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2-Os Passos…………………………………………………………………………………………………………………………………….5
2.1-Passo da Ceia…………………………………………………………………………………………………………………………..6
2.2-Passo do Horto……………………………………………………………………………………………………………………….6
2.3-Passo da Prisão……………………………………………………………………………………………………………………….7
2.4-Passo da Flagelação………………………………………………………………………………………………………………..8
2.5-Passo da Cruz as costas……………………………………………………………………………………………………………
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2.6-Passo da
Crucificação…………………………………………………………………………………………………………….10
3- O Adro dos
profetas…………………………………………………………………………………………………………………..12
Figura 1 ( Igreja de Congonhas e Jardim dos Passos- Arquivo do Iphan-Pedro Lobo - Arquitetura e arte no
Brasil Colonial-página 41)
À sua frente, estão as estátuas dos Profetas, em um adro que contém uma das preciosidades de
Aleijadinho. Mais abaixo, em uma rampa que dá acesso a Igreja, há seis capelas de Passos(Cenas
da Paixão de Cristo), que ficam dispostas em duas alas.
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Figura 3 (Jardim dos Passos com capelas - Arquivo do IPHAN - O Aleijadinho e Santuário de
Congonhas - pagina 81)
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Figura 4 (Planta: Igreja, Adro dos profetas e construções anexas-casa dos ex-votos e capela - Arquivo do IPHAN - O
Aleijadinho e Santuário de Congonhas - pagina 21)
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O santuário mineiro foi construído como pagamento de uma promessa por um fiel português,
Feliciano Mendes, na qual o santuário de Congonhas teve sua criação inspirada em dois
santuários de sua terra natal: o Bom Jesus de Matosinhos e o Bom Jesus de Braga, ambos em
Porto. Em 1796, Aleijadinho é contratado na elaboração da composição artística que iria compor
a edificação. Foi-lhe solicitado 66 esculturas, em madeiras, que viriam a compor cenas da Paixão
de Cristo nas capelas, mas somente 61 foram esculpidas. Em 1799, foi feito mais um pedido à
Aleijadinho, um conjunto de 12 esculturas em pedra-sabão, representando profetas, com objetivo
de ornamentar o adro do santuário.
2-Os Passos
Seis capelinhas compõem o conjunto arquitetônico do santuário de Congonhas, abrigando
dentro delas várias cenas que elucidam os momentos, os Passos da Paixão de Cristo. São elas:
-Passo da Ceia;
-Passo do Horto;
-Passo da Prisão;
-Passo da Flagelação e Coroação de espinhos;
-Passo da Cruz as costas;
-Passo da crucificação.
As esculturas presentes foram construídas em 1796 e 1799, sendo todas esculpidas em cedro e
com uma escala natural, do tamanho médio do homem. O Aleijadinho e seu ateliê(sob suas
orientações), que contava, de acordo com relatos, com Mauricio e Agostinho, que produziram
todas as esculturas:
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Filho de um senhor de escravos, o Aleijadinho também se tornou dono de escravos.
Brêtas registra o nome de quatro destes: Maurício, Agostinho, Januário e
Anna. Os dois primeiros
eram auxiliares do mestre em sua arte. Januário, “um preto ignorante”, provavelmente
recém-
chegado da África , tentou suicidar-se com uma navalha, “para não ter de servir a um
senhor
tão hediondo”, porém mais tarde tornou-se um servidor fiel e dedicado. Segundo Brêtas,
Mauricio era o escravo favorito do Aleijadinho, aquele que lhe adaptava os formões e
Já a
pintura ficou por conta de dois artistas, Manoel da Costa Athaide que ficou com os Passos da
Ceia, Horto e Prisão, e Francisco Xavier Carneiro, que produziu sobre os Passos da Flagelação,
Cruz as costas e da Crucificação.
2.1-Passo da Ceia
Figura 6( Passo da ceia -Arquivo do IPHAN- O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas - pagina 89)
A capela construída entre 1796-1799, acolhia a primeira das cenas de acordo com a cronologia
da Paixão de Cristo. É a mais antiga de todas e a última a ser feita enquanto Aleijadinho esteve
em Congonhas. O que se observa na cena é o drama teatral, com a imagem dos apóstolos
transtornados, voltando a imagem de Cristo que acabara de anunciar que um entre eles o traia,
que se observa nos gestos das e movimento do corpo.
Dois servos situados lateralmente, provocam uma transição entre o mundo do telespectador e
o espaço fictício dos personagens, assim afirmando a tradição do estilo Barroco.
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2.2-Passo do Horto
Construída entre 1813 a 1819, situada à esquerda da capela do Passo da Ceia, essa capela
apresenta uma reformulação do seu estilo em relação a construída anteriormente. A cena desse
Passo apresenta a agonia do Jardim das Oliveiras, que antecede o início da Paixão de Cristo. O
gesto de súplica por Cristo é evidenciado claramente na escultura.
A dramaticidade(como característica do barroco) é vista no contraste da angustia de Cristo,
sabendo que a sua morte está próxima, e entre a tranquilidade como os apóstolos se encontram,
sendo que eles deviam dar assistência a Cristo na missão.
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Figura 8 (Passo do horto - Eder e Fabi Rezende -
https://quatrocantosdomundo.files.wordpress.com/2013/07/dscn7654.jpg)
2.3-Passo da Prisão
Figura 9 (Passo da prisão - Arquivo do IPHAN – O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas - pagina 101)
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Construída entre 1813 a 1819, a capela fica à direita da capela do Passo da Ceia. O tema da cena
é marcado pelo milagre de cura de Malco, que teve a orelha arrancada em golpe de espada por
Pedro. A dramaticidade dessa cena é marcada por várias expressões diferentes por parte dos oito
personagens da cena. Pedro que acabara de ferir Malco em um ato instintivo; Cristo ordenando
que ele guardasse a espada na bainha; Malco de joelhos em ato de espera; Judas se encontra
acuado, paralisado enquanto assiste à cena e os quatro soldados preparados para um
intervenção.
Construída em 1864, e situada à esquerda, próxima a capela do Passo do Horto, a capela foi
construída quase 50 anos depois da capela da cena da Prisão. A capela abriga duas cenas(pelo
fato de ter sido removido uma construção que inicialmente previam sete capelas) que são
separadas por uma barra de madeira.
A cena da flagelação mostra Cristo sendo açoitado, com as mãos amarradas a uma coluna; um
soldado à esquerda e outro a direita aparecem ativamente na cena de ataques a Cristo, sendo que
ao fundo, tem dois soldados, um segurando uma túnica, e o outro sem função definida ou ativa.
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Figura 11( Grupo da flagelação e coroação de espinhos - Arquivo do IPHAN – O Aleijadinho e o Santuário de
Congonhas - pagina 107)
Na cena de coroação dos espinhos à direita, a cena é composta por cristo e sete soldados,
sendo que a maioria não apresenta uma participação definida na cena. Cristo é humilhado por
dois soldados próximo a ele, sendo que um deles faz sinal de zombaria segurando uma cana
verde. O soldado à direita segura um título que possuía as letras I.N.R.I. Nessas duas cenas é
perceptível quais esculturas foram feitas por Aleijadinho (Os dois Cristos e o soldado da
esquerda no grupo da flagelação), pela maneira como ele consegue trabalhar as expressões,
superior as outras esculturas. As demais figuras apresentam inexpressividade perante as
encenações.
Situada à direita da capela da prisão, a penúltima capela a ser construída entre 1867 e 1875,
abriga a cena da ida de Cristo em direção ao calvário. A encenação ocorre durante uma passagem
em que Cristo contracena com as “filhas de Jerusalém”. A cena retrata um cortejo, mostrando um
soldado romano tocando uma trombeta(elemento presente nas procissões setecentistas em
Minas Gerais). A composição geral da cena está centrada na ideia de um cortejo, como o indicam
claramente a figura do arauto tocando a trombeta (Oliveira, O Aleijadinho e o Santuário de
Congonhas, 2006)
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Figura 12( Passo da subida para o calvário ou cruz-ás-costas - Arquivo do IPHAN – O Aleijadinho e o
Santuário de Congonhas - pagina 119)
Uma mulher próxima à Jesus, a qual Ele voltar seu olhar a ela, aparece aos prantos com um
lenço enxugando suas lágrimas. Outra mulher segurando uma criança, também se encontra
chorando, presenciando o sofrimento de Jesus (Ela se encontra vestida a moda setecentista).
Cristo e mulher com o lenço, são as únicas esculturas desse grupo esculpidas por Aleijadinho, as
outras aparecem com qualidade inferior, mostrando a diferença na qualidade das obras que
Aleijadinho produzia em relação aos seus subordinados (ateliê).
2.6-Passo da Crucificação
A última capela construída, na mesma data da capela anterior, situada a esquerda próxima a
escadaria, abriga a última cena da série dos Passos da Paixão e morte de Cristo.
A cena constituída por onze imagens, possuem um aspecto quanto ao ordenamento da
composição: possuem três focos diferentes, algo que não ocorre nas cenas anteriores, sendo
assim possível vermos três zonas distintas em um mesmo ponto focal.
No foco central, que é o ato principal da cena, está Jesus sendo crucificado por dois soldados, e
Madalena ajoelhada, olhando para o alto, em um momento de muita tristeza ao ver Cristo sendo
morto.
À esquerda da cena, se observa dois soldados em jogo de dados, disputando as vestimentas de
Cristo, e à direita, os dois ladrões, Gestas, o mal ladrão, aparece com uma expressão enfurecida
tentando se livrar das cordas, e Dimas, o bom ladrão, com uma fisionomia triste de que sua
morte está próxima. Ao fundo têm-se a figura de três soldados assistindo à cena. Um deles se
destaca pela vestimenta mais pomposa, com um manto as costas e na cabeça um turbante no
lugar dos tradicionais capacetes.
A imagem de Cristo e do Mau ladrão, são de autoria de Aleijadinho, mas se observa uma
intervenção dele nas figuras do Centurião(o da vestimenta pomposa, com um turbante), do bom
ladrão, e de Maria Madalena.
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Figura 13 (Passo da crucificação - Arquivo do IPHAN - O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas - pagina
125)
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3-O adro dos Profetas
Figura 14 (Entrada do Adro dos Profetas - Arquivo do Iphan-Pedro Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial
- página 49)
Em 1777, após a conclusão da Igreja, Tomás da Maia Brito começa a construir o Adro do
Santuário de Congonhas. A obra durou treze anos, pelo seu grande volume de pedra ali
assentado.
Em 1800, Aleijadinho começa seu trabalho na qual foi solicitado, trabalho cujo, seria um dos
seus últimos e mais importantes de sua carreira.
A disposição do conjunto no Adro, faz com que a composição tenha harmonia marcante. O
conjunto apresenta uma visão de eixo-central bem trabalhada e orientada por Aleijadinho:
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Figura 15 ( Disposição do Adro dos Profetas - Arquivo do Iphan-Pedro Lobo - Arquitetura e arte no Brasil
Colonial-página 45)
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Figura 17 (Profeta Jeremias- Arquivo do Iphan-Pedro
Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página 50)
Baruc é representado como jovem de caráter indefinido em uma figura ansiosa, sendo uma figura
quase inexpressiva, mas que possui uma importância pelo fato do livro de Baruc vir em
sequência ao livro de Jeremias.
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Figura 19 (Profeta Ezequiel- Arquivo do Iphan-Pedro
Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página
51)
Pouco se tem relatos desse Profetas nas escrituras, mas o que se tem é
que se trata de um homem bondoso, de uma grande simpatia. É considera a figura que mais
recebeu cuidado na execução, apresentando uma expressão de inteligência e franca.
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Figura 21 ( Profeta Oséias- Arquivo do Iphan-Pedro
Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página 52)
Aos pés de Jonas, vê-se uma criatura que remete a uma baleia, na
qual, segundo o Livro de Jonas, diz que ele
passou um período dentro do grande animal.
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Figura 23 (Profeta Joel- Arquivo do Iphan-Pedro Lobo -
Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página 53)
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Figura 25 (Profeta Naum- Arquivo do Iphan-Pedro
Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página
55)
As duas últimas estatuas do conjunto, Abdias e Habacuc, foram esculpidas com o dedo
apontado para o céu. Ambos tem braços levantados de forma oposta, Abdias tem o direito e
Habacuc o esquerdo. A falta de registros consistentes desse profeta, fez aleijadinho esculpi-lo
sem introduzir expressão nenhuma na escultura, dando assim um aspecto vago junto ao seu
braço erguido sem passar uma mensagem, fazendo da estátua uma das mais fracas do conjunto.
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Figura 26 (Profeta Abdias- Arquivo do Iphan-Pedro
Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página
56)
3.12-O Adro dos Profetas:
Habacuc
A imagem de Habacuc apresenta-se numa figura mais arrojada quanto ao aspecto fisionômico
em relação à de Abdias. São mais modelados e seu braço esquerdo erguido parece fazer mais
sentido do que o de Abdias.
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Figura 27 (Profeta Habacuc- Arquivo do Iphan-Pedro
Lobo - Arquitetura e arte no Brasil Colonial - página 57)
Bibliografia
Bury, J. (2006). Arquitetura e Arte no Brasil Colonial. Brasília, Distrito Fedreral, Brasil: IPHAN /
MONUMENTA.
Oliveira, M. A. (1984). Aleijadinho Passos e Profetas. São Paulo/Belo Horizonte: EDUSP/Itatiaia.
Oliveira, M. A. (2006). O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas. Brasília:
IPHAN/MONUMENTA.
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