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CÁLCULO I

Ano letivo 2018/2019


Ano: 1o
Semestre: 1º
Unidades de crédito: 7, 5 ECTS
Professor responsável pelo programa e coordenação da equipa docente:
Maria Teresa Alves Homem de Gouveia

Sónia Matilde Pinto Correia Martins


AULA 5
Assíntotas
Sónia Martins

Assíntotas Verticais
A reta 𝒙 = 𝒂 é uma assintota vertical do gráfico de f se e só se:

lim+ 𝑓 𝑥 = ±∞ lim− 𝑓 𝑥 = ±∞
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Nota: As assíntotas verticais de uma função só podem ocorrer:


● nos pontos onde a função não é contínua
(Por exemplo: em funções definidas por ramos)
●nos pontos não pertencentes ao domínio da função mas para os
quais é possível calcular limite lateral.
(Por exemplo em zeros do denominador de uma função racional ou
em extremos de intervalos, quando 𝐷𝑓 = 𝑎, 𝑏 . É possível calcular
lim+ 𝑓(𝑥) e lim− 𝑓(𝑥)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑏
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Sónia Martins

Assíntotas Verticais

Então para encontrar as assíntotas verticais do gráfico de uma função


f devemos:

1) começar por determinar os pontos 𝑎 ∉ 𝐷𝑓 ou em que f não é


contínua em a;
2) calcular lim+ 𝑓(𝑥) ou lim− 𝑓(𝑥) obtendo como resultados ±∞
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

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Sónia Martins

Assíntotas Não Verticais


Seja f uma função real de variável real, diz-se que:

1) A reta 𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒃 é uma assintota à direita do gráfico de f se e só


se:
lim 𝑓(𝑥 − (𝑚𝑥 + 𝑏)) = 0
𝑥→+∞

2) A reta 𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒃 é uma assintota à esquerda do gráfico de f se e


só se:
lim 𝑓(𝑥 − (𝑚𝑥 + 𝑏)) = 0
𝑥→−∞

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Sónia Martins

Assíntotas Não Verticais


Seja uma função real de variável real. O gráfico de f tem uma
assíntota à direita (respetivamente à esquerda) se existirem e forem
finitos os limites:
𝑓(𝑥) 𝑏 = lim 𝑓 𝑥 − 𝑚𝑥
𝑚 = lim 𝑥→+∞
𝑥→+∞ 𝑥

𝑓(𝑥)
respetivamente, 𝑚 = lim 𝑏 = lim 𝑓 𝑥 − 𝑚𝑥
𝑥→−∞ 𝑥 𝑥→−∞

A assíntota é única e tem equação 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏

Nota: No caso em que 𝑚 = 0 dizemos que 𝑦 = 𝑏 é uma assíntota


horizontal ao gráfico de f

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Sónia Martins

Exemplos:
𝒙𝟐 A função f é contínua em
𝟏) 𝒇 𝒙 = 𝐷𝑓 = ℝ\ 2 ℝ\ 2 pois é uma função
𝒙−𝟐
racional

𝑥2 4
lim± 𝑓 𝑥 = lim± = ± = ±∞
𝑥→2 𝑥→2 𝑥 − 2 0

x= 2 é uma assíntota vertical ao gráfico de f

Vejamos se f admite assíntotas do tipo y = mx + b.

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Sónia Martins

𝒙𝟐
𝒇 𝒙 =
𝒙−𝟐

Vejamos se f tem assíntotas do tipo 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏

𝑥2 2
𝑓(𝑥) 𝑥
𝑚 = lim = lim 𝑥 − 2 = lim 2 =1
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 − 2𝑥

𝑥2 𝑥 2 −𝑥 2 +2𝑥
b= lim 𝑓 𝑥 − 𝑚𝑥 = lim − 𝑥 = lim =2
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥−2 𝑥→+∞ 𝑥−2

𝑦 = 𝑥 + 2 é uma assíntota oblíqua ao gráfico de f quando 𝑥 → +∞

Também,
𝑦 = 𝑥 + 2 é uma assíntota oblíqua ao gráfico de f quando 𝑥 → −∞

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Sónia Martins

𝒙𝟐
𝒇 𝒙 =
𝒙−𝟐

𝒚=𝒙+𝟐

𝒙=𝟐

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Sónia Martins

Exemplos: 𝟏
𝟐) 𝒇 𝒙 =
𝟏 − 𝒙𝟐

𝐷𝑓 = 𝑥 ∈ ℝ: 1 − 𝑥 2 ≠ 0 ∧ 1 − 𝑥 2 ≥ 0 = −1,1

A função f é contínua em ] − 1,1[ pois é o quociente de funções contínuas

A função f só poderá ter (ou não) assíntotas verticais em x = -1 ou x =1

1 1
lim 𝑓 𝑥 = lim + = + = +∞
𝑥→−1+ 𝑥→−1 1−𝑥 2 0
1 1
lim 𝑓 𝑥 = lim− = + = +∞
𝑥→1− 𝑥→1 1−𝑥 2 0

x = -1+ e x = 1- são assíntotas verticais ao gráfico de f


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Sónia Martins

𝟏
𝒇 𝒙 =
𝟏 − 𝒙𝟐
Atendendo ao domínio de f (conjunto limitado) o seu gráfico não
possuirá assíntotas não verticais (não faz sentido calcular limites
quando 𝑥 → ±∞)

𝒙 = −𝟏 𝒙=𝟏

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Sónia Martins

Exemplos: 3) 𝒇 𝒙 =
𝒔𝒊𝒏𝒙
𝒙
𝐷𝑓 = ℝ\ 0

A função f é contínua em ℝ\ 0 pois é o quociente de funções contínuas

A função f só poderá ter (ou não) assíntota vertical em x = 0

𝑠𝑖𝑛𝑥
lim 𝑓 𝑥 = lim = 1 ≠ ±∞
𝑥→0 𝑥→0 𝑥

O gráfico de f não possui assíntotas verticais

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Sónia Martins

𝒔𝒊𝒏𝒙
𝒇 𝒙 =
𝒙

Vejamos se f tem assíntotas do tipo 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏

𝑠𝑖𝑛𝑥
𝑓(𝑥) 𝑥 𝑠𝑖𝑛𝑥 1
𝑚 = lim = lim = lim = lim × 𝑠𝑖𝑛𝑥 = 0
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 2 𝑥→+∞ 𝑥 2

𝐹𝑢𝑛çã𝑜
𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑛𝑢𝑙𝑜 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎
𝑠𝑖𝑛𝑥 1
b= lim 𝑓 𝑥 − 𝑚𝑥 = lim = lim × 𝑠𝑖𝑛𝑥 = 0
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥

𝑦 = 0 é uma assíntota horizontal ao gráfico de f quando 𝑥 → +∞ e


também quando 𝑥 → −∞
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Sónia Martins

𝒔𝒊𝒏𝒙
𝒇 𝒙 =
𝒙

𝒚=𝟎

Folha 6 Exercício 6 e 7
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