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Capítulo 1
Capítulo 1
Fluxos externos – envolvem não só a empresa como também terceiros – fornecedores (FRE)
e clientes (FRS)
Despesa – consiste na obrigação financeira do comprador correspondente a uma aquisição
de bens/serviços, independentemente da sua utilização/consumo, ou do seu pagamento
Despesa – obrigação de efetuar o pagamento, na aquisição de bens e serviços, ou seja, uma
saída presente ou futura se meios líquidos da entidade
Receita – consiste no direito financeiro do vendedor, ou seja, no direito a receber a
contraprestação pecuniária equivalente ao bem que vende/ao serviço que presta
Receita – direito de receber o valor, na venda de bens e prestações de serviços, ou seja, uma
entrada presente ou futura de meios líquidos para a entidade
Despesa e receita são os conceitos financeiros associados aos fluxos reais de entrada e saída,
respetivamente
Gasto – consiste no valor dos fluxos representativos dos consumos/utilizações dos meios
pela empresa, ou seja, diminuições nos benefícios económicos da entidade
Rendimento – representa o fluxo da produção de bens, das vendas e da prestação de
serviços, ou seja, aumentos nos benefícios económicos da entidade
A análise da empresa em função dos fluxos reais internos centra-se na forma como esta
consome/utiliza os seus recursos e gera os seus produtos e serviços.
Fluxos monetários – de forma a assegurar as despesas e as receitas, torna-se necessário
proceder à correspondente contraprestação pecuniária
Para se assegurarem os fluxos reais externos de entrada dos fornecedores – despesas – e de
saída para os clientes – receitas – torna-se necessário proceder à correspondente
contraprestação pecuniária – fluxos monetários
CP = MP + MOD
o Custo de transformação da produção do mês – soma dos gastos com a mão
de obra direta (MOD) com os gastos gerais de fabrico (GGF)
CT = MOD + GGF
Custo industrial de produção acabada (CIPA) – custos industriais que ocorreram durante o
período (CIP), acrescentando o valor de produção não acabada (PVF) existente no início do
período (Inv. iniciais PVF) e retirando o valor de produção não acabada do fim do período (Inv.
finais PVF)
Custo industrial dos produtos vendidos (CIPV)/Custo das vendas (CV) – resulta de, aos
custos industriais incorporados nos produtos (CIPA), acrescentarmos o valor de produção
acabada (PA) existente no início do período (Inv. I PA) e retirando o valor de produção acabada
do fim do período (Inv. F PA)
CC (CNI) = GD + GA + GF
Custo complexivo (CC’) – soma do custo industrial dos produtos dos produtos vendidos
(CIPV)/custo das vendas (CV) com os custos comerciais em sentido lato (CC)/custos não
industriais. Um preço de venda superior ao custo complexivo origina um resultado positivo
Considerações
Os custos diretos são sempre variáveis, mas nem todos os encargos variáveis são
diretos
Os encargos fixos são sempre indiretos, mas nem todos os encargos indiretos são fixos
Custos reais e custos teóricos
Os custos devem ser incorporados nos resultados, de acordo com o momento em que
os respetivos recursos são utilizados, e relacionados com os rendimentos obtidos,
independentemente do momento em que ocorre o seu pagamento
Há custos cujo pagamento ocorre de forma pontual durante o ano e que precisam de ser
periodificados pelos diferentes meses.
o Exemplos: custos salariais com subsídios de férias, subsídios de Natal e
respetivos encargos, apólices de seguros, contratos de manutenção, etc
Para periodificar, ao longo do ano, custos cujo pagamentos ocorre de forma pontual, a
Contabilidade de Gestão utiliza taxas teóricas, que consistem em previsões anuais
No fim do ano, eventuais diferenças entre os gastos teóricos imputados e os gastos
reais são regularizadas
Custos dos produtos
Quando suportados/incorridos, são registados em inventários no Ativo (balanço)
Incluem os custos da produção do mês (intermédia, acabada e em vias de fabrico)
São inventariáveis/ativos mensurados no seu custo de produção
Custos do período
custos dos produtos intermédios e acabados que são vendidos
custos não industriais (distribuição, administrativos e financeiros)
8. Custos e tomada de decisões
Custos Irrelevantes – custos que não influenciam determinada realidade e, portanto, não
devem ser tidos em consideração para decisões relativas a essa realidade
Exemplo: os custos fixos são irrelevantes para tomadas de decisão sobre encomendas
pontuais dentro do intervalo relevante
Exemplo 1: a empresa ABC tem uma capacidade instalada de 60000 unidades. Os seus custos
fixos são de 300000€ e os custos variáveis unitários de 12€/unidade. Atualmente, produz e
vende 40000 unidades em Portugal, mas pondera a hipótese de passar a vender mais 5000
unidades para Espanha. Os custos fixos, nesta decisão, são irrelevantes, dado que o
aumento da produção e vendas planeado pela empresa não implica alterações na sua
capacidade instalada
Exemplo 2: uma determinada empresa tem uma capacidade instalada que lhe permite uma
produção máxima de 10000 unidades/ano. O mercado nacional só absorve cerca de 60%
dessa produção ao preço médio de 63,75€/unidade
Surge a possibilidade de exportar para um país do Norte de África 2500 unidades ao preço de
60€/unidade. As despesas de expedição e de transporte para este país têm um valor adicional
de 1,5€/unidade. É de aceitar a proposta? Até que valor mínimo do seu preço de venda
aconselharia a empresa a efetuar as exportações?
Exemplo 3: uma empresa tem uma capacidade instalada de 50000 unidades. Os custos fixos
são de 250000€ e os variáveis unitários de 10€. A empresa tem excesso de capacidade e
recebeu uma oferta para vender 5000 unidades a 15€/unidade
Custos de oportunidade – retorno associado a uma decisão alternativa que rejeitamos pelo
facto de optarmos pela decisão atual. Deve considerar-se como custo da situação atual o
proveito da alternativa preterida, que se designa como custo de oportunidade da aplicação
atual
Exemplo 1: uma empresa tem fundos em excesso no valor de 50000€. Decide adquirir
equipamento moderno que faz baixar os custos em 6000€/ano. Em alternativa, poderia ter
aplicado os 50000€ em aplicações financeiras com uma taxa de rendibilidade líquida de 2%.
ΔR = R2 - R1
ΔC = C2 - C1
Custo diferencial:
Custos (A): 10 * 5000 = 50000€
Custos (B): 12 * 4000 = 48000€
Então: ΔC = C(B) – C(A) = -2000€
Rendimento diferencial:
Rendimento (A): 15 * 5000 = 75000€
Rendimento (B): 19 * 4000 = 76000€
Então: ΔR = R(B) – R(A) = 1000€
Resultado diferencial: Δ Resultado = ΔR – ΔC = 1000 – (- 2000) = 3000€
A decisão a tomar é a (B), pois é a que oferece um resultado diferencial superior. Note-se que,
como a empresa se encontra com excesso de capacidade, os custos fixos são irrelevantes
para a tomada de decisão da escolha entre as alternativas (A) e (B). Salienta-se que, neste
caso, a empresa com vendas abaixo dos custos totais não tem lucro, mas, ainda assi, gera
uma margem que permite cobrir uma parte dos custos fixos
9. Os Custos e as Demonstrações Financeiras
Custos dos produtos e custos do período
Os custos e a Demonstração de Resultados por Naturezas
A rubrica Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas deve ser ajustada,
atendendo à natureza da atividade desenvolvida pela empresa:
Em empresas comerciais – Custo das Mercadorias Vendidas
A inclusão da variação da produção visa permitir o apuramento dos resultados na ótica dos
produtos/serviços que são vendidos.
Como os custos de natureza industrial que constam nos custos por natureza da DNR
traduzem os custos industriais do período (refletem o CIP), há que considerar a variação
dos inventários de PVF (para chegar ao CIPA) e a variação dos inventários de PA’s
(para chegar ao CIPV)
Conceitos de Resultado
Resultado bruto
RO = RB – GD – GA – GI&D
RAI = RO - GF
Os custos e o Balanço
No ativo corrente do balanço, inscrevem-se:
Inventários finais de mercadorias, se se tratar de uma empresa comercial
Inventários finais de todos os produtos resultantes da atividade produtiva da empresa,
se se tratar de uma empresa industrial