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CÁLCULO I

Ano letivo 2018/2019


Ano: 1o
Semestre: 1º
Unidades de crédito: 7, 5 ECTS
Professor responsável pelo programa e coordenação da equipa docente:
Maria Teresa Alves Homem de Gouveia

Sónia Matilde Pinto Correia Martins

AULA 9
• Extremos e Pontos Críticos de uma função
• Teoremas fundamentais
Sónia Martins

Extremos de uma função

Definição: Seja 𝑓: 𝐷𝑓 ⊂ ℝ e 𝐴 ⊆ 𝐷𝑓 . Diz-se que:

1. f tem um máximo em A se existe um 𝑎 ∈ A : 𝑓 𝑥 ≤ 𝑓 𝑎 ∀𝑥 ∈ 𝐴

2. f tem um mínimo em A se existe um 𝑎 ∈ A : 𝑓 𝑥 ≥ 𝑓 𝑎 ∀𝑥 ∈ 𝐴

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Teorema de Weierstrass:

Se 𝑓 é uma função contínua em [a, b] então f tem um máximo e


um mínimo nesse intervalo

Se 𝑓 não é contínua em [a, b]


então NÃO está nas condições
do Teorema

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Extremos locais e Pontos Críticos

Uma função 𝑓 tem um máximo local em a se existir um 𝜀 > 0 tal que


𝑓 𝑥 ≤ 𝑓 𝑎 ∀𝑥 ∈ 𝑎 − 𝜀, 𝑎 + 𝜀

A função 𝑓 tem um máximo local


em 𝑥0 e em 𝑥1 mas pelo facto de
𝑓 𝑥 < 𝑓 𝑥0 ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 então 𝑓(𝑥0 ) é
um máximo absoluto

𝑥0 𝑥1
máximo
absoluto

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Extremos locais e Pontos Críticos

Uma função 𝑓 tem um mínimo local em a se existir um 𝜀 > 0 tal que


𝑓 𝑥 ≥ 𝑓 𝑎 ∀𝑥 ∈ 𝑎 − 𝜀, 𝑎 + 𝜀

A função 𝑓 tem um mínimo local


em 𝑥2 . Neste caso o mínimo não é
absoluto pois existem valores de x
para os quais 𝑓 𝑥 < 𝑓 𝑥2

𝑥0 𝑥2 𝑥1
máximo
absoluto

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Extremos locais e Pontos Críticos


(Relação com 1.ª Derivada)

À esquerda do máximo 𝑓(𝑥0 ) as


retas tangentes têm declive positivo
e à direita têm declive negativo.
Quando a função passa de
crescente para decrescente em 𝑥0 a
reta tangente tem declive nulo,
𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0

𝑥0 𝑥2 𝑥1
A mudança de
máximo sinal na derivada
absoluto indicia a
existência de um
extremo
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Extremos locais e Pontos Críticos


(Relação com 1.ª Derivada)

À esquerda do mínimo 𝑓(𝑥2 ) as


retas tangentes têm declive
negativo e à direita têm declive
positivo. Quando a função passa de
decrescente para crescente em 𝑥2 a
reta tangente tem declive nulo,
𝑓 ′ (𝑥2 ) = 0

𝑥0 𝑥2 𝑥1
A mudança de
máximo sinal na derivada
absoluto indicia a
existência de um
extremo
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Extremos locais e Pontos Críticos


(1.ª Derivada)
Teorema
Se 𝑓 tem um extremo local num ponto a e é diferenciável nesse ponto
então 𝑓 ′ (𝑎) = 0
Nota: A inversa do teorema
não é válida. Isto é, por a
derivada num ponto ser
nula isso não implica que
esse ponto seja extremo da
função
𝑥4

𝑥4 é não é um extremo.
É um ponto de inflexão
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Pontos Críticos
Os pontos que cá estivemos a analisar 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 e 𝑥4 são pontos
críticos de 𝑓

Para ser ponto Crítico


tem de acontecer:

𝒇′ 𝒙 = 𝟎

𝑥0 𝑥2 𝑥1 𝑥4
∄ 𝒇′ (𝒙)

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Teorema de Rolle:

Seja 𝑓 uma função contínua em [a, b] e diferenciável ]a, b[.


Se 𝑓 𝑎 = 𝑓(𝑏) então existe pelo menos um 𝑐 ∈ ]a, b[ tal que
𝑓 ′ 𝑐 = 0.

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Corolário:
Entre dois zeros de uma função diferenciável existe pelo menos
um zero da sua derivada.

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Teorema do Valor Intermédio


(No Ensino Secundário denominado de Teorema dos Valores
Intermédios ou Teorema de Bolzano-Cauchy)

Seja 𝑓 uma função contínua em [a, b] tal que 𝑓(𝑎) ≠ 𝑓(𝑏).


Então para qualquer valor de k compreendido entre 𝑓(𝑎) e
𝑓(𝑏), existe um 𝑐 ∈ ]a, b[ tal que 𝑓 𝑐 = 𝑘.

☺ É este teorema
que explica o facto
do gráfico das
funções contínuas
não possuirem
‘buracos’ ☺

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Corolário (Teorema de Bolzano):


Se 𝑓 é uma função contínua em [a, b] tal que 𝑓 𝑎 e 𝑓(𝑏) têm sinais
contrários então existe um 𝑐 ∈ ]a, b[ tal que
𝑓 𝑐 =0

Se 𝑓 é uma função contínua em


[a, b] tal que 𝑓 𝑥 ≠ 0 ∀𝑥 ∈ [a, b]
então todos os valores de 𝑓(𝑥),
com 𝑥 ∈ [a, b], têm o mesmo
sinal

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Alguns Teoremas do Cálculo Diferencial:


Teorema de Darboux:
Seja 𝑓 uma função diferenciável num intervalo aberto I e a, b ∈ I tais
que 𝑓 ′ 𝑎 ≠ 𝑓 ′ 𝑏 . Então para qualquer valor de k compreendido
entre𝑓 ′ 𝑎 e 𝑓 ′ (𝑏) existe um 𝑐 ∈ ]a, b[ tal que 𝑓 ′ 𝑐 = 𝑘.

Teorema de Lagrange:
Seja 𝑓 uma função contínua em [a, b] e diferenciável ]a, b[.
𝑓 𝑏 −𝑓(𝑎)
Então existe um 𝑐 ∈ ]a, b[ tal que 𝑓 ′ 𝑐 = .
𝑏−𝑎

Corolário:
Seja 𝑓 uma função diferenciável num intervalo aberto I. Se 𝑓 ′ 𝑥 = 0
para todo o x ∈ I, então 𝑓 é uma função constante em I.

Folha 9 Exercício 1, 2, 3 e 4 14

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