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Integrais Impróprias
+∞ −2
−𝑥 −4
𝑎) න 5𝑥𝑒 ൗ2 𝑑𝑥 𝑏) න 𝑑𝑥
0 −∞ 𝑥
Integrais Impróprias
É possível que os dois limitantes correspondam a −∞ e a +∞, respectivamente:
+∞
3
𝑐) 𝐼 = න 2
𝑑𝑥
−∞ 1+𝑥
Integrais Impróprias – Tipo II
No caso de assíntotas verticais, os limitantes de integração são finitos, mas a função
integrando é descontínua em pelo menos um valor pertencente ao intervalo de integração
(o que impede, a priori, a aplicação do TFC):
desde que o limite exista. Se o limite existir, dizemos que a integral converge.
Caso contrário, dizemos que ela diverge.
Conforme 𝑏 → +∞,
percorre-se toda a
região infinita
desejada.
𝑏 → +∞
OBS: Note que, caso a integral convirja, a região ilimitada admite área finita!!!!
Exemplo 1: Resolva as integrais impróprias a seguir e determine se elas são convergentes
ou divergentes: −𝑥ൗ
+∞ 𝑢 = 5𝑥 𝑑𝑣 = 𝑒 2 𝑑𝑥
−𝑥
𝑎) 𝐼 = න 5𝑥𝑒 ൗ2 𝑑𝑥 𝑑𝑢 = 5𝑑𝑥 𝑣 = −2𝑒 2
−𝑥ൗ
0
Solução: Aplicando a definição 1 e resolvendo a integral usando Partes:
𝑏 𝑏 𝑏
−𝑥ൗ −𝑥ൗ −𝑥ൗ
𝐼 = lim න 5𝑥𝑒 2 𝑑𝑥 = lim 5𝑥 −2𝑒 2 ቚ − න −2𝑒 2 . 5𝑑𝑥
𝑏→+∞ 0 𝑏→+∞ 0 0
−𝑥ൗ 𝑏 −𝑥 𝑏
= lim −10𝑥𝑒 2 ቚ + 10 −2𝑒 ൗ2 ቚ
𝑏→+∞ 0 0
−𝑏 −𝑏
= lim − 10𝑏 𝑒2 − −10.0. 𝑒 0 − 20𝑒 2 − −20𝑒 0
𝑏→+∞
−𝑏 −𝑏 −10𝑏 −𝑏
= lim − 10𝑏 𝑒2 − 20𝑒 2 + 20 = 𝑏→+∞
lim 𝑏 − 20 lim
𝑏→+∞
𝑒2 + lim 20
𝑏→+∞
Por 𝑏→+∞
𝑒2
L’Hoppital: Portanto, área da região
−10
= lim 𝑏 − 20.0 + 20 = 0 − 0 + 20 = 20. ilimitada mostrada na figura
𝑏→+∞
2𝑒 2 é finita e igual a 20.
Portanto, a integral é convergente. Podemos dizer que ela converge para 20.
+∞
1
𝑏) 𝐼 = න 𝑑𝑥
1 𝑥
2
Solução: Aplicando a definição e resolvendo a integral, pelo TFC, obtemos:
𝑏 𝑏𝑏 1
1 1
𝐼 = lim න lim ln(|𝑥|)
𝑑𝑥 = 𝑏→+∞
lim ln(|𝑥|)ቚቚ1 == lim
lim lnln |𝑏|
|𝑏| −−lnln 1 = =
+∞+∞
−− ln +∞
0=
𝑏→+∞ 1 𝑥 𝑏→+∞ 12 𝑏→+∞
𝑏→+∞ 2 2
2
Portanto, a integral é divergente. = +∞.
Significa que a área da região ilimitada mostrada na figura abaixo é infinita!
+∞
1
𝑐) 𝐼 = න 4
𝑑𝑥
1 𝑥
Solução: Aplicando a definição e resolvendo a integral, obtemos:
𝑏 𝑏 𝑏𝑏
1 −3
−4
−1−1 1 −1 1 −1
𝐼 = lim න 4 𝑑𝑥 = lim න 𝑥 𝑑𝑥 == lim lim 2 ቤ3 ቤ lim= lim 2 − 3 − =
𝑏→+∞ 1 𝑥 𝑏→+∞ 1 𝑏→+∞
𝑏→+∞ 2𝑥 −2𝑏 3𝑏 −2 3
3𝑥 1 1𝑏→+∞ 𝑏→+∞
1 1
= −0 + = .
3 3
1
Portanto, a integral é convergente e a área da região infinita abaixo é finita e igual a .
3
Definição
Definição 2: Seja 𝑓: (−∞, 𝑏] → ℝ uma função contínua, para todo 𝑥 ∈ −∞, 𝑏 . Definimos
𝑏 𝑏 𝑏
න න𝑓(𝑥)
𝑓(𝑥)
𝑑𝑥𝑑𝑥
= =lim න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥.
−∞−∞ 𝑎→−∞ 𝑎
desde que o limite exista.
Se o limite existir, dizemos que a integral converge. Caso contrário, dizemos que ela
diverge.
Conforme 𝑎 → −∞,
percorre-se toda a
região infinita
desejada. 𝑎 → −∞
7
𝑑) 𝐼 = න 𝑒 5𝑥 𝑑𝑥
−∞
O limite é obtido pela
Solução: Aplicando a definição e resolvendo a integral, obtemos: análise gráfica de 𝑒 5𝑥 .
7 4𝑥 73
12
𝑒 𝑒5𝑥
𝑒
𝑒 35 𝑒𝑒4𝑎
5𝑎 𝑒 1235
𝑒 𝑒 1235
𝑒
5𝑥
𝐼 = lim න 𝑒 𝑑𝑥 = lim
lim ออ = lim
= 𝑎→−∞
lim −
− =
= −−00= = .
𝑎→−∞ 𝑎 𝑎→−∞ 54
𝑎→−∞ 𝑎→−∞ 4 5 4
5 4 5 4 5
𝑎𝑎
Portanto, a integral é convergente.
−3
−1 𝑥 = 𝑎, 𝑢 = ln(−𝑎)
𝑒) 𝐼 = න 𝑑𝑥 𝑥 = −3 𝑢 = ln(3)
−∞ 𝑥 ln(−𝑥)
−1 1
Solução: Pela definição e usando a substituição 𝑢 = ln(−𝑥) temos 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥 = 𝑑𝑥e
−3
−1 ln(2)
ln(3) −1 −𝑥 𝑥
𝐼 = lim න 𝑑𝑥 = lim න −1 𝑑𝑢
𝑎→−∞ 𝑎 𝑥 ln(−𝑥) = lim
𝑎→−∞ න 𝑢 𝑑𝑢
𝑎→−∞ ln(−𝑎) 𝑢
ln(−𝑎)
ln(3)
= lim −ln(|𝑢|)ቚ lim −−lnln ln|ln2 3 +
= lim | ln(ln
+ ln(|−𝑎
ln −𝑎
) |)
𝑎→−∞ ln(−𝑎) 𝑎→−∞
𝑎→−∞
3𝜋 3𝜋
= 3 arctg 𝑐 + + − 3 arctg 𝑐
2 2
= 3𝜋.
Portanto, a integral é convergente!
Integral de Função Descontínua
Definição 4: Seja 𝑓: [𝑎, 𝑏] → ℝ uma função contínua, exceto em 𝑐 ∈ 𝑎, 𝑏 , ponto em que
há uma assíntota vertical. Definimos a integral imprópria de 𝑓 como
Como 𝑓 não é contínua em [𝑎, 𝑏],
𝑏 𝑐 𝑏 não é possível aplicar o TFC.
න 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 Por isso, a integral é separada em
𝑎 𝑎 𝑐 dois intervalos de integração,
𝑡 𝑏 usando o ponto de
= lim− න 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 + lim+ න 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 . descontinuidade como extremos.
𝑡→𝑐 𝑎 𝑤→𝑐 𝑤
Agora, nesses novos limitantes, a função se torna contínua e com isso podemos utilizar o
TFC:
𝑡 2
−1 −1 −1−1 −1−1 −1−1 −1−1
𝐼 = lim− ቤ + lim+ ቤ = lim lim− − − + +limlim+ − − =
𝑡→0 𝑥 𝑤→0 𝑥 − 𝑡 𝑡 −2
𝑡→0
𝑡→0 −2 𝑤→0+ 2 2 𝑤𝑤
𝑤→0
−2 𝑤
1 1 −1 1 1 1 −1−1
= − lim− − + lim+ −(−∞)− − + + + +
+ = −(−∞) ∞∞ = +∞.
= +∞ .
𝑡→0 𝑡 2 𝑤→0 2 𝑤 2 2 2 2
Portanto, a integral é divergente!
Observação: O fato da integral divergir significa que a área da região ilimitada destacada
na figura abaixo é infinita!
1
Gráfico da função 𝑓 𝑥 = .
𝑥2
Note que, se não nos atentássemos para a necessidade de usar os limites laterais no ponto
de descontinuidade e utilizássemos diretamente o TFC, obteríamos que:
2 22
1 −1
−1 −1
−1 −1 −1
𝐼=න 2
= ቤ ቤ == −− = −1. = −1.
−2 𝑥 𝑥𝑥 −2
−2
2 2 −2 −2
Esse cálculo errado indicaria que a área de uma região situada acima do eixo 𝑥 resultaria
em um valor negativo, o que não é possível. Tal absurdo é decorrente da utilização do TFC!
1
1
ℎ) 𝐼 = න 𝑑𝑥
−4 12 + 3𝑥
1
Solução: A função 𝑓 𝑥 = é contínua se e só se 12 + 3𝑥 > 0, ou seja, se 𝑥 > −4.
12+3𝑥
Portanto, 𝑓 não é contínua em 𝑥 = −4, que pertence ao intervalo de integração.
Assim, não podemos utilizar diretamente o TFC. Precisamos usar a definição anterior.
No entanto, como o ponto de descontinuidade corresponde ao limitante inferior do
intervalo, basta usar apenas um limite lateral, com 𝑡 → −4+ . Dessa forma, obtemos:
1 𝑡 1
1 1 1
𝐼=න 𝑑𝑥 = lim lim
න +
න 𝑑𝑥 . .
−3 𝑡 4 −12
2𝑥+ 3𝑥
−
𝑡→−4
−4 12 + 3𝑥 𝑡→2
No novo intervalo, a função passa a ser contínua e podemos, agora, usar o TFC.
Usando a substituição 𝑢 = 12 + 3𝑥 temos 𝑑𝑢 = 3𝑑𝑥, ou seja 𝑑𝑥 = 1/3𝑑𝑢 e assim:
4−2𝑡 15
15 1 1ൗ
15
1 11 1 −1 4−2𝑡
1 −115
ൗ2 −1 𝑢 ൗ2 1𝑢 2
−1lim
𝐼 𝐼== 𝑡→−4
lim + න
lim න 𝑢
. .𝑑𝑢 𝑑𝑢
3
= lim
=
𝑡→2
න
− 2 lim
𝑢න 𝑑𝑢𝑢= ൗ2−
𝑡→2 𝑑𝑢
2 =
1ൗ
ቮ
lim + ቮ
12+3𝑡 𝑢
𝑡→−4 + 12+3𝑡 3 𝑡→−4 3 12+3𝑡
10 + 2𝑡→−4 3 1/2
15 10
2 15 12+3𝑡
= lim + 2 𝑢 ቤ = lim− − 4 − 2𝑡 2 − − 102 = −0 + 10 = 2 10. =
= 𝑡→−4
lim 3 𝑢12+3𝑡
𝑡→−4 + 3
ቤ = lim
𝑡→2 15 − 12 + 3𝑡 = 15 − 0 2
= 15.
𝑡→−4 + 3 3 3
12+3𝑡 3
Portanto, a integral é convergente.
Exemplo com duas descontinuidades
1
1
𝑖) 𝐼 = න 𝑑𝑥
0 𝑥 ln(𝑥)
1
Solução: A função 𝑓 𝑥 = é contínua somente se 𝑥 ≠ 0, 𝑥 > 0, 𝑥 ≠ 1 (pois ln 1 = 0).
𝑥 ln(𝑥)
Assim, 𝑓 admite dois pontos de descontinuidade, que correspondem aos limitantes do intervalo de
integração. Por isso, precisamos separar a integral em duas, nas quais poderemos aplicar o TFC:
1 1/2 1 1/2 𝑤
1 1 1 1 1
𝐼=න 𝑑𝑥 = න 𝑑𝑥 + න 𝑑𝑥 = lim න 𝑑𝑥 + lim− න 𝑑𝑥
0 𝑥 ln(𝑥) 0 𝑥 ln(𝑥) 1/2 𝑥 ln(𝑥) +
𝑡→0 𝑡 𝑥 ln(𝑥) 𝑤→1 1/2 𝑥 ln(𝑥)
1
Usando a substituição 𝑢 = ln 𝑥 , temos 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥, e mudando os limitantes das integrais, temos:
1 𝑥
ln(2) ln(𝑤) 1
1 1 ln(2) ln(𝑤)
𝐼 = lim+ න 𝑑𝑢 + lim− න 𝑑𝑢 = lim ln( 𝑢 ) ቚ + lim− ln( 𝑢 )ቚ 1
𝑡→0 ln(𝑡) 𝑢 𝑤→1 1
ln( ) 𝑢 𝑡→0 + ln(𝑡) 𝑤→1 ln( )
2 2
= lim+ ln(|ln(1/2)| − ln(| ln 𝑡 |) + lim− ln(|ln 𝑤 |) − ln(|ln(1/2)|)
𝑡→0 𝑤→1
= ln(|ln(1/2)|) − (ln −∞ ) + ln(|ln 1 |) − ln(|ln(1/2)|) = − ln +∞ + ln(0) = −∞ − ∞ = −∞
Portanto, a integral imprópria diverge. Note que o ponto em que separamos a integral em duas não
interferiu no resultado final da integral, devido ao cancelamento dos termos ln(|ln(1/2)|).