕𝒆𝒐
−𝟐𝟕𝟎, 𝟐𝟗 − (−𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓)
𝑬𝑷 = × 𝟏𝟎𝟎
−𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓
𝑬𝑷 = − 𝟏, 𝟎𝟒𝟕𝟎𝟒 … %
𝑬𝑷 = − 𝟏, 𝟎𝟓%

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