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VOICE DESIGN

ACADEMIA DA ORALIDADE

Introdução à
Economia da Oralidade
Aula 03
▪ PLANEJAMENTO DA FALA
Do Conceito Examine criteriosamente o que vai dizer.

ao Contexto ▪ MONITORE A QUANTIDADE E A QUALIDADE DE INFORMAÇÃO


Evite saturar a memória de curto prazo do seu ouvinte.

02 h ▪ ATIVIDADE DE FONOLOGIA, FONÉTICA E DE PROSÓDIA


Composição do conteúdo com musicalidade.

▪ MENOS É MAIS E POUCO É MUITO


O menor numero de palavras, mas que explique plenamente o que se quer dizer.
OBJETIVO
▪ ATIVIDADE DE PARTITURA VOCAL
Introduzir os aspectos conceituais, Controlar volume, velocidade, ritmo, amplitude, altura, calibragem da voz
reflexivos e pragmáticos.
▪ EXERCÍCIO DE VOCALIZAÇÃO
Interpretação de poesias, crônicas, metáforas e storytelling.

▪ APLICAÇÃO DE PAUSAS ESTRATÉTICAS


Use pausas curtas, médias e longas
Além do estudo integral proveniente da modalidade linguística
dedicada as estruturas de fala e suas relações com o letramento, a
Economia da Oralidade se apropria da estrutura matricial da ciência
econômica como uma complexa visão filosófica usada para tratar a
oralidade como objeto de estudo.
Contempla-se o enfoque da teoria econômica, dos setores
econômicos, da Macroeconomia e da Microeconomia, dos agentes
econômicos, dos recursos escassos, dos insumos produtivos, do
mercado, dos fatores econômicos, da análise econômica, da teoria do
consumidor, em uma perspectiva transdisciplinar.
A transdisciplinaridade é uma abordagem científica que visa a
unidade do conhecimento. Compreende do pensamento complexo do
entre, do através, a partir do ser integral, procura estimular uma nova
compreensão da realidade, articulando os elementos das disciplinas
envolvidas no estudo.
Além das áreas da Economia e da Linguística com ênfase na
Oralidade, estão elencados neste estudo os campos da: Acústica,
Antropologia, Design, Filosofia, Neurociência, Neurolinguística, Psicologia,
Psicanálise, Hipnose, Música, Canto, Poesia, Fisiologia, Storytelling, Arte
Cênica, Teologia, entre outros igualmente relevantes como insumo teórico
e prático para contribuir com a formulação e o desenvolvimento da
Economia da Oralidade.
Além dos elementos que compõe as disciplinas investigadas sobre o
objeto de estudo, capaz de gerar proposições abertas, holísticas,
inclusivas, criativas, complexas, cooperativas, colaborativas, afetivas
apropriada para o propósito educacional, capaz de gerar proposições
abertas, holísticas, inclusivas, criativas, complexas, cooperativas,
colaborativas, afetivas.
Além disso, do ponto de vista humano, a transdisciplinaridade é uma
atitude empática de abertura ao outro e do seu conhecimento. Caracteriza-
se por indagações abertas de todos os lados, por considerar que todos
têm condições de contribuir, expor e ter o seu saber respeitado, o que vem
ao encontro da proposta dialógica deste setor econômico.
Considera-se que a ciência econômica se conforma às
características do seu estudo, portanto possui uma vocação
transdisciplinar, principalmente por ser uma área do conhecimento
dedicada a diagnosticar cenários econômicos, e para tal, demanda uma
visão sistêmica.
Igualmente a oralidade depende, entre outros elementos contidos na
teoria da comunicação, de um enunciado (mensagem), de enunciador
(mensageiro) e enunciatário (audiência), para existir dentro de cada
contexto e circunstância. Assim, ela necessita de uma condição tempo-
espacial para a sua realização. Por isso, a oralidade necessita de uma
visão sistêmica para ser compreendida e aplicada com excelência.
Busca-se fomentar a formação do pensamento crítico, em
contraposição à mera reprodução de ideais abundantemente presentes na
contemporaneidade.
Considera-se a distinção entre o pensamento de natureza filosófica e o
pensamento de natureza científica. É entre estes dois âmbitos que a
Economia da Oralidade cumpre seu percurso, ora em um pensamento que
busca apreender o mundo dos sentidos mais amplos, de modo
transdisciplinar, e o pensamento que calcula, que compartimentaliza o
mundo para “examinar lhe as contas” regido e dominado pelo método
científico, conforme assevera o filósofo alemão Martin Heidegger.
Não há nessa partição nenhuma negação da Ciência; apenas uma
reflexão de que o pensamento científico não é a única forma rigorosa de
exercício da razão, mas asseveramos que o próprio pensamento
econômico necessita de um modo de pensar mais livre das amarras dos
modelos e métodos científicos que admita um espectro mais amplo de
interpretações, de correlações, de problematizações.
Estar comprometido com a verdade com a realidade, com
sinceridade, excluindo toda e qualquer alternativa escusa.

Em um tempo em que as pessoas têm cada vez menos tempo,


economicamente deveríamos pensar que a voz, o som, a Oralidade,
podem ser “consumidos” enquanto desenvolvemos outras tarefas, por
exemplo, enquanto dirigimos. Por outro lado, a leitura requer um tempo
dedicado exclusivamente a isso.

Em um mundo em que a escassez de tempo supera qualquer


outro fator existencial, exatamente por permitir que outras funções
indispensáveis e inadiáveis possam ser realizadas enquanto se está
ouvindo conteúdos de interesse, principalmente por meios das mídias
digitais, quando e onde o ouvinte desejar, é fácil perceber a relevância da
Oralidade.

Em síntese, a dimensão da Oralidade na Economia e, por


extensão, na vida, é bem fácil de comprovar, de maneiras empíricas,
científicas e até Bíblicas.
A Economia da Oralidade deriva seus estudos, conforme a necessidade,
estes dois modos de investigação do conhecimento, o filosófico e o
científico, com predomínio do primeiro devido à natureza do seu objeto
temático, a oralidade, que se encontra em uma perspectiva centrada no
Ser, que exige um pensamento que pensa o sentido do Ser, um
pensamento que “se entrega ao inesgotável do que é digno de ser
questionado” (Ensaio, p.59) e apenas não um pensamento operador de
calculabilidade.

A proposta do pensamento complexo de Edgar Morin é uma


abordagem transdisciplinar sobre os fenômenos, o que inclui o estudo da
Economia da Oralidade.
A economia, que é das ciências humanas, a mais avançada, a
mais sofisticada, tem um poder muito fraco e erra muitas vezes
nas suas previsões, porque está ensinando de um modo que
privilegia o cálculo e esquece todos os outros fatores, os
aspectos humanos; sentimento, paixão, desejo, temor, medo.
Quando há um problema na bolsa, quando as ações despencam,
aparece um fator totalmente irracional que é o pânico, que,
frequentemente, faz com que o fator econômico tenha a ver com
o humano, e por sua vez se liga à sociedade, à psicologia, à
mitologia. Essa realidade social é multidimensional, o econômico
é uma dimensão dessa sociedade, por isso, é necessário
contextualizar todos os dados.
Edgar Morin
A Ciência Econômica conforma-se às características do objeto de
estudo, portanto com uma vocação transdisciplinar, principalmente por ser
um setor que se dedica a diagnosticar cenários econômicos, e para tal,
demanda uma visão sistêmica. Ela considera todas as inter-relações,
convergências e congruências de determinado fenômeno, neste particular
da oralidade, vista como fator de produção econômico e como objeto de
estudo da ciência econômica.
Igualmente a oralidade depende de um enunciado
(mensagem), de enunciador (mensageiro) e enunciatário (audiência) para
existir dentro de cada contexto e circunstância. Assim, ela necessita de
uma condição tempo-espacial para a sua realização. Por isso, a oralidade
necessita de uma visão sistêmica para ser compreendida e aplicada com
excelência.
O propósito da Economia da Oralidade é valorar e valorizar esta
modalidade do uso da língua sob as bases da ciência econômica
composta da teorização, conceitualização e contextualização deste setor
econômico. Dedica-se à intervenção da competência da oralidade como
atividade meio nas mais diversas necessidades comunicativas para fins
econômicos, incluindo a mercadológica no âmbito dos capitais e ativos
tangíveis, as commodities, e de modo ainda mais ampliado lidar com os
intangíveis, a partir do surgimento do conceito de Nova Economia, um

neologismo que designa este universo econômico.


Compreende-se por capitais e ativos intangíveis todas as
propriedades de indivíduos e corporações possuidoras de características
perfeitamente reconhecidas, entre os quais destacamos: informação,
conhecimento, criatividade, comportamento, valor, princípio, marca,
inovação, bem como a capacidade de comunicação e relacionamento com
o mercado.
O conceito de mercado pode ser compreendido como um ambiente de
troca de bens e serviços está fundamentado nos interesses econômicos
entre os atores sociais e os agentes econômicos viabilizados pela
conectividade predominantemente promovida pela oralidade.
Trata-se de um campo de estudo relevante para as novas relações
empresariais, produtivas e mercadológicas, necessitadas do impulso
gerado pela Economia da Oralidade, notadamente no seu processo de
análise, produção e consumo da oralidade como fator econômico.
Esta competência linguística habilita o indivíduo a ganhar autonomia
intelectual na produção do pensamento crítico e criativo para ser projetado
com excelência na forma de voz, por meio do uso performático,
comportamental e econômico da oralidade.
A manifestação do pensamento elaborado, habilita o indivíduo a
tornar-se um sentenciador no seu âmbito de ação, instância máxima da
competência comunicativa, capaz de formular e proclamar sentenças
decisórias em contextos e circunstâncias complexas.
Na contemporaneidade o que temos a nossa disposição são
recursos de uma técnica consagrada universalmente, a oratória. Por
definição, trata-se a arte da persuasão que compreende três elementos: o
enunciador (orador), o enunciado (o discurso) e o enunciatário (a
audiência).
A oratória contempla a capacidade de memorização e composição
dos elementos do discurso, postura vocal, corporal, dicção,
posicionamento dos olhos em relação à plateia, movimento das mãos, a
ocupação do corpo no espaço cênico entre outros elementos do ato de
fala destinado necessariamente a uma plateia.
Portanto, a oratória é um dos gêneros da oralidade, assim como o
canto, a declamação, a arte da contação de histórias (storytelling), as
diversas possibilidades intercâmbios conversacionais circunscritos desta
modalidade linguística.
Jorge Cury Neto
Presidente do Voice Design Desenvolvimento Profissional

Formado em Ciências Econômicas pela FESP, em Comunicação Social,


habilitação em jornalismo pela PUC-PR e Formação e Certificação
Internacional em Coaching pela SLAC.

Desde 1972 atua como comunicador e pesquisador do uso da oralidade na


comunicação social.

Em 2013 fez apresentação oral de um trabalho científico “Voice Design, o


Poder da Palavra Falada Aplicada” no 19o CIAED - Congresso Internacional
de EaD, realizado em Salvador. No ano seguinte, no 20o CIAED em Curitiba
fez apresentação especial sobre o tema “Instructional Voice Design “ e em
2019 no no 25o CIAED em Poços de Caldas, o trabalho científico “Economia
da Oralidade aplicada à Educação a Distância”.

Em 2018 tornou-se o economista percursor da Economia da Oralidade.

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