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4.

Comércio e moeda

Distribuição- atividade que estabelece uma ponte de ligação entre a produção e o consumo, abrangendo o
conjunto de operações que fazem deslocar os produtos desde a fase inicial da sua produção até às mãos do
consumidor. Engloda o transporte e o comércio, duas atividades complementares que aumentam a utilidade
dos bens, na medida em que os disponibilizam de forma prática aos seus compradores.

Comércio- atividade intermediária de troca que ajuda os produtores a escoarem os seus produ tos
permitindo que os consumidores tenham acesso aos bens que desejam. ( atividade económica de troca que
facilita a disponibilização dos bens aos consumidores )

Os intermediários dos circuitos de distribuição podem ser grossistas (ou armazenistas) ou retalhistas.
Grossistas- são os comerciantes que compram grandes quantidades de bens, que são armazenados para
posteriormente serem revendidos em quantidades menores. (compram ao produtor grandes quantidades de
modo a ficar mais barato e vendem por quantidades mais pequenas)

Retalhistas- são os comerciantes que adquirem aos grossistas produtos que se destinam a ser vendidos aos
consumidores em quantidades fraccionáveis. (compram dos grandes ou seja dos grossistas para vender em
quantidades muito pequenas aos consumidores)

São 3 os canais habituais de distribuição:

 Circuito ultracurto- estabelede uma ligação direta entre o produtor e o consumidor final,
eliminando-se deste modo qualquer intermediário no processo de distribuição.
( Produtor Consumidor )
 Circuito curto- o produtor assume o papel de grossista (ou armazenista), vendendo os seus produtos
ao retalhista que os comercializa ao consumidor final.
( Produtor  Retalhista  Consumidor )
 Circuito longo- é o cirtuito clássico no qual o produtor vende os sues bens ao grossista (ou
armazenista) que, seguidamente, os revende ao retalhista que é quem finalmente comercializa os
bens ao consumidor final.
( Produtor  Grossista  Retalhista  Consumidor )

Existência de mais intermediários

Vantagens: alargar a divulgação do produto, aumento das vendas.

Desvantagens: gera os custos de intermediação que levam ao aumento dos preços dos bens.

Franchising- empresa com um formato já testado concede a outro o direito de utilizar a sua marca e vender
os seus produtos ou serviços num determinado modelo de gestão, em troca de uma certa remuneração
(royalties).

Venda indireta- comercialização de produtos sem a existência de um encontro físico entre comprador e
vendedor. Abrange a venda à distância (ex. vendas por catálogo, televendas, etc), a venda automática (em
equipamentos dispensadores de produtos mediante um pagamento; ex. máquina de bebidas, chocolates,
selos) e o comércio eletrónico (disponibiliza os bens e serviços encomendados via Internet).

Troca direta- produtos eram trocados diretamente por outros que fizessem falta.

( Produto  Produto )

Inconvenientes desta troca: necessário encontrar outro indivíduo que tivesse interesses compatíveis
(alguém que tivesse em excesso os bens de que a outra parte ne cessitava e também que desejasse ter os
bens que esse indivíduo podia dar em troca); dificuldade em atribuir um valor aos bens que iam ser trocados
(as valorizações eram feitas em unidades diferentes e nem sempre chegavam a um acordo); certos bens não
serem divisíveis aumentava a dificuldade das trocas.

Troda indireta- inclui um novo intermediário, a moeda. A troca passa a ser efetuada em duas fases: troca-se
um produto por moeda e depois a moeda por um novo produto.

1ª Fase ( Produto  Moeda ) 2ª Fase ( Moeda  Produto novo )

Moeda- bem intermediário nas trocas, aceite por todos os indivíduos, sendo utilizada para medir o valor de
outros bens e serviços.

Evolução e tipos de moeda:


 Moeda-mercadoria- bem de aceitação generalizada que servia na fase inicial da moeda como
intermediário nas trocas. Qualquer bem considerado útil por uma comunidade poderia servir como
moeda de troca. (a moeda de troca era um bem valorizado pela generalidade dos seus membros)
 Moeda metálica- metal de aceitação generalizada usado como intermediário das trocas.
Atualmente, a moeda metálica é usada como moeda divisionária ou de trocos, embora o seu valor
facial não corresponda ao valor real. (ex. ouro e prata, tinham o fator da divisibilidade, podiam ser
fraccionados em submúltiplos, e da conservação, não se esgotava com o tempo). Atualmente,
utiliza-se a moeda metálica como ->
 Moeda divisionária ou de trocos- constituída por pequenas peças metálicas utilizadas, em geral,
para pagamentos de baixo valor, sendo o valor facial inferior ao valor do metal que o constitui .
Engloba a moeda representativa, a fiduciária e o papel-moeda.
 Moeda de papel- a partir da Idade Média, substituiu-se os metais preciosos por um documento
escrito. A primeira fase da moeda de papel é a moeda representativa e, de seguida, passa a ser a
moeda fudiciária.
 Moeda representativa- notas em circulação que correspondem ao valor exato depositado em metal
precioso nos cofres dos bancos. ( corresponde a um certificado representativo, uma determinada
quantia em ouro ou prata previamente depositada )
 Moeda fiduciária- notas convertíveis emitidas num montante superior ao valor efetivamente
depositado. ( confiança no banco ao depositar no mesmo, não levantam o valor depositado em
metal )
 Papel-moeda- notas inconvertíveis de curso forçado imposto pelo Estado.
 Moeda escritural- é usada através de movimentos de escrita, constituída pelos depósitos bancários,
os valores depositados podem ser movimentados através de cheques, transferências, ordens de
pagamento ou cartões de multibanco (moeda eletrónica). Atualmente, utiliza-se bastante o
computador para movimentar depósitos bancários, pois é possível efetuar transferências ou ordens
de pagamento através da Internet (moeda informática).

Desmaterialização da moeda- a forma mais utilizada hoje em dia é a moeda escritural ( os cartões bancários,
os cheques e as instruções informáticas aos bancos substituiram o dinheiro “vivo” ), os proprietários deixam
cada vez mais de possuir um bem coróreo para passar a ter apenas documentos comprovativos da sua
posse.

Funções de moeda
 Meio de pagamento geral e definitivo- a moeda é um bem de aceitação generalizada que é utilizado
como intermediário geral das trocas, sendo considerado definitivo qualquer pagamento efetuado
em moeda.
 Medida de valor- o valor dos bens e serviços é expresso através da moeda, que funciona como uma
unidade de conta.
 Instrumento de reserva de valor- pode-se guardar moeda por um determinado período de tempo,
conservando-se assim um valor. O valor reservado no momento presente pode ser usado para
adquirir bens e/ou serviços no futuro.

A nova moeda portuguesa- o euro

O escudo deixou de ser a moeda portuguesa no dia 1 de Janeiro de 1999, e passou então o euro em
circulação. Durante o período de transição, que terminou no dia 31 de Dezembro de 2001, o euro e o escudo
coexistiram em paralelo, funcionando o euro como moeda escritural e o escudo como moeda de papel
(notas) e moeda divisionária (de trocos). As notas e moedas em euros só entraram em circulação no início de
2002.

A partir do dia 1 de Janeiro de 1999, a condução da política monetária na Zona Euro passou a ser da
responsabilidade do Banco Central Europeu (a nova instituição supranacional). Nessa data 11 países
passaram as responsabilidades das polítivas monetárias para o BCE. Para integrarem a Zona Euro, os
Estados-membros tiveram de cumprir os critérios de convergência previstos no Tratado de Maastricht, que
estabeleciam as condições prévias para os países poderem integrar a União Económica e Monetária (UEM).

A Área do Euro, inicialmente, era formada pela Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França,
Irlanda, Itália, Luxemburdo, Países Baixos e Portugal. Em 2001 aderiu a Grécia; em 2007 a Eslovénia; em
2008 o Chipre e Malta; em 2009 a Eslováquia; em 2011 a Estónia. A Área do Euro passou a ser assim formada
por 17 países.

Vantagens do euro:

 Facilitou as trocas entre os países com a mesma moeda (eliminando-se assim os encargos com a
transação de divisas-moeda estrangeira- e as diferenças cambiais);
 Possibilitou uma maior estabilidade de preços (que permitiu uma redução de taxas de juro, que
beneficia as famílias e as empresas;
 Proporcionar maior transparência ao mercado (facilitanto a comparação de dados entre os diversos
países aderentes).
Desvantagens do euro:

 Perda de autonomia em matéria de política monetária (uma das mais apontadas desvantagens, os
governos deixam de poder usar a desvalorização da moerda como estratégia que permitia aumentar
a competitividade das exportações);
 Maior transparência de mercado (pode gerar choques assimétricos entre as regiões);
 Restrições em matéria orçamental (critérios de convergência orçamental que dificultam a condução
de políticas económicas dentro de cada Estado-membro);
 Tiveram de ser suportados os encargos relacionados com: a implementação e adaptação da nova
moeda, a aquisição de equipamentos, substituição de programas informáticos e a formação, entre
outros.

Preço- quantidade de moeda que é necessário despender para se obter um determinado bem ou serviço;
representa o valor do bem ou serviço expresso numa determinada unidade monetária; depende de um
conjunto de fatores: custos de produção, as margens de lucro, custos relacionados com a distribuição, o
número de compradores e de produtores, a tecnologia, etc.

Custos de produção- reflete todos os encargos suportados com a produção dos respetivos bens e serviços;
englobam os custos diretos e indiretos suportados pela unidades produtivas.

 Custos diretos- todos os encargos relacionados com a produção (ex. gastos com as matérias primas
ou remuneração dos trabalhadores).
 Custos indiretos- todos os encargos que a unidade produtiva tem de suportar mas que não estão
diretamente relacionados com a produção (ex.despesas de água, eletricidade, telecomunicações,
publicidade, seguros, rendas).

Número de compradores- quando um bem, por exemplo, tem grande procura em épocas específicas é
normal que ocorra um aumento do seu preço.

Número de produtores- o preço de um bem, por exemplo, vai diminuindo à medida que aumenta a
quantidade oferecida pelos produtores.

Tecnologia- quanto mais tecnologia se incorpora nos processos produtivos, maior é a eficiência da produção
(os avanços tecnológicos permitem produzir mais quantidades com custos médios inferiores), originando
uma redução de preço, sem perda de margem de lucro.

Inflação- subida inesperada, contínua e generalizada do preço dos bens e serviços. Uma das suas
consequências é a depreciação do valor da moeda.

 Depreciação do valor da moeda- uma determinada quantidade de moeda já não permite adquirir o
mesmo número de bens que permitia anteriormente; está associado à perda de poder de compra.
 Poder de compra- quantidade de bens e serviços que um rendimento permite adquirir.
Quando se analisa a evolução do produto gerado por um país ao longo do tempo, devemos ter em
consideração o efeito da inflação. É possível calcular o valor desse produto de duas formas diferentes: a
preços correntes ou a preços constantes.

o Preços correntes- a produção é registada aos preços que vigoram no mercado num determinado
momento. Nesse caso, os preços refletem a inflação ocorrida.
o Preços constantes- prentende analisar a evolução real do produto, retira o efeito da inflação
(deflacionar).

(Falta as fórmulas do Índice de preços de um bem, taxa de inflação, Tim, Tih, Tim12)

Índice de Preços no Consumidor (IPC)- média ponderada dos preços de um cabaz de bens considerados
representativos do consumo médio de uma família. O IPC é um instrumeto de medição da inflação em
Portugal.

Índice Harmonizado de Preços (IHPC)- Índice que compara a inflação entre os diferentes países da União
Europeia.

Taxa de Inflação- taxa de crescimento do Índice de Preços no Consumidor entre duas datas.

Taxa de Inflação Mensal- taxa que compara o valor da inflação entre dois meses consecutivos.

Taxa de Infalação Homóloga- taxa que compara o valor da inflação de um mês com o mesmo mês do ano
anterior.

Taxa de Inflação Média dos últimos 12 meses- média simples das últimas dozes taxas comparada com a
média das doze taxas homólogas.

- Mais conceitos:

Desinfalação- diminuição da taxa de inflação. ( desacelaração do ritmo de crescimento dos preços )

Deflação- quebra inesperada, contínua e generalizada do preço dos bens e serviços. (associada a uma
restrição da procura, da produção e do emprego)

Estagflação- situação em que uma inflação elevada é associada à estagnação da atividade económica.
(abrandamento do crescimento económico, isto é, o menor crescimento do investimento, do consumo, da
exportação e produção, não originando um menor crescimento dos preços dos bens)

Cunhagem da moeda- inscrição gravada numa moeda metálica com marcas representativas de um
determinado valor facial ou nominal.

Desmaterialização da moeda- perda do conteúdo material da moeda gerada pela crescente utilização da
moeda escritural.
5. Preços e mercados

Mercado- local, em sentido físico ou abstrato, onde a procura (solicitação dos produtores) e a oferta
(intenções do produtor) de um bem são confrontadas, dando origem à formação do preço de mercado desse
bem ( compatibilizam a oferta e a procura de um bem, a um determinado preço ).

Mecanismo do mercado- forma onde se conjugam num mercado os interesses de produtores e


compradores de um determinado bem e que dá origem à formação do preço de mercado desse bem.

Procura- Quantidade de bens que os compradores estão interessados em adquirir a um determinado preço.
Representa-se por D.

o Procura agregada- somatório de todas as procuras individuais.


o Procura individual- quantidade procurada por cada consumidor.

Por norma, à medida que vai diminuindo o preço de um bem, aumentam as quantidades procuradas e vice-
versa (quando o preço aumenta, as quantidades procuradas diminuem- a este comportamento se designa a
lei da procura, podendo ser representado graficamente através de uma curva descendente).

Lei da Procura- a quantidade procurada de um bem vai diminuindo conforme aumenta o preço desse bem. (
+ preço  - quant.procurada ) ( - preço  + quant.procurada )

Outros fatores que influenciam a procura:


 Nível de rendimentos dos consumidores- quando o rendimento aumenta e tudo o resto se mantém
constante, o consumo de bens também aumenta (a curva da procura desloca-se para a direita) e diminui
quando o rendimento também reduz. Existe exceções, como acontece nos chamados bens inferiores -
bens de menor custo, mais consumidos quando o rendimento é menor (apresentam um comportamento
contrário, quando o rendimento aumenta, diminui o seu consumo).
 Preferência dos consumidores- associadas a determinadas circunstâncias como as tradições, moda,
efeitos de publicidade e religião (podem variar).
 Dimensão do mercado- depende da alteração do número de consumidores de uma determinada região,
a procura de bens deverá variar no mesmo sentido.
 Preço de outros bens- quando aumenta o preço de um bem sucedâneo, a procura desse bem diminui e
transfere-se para outro bem cujo preço não seje tão elevado. No caso dos bens complementares, por
norma, o aumenteo do preço de um bem leva à diminuição da procura de ambos, uma vez que
funcionam em conjunto.
Oferta- quantidade de bens que os produtores estão dispostos a vender por um certo preço. Representa -se
por S.

o Oferta agregada- somatório de todas as ofertas individuais.


o Oferta individual- quantidade oferecida por cada produtor.

Por norma, à medida que vai aumentando o preço de um bem, aumentam as quantidades oferecidas e vice -
versa (quando o preço aumenta, as quantidades oferecidas aumentam- a este comportamento se designa a
lei da oferta, podendo ser representado graficamente através de uma curva ascendente).

Lei da oferta- a quantidade oferecida de um bem vai aumentando à medida que aumenta o preço desse
bem. ( + preço  + quant. oferecida) ( - preço  - quant. oferecida)

Outros fatores que influenciam a oferta:


 Custos de produção- quando aumenta o preço das matérias primas ou o custo da mão de obra, o total
de encargos com o fabrico também aumenta. Os produtores: ou aumentam os preços de venda dos
bens, ou são obrigados a reduzir a sua margem de lucro. Ou seja, quando os preços de custo aumentam,
o interesse de venda dos produtores geralmente diminui (menos oferta). Graficamente, a curva da
oferta desloca-se para para a esquerda.
 Evolução tecnológica- contribui para a eficiência dos processos de fabrico, produz-se mais com um
menos custo unitário. Ou seja, quando mais tecnologia, mais oferta.
 Preço dos outros bens- muitas vezes os produtores deixam de produzir um bem para passar a produzir
outro que tem uma margem de lucro superior. No caso dos bens complementares, quando aumenta o
preço de um bem, aumenta a sua oferta e normalmente, também aumenta a oferta dos bens
complementares. Quanto aos bens sucedâneos, quando o preço aumenta, a oferta do outro diminui.
 Expectativas dos produtores- depende das previsões. Se as previsões apontarem para uma subida (ou
descida) dos preços, os produtores vão aumentar (ou diminuir) a produção de bens, de movo a
venderem uma maior (ou menor) quantidade. Mais expectativa, mais oferta.
 Condições climatéricas- em particular a oferta de bens cuja produção depende do clima (ex.produtos
agrícolas). Um bom ano agrícola pode gerar um aumento da oferta.

A estrutura de cada mercado vaira de acordo com o número de participantes que nele intervêm e com o
modo como estes se relacionam. Podemos classificar em dois tipos: mercado de concorrência perfeita e
mercado de concorrência imperfeita.

 Mercado de Concorrência Perfeita- os preços resultam da interação entre a oferta e a procura (a


empresa não tem poder para fixar os preços). Estrutura de mercado em que se observam
simultaneamente os seguintes pressupostos: atomicidade, homogeneidade dos produtos, livre entrada
no mercado, transparência e mobilidade dos fatores produtivos. Trata-se de uma situação em que
elevado número de vendedores e compradores não permite uma influência significativa sobre os preços
dos bens.
 Atomicidade do mercado- existência de um elevado número de compradores e vendedores de
reduzida dimensão, que não conseguem, individualmente, influenciar significativamente o mercado,
em particular o seu preço.
 Homogeneidade do produto- as caraterísticas dos produtos transacionados são de tal forma
semelhantes que para o consumidor é indiferente consumir uns ou outros.
 Livre entrada no mercado- inexistência de obstáculos à entrada ou à saída do mercado, podendo
todos os seus participantes entrar ou sair livremente e sem qualquer barreira.
 Transparência perfeita- todos os intervenientes dispõem de um livre acesso às informações
respeitantes ao mercado, nomeadamente sobre os preços praticados e a qualidade dos bens.
 Mobilidade dos fatores- os fatores de produção devem poder ser deslocados de uma unidade
produtiva para outra, de modo a poder estar em cada momento na unidade que proporcionar uma
maior rentabilidade.

Ponto de equilíbrio- ponto do gráfico da lei da oferta e da procura que repesenta o preço e a quantidade de
equilíbrio.

Preço de equilíbrio-preço pelo qual se igualam as quantidades oferecidas e procuradas de um bem.

Lei da oferta e da procura- mantendo-se tudo o resto constante, o preço varia na mesma razão que a
quantidade oferecida e na razão inversa da quantidade procurada.

 Mercado de Concorrência Imperfeita- os preços dependem do poder que a empresa tiver no


mercado.Situação decorrente da não observância em simultâneo dos pressupostos da concorrência
perfeita. As principais formas de concorrência imperfeita são o monopólio, a concorrência monopolística
e o oligopólio.

Atomicidade- o número de intervenientes do mercado raramente é elevado, de modo que não influencia a
oferta ou a procura e, em particular, o seu preço; Homogeneidade dos produtos- não é facilmente
observável, há sempre qualquer elemento diferenciador (são atribuídas caraterísticas específicas aos
produtos); Livre entrada no mercado- nem sempre se verifica, pois as empresas que já estão no mercado à
algum tempo constituem um obstáculo a qualquer nova empresa que só vai agora entrar no mesmo (devido
à experiência e mostrado as suas capacidades); Transparência do mercado- quem domina mais o mercado
tem mais acesso às informações sobre o mesmo; Mobilidade dos fatores- dificuldade em passar de um
processo de fabrico de um produto para outro.

 Monopólio- situação de mercado em que um só vendedor, denominado monopolista, come rcializa


os bens, influenciando o nível de preços e a quantidade de bens que vai abastecer o mercado. A
entrada neste tipo de mercado é muito difícil devido a obstáculos de natureza económica
(investimentos), de natureza legal (dispositivos legais que dificultam a entrada) ou de natureza
técnica (questões práticas incontornáveis).
 Concorrência monopolística- conjunto de empresas que vendem produtos semelhantes mas que
contêm elementos diferenciadores, como a marca ou a publicidade. Não é um mercado de entrada
difícil, existe algum controlo por parte dos vendedores sobre o preço dos bens.
 Oligopólio- conjunto reduzido de empresas de grande dimensão que comercializa produtos a um
grande número de compradores, controlando a maioria do mercado. A concorrência entre
oligopolistas é feita sobretudo à custa de serviços pós-venda, garantias adcionais e outros extras que
possam diferenciar um pouco os seus produtos em relação aos dos seus opositores. Neste tipo de
convergência, o acesso de novas empresas ao mercado é muito difícil, pois as empresas já existentes
são rivais de grande dimensão e de forte implantação.

(tabela de caraterísticas)

- Mais conceitos:

Aquisição- situação em que uma empresa adquire outra, que deixa de existir, para passar a fazer parte
da primeira.

Cartel- acordo empresarial que visa um determinado objetivo comum, como por exemplo, eliminar a
concorrência através da fixação de preços, quantidades oferecidas, etc.

Concentração conglomeral- concentração de empresas de natureza diversa cujo objetivo é a obtenção


de vantagens financeiras através da diversificação de estratégias.

Concentração horizontal- concentração de empresas que se encontram ao mesmo nível em termos de


etapa do processo produtivo.

Concentração vertical- concentração de empresas que se encontram em níveis diferentes do processo


produtivo.

Fusão- associação de duas ou mais empresas de que resulta uma nova empresa que utiliza os fatores
produtivos dos anteriores.
6. Rendimentos e repartição dos rendimentos

Rendimento- fluxo gerado na atividade produtiva e que é distribuído pelos seus intervenientes, de acordo
com a participação de cada um. ( fluxos que se geram na ativ.
prod. através da utilização de capital e trabalho e que posteriormente são distribuídos pelos vários agentes
intervenientes )

Valor acrescentado- valor adicional que é criado pelas unidades produtivas de um país e que representa a
riqueza gerada durante um determinado período. ( quanto mais
transformado for o bem, maior será o valor acrescentado e vice -versa )

Repartição funcional dos rendimentos

Remuneração do trabalho- salário

Intervenientes: Formas de remuneração:

 Trabalhadores dependentes  Salários

Salário- forma de remuneração do trabalho dependente. ( trabalho dependente- não é realizado por conta
própria, mas sim prestado a outra pessoa/entidade )

Pode ser constituído por uma remuneração fixa- paga-se uma quantia certa, estipulada por meio de um
contrato de trabalho. Também pode englobar uma parte variável- não é estipulada uma quantia fixa, apenas
uma determinada percentagem- que, por norma, se designa de comissão.
 Salário ilíquido ou bruto- valor total, antes de serem descontados os impostos e as contribuições
para a Segurança Social.
 Salário líquido- salário que resulta depois de deduzidos ao salário bruto os respetivos impostos e
contribuições sociais.

 Salário nominal- quantidade de moeda que um indivíduo recebe em troca do seu trabalho.
 Salário real- quantidade de bens que esse indivíduo consegue adquirir com o seu salário nominal
(refletindo-se o efeito da inflação).

Remuneração do capital
Intervenientes: Formas de remuneração:

 Proprietários de bens imóveis  Rendas


 Detentor de capital (dinheiro)  Juros
 Empresário  Lucros

Renda- remuneração que é paga pela utilização temporária de bens imóveis (ex. edifícios, terreno).

Juro- remuneração pela cedência temporária de uma determinada quantia em dinheiro.

Juros são o principal motor da atividade bancária, constituindo a forma de remuneração das suas operações.
As operações bancárias podem ser ativas- empréstimos que os bancos concedem; ou passivas- captação de
poupanças dos clientes.

Lucro- remuneração do capital empregue numa unidade produtiva, durante um determinado período de
tempo, com o objetivo de tornar possível a produção de bens que mais tarde se destinam a ser
comercializados por um valor superior ao custo a que foram produzidos. ( retribuição do investimento
inicial + compensação )

Lucro Bruto= Prenço de Venda- Preço de Custo

Lucro líquido- valor gerado pela empresa após serem deduzidos os encargos com a reposição do capital fixo.
Lucro Líquido= Lucro Bruto- Amortizações

Repartição dos rendimentos


Repartição funcional dos rendimentos- forma de distribuição do rendimento que é feita de acordo com a
função que cada agente desempenhou na atividade económica.

Repartição pessoal dos rendimentos- forma de distribuição do rendimento que indica a composição dos
rendimentos dos diversos agregados familiares de uma população.

Rendimentos mistos- rendimentos provenientes do desempenho de várias funções na atividade económica


(+ que uma fonte de rendimento, recebem: salários, juros, rendas, lucros).
Principais disparidades na repartição do rendimento:

 Fator capital com remunerações superiores ao fator trabalho


 Algumas famílias acumulam vários tipos de rendimento e outras não
 Diferenças salariais
 Disparidades regionais
 Disparidades em função do género

Os indicadores usados com mais frequência, para auxiliar a análise das disparidades existentes, são: o leque
salarial, a curva de Lorenz e o rendimento per capita.

Leque salarial- representa a relação existente entre o salário máximo e o salário mínimo desse país
(permintindo tirar conclusões sobre a dispersão dos salários). ( quando mais
alargado for o leque salarial, maiores serão as desigualdades salariais; indica quantas ve zes o salário máximo
é superior ao salário mínimo )

Curva de Lorenz- representação gráfica que se utiliza para estudar as desigualdades ocorridas na distribuição
do rendimento pelas famílias.

Rendimento per capita- rácio (relação, geralmente em percentagem, entre duas grandezas) que serve de
indicador do nível médio de rendimento de uma população.

(conta do rend. per capita)

A redistribuição dos rendimentos


Redistribuição do rendimento - conjunto de operações realizadas com o objetivo de corrigir as
desigualdades que ocorrem na repartição primária dos rendimentos.

Imposto- prestação pecuniária cobrada aos cidadãos, em determinadas situações previstas na lei. Podem ser
diretos ou indiretos.

Imposto direto- incide diretamente sobre o rendimento ou património (ex.IRS, IRC).

Imposto indireto- imposto que recai sobre a utilização do rendimento dos indivíduos (ex.IVA, imposto sobre
o tabaco).

Rendimento pessoal disponível- rendimento de cada indivíduo, resultante do somatório dos rendimentos
de capital e do trabalho com as transferências sociais, depois de deduzidos os impostos e as quotizações
sociais.
- Mais conceitos:

Padrão de Poder de Compra (PPC)- unidade monetária que serve como referência para analisar a paridade
do nível dos preços entre vários países. Um valor de PPC permite adquirir o mesmo número de bens ou
serviços em todos os países.

Quotizações sociais- contribuições que os trabalhadores e as entidades patronais entregam à Segurança


Social.

Rendimento social de inserção- prestação social cedida, provisoriamente, aos indivíduos que não têm
qualquer fonte de rendimento e que se destina, juntamente com ações de formação, a criar melhores
condições de empregabilidade.

Repartição do rendimento- forma como é distribuído o rendimento de um país.

Taxa- prestação pecuniária que é cobrada aos cidadãos que requerem determinados serviços,
nomeadamente serviços públicos. A taxa difere do imposto porque pressupõe a prestação de um serviço
como contrapartida do valor pago.

Transferências externas- transferências sociais provenientes de Estados de outros países.

Transferências internas- transferências sociais provenientes do Estado português.

Transferências sociais- prestações que o Estado entrega aos cidadãos como forma de suprir as
desigualdades decorrentes da repartição primária do rendimento (ex. pensões, subsídios de desemprego,
abono de família, etc).

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