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CÁLCULO I

Ano letivo 2018/2019


Ano: 1o
Semestre: 1º
Unidades de crédito: 7, 5 ECTS
Professor responsável pelo programa e coordenação da equipa docente:
Maria Teresa Alves Homem de Gouveia

Sónia Matilde Pinto Correia Martins


AULA 8
Diferenciabilidade
Sónia Martins

Derivada da Função inversa


Seja I um intervalo e f uma função real de variável real contínua e
injetiva.
Se f é diferenciável em 𝑎 ∈ I e 𝑓 ′ (𝑎) ≠ 0 então 𝑓 −1 é diferenciável em
𝑏 = 𝑓(𝑎) e tem-se:

1
𝑓 −1 ′ 𝑏 =
𝑓 ′ 𝑓 −1 (𝑏)

𝑓 −1 𝑏 = 𝑓 −1 𝑓 𝑎 =𝑎

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Sónia Martins

Derivada da Função inversa


Se f é uma função real de variável real contínua e injetiva e
diferenciável em todo o seu domínio. Se 𝑓 ′ (𝑥) ≠ 0 ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓´ então:
𝑓 −1 é diferenciável no seu domínio e tem-se:

1
𝑓 −1 ′ 𝑥 =
𝑓 ′ 𝑓 −1 (𝑥)

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Sónia Martins

Exemplo: Derivada de 𝑛
𝑥
A função 𝑓 𝑥 = 𝑥 𝑛 tem como função inversa a função
𝑓 −1 𝑥 = 𝑛 𝑥. No entanto, é necessário distinguir os casos em
que n é par e os casos em que n é ímpar

Para n par, 𝐼 = 0, +∞ = 𝐽
(f é contínua e injetiva neste intervalo)

Para n ímpar,
(não temos que fazer restrições)

Mas não vamos tomar a derivada da função


inversa no ponto 0 = 𝑓(0) pois 𝑓 ′ (0) = 0
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Sónia Martins

Exemplo: Derivada de 𝑛
𝑥

Então 𝑓 −1 ′
𝑥 = 𝑛
𝑥 é diferenciável em ℝ\ 0 com:

aplicando o teorema apresentado

1 1 1 1
𝑓 −1 ′ 𝑥 = = = =
𝑓′ 𝑓 −1 (𝑥) 𝑓′ 𝑛 𝑥 𝑛 𝑛
𝑥 𝑛−1 𝑛
𝑛 𝑥 𝑛−1

Aplicando o teorema da derivada da função composta também é possível


mostrar que:
𝑛 ′
𝑢′
𝑢 = 𝑛
𝑛 𝑢𝑛−1
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Exemplo: Derivada de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥

Como já vimos anteriormente, para definirmos a função inversa da


função seno vamos considerar um subconjunto do domínio (restrição
𝜋 𝜋
principal) onde a função seja injetiva. Consideramos I= − , .
2 2

𝜋 𝜋
Mas queremos que ∀𝑎 ∈ I= − , que 𝑓 ′ 𝑎 ≠ 0, então tomaremos
2 2
𝜋 𝜋
I= − , pois 𝑓 ′ 𝑥 = 𝑠𝑖𝑛𝑥 ′ = cos 𝑥 .
2 2

−1 ′
1
𝑓 (𝑥) =
𝑓 ′ 𝑓 −1 (𝑥)

1 1
𝑓 −1 ′ (𝑥) = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 ′ = ′ =
𝑓 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 cos(𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥)

Tomemos 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 = 𝑦
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1 1
𝑓 −1 ′ (𝑥) = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 ′ = ′ =
𝑓 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 cos(𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥)
Tomando 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 = 𝑦 (𝑥 = 𝑠𝑖𝑛𝑦)

Sabemos que
𝑠𝑖𝑛2 𝑦 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑦 = 1 ⇔ 𝑐𝑜𝑠 2 y = 1 − 𝑠𝑖𝑛2 𝑦 𝜋𝜋
𝑐𝑜𝑠𝑦 = 1 −𝑠𝑖𝑛2 𝑦
𝑦∈ − ,
22

𝑐𝑜𝑠𝑦 = 1 − 𝑥2 cos 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥 = 1 −𝑥 2


𝑦=𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛𝑥

−1 ′ ′
1
𝑓 (𝑥) = arcsin 𝑥 =
1 − 𝑥2 𝑢′
arcsin 𝑢 ′ =
1 − 𝑢2
Folha 7 Exercício 4: 4.1) 4.2) 4.5) 4.6) 4.8) e 4.9) 7
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Derivada de ordem n
Seja f uma função diferenciável e 𝑓 ′ a sua derivada.
Se 𝑓 ′ for diferenciável no ponto a então diz-se que f é duas vezes
diferenciável em a e chama-se 𝑓 ′ ′(𝑎) a segunda derivada de f no
𝑑2𝑓
ponto a. Esta representa-se por 𝑓 ′′ 𝑎 ou .
𝑑𝑥 2

A derivada de ordem n de f , representa-se por 𝑓 (𝑛) é definida por


recorrência:

𝑓 (1) = 𝑓 ′

𝑓 (𝑛) = 𝑓 (𝑛−1)

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Exemplos:
1. 𝑓 𝑥 = 𝑒 3𝑥

𝑓´ 𝑥 = 3 𝑒 3𝑥 𝑓´´ 𝑥 = 3 × 3 𝑒 3𝑥 = 32 𝑒 3𝑥 𝑓´´´ 𝑥 = 3 × 32 𝑒 3𝑥 = 33 𝑒 3𝑥

𝑓 (𝑛) 𝑥 = 3𝑛 𝑒 3𝑥

2. 𝑔 𝑥 = ln 𝑥

1 ′ ′
1 1 1 2𝑥 2
𝑔´ 𝑥 = 𝑔′′ (𝑥) = =− 2 𝑔′′′ (𝑥) = 2 = 4= 3
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥

2 2 × 3 × 𝑥2 2×3
𝑔(4) 𝑥 = 3 =− =− 4 𝑛−1 (𝑛 − 1)!
𝑥 𝑥6 𝑥 (−1)
𝑔𝑛 𝑥 =
2 × 3 × 4 × 𝑥3 2 × 3 × 4 𝑥𝑛
𝑔(5) 𝑥 = =
𝑥8 𝑥5 9
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Folha 7

Exercício 5: 5.1) 5.4) e 5.5)

Exercícios 6: 6,2) 6.5) e 7 Aplicação da Regra de


Cauchy

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