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NOTAS DE AULA FUNÇÕES DE

UMA VARIÁVEL

Turmas A e D

Prof. Rodrigo Sampaio


Notas de Aula, sem fins lucrativos, destinada
apenas a uso dos alunos do curso de Funções de
Uma Variável do Curso de BICT da Unifal-MG.
LIMITES E CONTINUIDADE

1- INTRODUÇÃO

Vamos começar a discutir dois conceitos fundamentais para o estudo do cálculo: os conceitos de limite e
de continuidade.
Intuitivamente, uma função contínua em um ponto p de seu domínio é uma função cujo gráfico não
apresenta “salto” em p, como ilustrado na figura 1.

Figura 1: Funções contínuas e descontínuas

O gráfico de f não apresenta “salto” em p: f é contínua em p. Observe que à medida que x se aproxima de
p, quer pela direita ou pela esquerda, os valores de f(x) se aproximam de f(p); e quanto mais próximo de x estiver
de p, mais próximo estará f(x) de f(p). O mesmo não acontece com a função g em p: em p o gráfico de g apresenta
“salto”, g não é continua em p.
Intuitivamente, dizer que o limite de f(x), quando x tende a p, é igual a L que, simbolicamente, se escreve:

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→#

Significa que quando x tende a p, f(x) tende a L.

2
EXEMPLOS

1- Utilizando a ideia intuitiva de limite, calcule:


lim (𝑥 + 1)
!→$

Solução

x x+1 x x+1
2 3 0,5 1,5
1,5 2,5 0,9 1,9
1,1 2,1 0,99 1,99
1,01 2,01 0,999 1,999
1,001 2,001 0,9999 1,9999
↓ ↓ ↓ ↓
1 2 1 2

Consequentemente, temos que o limite tende a L=2.

2- Utilizando a ideia intuitiva de limites, calcule:


𝑥% − 1
lim
!→$ 𝑥 − 1

Solução

! ! &$
Seja 𝑓(𝑥) = !&$
, 𝑥 ≠ 1; f não está definido em x=1.

Para 𝑥 ≠ 1,

3
𝑥 % − 1 (𝑥 + 1)(𝑥 − 1)
𝑓(𝑥) = = =𝑥+1
𝑥−1 𝑥−1
𝑥% − 1
lim = lim 𝑥 + 1 = 2
!→$ 𝑥 − 1 !→$

Intuitivamente, é razoável esperar que se f estiver definida em p e for contínua em p, então, lim 𝑓(𝑥) =
!→#

𝑓(𝑝).

f continua em p ↔ lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑝)


!→#

Veremos ainda, que se lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e se f não for contínua em p, então L será aquele valor que f deveria
!→#

ter em p para ser contínua nesse ponto.

f não está definida em p, ou seja,


lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→#

L é o valor que f deveria ter em p para ser contínua em p.

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 → 𝑓 𝑒𝑠𝑡á 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑝, 𝑚𝑎𝑠 𝐿 ≠ 𝑓(𝑝)


!→#

4
EXERCÍCIOS
1- Utilizando a ideia intuitiva de limite, calcule:
a) lim (𝑥 + 2)
!→$

b) lim(2𝑥 + 1)
!→$

c) lim(3𝑥 + 1)
!→'

d) lim (𝑥 % + 1)
!→%

e) lim √𝑥
!→$
! ! (!
f) lim
!→% !()
*! ! &$ *! ! &$
2- Esboce o gráfico de 𝑓(𝑥) = %!&$
. Utilizando a ideia intuitiva de limite, calcule, lim .
!→$+% %!&$

3- Utilizando a ideia intuitiva de limite, calcule:


! ! &*
a) lim
!→% !&%
! ! (!
b) lim !
!→'

√!&$
c) lim
!→$ !&$
! ! &*!(*
d) lim !&%
!→%

5
2- DEFINIÇÃO DE LIMITE

Sejam f uma função e p um ponto do domínio de f ou extremidade de um dos intervalos que compõem o
domínio de f. Consideremos as situações a seguir:

Definição
Seja f uma função e p um ponto do domínio de f ou extremidade de um dos intervalos que compõem o
domínio de f. Dizemos que f tem limite L, em p, se, para todo 𝜀 > 0 dado, existir um 𝛿 > 0 tal que, para todo
𝑥 ∈ 𝐷(𝑓),
0 < |𝑥 − 𝑝| < 𝛿 ⇒ |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀
Tal número L, quando existe é único, será indicado por
lim 𝑓(𝑥)
!→#

Observações
i- Suponhamos f definida em p. Temos que f contínua em p, ou seja, lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑝).
!→#

ii- O limite de f em p não depende do valor que f assume em p, mas sim dos valores que f assume nos
pontos próximos de p. Quando estivermos interessados no limite de f em p, basta olharmos para os
valores que f assume num “pequeno” intervalo aberto contendo p; o conceito de limite é um conceito
local.

6
PROPRIEDADE DOS LIMITES

Proposição

Se a, m e n são números reais, então:


lim (𝑚𝑥 + 𝑛) = 𝑚𝑎 + 𝑛
!→-

Proposição

Se lim 𝑓(𝑥) e lim 𝑔(𝑥), existem, e c é um número real qualquer, então:


!→- !→-

a) lim [𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ± lim 𝑔(𝑥)


!→- !→- !→-

b) lim 𝑐𝑓(𝑥) = 𝑐 lim 𝑓(𝑥)


!→- !→-

c) lim 𝑓(𝑥). 𝑔(𝑥) = lim 𝑓(𝑥). lim 𝑔(𝑥)


!→- !→- !→-

.(!) 234 .(!)


d) lim 1(!) = "→$
234 1(!)
!→- "→$
5
e) lim 𝑓(𝑥)5 = Olim 𝑓(𝑥)P , para qualquer inteiro positivo n
!→- !→-

%
f) lim Q𝑓(𝑥) = %R lim 𝑓(𝑥) se lim 𝑓(𝑥) > 0 e n inteiro ou se lim 𝑓(𝑥) ≤ 0 e n é um inteiro positivo ímpar
!→- !→- !→- !→-

g) lim lnU𝑓(𝑥)V = 𝑙𝑛 Xlim 𝑓(𝑥)Y, se lim 𝑓(𝑥) > 0


!→- !→- !→-

h) lim cosU𝑓(𝑥)V = 𝑐𝑜𝑠 Xlim 𝑓(𝑥)Y


!→- !→-

i) lim senU𝑓(𝑥)V = 𝑠𝑒𝑛 Xlim 𝑓(𝑥)Y


!→- !→-
234 .(!)
j) lim 𝑒 .(!) = 𝑒 "→$
!→-

Proposição

Se 𝑓(𝑥) ≤ ℎ(𝑥) ≤ 𝑔(𝑥) para todo x em um intervalo contendo a, exceto possivelmente em x=a, e se:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 = lim 𝑔(𝑥)
!→- !→-

então
lim ℎ(𝑥) = 𝐿
!→-

7
EXEMPLOS

1- Encontre os seguintes limites:


a) lim(𝑥 % + 3𝑥 + 5)
!→%

Solução
lim(𝑥 % + 3𝑥 + 5) = lim 𝑥 % + lim 3𝑥 + lim 5 = 4 + 6 + 5 = 15
!→% !→% !→% !→%

!&6
b) lim ! & &7
!→)

Solução
Podemos usar o limite da divisão, ou seja,

lim 𝑥 − 5 lim 𝑥 − lim 5 3−5 1


!→) !→) !→)
= = = −
lim 𝑥 ) − 7 lim 𝑥 ) − lim 7 3) − 7 10
!→) !→) !→)

! ! &$
c) lim
!→$ !&$

Solução
𝑥% − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
lim = lim = lim 𝑥 + 1 = 1 + 1 = 2
!→$ 𝑥 − 1 !→$ 𝑥−1 !→$

$
2- Encontrar o seguinte limite: lim 𝑥 % d𝑠𝑒𝑛 X!Yd
!→'

Solução
Para resolver esse tipo de exercício podemos usar o teorema do confronto, para tal partimos da função
limitada seno.

$
−1 ≤ 𝑠𝑒𝑛 X!Y ≤ 1, podemos multiplicar por x2, onde fica

$
−𝑥 % ≤ 𝑥 % 𝑠𝑒𝑛 X! Y ≤ 𝑥 % , onde podemos aplicar o limite na expressão, ficando:

1
lim −𝑥 % ≤ lim 𝑥 % 𝑠𝑒𝑛 e f ≤ lim 𝑥 %
!→' !→' 𝑥 !→'

Como:
lim −𝑥 % = lim 𝑥 % = 0, temos que:
!→' !→'

8
1
lim 𝑥 % 𝑠𝑒𝑛 e f = 0
!→' 𝑥

√!&√)
3- Calcule lim
!→) !&)

Solução
Como temos uma indeterminação, podemos racionalizar a expressão:
√𝑥 − √3 √𝑥 + √3 𝑥−3 1
. = =
𝑥 − 3 √𝑥 + √3 (𝑥 − 3)(√𝑥 + √3) √𝑥 + √3
1 1
lim =
!→) √𝑥 + √3 2√3

! & ($
4- Calcule lim ! ! (*!()
!→&$

Solução
Como temos indeterminação, podemos reescrever os polinômios em termos de suas raízes, para retirarmos
a indeterminação.
Uma vez que -1 é raiz dos dois polinômios, podemos fatora-los, para o numerador usamos o dispositivo
de Briot-Ruffini:

1 0 0 1 -1
1 -1 1 0
Onde temos:
𝑥 ) + 1 = (𝑥 + 1)(𝑥 % − 𝑥 + 1)
Para 𝑥 % + 4𝑥 + 3 = (𝑥 + 1)(𝑥 + 3), o limite fica:
(𝑥 + 1)(𝑥 % − 𝑥 + 1) 1 + 1 + 1
lim = = 3/2
!→&$ (𝑥 + 1)(𝑥 + 3) −1 + 3
& &
√! & √%
5- Calcule lim
!→% !&%

Solução
Para resolvermos esse tipo de exercício, podemos usar o trinômio perfeito:

𝑎) − 𝑏 ) = (𝑎 − 𝑏)(𝑎% + 𝑎𝑏 + 𝑏 % )
agora podemos racionalizar a expressão:
& & && & &
√𝑥 − √2 U√𝑥 % + √𝑥 √2 + √2% V 𝑥−2 1
. & = = &
𝑥 − 2 U√𝑥 % + √𝑥 √2 + √2% V (𝑥 − 2)U√𝑥 % + √𝑥 √2 + √2% V U √𝑥 % + √𝑥 &√2 + &√2% V
& & & & & & & &

9
o limite fica:
1 1
lim & & & & = &
!→% U√𝑥 % + √𝑥 √2 + √2% V 3 √4

! ! &(-&$)!&-
6- Calcule lim ! ! &(-&%)!&%-
!→-

Solução

𝑥 % − (𝑎 − 1)𝑥 − 𝑎 𝑥 % − 𝑎𝑥 + 𝑥 − 𝑎 𝑥(𝑥 + 1) − 𝑎(𝑥 + 1)


lim = lim % = lim 𝑥(𝑥 − 𝑎) + 2(𝑥 − 𝑎) =
!→- 𝑥 % − (𝑎 − 2)𝑥 − 2𝑎 !→- 𝑥 − 𝑎𝑥 + 2𝑥 − 2𝑎 !→-

(𝑥 − 𝑎)(𝑥 + 1) 𝑎 + 1
= lim =
!→- (𝑥 − 𝑎)(𝑥 + 2) 𝑎+2
% %
7- Calcule lim X)!&8 − %! ! &6!(%Y
!→%

Solução
2(2𝑥 % − 5𝑥 + 2) − 2(3𝑥 − 6)
lim i j
!→% (3𝑥 − 6)(2𝑥 % − 5𝑥 + 2)
4𝑥 % − 10𝑥 + 4 − 6𝑥 + 12
lim i j
!→% 3(𝑥 − 2)(2𝑥 % − 5𝑥 + 2)
4𝑥 % − 16𝑥 + 16
lim i j
!→% 3(𝑥 − 2)(2𝑥 % − 5𝑥 + 2)
4(𝑥 % − 4𝑥 + 4)
lim i j
!→% 3(𝑥 − 2)(2𝑥 % − 5𝑥 + 2)
4(𝑥 − 2)(𝑥 − 2)
lim e f
!→% 3(𝑥 − 2)(2𝑥 % − 5𝑥 + 2)
4(𝑥 − 2)%
lim i j
!→% 3(𝑥 − 2)(2𝑥 % − 5𝑥 + 2)
4(𝑥 − 2) 4
lim e f= = 4/9
!→% 3(2𝑥 − 1)(𝑥 − 2) 3(4 − 1)

*! ' (9! & ()! ! &6!&)


8- Calcule lim
!→&$ )! ' (9! & (9! ! ()!

Solução
4 9 3 -5 -3 -1
4 5 -2 -3 0 -1
4 1 -3 0 -1
4 -3 0

(𝑥 + 1)) (4𝑥 − 3)
10
3 9 9 3 0 -1
3 6 3 0 0 -1
3 3 0 0 0 -1
3 0 0 0 0

3𝑥(𝑥 + 1))
(!($)& (*!&))
lim )!(!($)&
= 7/3
!→&$

)&√6(!
9- Calcule lim $&√6&!
!→*

Solução
Racionalizando, temos:
3 − √5 + 𝑥 3 + √5 + 𝑥 1 + √5 − 𝑥 1 + √5 − 𝑥
. . =−
1 − √5 − 𝑥 3 + √5 + 𝑥 1 + √5 − 𝑥 3 + √5 + 𝑥
1 + √5 − 𝑥
lim − = −1/3
!→* 3 + √5 + 𝑥

√!&:
10- Calcule lim &
!→8* √! &*

Solução

Neste exemplo, podemos lançar mão de uma mudança de variável, para tal vamos reduzir os termos a uma
única variável e sem as raízes.
Calculamos o mmc entre (2,3)=6, usamos a seguinte mudança de variável:
𝑥 = 𝑦8

com yà2, logo o limite fica:


𝑦) − 8 (𝑦 − 2)(𝑦 % + 2𝑦 + 4) 4 + 4 + 4
lim = lim = =3
;→% 𝑦 % − 4 ;→% (𝑦 − 2)(𝑦 + 2) 4

√!(√*!(6&√)!($)
11- Calcule lim !&$
!→$

Solução
Fazendo:
U√𝑥 − 1V + U√4𝑥 + 5 − 3V − U√3𝑥 + 13 − 4V
lim
!→$ 𝑥−1

11
√𝑥 − 1 √4𝑥 + 5 − 3 √3𝑥 + 13 − 4
lim + lim − lim
!→$ 𝑥 − 1 !→$ 𝑥−1 !→$ 𝑥−1
Onde:
√𝑥 − 1
lim = 1/2
!→$ 𝑥 − 1

√4𝑥 + 5 − 3
lim = 2/3
!→$ 𝑥−1
√3𝑥 + 13 − 4
lim = 3/8
!→$ 𝑥−1

$ % ) $9
è% + ) − : = %*

√)!&%(√!&√6!&$
12- Calcule lim
!→$ √%!($&√!

Solução
Dividimos o numerador e o denominados por x-1.

√3𝑥 − 2 + √𝑥 − √5𝑥 − 1
lim i 𝑥−1 j
!→$

√2𝑥 + 1 − √𝑥
lim i 𝑥−1 j
!→$

Fazemos agora o procedimento do exemplo 11 (Fazer os cálculos!).

√3𝑥 − 2 + √𝑥 − √5𝑥 − 1
lim i j = 3/4
!→$ 𝑥−1

√2𝑥 + 1 − √𝑥
lim i j = 1/2
!→$ 𝑥−1
Logo:
√3𝑥 − 2 + √𝑥 − √5𝑥 − 1
lim = 3/2
!→$ √2𝑥 + 1 − √𝑥

EXERCÍCIOS

Calcule os seguintes limites:

! ! &(-($)!(-
1- lim ! & &- &
!→-

12
! & &! ! &:!($%
2- lim ! & &! ! &$%!(%'
!→%
)! ! &$7!(%'
3- lim *! ! &%6!()8
!→*
! ' (! & &%*
4- lim ! ! &*
!→%
! & (! ! &6!()
5- lim ! & (%! ! &7!(*
!→$
6! ! ()! ( &:
6- lim
!→$ 7! ' &*!&)
! & (8! ! (9!
7- lim ! & (6! ! ()!&9
!→)
%! & &6! ! &%!&)
8- lim *! & &$)! ! (*!&)
!→)
$&! !
9- lim ($(-!)! &(-(!)!
!→$

%! !% ($&)! )!%
10- lim )! !% &6(%! )!%
!→$
! *++ &%!($
11- lim
!→$ ! (+ &%!($
$ )
12- lim X$&! − $&! &Y
!→$
! ! &<!()!&)<
13- Achar os valores de m de tal maneira que: lim !&<
= 𝑚% − 27
!→<
! ! &$
14- Se lim -! ! (%!(= = 𝐿 ≠ 0, calcular o valor de a+b.
!→$

Calcule os seguintes limites:


√$(! ! &$
15- lim !!
!→'

√$(!&√$&!
16- lim !
!→'

√!&*&√)!&$*
17- lim !&6
!→6

√! ! &%!(8&√! ! (%!&8
18- lim ! ! &*!()
!→)
)!&8
19- lim $&√*!&7
!→%
!()
20- lim
!→&) √! ! (7&*
&
√:(! &%
21- lim !
!→'

√$(!&$
22- lim &
!→' √$(! &$
&
√! &%
23- lim
!→: !&:

√!&*
24- lim '
!→$8 √! &%
13
√!&$
25- lim &
!→$ √! &$
&
√!(7&%
26- lim
!→$ √!(7&√:
' &
√! ( √! (√!&)
27- lim !&$
!→$

√!(√)!($&√%!(7
28- lim
!→$ √!(√*!(6&√)!($)

√$(! ! &√$&! &


29- lim !!
!→'

3- LIMITES LATERAIS

Definição
Seja f uma função definida em um intervalo aberto (a,c). Dizemos que um número L é o limite à direita
da função f quando x tende para a e escrevemos:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→- ,

se para todo 𝜀 > 0 existe um 𝛿 > 0, tal que |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀 sempre que 𝑎 < 𝑥 < 𝑎 + 𝛿.

Definição
Seja f uma função definida em um intervalo aberto (d,a). Dizemos que um número L é o limite à esquerda
da função f quando x tende para a e escrevemos:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→- )

se para todo 𝜀 > 0 existe um 𝛿 > 0, tal que |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀 sempre que 𝑎 − 𝛿 < 𝑥 < 𝑎.

EXEMPLO
Dada a função 𝑓(𝑥) = 1 + √𝑥 − 3, determinar se possível:
a) lim, 𝑓(𝑥)
!→)

b) lim) 𝑓(𝑥)
!→)

Solução
A função dado só é definida para 𝑥 ≥ 3, assim não existe o limite a esquerda. Para calcular o limite a
direita, fazemos:

lim 1 + √𝑥 − 3 = lim, 1 + lim, √𝑥 − 3 = 1 + 0 = 1


!→), !→) !→)

Teorema
Se f é definida em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente no ponto a, então:

14
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⇒ lim, 𝑓(𝑥) = lim) 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→- !→- !→-

EXERCICIOS
𝑥 − 1, 𝑥 ≤ 3
1- Seja 𝑓(𝑥) = o
3𝑥 − 7, 𝑥 > 3
Calcule:
a) lim) 𝑓(𝑥)
!→)

b) lim, 𝑓(𝑥)
!→)

c) lim 𝑓(𝑥)
!→)

d) lim) 𝑓(𝑥)
!→6

e) lim, 𝑓(𝑥)
!→6

f) lim 𝑓(𝑥)
!→6

2- Calcule, caso exista. Se não existir, justifique.


|!&$|
a) lim, !&$
!→$
! ! &%!($
b) lim, !&$
!→%
|!&$|
c) lim
!→) !&$

15
5-LIMITES NO INFINITO

Definição
Seja f uma função definida em um intervalo aberto (𝑎, +∞). Escrevemos,
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→(?

quando o número L satisfaz à seguinte condição: “Para qualquer 𝜀 > 0, existe A>0 tal que |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀 sempre
que x>A”.

Definição
Seja f definida em (−∞, 𝑏).Escrevemos:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
!→&?

se L satisfaz a seguinte condição:


“Para qualquer 𝜀 > 0, existe B<0, tal que |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀 sempre que x<B’.

TEOREMA

Se n é um número inteiro positivo, então:


$
i) lim =0
!→? ! %
$
ii) lim =0
!→&? ! %

EXEMPLOS
%!&6
1- Determinar lim
!→? !(:

Solução
?
Neste caso temos uma indeterminação do tipo ?, podemos dividir o numerador e o denominador por x,
ficando:

5
2−𝑥
lim =2
!→? 8
1+𝑥
%! & &)!(6
2- Determinar lim *! ( &%
!→&?

Solução
2𝑥 ) 3𝑥 5
𝑥 6 − 𝑥6 + 𝑥6
lim =0
!→? 2
4− 6
𝑥
16
%!(6
3- Determinar lim
!→? √%! ! &6

Solução
5
2𝑥 + 5 2𝑥 + 5 2+𝑥 2
lim = lim = lim =
!→? !→? !→? √2
R𝑥 % X2 − 5% Y 𝑥 R2 −
5 R2 − 5%
𝑥 𝑥% 𝑥

6- LIMITES INFINITOS

Definição

Seja f(x) uma função definida em um intervalo aberto a, exceto, possivelmente, em x=a. Dizemos que:

lim 𝑓(𝑥) = +∞
!→-

se para qualquer A>0 existe um 𝛿 > 0 tal que f(x)>A sempre que 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.

Definição

Se f(x) definida, em um intervalo aberto contendo a, exceto, possivelmente em x=a. Dizemos que:

lim 𝑓(𝑥) = −∞
!→-

se para qualquer B<0, existe um 𝛿 > 0, tal que f(x)<B sempre que 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
Além dos limites infinitos, podemos ainda considerar os limites laterais infinitos e os limites infinitos no
infinito.

lim 𝑓(𝑥) = +∞
!→- ,

lim 𝑓(𝑥) = +∞
!→- )

lim 𝑓(𝑥) = −∞
!→- ,

lim 𝑓(𝑥) = −∞
!→- )

lim 𝑓(𝑥) = −∞
!→(?

lim 𝑓(𝑥) = +∞
!→&?

lim 𝑓(𝑥) = −∞
!→&?

17
TEOREMA

Se n é um número inteiro positivo qualquer, então:


$
a) lim, ! % = +∞
!→'

$ +∞, 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
b) lim) ! % = q
!→' −∞, 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟

PROPRIEDADE DOS LIMITES INFINITOS

EXERCÍCIOS
)!(|! |
1- Se 𝑓(𝑥) = 7!&6|!|, calcule:

a) lim 𝑓(𝑥)
!→(?

b) lim 𝑓(𝑥)
!→&?
$
2- Se 𝑓(𝑥) = (!(%)! , calcule:

a) lim 𝑓(𝑥)
!→&%

b) lim 𝑓(𝑥)
!→(?

18
3- Calcule
a) lim (3𝑥 ) + 4𝑥 % − 1)
!→(?
$ *
b) lim X2 − ! + ! !Y
!→(?
@($
c) lim X@ ! ($Y
@→(?
@($
d) lim X@ ! ($Y
@→&?
%! ( &)! & (%
e) lim &! ! (7
!→(?
)! ( &! ! (7
f) lim %&! !
!→&?

!√!()!&$'
g) lim !&
!→(?
!(%!&7ABC!)
h) lim
!→(? )! ! &6CD5!($

√! ! ($
i) lim
!→&? !($

j) lim U√𝑥 % + 1 − √𝑥 % − 1V
!→(?

l) lim 𝑥U√𝑥 % − 1 − 𝑥V
!→(?
6! & &! ! (!&$
m) lim
!→&? ! ' (! & &!($
:&C
n) lim
C→(? √C ! (7

√! ! (*
o) lim
!→&? !(7

p) lim U√𝑥 % − 5𝑥 + 6 − 𝑥V
!→(?

E!(F!(√!(%
q) lim
!→(? √!(%
!
r) lim, !&)
!→)
!
s) lim) !&)
!→)
!
t) lim, ! ! &*
!→%
;(8
u) lim) ; ! &)8
;→8
)&!
v) lim) ! ! &%!&:
!→*

19
7- ASSINTOTAS

Em aplicações práticas, encontramos com muita frequência gráficos que se aproximam de uma reta à
medida que x cresce ou decresce.

Essas retas são denominadas assíntotas.

Definição

A reta x=a é uma assíntota vertical do gráfico de y=f(x), se pelo menos uma das seguintes afirmações for
verdadeira:
a) lim 𝑓(𝑥) = +∞
!→- ,

b) lim) 𝑓(𝑥) = +∞
!→-

c) lim 𝑓(𝑥) = −∞
!→- ,

d) lim) 𝑓(𝑥) = −∞
!→-

EXEMPLO
$
Verificar se a reta x=2 é uma assíntota vertical do gráfico: 𝑦 = (!&%)! .

20
Solução
Para tal temos:
1
lim, = +∞
!→% (𝑥 − 2)%
1
lim) = +∞
!→% (𝑥 − 2)%

Definição
A reta y=b é uma assíntota horizontal do gráfico de y=f(x), se pelo menos uma das seguintes afirmações
for verdadeira:
a) lim 𝑓(𝑥) = 𝑏
!→(?

b) lim 𝑓(𝑥) = 𝑏
!→&?

EXEMPLO
Verificar se as retas y=1 e y=-1 são assíntotas horizontais do gráfico de
𝑥
𝑦=
√𝑥 % + 2
Solução
𝑥 𝑥
lim = lim =1
!→(? √𝑥 % +2 !→(? 2
R𝑥 % X1 + %Y
𝑥
𝑥 𝑥 𝑥
lim = lim = lim = −1
!→&? √𝑥 % +2
R𝑥 % X1 + 2% Y 2
!→&? !→&?
−√𝑥 % R1 + %
𝑥 𝑥

21
EXERCÍCIOS
1- Determine as assíntotas verticais e horizontais dos gráficos a seguir:
*
a) 𝑓(𝑥) = !&*
&)
b) 𝑓(𝑥) = !(%
*
c) 𝑓(𝑥) = ! ! &)!(%
&$
d) 𝑓(𝑥) = (!&))(!(*)
$
e) 𝑓(𝑥) =
√!(*

8- CONTINUIDADE

Definição
Dizemos que uma função f é continua no ponto a se as seguintes condições forem satisfeitas:
a) f é definida no ponto a;
b) lim 𝑓(𝑥) existe;
!→-

c) lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)


!→-

EXEMPLO

! ! &$
e 𝑔(𝑥) = u !&$ , 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 1 as funções f e g não são contínuas em a=1. A função f não
! ! &$
1- Sejam 𝑓(𝑥) = !&$
1, 𝑠𝑒 𝑥 = 1
está definida em a=1. Portanto, não satisfaz a condição (a). Já para a função g, temos g(1)=1, mas
(!&$)(!($)
lim 𝑔(𝑥) = lim !&$
= 2 logo a condição (c) não se verifica.
!→$ !→$

PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES CONTÍNUAS

Se as funções f e g são contínuas em um ponto a, então:


i) f+g é continua em a;
ii) f-g é continua em a;
iii) f.g é continua em a;
iv) f/g é continua em a, desde que 𝑔(𝑎) ≠ 0.

22
Proposição

i) Uma função polinomial é contínua para todo número real;


ii) Uma função racional é contínua em todos os pontos de seu domínio;
iii) As funções f(x)=senx e f(x)=cosx são contínuas para todo número real;
iv) A função exponencial f(x)=ex é continua para todo número real x.

TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

Se f é contínua no intervalo [a,b] e L é um número tal que 𝑓(𝑎) ≤ 𝐿 ≤ 𝑓(𝑏) ou 𝑓(𝑏) ≤ 𝐿 ≤ 𝑓(𝑎), então
existe pelo menos um 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏] tal que f(x)=L.

CONSEQUÊNCIA
Se f é contínua em [a,b] e se f(a) e f(b) têm sinais opostos, então existe pelo menos um número c entre a
e b tal que f(c)=0.

EXERCÍCIOS

1- Investigue a continuidade nos pontos indicados.


CD5!
,𝑥 ≠ 0
a) 𝑓(𝑥) = u ! em x=0
0, 𝑥 = 0

23
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 − |𝑥|, em x=0
! & &:
c) 𝑓(𝑥) = u! ! &* , 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 2 em x=2
3, 𝑠𝑒 𝑥 = 2
2- Calcule p de modo que as funções abaixo sejam contínuas.
𝑥 % + 𝑝𝑥 + 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 3
a) 𝑓(𝑥) = q
3, 𝑠𝑒 𝑥 = 3
𝑒 %! , 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 0
b) 𝑓(𝑥) = q )
𝑝 − 7, 𝑠𝑒 𝑥 = 0
3- Determine os pontos, se existirem, onde as seguintes funções não são contínuas.
!
a) 𝑓(𝑥) = (!&))(!(7)

b) 𝑓(𝑥) = Q(3 − 𝑥)(6 − 𝑥)


$
c) 𝑓(𝑥) = $(%CD5!

4- A força gravitacional exercida pela Terra sobre uma unidade de massa a uma distância r do centro da
Terra é:
𝐺𝑀𝑟
)
𝑠𝑒 𝑟 < 𝑅
𝐹(𝑟) = w 𝑅
𝐺𝑀
𝑠𝑒 𝑟 ≥ 𝑅
𝑟%
onde M é a massa da Terra; R é seu raio; e G é a constante gravitacional. F é uma função contínua em r?
5- Explique por que cada função é contínua ou descontínua.
a) A temperatura em um local específico como uma função do tempo;
b) A temperatura em um tempo específico como uma função da distância em direção a oeste a partir da
cidade de Nova York;
c) A altitude acima do nível do mar como função da distância em direção a oeste a partir da cidade de Nova
York;
d) O custo de uma corrida de taxi como uma função da distância percorrida.

24
DERIVADAS

1- RETA TANGENTE

Começamos definindo a inclinação de uma curva y=f(x) para, em seguida, encontrar a equação da reta
tangente à curva num ponto dado.
As ideias que serão usadas foram introduzidas no século XVII por Newton e Leibnitz.
Seja y=f(x) uma curva definida no intervalo (a,b). Sejam P(x1,y1) e Q(x2,y2) dois pontos distintos da curva
y=f(x).
Seja s a reta secante que passa por P e Q. Considerando o triângulo retângulo PMQ, temos que a inclinação
da reta s (ou coeficiente angular de s) é:

𝑦% − 𝑦$ ∆𝑦
𝑡𝑔𝛼 = =
𝑥% − 𝑥$ ∆𝑥

Suponhamos agora que, mantendo P fixo, Q se mova sobre a curva em direção a P. Diante disso, a
inclinação da reta secante s variará. A medida que Q vai se aproximando cada vez mais de P, a inclinação da
secante varia cada vez menos, tendendo para um valor limite constante. Esse valor limite é chamado inclinação
da reta tangente à curva no ponto P, ou também inclinação da curva em P.

25
Definição
Dada uma curva y=f(x), seja P(x1,y1) um ponto sobre ela. A inclinação da reta tangente `a curva no ponto
P é dada por:
∆𝑦 𝑓(𝑥% ) − 𝑓(𝑥$ )
𝑚(𝑥$ ) = lim = lim
G→H ∆𝑥 !! →!* 𝑥% − 𝑥$
quando o limite existe.
Fazendo 𝑥% = 𝑥$ + ∆𝑥, podemos reescrever o limite na forma:
𝑓(𝑥$ + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥$ )
𝑚(𝑥$ ) = lim
∆!→' ∆𝑥
Conhecendo a inclinação da reta tangente `a curva no ponto P, podemos encontrar a equação da reta
tangente à curva em P. Para tal, podemos usar a seguinte equação:
𝑦 − 𝑦$ = 𝑚(𝑥 − 𝑥$ )

EXEMPLO
Encontre a inclinação da reta tangente `a curva 𝑦 = 𝑥 % − 2𝑥 + 1 no ponto (𝑥$ , 𝑦$ ).

Solução
𝑓(𝑥) = 𝑥 % − 2𝑥 + 1
𝑓(𝑥$ ) = 𝑥$% − 2𝑥$ + 1
𝑓(𝑥$ + ∆𝑥) = (𝑥$ + ∆𝑥)% − 2(𝑥$ + ∆𝑥) + 1 = 𝑥$% + 2𝑥$ ∆𝑥 + ∆𝑥 % − 2𝑥$ − 2∆𝑥 + 1
𝑓(𝑥$ + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥$ )
𝑚(𝑥$ ) = lim
∆!→' ∆𝑥
𝑥$% + 2𝑥$ ∆𝑥 + ∆𝑥 % − 2𝑥$ − 2∆𝑥 + 1 − 𝑥$% − 2𝑥$ + 1
𝑚(𝑥$ ) = lim i j
∆!→' ∆𝑥
%!* ∆!(∆! ! &%∆!
𝑚(𝑥$ ) = lim X ∆!
Y = 2𝑥$ − 2 (coeficiente angular no ponto P)
∆!→'

Para determinarmos a equação da reta, usamos:

𝑦 − 𝑦$ = 𝑚(𝑥 − 𝑥$ )

26
logo, temos:
𝑦 − 𝑦$ = (2𝑥$ − 2)(𝑥 − 𝑥$ )

2- DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

A derivada de uma função f(x) no ponto 𝑥$ , denotada por f’(x), (lê-se f linha, no ponto 𝑥$ ), é definida
pelo limite:
𝑓(𝑥$ + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥$ )
𝑓 J (𝑥$ ) = lim
∆!→' ∆𝑥
quando este limite existe.
Também podemos escrever:

𝑓(𝑥% ) − 𝑓(𝑥$ )
𝑓 J (𝑥$ ) = lim
!! →!* 𝑥% − 𝑥$
Esse limite nos dá a inclinação da reta tangente à curva y=f(x) no ponto (𝑥$ , 𝑓(𝑥$ )), ou seja,
geometricamente a derivada nos dá o coeficiente angular da reta tangente à curva.

3- DERIVADA DE UMA FUNÇÃO


A derivada de uma função y=f(x) é a função denotada por f’(x), tal que seu valor em qualquer 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓)
é dado por:

𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥)


𝑓 J (𝑥) = lim
∆!→' ∆𝑥
se seu limite existir.
Dizemos que uma função é derivável quando existe a derivada em todos os pontos de seu domínio.
Notações mais comuns:
i) 𝐷! 𝑓(𝑥)
ii) 𝐷! 𝑦
K;
iii) K!

EXEMPLOS
a) Dada 𝑓(𝑥) = 5𝑥 % + 6𝑥 − 1, encontre f’(2).
Solução
𝑓(2 + ∆𝑥) − 𝑓(2)
𝑓 J (2) = lim
∆!→' ∆𝑥

27
J (2)
5(2 + ∆𝑥)% + 6(2 + ∆𝑥) − 1 − (5.4 + 6.2 − 1)
𝑓 = lim i j = 26
∆!→' ∆𝑥
!&%
b) Dada 𝑓(𝑥) = !(), encontre f’(x).
Solução
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥)
𝑓 J (𝑥) = lim
∆!→' ∆𝑥
𝑥 + ∆𝑥 − 2 𝑥 − 2

𝑓 (𝑥) = lim }𝑥 + ∆𝑥 + 3 𝑥 + 3~
J
∆!→' ∆𝑥

(𝑥 + ∆𝑥 − 2). (𝑥 + 3) − (𝑥 − 2). (𝑥 + ∆𝑥 + 3)
(𝑥 + ∆𝑥 + 3). (𝑥 + 3)
𝑓 J (𝑥) = lim • €
∆!→' ∆𝑥

𝑥 % + 𝑥 + 𝑥∆𝑥 + 3∆𝑥 − 6 − 𝑥 % − 𝑥∆𝑥 − 𝑥 + 2∆𝑥 + 6 5 5


𝑓 J (𝑥) = lim = lim =
∆!→' (𝑥 + ∆𝑥 + 3)(𝑥 + 3)∆𝑥 ∆!→' (𝑥 + ∆𝑥 + 3)(𝑥 + 3) (𝑥 + 3)%

4- CONTINUIDADE DE FUNÇÕES DERVÁVEIS

TEOREMA
Toda função derivável num ponto x1 é contínua nesse ponto.

EXERCÍCIOS

1- Determinar a equação da reta tangente às seguintes curvas, nos pontos indicados. Esboçar o gráfico em
cada caso:
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 % − 1; 𝑥 = 1; 𝑥 = 0; 𝑥 = 𝑎, 𝑎 ∈ ℛ
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 % − 3𝑥 + 6; 𝑥 = −1; 𝑥 = 2
$
c) 𝑓(𝑥) = 𝑥(3𝑥 − 5); 𝑥 = % ; 𝑥 = 𝑎, 𝑎 ∈ ℛ

2- Encontrar as equações das retas tangente e normal à curva y=x2-2x+1 no ponto (-2,9).
3- Influências externas produzem uma aceleração numa partícula de tal forma que a equação de seu
=
movimento retilíneo é 𝑦 = @ + 𝑐𝑡, onde y é o deslocamento de t, o tempo.

a) Qual a velocidade de partícula no instante t=2?


b) Qual é a equação da aceleração?
4- Usando a definição, determinar a derivada das seguintes funções:
a) 𝑓(𝑥) = 1 − 4𝑥 %
$
b) 𝑓(𝑥) = !(%

28
c) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 % − 𝑥 + 1
$
d) 𝑓(𝑥) =
√%!&$

5- REGRAS DE DERIVAÇÃO

K;
a) Derivada de uma constante: 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑐 ⇒ K! = 0
K;
b) Derivada da função identidade: 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 ⇒ K! = 1
K;
c) Derivada da função potência: 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 5 ⇒ K! = 𝑛𝑥 5&$
K;
d) Derivada do produto de uma constante pela função f(x): 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑘𝑓(𝑥) ⇒ K! = 𝑘𝑓′(𝑥)
K;
e) Derivada da soma de duas funções: 𝑦 = 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) ⇒ K! = 𝑓 J (𝑥) + 𝑔′(𝑥)
K;
f) Derivada do produto de duas funções: 𝑦 = 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) ⇒ K! = 𝑓(𝑥)𝑔J (𝑥) + 𝑓 J (𝑥)𝑔(𝑥)
.(!) K; 1(!). - (!)&1- (!).(!)
g) Derivada da divisão de duas funções: 𝑦 = , 𝑔(𝑥) ≠ 0 ⇒ = [1(!)]!
1(!) K!

EXEMPLOS

1- Achar a derivada f’(x) das seguintes funções:


$
a) 𝑦 = 𝑥 7 + 𝑥 6 + ! & + 4𝑥

b) 𝑦 = (𝑥 6 + 2𝑥)(𝑥 ) + 𝑥 % + 𝑥 + 7)
! & (%! ! (7
c) 𝑦 = ! ' (! & (!

Solução
a) 𝑦 J = 7𝑥 8 + 5𝑥 * − 3𝑥 &* + 4
b) Usando a regra do produto, temos:
𝑦 J = (5𝑥 * + 2)(𝑥 ) + 𝑥 % + 𝑥 + 7) + (𝑥 6 + 2𝑥)(3𝑥 % + 2𝑥 + 1)
𝑦 J = 8𝑥 7 + 9𝑥 8 + 6𝑥 6 + 41𝑥 * + 2𝑥 ) + 10𝑥 % + 4𝑥 + 14
c) Usando a regra do quociente, temos:

J
(𝑥 * + 𝑥 ) + 𝑥)(3𝑥 % + 4𝑥) − (𝑥 ) + 2𝑥 % + 7)(4𝑥 ) + 3𝑥 % + 1)
𝑦 =
(𝑥 * + 𝑥 ) + 𝑥)%
−𝑥 8 + 2𝑥 * + 5𝑥 ) + 19𝑥 % + 4𝑥 + 7
𝑦J =
(𝑥 * + 𝑥 ) + 𝑥)%

6- DERIVADA DE UMA FUNÇÃO COMPOSTA


29
Consideremos duas funções diferenciáveis:
𝑦 = 𝑓(𝑢) → 𝑦 é 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 𝑢
𝑢 = 𝑔(𝑥) → 𝑢 é 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 𝑥
desse modo, podemos expressar y como função de x, ou seja, y=f(g(x)), logo y é uma função composta.
Para o cálculo de sua derivada, podemos fazer:
K;
𝑦 = 𝑓(𝑢) KN
= 𝑓′(𝑢)
⟹ ‰KN , então:
𝑢 = 𝑔(𝑥) = 𝑔′(𝑥)
K!

𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
= . = 𝑓 J (𝑢)𝑔J (𝑥) = 𝑓 J U𝑔(𝑥)V𝑔′(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥

EXEMPLOS
K;
1- Dada a função 𝑦 = (𝑥 % + 5𝑥 + 2)7 , determinar K! .

Solução
𝑦 = 𝑢7
𝑢 = 𝑥 % + 5𝑥 + 2
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
= = 7𝑢8 (2𝑥 + 5) = 7(𝑥 % + 5𝑥 + 2)8 (2𝑥 + 5)
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥

K;
2- Calcular , onde 𝑦 = (𝑓(𝑥))5 .
K!

Solução

𝑦 = 𝑢5
𝑢 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
= = 𝑛(𝑓(𝑥))5&$ 𝑓′(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥

7- DERIVADA DAS FUNÇÕES ELEMENTARES

K;
i. Derivada da função exponencial: Se 𝑦 = 𝑎 ! , (𝑎 > 0 𝑒 𝑎 ≠ 1), então: K! = 𝑎 ! 𝑙𝑛𝑎;
K; $
ii. Derivada da função logarítmica: Se 𝑦 = log - 𝑥 (𝑎 > 0 𝑒 𝑎 ≠ 1), então: K! = ! log - 𝑒

iii. Derivada da função exponencial composta: Se 𝑦 = 𝑢O , onde u=u(x) e v=v(x) são funções de x, deriváveis
K;
num intervalo I e 𝑢(𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ 𝐼, então: K! = 𝑣𝑢O&$ 𝑢J + 𝑢O 𝑙𝑛𝑢. 𝑣′

30
EXEMPLOS

Determinar a derivada das funções:


! ()!&$
a) 𝑦 = 3%!
",*
b) 𝑦 = 𝑒 ")*
c) 𝑦 = log % (3𝑥 % + 7𝑥 − 1)
Solução
! ()!&$
a) 𝑦 J = 3%! 𝑙𝑛3. (4𝑥 + 3)
",*
%
b) 𝑦 J = 𝑢J 𝑒 N = − (!&$)! 𝑒 ")*
N- 8!(7
c) 𝑦 J = N
log % 𝑒 = )! ! (7!&$ log % 𝑒

8- DERIVADAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

i) Derivada da função seno:


y=senx
y’=cosx

ii) Derivada da função cosseno

y=cosx
y’=-senx

iii) Derivada da função tangente

𝑦 = 𝑡𝑔𝑥
𝑦 J = 𝑠𝑒𝑐 % 𝑥

Similarmente, encontramos:
𝑦 = 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 → 𝑦 J = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 % 𝑥
𝑦 = 𝑠𝑒𝑐𝑥 → 𝑦 J = 𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑡𝑔𝑥
𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 → 𝑦 J = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥
Podemos ainda generalizar as fórmulas:
a) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑢 → 𝑦 J = 𝑢′𝑐𝑜𝑠𝑢
31
b) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑢 → 𝑦 J = −𝑢′𝑠𝑒𝑛𝑢
c) 𝑦 = 𝑡𝑔𝑢 → 𝑦 J = 𝑢′𝑠𝑒𝑐 % 𝑢
d) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑢 → 𝑦 J = −𝑢′𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 % 𝑢
e) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑐𝑢 → 𝑦 J = 𝑢J 𝑠𝑒𝑐𝑢. 𝑡𝑔𝑢
f) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑢 → 𝑦 J = −𝑢J 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑢. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑢

EXEMPLOS
Determinar as derivadas:
a) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥 % )
$
b) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 X!Y

c) 𝑦 = (𝑡𝑔𝑥)%
d) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑐(3𝑥 + 1)
Solução

a) 𝑦 J = cos(𝑥 % ) . 2𝑥
$ $ $ $
b) 𝑦 J = −𝑠𝑒𝑛 X!Y X− ! Y = ! ! 𝑠𝑒𝑛 X!Y

c) 𝑦 J = 2𝑡𝑔𝑥. 𝑠𝑒𝑐 % 𝑥
d) 𝑦 J = sec(3𝑥 + 1) 𝑡𝑔(3𝑥 + 1). 3

9- DERIVADA DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

a) Derivada da função arcoseno


P P
Seja 𝑓: [−1,1] → O− % , % P definida por f(x)=arc senx. Então y=f(x) é derivável em (-1,1) e:
1
𝑦J =
√1 − 𝑥 %
b) Derivada da função arco cosseno
Seja 𝑓: [−1,1] → [0, 𝜋] definida por f(x)=arccosx. Então, y=f(x) é derivável em (-1,1) e:
1
𝑦J = −
√1 − 𝑥 %
c) Deriva da função arco tangente
&P P
Seja 𝑓: ℝ → X % , % Y definida por f(x)=arctgx. Então y=f(x) é derivável e:
1
𝑦J =
1 + 𝑥%
Para as demais funções trigonométricas inversas, temos:

32
$
i. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 → 𝑦 J = − $(! !
$
ii. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐𝑥 → 𝑦 J = |!|√! !
&$
$
iii. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 → 𝑦 J = − |!|√! !
&$

Generalizando, temos:
NJ
i. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛𝑢 → 𝑦 J = √$&N!
NJ
ii. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝑢 → 𝑦 J = − √$&N!
NJ
iii. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑡𝑔𝑢 → 𝑦 J = $(N!
NJ
iv. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑡𝑔𝑢 → 𝑦 J = − $(N!
NJ
v. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐𝑢 → 𝑦 J = |N|√N! , |𝑢| > 1
&$

N-
vi. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑢 → 𝑦 J = − |N|√N! , |𝑢| > 1
&$

EXEMPLOS
Encontre a derivada das seguintes funções:
a) 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥 + 1)
$&! !
b) 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 X$(! !Y

Solução
$
a) 𝑦 J =
F$&(!($)!

$&! !
b) 𝑢 = $(! !

(1 + 𝑥 % )(−2𝑥) − (1 − 𝑥 % )(2𝑥)
𝑢J =
(1 + 𝑥)%
−2𝑥
𝑦J =
1 + 𝑥*

EXERCÍCIOS
1- Calcule as seguintes derivadas:
a) 𝑦 = 10(3𝑥 % + 7𝑥 − 3)$'
$
b) 𝑦 = - (𝑏𝑥 % + 𝑎𝑥))

c) 𝑦 = (7𝑥 % + 6𝑥)7 (3𝑥 − 1)*


7!($ %
d) 𝑦 = X%! ! ()Y
&
e) 𝑦 = Q(3𝑥 % + 6𝑥 − 2)%
%!
f) 𝑦 =
√)!&$

33
%!($
g) 𝑦 = R !&$
$
h) 𝑦 = ) 𝑒 )&!
! (8!
i) 𝑦 = 𝑒 )!
j) 𝑦 = (7𝑥 % + 6𝑥 − 1)) + 2𝑒 &)!
"
k) 𝑦 = 𝑒 ! (𝑥 % + 5𝑥)
l) 𝑦 = log % (2𝑥 + 4)
m) 𝑦 = log ) √𝑥 + 1
$ $
n) 𝑦 = 𝑙𝑛 X! + ! ! Y
- &"
o) 𝑦 = !
= &" )."
! &$
p) 𝑦 = (2𝑥 + 1)!
$
q) 𝑦 = % (𝑎 + 𝑏𝑥)Q5(-(=!)
P
r) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 X % − 𝑥Y

s) 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑥 % . 𝑠𝑒𝑛2𝑥
t) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛) (3𝑥 % + 6𝑥)
u) 𝑦 = 3𝑡𝑔(2𝑥 + 1) + √𝑥
)CDA ! !
v) 𝑦 = !

w) 𝑦 = 𝑎√𝑐𝑜𝑠𝑏𝑥
x) 𝑦 = (𝑥𝑡𝑔𝑥)%
y) 𝑦 = 𝑥𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠3𝑥
z) 𝑦 = 𝑥 % 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(2𝑥 + 3)
aa) 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐 √𝑥
-RAABC!
bb) 𝑦 = !!

$ $&√$&! !
cc) 𝑦 = % 𝑙𝑛 e f
$(√$&! !
!
dd) 𝑦 = 𝑙𝑛U𝑥 + √𝑥 % − 1V − √! !
&$
$ $
ee) 𝑦 = %' 𝑠𝑒𝑛(5𝑥 % ) − * 𝑠𝑒𝑛𝑥 %
$(CD5!
ff) 𝑦 = 𝑙𝑛 X$&CD5! Y

gg) 𝑦 = 2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔√𝑠𝑒𝑛𝑥
CD5!&ABC!
hh) 𝑦 = CD5!(ABC!
5
ii) 𝑦 = U1 + 𝑙𝑛(𝑠𝑒𝑛𝑥)V

34
! ! %
jj) 𝑦 = X𝑠𝑒𝑛 % − 𝑐𝑜𝑠 %Y
√!($&√!&$
kk) 𝑦 =
√!($(√!&$

ll) 𝑦 = 𝑥 8 (1 − 𝑐𝑜𝑠2𝑥)%
√! ! (- ! (!
mm) 𝑦 = 𝑙𝑛 e√! ! f
(- ! &!

nn) 𝑦 = Q𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 − (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛𝑥))


! -!
oo) 𝑦 = % √𝑥 % + 𝑎% + %
𝑙𝑛U𝑥 + √𝑥 % + 𝑎% V
√- ! &= ! CD5!
pp) 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 e =(-ABC!
f
%!()
qq) 𝑦 = )!&%
$
rr) 𝑦 =
√!(%
&
ss) 𝑦 = √2𝑥 + 3
S!(T
tt) 𝑦 = U!(V
-
uu) 𝑦 = √𝑎𝑥 +
√-!
$ $
vv) 𝑦 = (!(-)/ . (!(=)%
!
ww) 𝑦 = √-!
&! !

√!(-
xx) 𝑦 =
√!(√-

yy) 𝑦 = (3𝑥 % + 4𝑥 + 8)√𝑥 − 1


$&√!
zz) 𝑦 = R$(√!
*!(8
aaa) 𝑦 = √! !
()!(*
*
! & &$
bbb) 𝑦 = X%! & ($Y

ccc) 𝑦 = R𝑥 + Q𝑥 + √𝑥
ABC! $ !
ddd) 𝑦 = %CD5! ! − % 𝑙𝑛 X𝑡𝑔 %Y
! !% &$
eee) 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠 X! !% ($Y
CD5W.CD5!
fff) 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 X$&ABCW.CD5!Y
$&Q5!
ggg) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛% X !
Y

hhh) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑠𝑒𝑛(𝑠𝑒𝑛𝑥))

35
2- A equação de movimento de uma partícula é 𝑠 = 𝑡 ) − 3𝑡, em que s está em metros e t, em segundos.
Encontre:
a) A velocidade e a aceleração como funções de t;
b) A aceleração depois de 2s;
c) A aceleração quando a velocidade for 0.
3- Biólogos propuseram um polinômio cúbico para modelar o comprimento L do bodião do Alasca na idade
A:
𝐿 = 0,0390𝐴) − 0,945𝐴% + 10,03𝐴 + 3,07
onde L é medido em centímetros e A, em anos. Calcule:
𝑑𝐿

𝑑𝐴 SY$%
e interprete sua resposta.
4- Ache os pontos sobre a curva 𝑦 = 𝑥 ) + 3𝑥 % − 9𝑥 + 10 onde a tangente é horizontal.
5- Mostre que a curva 𝑦 = 2𝑒 ! + 3𝑥 + 5𝑥 ) não tem reta tangente com inclinação 2.
)
6- Encontre o valor de c para o qual a reta 𝑦 = % 𝑥 + 6 é tangente a curva 𝑦 = 𝑐 √𝑥.

7- Qual é o valor de c tal que a reta y=2x+3 é tangente à parábola y=cx2?


8- A equação de Michaelis-Mentem para a enzima quimotripsina é:
0,14[𝑆]
𝑣=
0,015 + [𝑆]
onde v é a taxa de uma reação enzimática e [S] é a concentração de um substrato S. Cacule dv/d[S] e o
interprete.
9- Um objeto de massa m é arrastado ao longo de um plano horizontal por uma força agindo ao longo de
uma corda atada ao objeto. Se a corda faz um ângulo 𝜃 com o plano, então a intensidade da força é:
𝜇𝑚𝑔
𝐹=
𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝑐𝑜𝑠𝜃
onde 𝜇 é uma constante chamada de coeficiente de atrito.
a) Encontre a taxa de variação de F em relação a 𝜃.
b) Quando essa taxa de variação é igual a 0.

10- DERIVAÇÃO SUCESSIVAS

Seja f uma função derivável definida num certo intervalo. A sua derivada f’ é também uma função,
definida no mesmo intervalo, ou seja, podemos pensar na derivada de f’.

36
Definição
Seja f uma função derivável. Se f’ também for derivável, então a sua derivada é chamada derivada segunda
K!.
de f e é representada por f’’(x) (lê-se f-duas linhas de x) ou K! ! (lê-se derivada 2ª de f em relação a x).

EXEMPLOS

1- Se 𝑓(𝑥) = 3𝑥 % + 8𝑥 + 1, então:
𝑓 J (𝑥) = 6𝑥 + 8 𝑒 𝑓 JJ (𝑥) = 6
2- Se 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝑥, então:
𝑓 J (𝑥) = 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑒 𝑓 JJ (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛𝑥

Se f’’(x) é uma função derivável, sua derivada representada por f’’(x), é chamada derivada terceira de
f(x).
A derivada de ordem n ou n-ésima derivada de f, representada por f(n)(x), é obtida derivando-se a derivada
de ordem n-1 de f.

11- DERIVAÇÃO IMPLÍCITA

a) Função na Forma Implícita


Consideremos a equação:

𝐹(𝑥, 𝑦) = 0
Dizemos que a função y=f(x) é definida implicitamente pela equação se transforma na identidade.

EXEMPLO
A equação 𝑥 % + 𝑦 % = 4 define, implicitamente, uma infinidade de funções. De fato, 𝑦 = ±√4 − 𝑥 %
obtém-se duas funções na forma implícita:

𝑦 = +Q4 − 𝑥 % 𝑒 𝑦 = −Q4 − 𝑥 %

b) Derivada de uma Função na Forma Implícita


Suponhamos que F(x,y)=0 define implicitamente uma função derivável y=f(x). Podemos usar a regra da
cadeia para determinarmos y’ sem explicitar y.

37
EXEMPLOS
1- Sabendo que y=f(x) é uma função derivável definida implicitamente por 𝑥 % + 𝑦 % = 4, determinar y’.
Solução
𝑥% + 𝑦% = 4
Derivamos em relação a x, temos:
2𝑥 + 2𝑦. 𝑦 J = 0
𝑥
𝑦J = −
𝑦
2- Sabendo que y=f(x) é definida pela equação 𝑥𝑦 % + 2𝑦 ) = 𝑥 − 2𝑦, determinar y’.
Solução
𝑥𝑦 % + 2𝑦 ) = 𝑥 − 2𝑦
1. 𝑦 % + 𝑥. 2𝑦𝑦 J + 6𝑦 % 𝑦 J = 1 − 2𝑦 J
2𝑥𝑦𝑦 J + 6𝑦 % 𝑦 J + 2𝑦 J = 1 − 𝑦 %
1 − 𝑦%
𝑦J =
2𝑥𝑦 + 6𝑦 % + 2

EXERCICIOS
1- Calcule as seguintes derivadas, y’.
a) 𝑥 ) + 𝑎𝑥 % 𝑦 + 𝑏𝑥𝑦 % + 𝑦 ) = 0
b) 𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 − 𝑐𝑜𝑠𝑦 + 𝑐𝑜𝑠2𝑦 = 0
c) 𝑥 ) + 𝑎𝑥 % 𝑦 + 𝑏𝑥𝑦 % + 𝑦 ) + 3𝑠𝑒𝑛𝑦 + 4𝑥𝑦 = 0
d) 𝑥 ) + 𝑦 ) = 8𝑥𝑦
e) 𝑠𝑒𝑛(𝑦 − 𝑥 % ) − 𝑙𝑛(𝑦 − 𝑥 % ) + 2Q𝑦 − 𝑥 % − 3 = 0
f) 𝑥 % 𝑠𝑒𝑛𝑦 + 𝑦 ) 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2𝑥 − 3𝑦 + 1 = 0
! !
g) 𝑡𝑔(𝑥 % + 𝑦 % ) + 𝑒 ! + 𝑒 ; = 0
h) 𝑒 ; = 𝑥 + 𝑦
!
i) 𝑙𝑛𝑦 + ; = 𝑘
; $
j) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 X! Y = % 𝑙𝑛(𝑥 % + 𝑦 % )
!&;
k) 𝑦 ) = !(;
!
l) 𝑥𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 X; Y

m) 𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 − 𝑐𝑜𝑠𝑦 + 𝑐𝑜𝑠2𝑦 = 0


n) 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑦 + 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑦 = 𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦)
2- Provar que a soma das intersecções com os eixos coordenados de qualquer reta tangente a curva
* * *
𝑥 ! + 𝑦 ! = 𝑏 ! é constante e igual a “b” (b>0).
38
3- Encontrar uma equação para cada uma das retas tangentes a curva 3𝑦 = 𝑥 ) − 3𝑥 % + 6𝑥 + 4 que sejam
paralelas a reta 2x-y+3=0.
!! ;!
4- Mostre, fazendo a derivação implícita, que a tangente à elipse -! + =! = 1 no ponto (x0,y0) tem equação
!+ ! ;+ ;
-!
+ =!
= 1 no ponto (x0,y0).

12- APLICAÇÕES DA DERIVADA

a) Máximos e Mínimos
A figura a seguir, nos mostra o gráfico de uma função y=f(x), onde assinalamos os pontos x1, x2, x3 e x4.

Esses pontos são chamados pontos extremos da função. Os valores f(x1) e f(x3) são chamados máximos
relativos e f(x2) e f(x4) são chamados mínimos relativos.

Definição
Uma função f tem um máximo relativo em c, se existir um intervalo I, contendo c, tal que:
𝑓(𝑐) ≥ 𝑓(𝑥), ∀𝑥 ∈ 𝐼 ∩ 𝐷(𝑓)

Definição
Uma função f tem um mínimo relativo em c, se existir um intervalo aberto I, contendo c, tal que:
𝑓(𝑐) ≤ 𝑓(𝑥), ∀𝑥 ∈ 𝐼 ∩ 𝐷(𝑓)

Proposição
Suponha que f(x) existe em todos os valores de 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏) e que f tem um extremo relativo em c, onde
a<c<b. Se 𝑓′(𝑐) existe, então:
𝑓 J (𝑐) = 0
O ponto 𝑐 ∈ 𝐷(𝑓) tal que 𝑓 J (𝑐) = 0 ou 𝑓′(𝑐) não existe, é chamado ponto crítico de c. Portanto, uma
condição necessária para a existência de um extremo relativo em um ponto c é que c seja um ponto crítico.

39
Proposição
Seja 𝑓: [𝑎, 𝑏] → ℝ uma função continua, definida em um intervalo fechado [a,b]. Então f assume máximo
e mínimo absoluto em [a,b].

Definição
Dizemos que 𝑓(𝑐) é o máximo absoluto da função f, se 𝑐 ∈ 𝐷(𝑓) 𝑒 𝑓(𝑐) ≥ 𝑓(𝑥) para todos os valores de
x no domínio de f.

Definição
Dizemos que 𝑓(𝑐) é o mínimo absoluto de f se 𝑐 ∈ 𝐷(𝑓) 𝑒 𝑓(𝑐) ≤ 𝑓(𝑥) para todos os valores de x no
domínio de f.

Teorema de Rolle
Seja f uma função definida e continua em [a,b] e derivável em (a,b). Se f(a)=f(b)=0, então existe pelo
menos um ponto c entre a e b tal que:
𝑓 J (𝑐) = 0

b) Funções Crescentes e Decrescentes

Definição
Dizemos que uma função f, definida num intervalo I, é crescente neste intervalo se para quaisquer 𝑥$ , 𝑥% ∈
𝐼, 𝑥$ < 𝑥% , temos 𝑓(𝑥$ ) ≤ 𝑓(𝑥% ) .

Definição
Dizemos que uma função f, definida num intervalo I, é decrescente nesse intervalo se para quaisquer
𝑥$ , 𝑥% ∈ 𝐼, 𝑥$ < 𝑥% , temos 𝑓(𝑥$ ) ≥ 𝑓(𝑥% ) .

40
Observação
Se uma função é crescente ou decrescente num intervalo, dizemos que é monótona neste intervalo.

Proposição
Seja f uma função contínua no intervalo [a,b] e derivável no intervalo (a,b).
i. Se f’(x)>0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é crescente em [a,b];
ii. Se f’(x)<0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é decrescente em [a,b].

EXEMPLO
Determinar os intervalos nos quais as funções seguintes são crescentes ou decrescentes.
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 ) + 1
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 % − 𝑥 + 5
Solução
a) 𝑓′(𝑥) = 3𝑥 %
𝑓 J (𝑥) > 0 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑥 ≠ 0
$ $
b) 𝑓 J (𝑥) = 2𝑥 − 1, 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, é 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 > % 𝑒 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 < %.

c) Critérios para Determinar os Extremos de uma Função

Teorema (Critério da Derivada Primeira para Determinação de Extremos)


Seja f uma função contínua num intervalo fechado [a,b] que possui derivada em todo o ponto do intervalo
(a,b), exceto possivelmente em c.
i. Se f’(x)>0, para todo x<c e f’(x)<0 para todo x>c, então f tem um máximo relativo em c;
ii. Se f’(x)<0, para todo x<c e f’(x)>0 para todo x>c, então f tem um mínimo relativo em c.

41
EXEMPLO
Encontrar os intervalos de crescimento, decrescimento e os máximos e mínimos relativos da função:
𝑓(𝑥) = 𝑥 ) − 7𝑥 + 6

Solução
𝑓 J (𝑥) = 3𝑥 % − 7 = 0

7
𝑥 = ±˜ 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
3

Pelo critério da derivada primeira, temos:


7
i. Ponto de Mínimo: R ;
)

7
ii. Ponto de Máximo: −R)

7 7
iii. Crescente de i−∞, −R)j ∩ iR) , +∞j

7 7
iv. Decrescente de i−R) , R)j

Teorema (Critério da Derivada 2ª para Determinação de Extremos de uma Função)

Seja f uma função derivável num intervalo (a,b) e c um ponto crítico de f neste intervalo, isto e, f’(c)=0,
com a<c<b. Se f admite a derivada f’’em (a,b), temos:
i. Se f’’(c)<0, f tem um máximo relativo em c;
ii. Se f’’(c)>0, f tem um mínimo relativo em c.

EXEMPLO
Encontre s máximos relativos e mínimos relativos de f aplicando o critério da derivada segunda.
𝑓(𝑥) = 18𝑥 + 3𝑥 % − 4𝑥 )

42
Solução
Determinação dos pontos críticos:
𝑓 J (𝑥) = 18 + 6𝑥 − 12𝑥 %
𝑓′(𝑥) = 0
3
18 + 6𝑥 − 12𝑥 % = 0, 𝑐𝑜𝑚 𝑥$ = 𝑒 𝑥% = −1
2
𝑓 JJ (𝑥) = 6 − 24𝑥
3
𝑓 JJ e f = −30 < 0, 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
2
𝑓 JJ (−1) = 30 > 0, 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

d) Concavidade e Pontos de Inflexão


Na figura a seguir, observamos que dado um ponto qualquer c entre a e b, em pontos próximos de c o
gráfico de f está acima da tangente à curva no ponto P(c,f(c)). Dizemos que a curva tem concavidade voltada para
cima no intervalo (a,b).

Analogamente, podemos ter o caso em que uma função tem concavidade voltada para baixo no intervalo
(a,b).

Definição
Uma função f é concava para baixo no intervalo (a,b), se f’(x) é crescente neste intervalo.

43
Definição
Uma função f é concava para baixo no intervalo (a,b), se f’(x) é decrescente neste intervalo.

Proposição
Seja f uma função contínua no intervalo [a,b] e derivável até a 2ª ordem no intervalo (a,b):
i. Se f’’(x)>0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é convoca para cima em (a,b);
ii. Se f’’(x)<0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é concova para baixo em (a,b).

Definição
Um ponto P(c,f(c)) do gráfico de uma função contínua f é chamado ponto de inflexão, se existe um
intervalo (a,b) contendo c tal que uma das seguintes situações ocorra:
i. f é concava para cima em (a,c) e concava para baixo em (c,b);
ii. f é concava para baixo em (a,c) e concava para cima em (c,b).

EXEMPLO
Determinar os pontos de inflexão e reconhecer os intervalos onde a função tem concavidade voltada para
cima ou para baixo.
𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1))

Solução
𝑓 J (𝑥) = 3(𝑥 − 1)% = 0, 𝑐𝑢𝑗𝑎𝑠 𝑟𝑎𝑖𝑧𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 2 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑎𝑖𝑧 1
𝑓 JJ (𝑥) = 6(𝑥 − 1) = 0, 𝑥 = 1 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜
(−∞, 1) → 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑏𝑖𝑥𝑜
(1, +∞) → 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎

EXERCÍCIOS
1- Determinar os pontos críticos das seguintes funções, se existirem:
a) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 + 4
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 % − 3𝑥 + 8
c) 𝑦 = 3 − 𝑥 )
d) 𝑦 = 𝑥 ) + 2𝑥 % + 5𝑥 + 3
e) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
f) 𝑦 = 𝑥 * + 4𝑥 )
g) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
!
h) 𝑦 = ! ! &*

44
i) 𝑦 = (𝑥 % − 9)$/%

2- Determinar os intervalos nos quais as funções seguintes são crescentes ou decrescentes:


a) 𝑦 = 3𝑥 % + 6𝑥 + 7
b) 𝑦 = 𝑥 ) + 2𝑥 % − 4𝑥 + 2
c) 𝑦 = (𝑥 − 2)(𝑥 − 1)(𝑥 + 3)
d) 𝑦 = 𝑥𝑒 &!
$
e) 𝑦 = 𝑥 + !
!!
f) 𝑦 = !&$

g) 𝑦 = 𝑒 ! 𝑠𝑒𝑛𝑥

3- Determinar os máximos e mínimos das seguintes funções, nos intervalos indicados:


a) 𝑦 = 4 − 3𝑥 + 3𝑥 % , [0,3]
!
b) 𝑦 = $(! ! , [−2,2]

c) 𝑦 = 𝑥 ) − 𝑥 % , [0,5]
d) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠3𝑥, [0,2𝜋]
P
e) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛) 𝑥 − 1, [0, % ]

4- Encontrar os intervalos de crescimento, decrescimento, os máximos e mínimos relativos das seguintes


funções:
a) 𝑦 = 4𝑥 ) − 8𝑥 %
b) 𝑦 = 3𝑥 % + 6𝑥 + 1
$ $
c) 𝑦 = ) 𝑥 ) + % 𝑥 % − 6𝑥 + 5
$
d) 𝑦 = 𝑥 + !
$
e) 𝑦 =
√!

5- Encontrar os pontos de máximo e mínimo relativos das seguintes funções:


a) 𝑦 = 7𝑥 % − 6𝑥 + 3

b) 𝑦 = 4𝑥 − 𝑥 %
$
c) 𝑦 = ) 𝑥 ) + 3𝑥 % − 7𝑥 + 9
*!
d) 𝑦 = !(*

e) 𝑦 = 𝑥 % √16 − 𝑥
2[\$ !
6- Mostrar que 𝑦 = !
tem seu valor máximo em x=e para todos os números a>1.

45
7- Determinar os coeficientes a e b de forma que a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 ) + 𝑎𝑥 % + 𝑏 tenha um extremo relativo
no ponto (-2,1).
8- Determinar os pontos de inflexão e reconhecer os intervalos onde as funções seguintes tem concavidade
voltada para cima ou para baixo:
a) 𝑦 = −𝑥 ) + 5𝑥 % − 6𝑥
$
b) 𝑦 = !(*

c) 𝑦 = 𝑥 % 𝑒 !
! ! (9
d) 𝑦 = (!&))!

e) 𝑦 = 2𝑥𝑒 &)!
√%
f) 𝑦 = 4√𝑥 + 1 − %
𝑥% − 1

f)Otimização

1- Na biologia, encontramos a fórmula 𝜙 = 𝑉. 𝐴 onde, 𝜙 é o fluxo de ar na traqueia, V é a velocidade do ar e A


a área do círculo formado ao seccionarmos a traqueia.

Quando tossimos, o ar diminui, afetando a velocidade do ar na traqueia. Sendo r0 o raio normal da traqueia,
a relação entre a velocidade V e o raio r da traqueia durante a tosse é dada por 𝑉 = 𝑎𝑟 % (𝑟' − 𝑟), onde a é uma
constante positiva.
a) Calcular o raio r em que a velocidade do ar é máxima;
b) Calcular o valor de r com o qual teremos o maior fluxo possível.

Solução
a) 𝑉 J (𝑟) = 𝑎𝑟 % (−1) + 2𝑎𝑟(𝑟' − 𝑟) = −𝑎𝑟 % + 2𝑎𝑟𝑟' − 2𝑎𝑟 %
2
𝑉 J (𝑟) = 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑟$ = 𝑟' 𝑒 𝑟% = 0
3
𝑉 JJ (𝑟) = 2𝑎𝑟' − 6𝑎𝑟
𝑉 JJ (0) = 2𝑎𝑟' > 0, 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
2
𝑉 JJ e 𝑟' f = −𝑎𝑟' < 0, 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
3
%
O raio em que V(r) é máximo é: 𝑟 = ) 𝑟'

b) 𝜙 = 𝑉. 𝐴 = 𝑎𝑟 % (𝑟' − 𝑟). 𝜋𝑟 % = 𝑎𝜋𝑟 * (𝑟' − 𝑟)

46
𝜙 J = 4𝜋𝑎𝑟' 𝑟 ) − 5𝑎𝜋𝑟 * = 0
4
𝑟$ = 0 𝑒 𝑟% = 𝑟'
5
𝜙 JJ (𝑟) = 12𝑎𝜋𝑟' 𝑟 % − 20𝑎𝜋𝑟 )
𝜙 JJ (0) = 0
* 64
𝜙 JJ]6R+^ = − 𝑎𝜋𝑟 ) < 0, 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
25
*
Maior fluxo em 𝑟 = 6 𝑟'

2-Uma rede de água potável ligará uma central de abastecimento situada à margem de um rio de 500m de largura
a um conjunto habitacional situado na outra margem do rio, 2000m abaixo da central. O custo da obra através do
rio é de $640,00 por metro, enquanto em terra, custa $ 312,00. Qual é a forma mais econômica de se instalar a
rede de água potável?
Solução

Distância total: 𝑑 _ = 𝑑$ + 𝑑%

𝑑$ = Q𝑥 % + 500%
𝑑% = 2000 − 𝑥

𝑓(𝑥) → 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜

𝑓(𝑥) = 640Q𝑥 % + 500% + (2000 − 𝑥)312


640𝑥
𝑓 J (𝑥) = −312 + =0
√𝑥 % + 500%
𝑥 = 279,17
𝑓 JJ (279,17) > 0, 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜

EXERCÍCIOS
1- Um fio de comprimento l é cortado em dois pedaços. Com um deles se fará um círculo e com o outro
um quadrado.
a) Como devemos cortar o fio a fim de que a soma das duas áreas compreendidas pelas figuras seja
mínima?

47
b) Como devemos cortar o fio a fim de que a soma das áreas compreendidas seja máxima?
2- Determinar o ponto P situado sobre o gráfico da hipérbole xy=1, que seja o mais próximo da origem.
3- Achar dois números positivos cuja soma seja 70 e cujo o produto seja o maior possível.
4- Determinar as dimensões de uma lata cilíndrica, com tampa, com volume V, de forma que a sua área
total seja mínima.
5- Qual é o retângulo de perímetro máximo inscrito em um círculo de raio 12cm?
6- Traçar uma tangente à elipse 2x2+y2=2 de modo que a área do triângulo que ela forma com os eixos
coordenados positivos seja mínima. Obter as coordenadas do ponto de tangência e a área mínima.
7- Mostrar que o volume do maior cilindro reto que pode ser inscrito num cone reto é 4/9 do volume do
cone.
8- Determinar o ponto A da curva y=x2+x que se encontra mais próximo de (7,0). Mostrar que a reta que
passa por (7,0) e por A é normal a curva dada e A.
9- Um canhão, situado no solo, é posto sob um ângulo de inclinação 𝛼, seja l o alcance do canhão, dado
%O !
por 𝑙 = 1
𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑐𝑜𝑠𝛼, onde v e g são constantes. Para que ângulo o alcance é máximo?

10- Um fazendeiro deve cercar dois pastos retangulares, de dimensões a e b, com um lado comum a. Se cada
pasto deve medir 400m2 de área, determinar as dimensões a e b, de forma que o comprimento da cerca
seja mínimo.
11- Um tanque retangular com 1125 pés3 de capacidade, de base quadrada, medindo x pés de lado e y pés de
profundidade, será construído com a parte superior nivelada com o solo para captar água pluvial. O
custo associado ao tanque envolve não apenas o material a ser utilizado, mas também uma taxa de
escavação proporcional ao produto xy.
a) Sendo o custo total 𝑐 = 5(𝑥 % + 4𝑥𝑦) + 10𝑥𝑦 que valores de x e y irão minimiza-lo?
b) Apresente um cenário possível para a função custo do item (a).
12- A intensidade da iluminação em qualquer ponto de uma fonte de luz é proporcional ao quadrado da
reciproca da distância entre o ponto e a fonte de luz. Duas luzes, uma tendo 8 vezes a intensidade da
outra, estão 6 metros afastadas uma da outra. Qual é a distância da luz mais forte em que a iluminação
total é mínima?
13- Quando o estanho metálico é mantido abaixo de 13,2ºC, torna-se lentamente quebradiço e acaba por
esfarelar. Se objetos de estanho forem mantidos durante anos a baixa temperaturas, eventualmente,
esfarelam-se espontaneamente. Os europeus que observaram os tubos de estanho dos órgãos das igrejas
se desintegrarem no passado chamavam essa transformação de peste de estanho, porque parecia ser
contagiosa, e de certa forma era, pois o pó cinza catalisa a própria formação. Um catalisador para uma
reação química é uma substância que aumenta a velocidade da reação sem sofrer alteração permanente.
Uma reação autocatalitica é aquela em que o produto é catalisado da própria formação. Uma reação desse
tipo pode ocorrer lentamente no ínicio, quando a quantidade de catalisador presente é pequena, e também

48
no final, quando a maior parte da substância original já foi consumida. Mas, esse intervalo, quando tanto
a substância original quanto o produto catalisador são abundantes, a reação ocorre mais rapidamente. Em
K!
alguns casos, é razoável admitir que a velocidade da reação 𝑣 = K@
é proporcional tanto à quantidade de

substância original quanto à quantidade do produto. Ou seja, v pode ser expressa em função apenas de x,
e:
𝑣 = 𝑘𝑥(𝑎 − 𝑥) = 𝑘𝑎𝑥 − 𝑘𝑥 %
Onde:
x= quantidade do produto
a=quantidade de substância no inicio
k=constante positiva
Com que valor de x a velocidade v apresenta um máximo? Qual é o valor máximo de v?

g) Fórmula de Taylor
A fórmula de Taylor consiste num método de aproximação de uma função por um polinômio, com um
erro possível de ser estimado.

Definição
Seja 𝑓: 𝐼 → 𝑅 uma função que admite derivada, até a ordem n num ponto c do intervalo I. O polinômio de
Taylor de ordem n de f no ponto c, que denotamos por Pn(x), é dado por:

J (𝑐)(𝑥
𝑓′′(𝑐) %
𝑓 5 (𝑐)
𝑃5 (𝑥) = 𝑓(𝑐) + 𝑓 − 𝑐) + (𝑥 − 𝑐) + ⋯ + (𝑥 − 𝑐)5
2! 𝑛!
observando que no ponto c, P(c)=f(c).

EXEMPLO
Determinar o polinômio de Taylor de ordem 4 da função 𝑓(𝑥) = 𝑒 ! no ponto c=0.

Solução
𝑓 J (𝑥) = 𝑓 JJ (𝑥) = 𝑓 JJJ (𝑥) = 𝑓 `a (𝑥) = 𝑒 !
𝑓′′(0) % 𝑓′′′(0) ) 𝑓 bO (0) * 1 1 1
𝑃* (𝑥) = 𝑓(0) + 𝑓 J (0)(𝑥) + 𝑥 + 𝑥 + 𝑥 = 1 + 𝑥 + 𝑥% + 𝑥) + 𝑥*
2! 3! 4! 2 6 24

Dado o polinômio de Taylor de grau n de uma função f(x), denotamos por Rn(x) a diferença entre f(x) e
Rn(x)=f(x)-Pn(x).

49
Temos então, f(x)=Pn(x)+Rn(x):

J (𝑐)(𝑥
𝑓′′(𝑐) %
𝑓 5 (𝑐)
𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑐) + 𝑓 − 𝑐) + (𝑥 − 𝑐) + ⋯ + (𝑥 − 𝑐)5 + 𝑅5 (𝑥)
2! 𝑛!
Rn(x) é denominado de resto.

Proposição
Seja 𝑓: [𝑎, 𝑏] → ℝ uma função definida num intervalo [a,b]. Suponhamos que as derivadas f’, f’’, ...,fn
existam e sejam continuas em [a,b] e que fn+1 exista em (a,b). Seja c um ponto qualquer fixado em [a,b]. Então,
para cada 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏], 𝑥 ≠ 𝑐, existe um ponto z entre c e x tal que:

𝑓′′(𝑐) 𝑓 5 (𝑐) 𝑓 5($ (𝑧)


𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑐) + 𝑓 J (𝑐)(𝑥 − 𝑐) + (𝑥 − 𝑐)% + ⋯ + (𝑥 − 𝑐)5 + (𝑥 − 𝑐)5($
2! 𝑛! (𝑛 + 1)!
quando c=0, o polinômio é. Chamado de fórmula de Mac-Laurin.
Com isso, podemos escrever:
𝑓 5($ (𝑧)
𝑅5 (𝑥) = (𝑥 − 𝑐)5($
(𝑛 + 1)!

EXEMPLO
Determinar os polinômios de Taylor de grau 2 e 4 da função f(x)=cosx, no ponto c-0. Use o polinômio P4(x) para
P
determinar um valor aproximado para 𝑐𝑜𝑠 X8 Y.

Solução

𝑓(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠𝑥 → 𝑓(0) = 1


𝑓 J (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛𝑥 → 𝑓 J (0) = 0
𝑓 JJ (𝑥) = −𝑐𝑜𝑠𝑥 → 𝑓 JJ (0) = −1
𝑓 JJJ (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝑥 → 𝑓 JJJ (0) = 0
𝑓 bO (𝑥) = 𝑐𝑜𝑠𝑥 → 𝑓 bO (0) = 1
50
1
𝑃% (𝑥) = 𝑓(0) + 𝑓 J (0) + 𝑓′′(0)𝑥 %
2
1 1
𝑃% (𝑥) = 1 + 0. 𝑥 − 𝑥 % = 1 − 𝑥 %
2 2
𝑓′′(0) 𝑓′′′(0) ) 𝑓 bO (0) *
J (0)𝑥
1 1
𝑃* (𝑥) = 𝑓(0) + 𝑓 + + 𝑥 + 𝑥 = 1 − 𝑥% + 𝑥*
2! 3! 4! 2 24
O
𝜋 𝜋 𝜋 1 𝜋 % 1 𝜋 * 𝑓 (𝑧) 𝜋 6
𝑐𝑜𝑠 X Y = 𝑃* X Y + 𝑅* X Y = 1 − X Y + X Y + X Y
6 6 6 2 6 24 6 5! 6
P
z é um número entre c=0 e 𝑥 = , como 𝑓 O (𝑥) = −𝑠𝑒𝑛𝑥 e |−𝑠𝑒𝑛𝑥| ≤ 1, podemos afirmar que:
8

𝜋 |−𝑠𝑒𝑛𝑥| 𝜋
d𝑅* X Yd = X Y ≤ 0,000327
6 5! 6
𝜋
𝑐𝑜𝑠 X Y ≅ 0,86606 ± 0,000327 (𝑒𝑟𝑟𝑜)
6

EXERCÍCIOS
1- Determinar o polinômio de Taylor de ordem n, no ponto c dado, das seguintes funções:
"
a) 𝑓(𝑥) = 𝑒 ! , 𝑐 = 0, 𝑐 = 1 , 𝑛 = 5
$
b) 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑛(1 − 𝑥), 𝑐 = 0, 𝑐 = % , 𝑛 = 4
P
c) 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝑥, 𝑐 = % , 𝑛 = 8

d) 𝑦 = √𝑥, 𝑐 = 1, 𝑛 = 3
c!
2- Demonstrar que a diferença entre sen(a+h) e sen(a)+hcosa é menor ou igual a %
.
!
3- Um fio delgado, pela ação da gravidade, assume a forma de uma catenária 𝑦 = 𝑎𝑐𝑜𝑠ℎ X-Y. Demonstrar

que para valores pequenos de |𝑥|, a forma que o fio toma pode ser representada aproximadamente, pela
!!
parábola 𝑦 = 𝑎 + %-.

51
INTEGRAIS
1- INTEGRAL INDEFINIDA

Definição
Uma função F(x) é chamada uma primitiva da função f(x) em um intervalo I, se para todo 𝑥 ∈ 𝐼, temos
que:
𝐹 J (𝑥) = 𝑓(𝑥)

EXEMPLOS
!&
i. 𝐹(𝑥) = )
é uma primitiva da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 % , pois 𝐹 J (𝑥) = 𝑥 % = 𝑓(𝑥);
!& $
ii. As funções 𝐺(𝑥) = )
+ 4, 𝐻(𝑥) = ) (𝑥 ) + 3), também são primitivas de 𝑓(𝑥) = 𝑥 % .

Proposição
Seja F(x) uma primitiva da função f(x). Então, se c é uma constante qualquer, a função G(x)=F(x)+c
também é primitiva de f(x).

Definição
Se F(x) é uma primitiva de f(x), a expressão F(x)+c é chamada integral indefinida da função f(x) e é
denotada por:

¡ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐

De acordo com esta notação o símbolo ∫ é chamado sinal de integração, f(x) função integrando e f(x)dx
integrando. O processo que permite achar a integral indefinida de uma função é chamada integração. O símbolo
dx que aparece no integrando serve para identificar a variável de integração.
Da definição da integral indefinida, decorre que:
i. ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐 ⇔ 𝐹 J (𝑥) = 𝑓(𝑥) ;
ii. ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 representa uma família de funções.

Propriedades da Integral Indefinida

Proposição
Sejam 𝑓, 𝑔: 𝐼 → ℝ e k uma constante. Então:
i. ∫ 𝑘𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑘 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
ii. ∫ 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥
52
Tabela de Integrais imediatas

i. ∫ 𝑑𝑢 = 𝑢 + 𝑐
KN
ii. ∫ N
= 𝑙𝑛|𝑢| + 𝑐
N0,*
iii. ∫ 𝑢W 𝑑𝑢 = W($
+ 𝑐, 𝛼 ≠ −1
-1
iv. ∫ 𝑎N 𝑑𝑢 = Q5- + 𝑐
v. ∫ 𝑒 N 𝑑𝑢 = 𝑒 N + 𝑐
vi. ∫ 𝑠𝑒𝑛𝑢𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑠𝑢 + 𝑐
vii. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑢𝑑𝑢 = 𝑠𝑒𝑛𝑢 + 𝑐
viii. ∫ 𝑠𝑒𝑐 % 𝑢𝑑𝑢 = 𝑡𝑔𝑢 + 𝑐
ix. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 % 𝑢𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑡𝑔𝑢 + 𝑐
x. ∫ 𝑠𝑒𝑐𝑢. 𝑡𝑔𝑢𝑑𝑢 = 𝑠𝑒𝑐𝑢 + 𝑐
xi. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑢. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑢𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑢 + 𝑐
KN
xii. ∫ √$&N! = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛𝑢 + 𝑐
KN
xiii. ∫ $(N! = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑢 + 𝑐
KN
xiv. ∫ N√N! &$ = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐𝑢 + 𝑐

xv. ∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ𝑢𝑑𝑢 = 𝑐𝑜𝑠ℎ𝑢 + 𝑐


xvi. ∫ 𝑐𝑜𝑠ℎ𝑢𝑑𝑢 = 𝑠𝑒𝑛ℎ𝑢 + 𝑐
xvii. ∫ 𝑠𝑒𝑐 % ℎ𝑢𝑑𝑢 = 𝑡𝑔ℎ𝑢 + 𝑐
xviii. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 % ℎ𝑢𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑡𝑔ℎ𝑢 + 𝑐
xix. ∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ𝑢. 𝑡𝑔ℎ𝑢𝑑𝑢 = −𝑠𝑒𝑐ℎ𝑢 + 𝑐
xx. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐ℎ𝑢. 𝑐𝑜𝑡𝑔ℎ𝑢𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐ℎ𝑢 + 𝑐
KN
xxi. ∫ √$(N! = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒ℎ𝑢 + 𝑐 = 𝑙𝑛¤𝑢 + √𝑢% + 1¤ + 𝑐
KN
xxii. ∫ √N! &$ = 𝑙𝑛¤𝑢 + √𝑢% − 1¤ + 𝑐
KN $ $(N
xxiii. ∫ $&N! = % 𝑙𝑛 d$&Nd + 𝑐
KN
xxiv. ∫ N√$&N! = −𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐ℎ𝑢 + 𝑐
KN
xxv. ∫ N√$(N! = −𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐ℎ𝑢 + 𝑐

53
EXEMPLOS

Calcular as seguintes integrais indefinidas

a) ∫ 3𝑥 % + 5 + √𝑥𝑑𝑥
Solução

¡ 3𝑥 % 𝑑𝑥 + ¡ 5𝑑𝑥 + ¡ √𝑥 𝑑𝑥
$
3 ¡ 𝑥 % 𝑑𝑥 + 5𝑥 + ¡ 𝑥 % 𝑑𝑥
$
𝑥 %($ 𝑥 %($
3 + 5𝑥 + +𝑐
2+1 1
2+1
2 )
𝑥 ) + 5𝑥 + 𝑥 % + 𝑐
3

b) ∫ 3𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑡𝑔𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 % 𝑥 𝑑𝑥


Solução

3 ¡ 𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑡𝑔𝑥𝑑𝑥 + ¡ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 % 𝑥𝑑𝑥

3𝑠𝑒𝑐𝑥 − 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 + 𝑐

CDA ! !
c) ∫ ABCCDA! 𝑑𝑥

Solução
1
% 1 1 𝑠𝑒𝑛𝑥
¡ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = ¡ . 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑑𝑥 = ¡ . 𝑑𝑥 = ¡ 𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑡𝑔𝑥𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑐𝑥 + 𝑐
1 %
𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥

CD5! %
d) ∫ 2𝑒 ! − ABC! ! + ! 2 𝑑𝑥

Solução
𝑠𝑒𝑛𝑥 1
2 ¡ 𝑒 ! 𝑑𝑥 − ¡ . 𝑑𝑥 + 2 ¡ 𝑥 &7 𝑑𝑥
𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
𝑥 &7($
2𝑒 ! − ¡ 𝑡𝑔𝑥. 𝑠𝑒𝑐𝑥𝑑𝑥 + 2
−7 + 1
1
2𝑒 ! − 𝑠𝑒𝑐𝑥 − 𝑥 &8 + 𝑐
3

54
EXERCÍCIOS
Calcule as seguintes integrais indefinidas:
K!
1. ∫ ! &
$
2. ∫ X9𝑥 % + √! & Y 𝑑𝑥

3. ∫ 𝑎𝑥 * + 𝑏𝑥 ) + 3𝑐𝑑𝑥
$ !√!
4. ∫ X + )
Y 𝑑𝑥
√!

5. ∫(2𝑥 % − 3)% 𝑑𝑥
K!
6. ∫ CD5! !
$
7. ∫ eQ2𝑦 − f 𝑑𝑦
F%;

!!
8. ∫ ! ! ($ 𝑑𝑥
! ! ($
9. ∫ !!
𝑑𝑥
CD5!
10. ∫ ABC! ! 𝑑𝑥

9
11. ∫ R$&! ! 𝑑𝑥

*
12. ∫ R! ' &! ! 𝑑𝑥

:! ' &9! & (8! ! &%!($


13. ∫ !!
𝑑𝑥
D3 $
14. ∫ X % + √𝑡 + @ Y 𝑑𝑡

15. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑥. 𝑡𝑔𝑥𝑑𝑥


16. ∫ 𝑒 ! − 𝑒 &! 𝑑𝑥
*
)
! & &6
17. ∫ !
𝑑𝑥

18. ∫ 2@ − √2𝑒 @ + 𝑐𝑜𝑠ℎ𝑡𝑑𝑡


19. ∫ 𝑠𝑒𝑐 % 𝑥. (𝑐𝑜𝑠 ) 𝑥 + 1)𝑑𝑥
K!
20. ∫ (-!)! (-! 𝑑𝑥
Q5!
21. ∫ !Q5! ! 𝑑𝑥

22- Encontrar uma função f tal que f’(x)+senx=0 e f(0)=2.


$
23- Encontrar uma primitiva da função 𝑓(𝑥) = ! ! + 1 que se anule no ponto x=2.

55
2- TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO

2.1- Método da Substituição

Sejam f(x) e F(x) duas funções tais que F’(x)=f(x). Suponhamos que g seja outra função derivável tal que
a imagem de g esteja contida no domínio de F. Podemos considerar a função composta Fog.
Pela regra da cadeia, temos que:

J
U𝐹(𝑔𝑥)V = 𝐹 J U𝑔(𝑥)V. 𝑔J (𝑥) = 𝑓U𝑔(𝑥)V. 𝑔′(𝑥)
ou seja, F(g(x)) é uma primitiva de f(g(x)).
Temos, então:

¡ 𝑓U𝑔(𝑥)V. 𝑔J (𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹U𝑔(𝑥)V + 𝐶

Fazendo u=g(x), du=g’(x)dx, temos:

𝑓U𝑔(𝑥)V. 𝑔J (𝑥 )𝑑𝑥 = ¡ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 = 𝐹 (𝑢) + 𝐶


¡

EXEMPLOS

Calcular as integrais:

%!
a)∫ $(! ! 𝑑𝑥

Solução
𝑢 = 1 + 𝑥 % → 𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥
𝑑𝑢
¡ = 𝑙𝑛𝑢 → ln(1 + 𝑥 % ) + 𝐶
𝑢

b)∫ 𝑠𝑒𝑛% 𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑑𝑥


Solução
𝑢 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 → 𝑑𝑢 = 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑑𝑥

%
𝑢) 𝑠𝑒𝑛) 𝑥
¡ 𝑢 𝑑𝑢 = +𝐶 = +𝐶
3 3

56
c)∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥 + 7)𝑑𝑥
Solução
𝑢 = 𝑥 + 7 → 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥

¡ 𝑠𝑒𝑛𝑢𝑑𝑢 = −𝑐𝑜𝑠𝑢 + 𝐶 = −𝑐𝑜𝑠(𝑥 + 7) + 𝐶

KN
d)∫ N! (-!

Solução
𝑑𝑢 1 𝑑𝑢
¡ % = %¡ %
𝑢 𝑎 𝑢
𝑎% e % + 1f +1
𝑎 𝑎%
Fazendo:
𝑢 𝑑𝑢
𝑣= → 𝑑𝑣 =
𝑎 𝑎
1 𝑑𝑢 1 𝑎𝑑𝑣 1 𝑑𝑣 1 1 𝑢
¡ % = %¡ % = ¡ % = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑣 + 𝐶 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 X Y + 𝐶
𝑎 % 𝑢 𝑎 𝑣 +1 𝑎 𝑣 +1 𝑎 𝑎 𝑎
+1
𝑎%

K!
e)∫ ! ! (8!($)

Solução
Podemos primeiramente completar quadrados no denominador, ficando:
𝑥 % + 6𝑥 + 13 = 𝑥 % + 6𝑥 + 9 − 9 + 13 = (𝑥 + 3)% + 4

𝑑𝑥
¡
(𝑥 + 3)% + 4

Usando:
𝑢 = 𝑥 + 3 → 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥

𝑑𝑥 𝑑𝑢 1 𝑢 1 𝑥+3
¡ =¡ % = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 X Y + 𝐶 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 e f+𝐶
(𝑥 + 3) + 4
% 𝑢 +4 2 2 2 2

√!&%
f)∫ !($
𝑑𝑥

Solução
𝑢 = √𝑥 − 2 → 𝑢% = 𝑥 − 2 → 2𝑢𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑥 = 𝑢% + 2

57
𝑢. 2𝑢𝑑𝑢 𝑢%
¡ % = 2¡ % 𝑑𝑢
𝑢 +3 𝑢 +3
𝑢% + 0𝑢 + 0 𝑢% + 3

−𝑢% − 3 1
−3

𝑢% 3
%
=1− %
𝑢 +3 𝑢 +3

𝑢% 3 1 𝑢 6 √𝑥 − 2
2¡ %
𝑑𝑢 = 2 ¡ 1 − % 𝑑𝑢 = 2𝑢 − 6 ¦ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 e f§ + 𝐶 = 2√𝑥 − 2 − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 i j+𝐶
𝑢 +3 𝑢 +3 √3 √3 √3 √3

EXERCÍCIOS
Calcule as seguintes integrais:
1. ∫(2𝑥 % + 2𝑥 − 3)$' (2𝑥 + 1)𝑑𝑥
*
2. ∫(𝑥 ) − 2)2 𝑥 % 𝑑𝑥
!K!
3. ∫ (
√! ! &$

4. ∫ 5𝑥√4 − 3𝑥 % 𝑑𝑥
5. ∫ √𝑥 % + 2𝑥 * 𝑑𝑥
*
6. ∫(𝑒 %@ + 2)& 𝑒 %@ 𝑑𝑡
D"
7. ∫ D " (* 𝑑𝑥
*
D " (%
8. ∫ !!
𝑑𝑥

9. ∫ 𝑡𝑔𝑥. 𝑠𝑒𝑐 % 𝑥𝑑𝑥


10. ∫ 𝑠𝑒𝑛% 𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑑𝑥
CD5!
11. ∫ ABC( ! 𝑑𝑥
%CD5!&6ABC!
12. ∫ ABC!
𝑑𝑥

13. ∫ 𝑒 ! 𝑐𝑜𝑠2𝑒 ! 𝑑𝑥
!
14. ∫ % 𝑐𝑜𝑠𝑥 % 𝑑𝑥

15. ∫ 𝑠𝑒𝑛(5𝑥 − 𝜋)𝑑𝑥


-RACD5;
16. ∫ 𝑑𝑦
%F$&; !

%CDA ! d
17. ∫ -(=@1d 𝑑𝜃

58
K!
18. ∫ $8(! !
K;
19. ∫ ; ! &*;(*
&
20. ∫ √𝑠𝑒𝑛𝑥 . 𝑐𝑜𝑠𝑥𝑑𝑥
Q5! !
21. ∫ !
𝑑𝑥

22. ∫(𝑒 -! + 𝑒 &-! )% 𝑑𝑥


23. ∫ √4𝑡 * + 𝑡 % 𝑑𝑡
*K!
24. ∫ *! ! (%'!()*
)K!
25. ∫ ! ! &*!($

59

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