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MODELO
PRIMEIRA PEÇA
(espaço de 12 centímetros)
Autos nº 000.111.222-3
José Pedro, já qualificado, por seu advogado, nos autos da Ação de Cobrança que, pelo
rito ..........., move em face de João Paulo, que acolheu a preliminar argüida pelo réu,
extinguindo o processo sem resolução do mérito, nos termos do Código de Processo
Civil, artigo 267, inciso VI, condenando o autor, ainda, no pagamento das custas,
despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa,
vem a Vossa Excelência interpor Apelação, com fundamento no CPC, artigos 513 e
seguintes, pelas anexas razões.
Saliente-se que a decisão consubstanciada na sentença de fls. ...... não resta fundada em
entendimento sumulado pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, nem mesmo pelo
Colendo Superior Tribunal de Justiça, de forma que não se está diante de súmula com
efeito impeditivo do recebimento de recurso, nos termos do artigo 518, § 1º, do Código
de Processo Civil.
Para o exame da OAB, não se podem inventar dados. Se não fornecidos, devem ser
indicados, mas não preenchidos
ENDEREÇAMENTO:
A Vara e a Comarca
O LOCAL, A DATA
SEGUNDA PEÇA
EGRÉGIO TRIBUNAL!
COLENDA CÂMARA!
ILIBADOS JULGADORES!
DA LEGITIMIDADE
O ora apelante, conforme constata-se pelos documentos aos autos acostados, tem
legítimo interesse na causa, uma vez que sujeito da relação jurídica trazida a juízo, na
ação de cobrança que move em face do apelado.
Assim, também o apelado é parte legítima a ser demandada, uma vez que sujeito
passivo da relação jurídica apresentada ao juízo.
É legítimo o direito e legítimas são as partes, como definido no direito material, na
presente demanda.
DO INTERESSE
Prova o apelante, conforme os documentos que fazem parte do presente recurso (fls. ....)
que não lhe restou outro meio senão o de ingressar com a Ação de Cobrança, para obter
o resultado pretendido.
O interesse do credor, primário ou material, é o de obter o pagamento, se o devedor não
paga no vencimento.
Clara está a relação de necessidade e de adequação do pedido, que sem o provimento
jurisdicional não poderia obter o resultado pretendido e útil ao credor, autor da ação e
ora apelante.
II – DO PEDIDO
Não consubstanciada, nos autos, falha na propositura da ação, que comprometa as
condições legalmente exigidas, pede o apelante o conhecimento e o provimento do
presente recurso.
Por fim, que seja anulada a sentença do juízo a quo, determinando o Egrégio Tribunal o
retorno dos autos e o prosseguimento da ação, até a sentença final, que determinará o
mérito da causa.
Nestes termos,
Pede deferimento.
OBSERVAÇÕES
1. Na PRIMEIRA PEÇA, nos dirigimos ao juízo a quo, onde as partes são tratadas
como AUTOR e RÉU. Na SEGUNDA PEÇA, as partes são tratadas como apelante e
apelado.
2. Toda PRIMEIRA PEÇA da APELAÇÃO tem que ter menção ao ARTIGO 518, § 1º
do CPC. É OBRIGATÓRIO.
Exemplo de referência:
“Saliente-se que a decisão consubstanciada na sentença de fls. ...... não resta fundada em
entendimento sumulado pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, nem mesmo pelo
Colendo Superior Tribunal de Justiça, de forma que não se está diante de súmula com
efeito impeditivo do recebimento de recurso, nos termos do artigo 518, § 1º, do Código
de Processo Civil.”
3. FUNDAMENTO
Pleiteio a RETRATAÇÃO, somente na hipótese do artigo 295. É OBRIGATÓRIO
Art. 285. Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, ordenando a citação
do réu, para responder; do mandado constará que, não sendo contestada a ação, se
presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor.
§ 2o Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao
recurso.
PROCEDIMENTO
Rito SUMÁRIO
Conforme apontado no artigo 68 da Lei do Inquilinato.
Uma vez abolido o rito sumaríssimo do processo civil, reger-se-á pelos artigos 275 a
281 do CPC.
O CPC elenca no artigo 282 os requisitos intrínsecos da petição inicial: aqueles que
devem ser observados na própria peça que a veicula.
São eles:
O CPC não fala, mas é adequado indicar, na qualificação, o RG, o CPF e o CEP das
partes.
Ainda que não seja legalmente exigido, é útil, por exemplo, no caso de penhora on line
ou para a expedição de ofícios, na busca de endereço, caso o réu tenha se mudado, ou
para a indicação de bens, no caso de não haver o cumprimento espontâneo da obrigação.
BILATERALIDADE
ONEROSIDADE
CONSENSUALIDADE
COMUTATIVO
Abrir mão do direito de revisão – previsto em lei, expressamente – equivale a abrir mão
do consenso.
Conforme MARIA HELENA DINIZ, a cláusula rebus sic stantibus é ínsita à revisão
judicial, e própria dos contratos a trato sucessivo ou a termo, no caso de haver
desigualdade superveniente das obrigações contratadas, e conseqüente enriquecimento
ilícito de um dos contratantes.
FIADOR:
É TERCEIRO INTERESSADO.
A LEGITIMIDADE PASSIVA
É adstrita às partes.
Conforme disposição do artigo 595 do CPC, quando executado, pode o fiador nomear à
penhora os bens livres e desembaraçados do devedor.
NATUREZA DA CIENTIFICAÇÃO
ATÉ A AUDIÊNCIA.
A lei dá a entender que o juiz deve fixar o aluguel provisório no despacho inicial.
Se o juiz deixou para fixar na audiência, pode a parte perder seu direito?
NÃO.
1. ORAL, NA HORA.
2. Nada na lei diz que deva ser oral a defesa.
Quando fixou o provisório, teve acesso às razões do réu, que traria no pedido de
revisão.
Portanto, a partir do momento em que a matéria é levada na audiência, deve ser atacada
na contestação.
Não pode o juiz redecidir sobre os elementos fornecidos na petição inicial porque o
provisório foi decidido em cima deles.
CORRENTE MINORITÁRIA
O réu pode interpor agravo dessa decisão, para anular a liminar.
CORRENTE MAJORITÁRIA
Não pode o réu agravar, porque tem o remédio do pedido de revisão.
Se o juiz não atender o pedido de revisão, aí, sim, caberia o agravo de instrumento.
Na liminar, não, porque não tem interesse, uma vez que pode entrar com o pedido de
revisão.
NA CONCLUSÃO:
Diante do exposto, espera/deve/aguarda serem considerados improcedentes os pedidos
deduzidos pelo autor.
REQUERIMENTO
PROVAS
Sumário:
- testemunhas – juntar o rol
- perito – quesitos
- assistente técnico – indicar o nome e endereço
Pedido ao autor:
Que a ação seja julgada PROCEDENTE:
a) quanto à fixação do valor do aluguel, ajustado às reais condições do mercado;
b) a decretação do aluguel provisório, desde a citação;
c) a condenação do réu no pagamento das eventuais compensações referentes a
diferenças em favor do autor e nos honorários sucumbenciais.
NATUREZA DA SENTENÇA:
O artigo 58, em seu inciso II, disciplina a competência para conhecer e julgar tais ações,
determinando para tanto o foro do lugar da situação do imóvel, “SALVO se outro
houver sido ELEITO no CONTRATO”.
Deve ser pedido, com base nos elementos indicados pelo autor, a fixação de aluguel
provisório, desde a citação.
Este requisito está expressamente previsto no artigo 68, inciso II, da Lei do Inquilinato.
Quanto aos extrínsecos, o rol de testemunhas e os quesitos estão previstos no artigo 276
do CPC.
Está ela prevista no artigo 68 da Lei nº 8.245 de 1991; quanto ao PEDIDO, na petição
inicial, está expresso no inciso II.
Tem caráter SATISFATIVO, pois o autor NÃO pretende EVITAR O DANO decorrente
DA DEMORA, MAS OBTER, ainda que provisoriamente, a SATISFAÇÃO DO
DIREITO.
Tal tutela pode ser revogada ou anulada a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
O artigo 68, inciso II, da Lei nº 8.245/91 prevê a tutela antecipada, mediante pedido
feito pelo autor, e ante os elementos apresentados.
O que significa que, em regra, não haverá reconvenção, pela falta de necessidade, uma
vez que é permitido ao réu CONTRAPOR.
O fundamento legal está previsto no parágrafo primeiro do artigo 278 do CPC => não
há interesse processual.
Com fundamento no artigo 278, entende-se que a reconvenção ou ação autônoma são
dispensáveis, por falta de interesse, uma vez que na própria contestação é possível ao
réu formular pedido em seu favor, “desde que fundado nos mesmos elementos que na
inicial”.
PROVAS
Na ação deve ser provado o valor efetivamente praticado pelo mercado, relativamente a
imóveis nas mesmas condições.
ALUGUEL PROVISÓRIO
Se, apesar do pedido, as provas apontarem em outra direção, nesta se fará o julgamento
do juiz.
A despeito disso, o juiz poderá fixar acima do pedido, mas não abaixo, porque estaria
concedendo EXTRA PETITA.
POSICIONAMENTO CONTRÁRIO:
Ma a doutrina majoritária afirma que seria extra petita a decisão que firmasse o aluguel
provisória além da pretensão deduzida.
Sim, é possível.
Se, por exemplo, o despejo do imóvel, o juiz pode receber o acordo e homologá-lo.
DA RESPOSTA DO RÉU
Assim, será citado para que, querendo, apresente resposta, na audiência (entregará a
resposta ao juiz).
DA AUDIÊNCIA
PEDIDO CONTRAPOSTO
Poderá provar, pelos mesmos meios dispostos ao autor (fotos, perícia, testemunhas,
avaliação, anúncios), a inverdade destas alegações.
Como, na contestação, é possível o pedido contraposto, pode o réu pedir outra forma de
reajustamento, seja relativa ao índice e também à periodicidade.
- prescrição
- decadência
-retenção
- compensação
DISTRIBUIÇÃO
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
AUDIÊNCIA
O autor não pode entrar com o pedido de revisão, mas pode agravar.
Do despacho inicial, o autor pode agravar, se o juiz der menos do que pediu.
O réu, não, porque pode entrar com o pedido de revisão (pela falta de interesse).
Postado por maria da glória perez às 21:18 0 comentários Links para esta postagem
PRÁTICA JURÍDICA
Professor Gilberto Maistro
CONTESTAÇÃO
DA PRELIMINAR
Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na
petição inicial. PRESUMEM-SE VERDADEIROS OS FATOS NÃO IMPUGNADOS,
SALVO:
POR QUÊ?
Porque são matérias que encerram o processo, sem o julgamento do mérito. Sem
processo, não há direito a ser apreciado.
ILEGITIMIDADE PASSIVA
Legitimidade => CONDIÇÃO DA AÇÃO
Portanto, é o caso de PRELIMINAR PROCESSUAL.
CPC, 267, vi, 295, II E 301, X.
Se a parte é ilegítima para figurar no pólo passivo da ação, se é totalmente estranha à
relação contratual.
Pede-se a exclusão do pólo passivo, tanto seja a parte apontada do pólo ativo, quanto do
pólo passivo, uma vez que não fazem parte da relação contratual.
QUANDO HÁ CARÊNCIA DA AÇÃO?
Quando não tenho a ação.
Tanto como para o autor como para o réu, a lei delimita as possibilidades de emenda à
inicial ou novas alegações.
POR QUÊ?
Imagine-se um processo em que tanto o autor quanto o réu pudessem argüir razões e
contra-razões, sem que houvessem limites para elas.
Por isso existe um tempo para cada ato processual. Não executado o ato em seu tempo,
alcança-o a preclusão.
LEGITIMIDADE
LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA
É a que possuem o Ministério Público, os sindicatos, associações, atendidas as
exigências da lei. Também o caso do cidadão, no caso da ação popular.
Trata-se da SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL ou LEGITIMAÇÃO ANÔMALA.
Donald Armelin propõe a divisão sob quatro ângulos:
"a)casos de legitimidade extraordinária outorgada em função da predominância do
interesse público sobre o particular, máxime no que tange a direitos indisponíveis;
b) casos de legitimidade extraordinária atribuída em decorrência de comunhão de
direitos ou conexão de interesses onde coexistem legitimidade ordinária e
extraordinária;
c) casos em que, em decorrência de vinculação, em função do direito questionado,
atribui-se tal legitimidade tanto ao legitimado ordinariamente como ao legitimado
extraordinariamente;
d) casos em que se outorga a legitimidade extraordinária a um terceiro, em decorrência
de uma situação jurídica por este ocupada, que lhe impõe, direta ou indiretamente ,
deveres de guarda e conservação de direitos alheios"
DOS PEDIDOS
Se pede para cancelar a liminar, voltará a situação anterior.
Se pede para CANCELAR a decisão liminar, não pode haver PEDIDO
CONTRAPOSTO, porque para ele é preciso a manutenção do valor do aluguel.
PEDIDO CONTRAPOSTO
É pedido, mesmo, igual ao pedido que o autor faz na petição inicial.
A diferença é que o réu o faz, quando da apresentação da contestação, se a ação admiti-
lo, como é o caso da Ação Revisional de Aluguel, que segue o rito sumário.
DEFESA:
- preliminar, primeiro => matéria processual, caso dos artigos 301, 267 e 295 do CPC.
- mérito, depois.
§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a
extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 horas.
De toda forma, são mundos diferentes, e convivo com os dois lados do balcão.
Assim também, quando a parte solicita algum prazo ou ofício, quando a lei determina o
próximo ato.
Seria um desperdício de tempo encaminhar os autos ao juiz para que assinasse outro
despacho, a cada vez expedindo nova - a mesma - ordem. Atendendo o princípio da
celeridade processual, uma vez que a ordenação já foi dada, a cada novo pedido, será
feito novo instrumento, sem que os autos sejam encaminhados para a conclusão.
Porque não há o que concluir, afinal.
INTIME-SE. DILIGENCIE.
Toda vez que encerra o despacho com a fórmula INTIME-SE, determina o juiz que
sejam intimados os interessados. Também essa providência será efetuada pelo
escrevente, mas a finalidade do ato está presumida na ciência da decisão, pelos
interessados, a partir da publicação do texto.
PUBLICAÇÃO
Publicação é tornar público. O meio mais comum, para a publicação dos atos
jurisdicionais e administrativos, é pela veiculação da informação no Diário Oficial.
Hoje, temos as informações divulgadas por meio eletrônico, que não descaracteriza a
publicidade, porque torna a comunicação conhecida por meio de fácil acesso.
Aliás, é mais eficaz, mesmo, que o jornal oficial convencional.
Publica-se, igualmente, em cartório, em local de fácil acesso ao público.
É comum que a parte, para que seu pedido seja mais prontamente atendido, resolva
despachar diretamente com o juiz.
J.CLS
Com essa fórmula, é determinado que os autos sejam encaminhados à conclusão, após a
juntada do documento.
Se, com a juntada da petição que deu origem ao despacho fosse cumprido o ato
aguardado, os autos seriam encaminhados à conclusão, da mesma forma.
Explica-se: se o processo aguardava no prazo por uma juntada, a partir dela será
cadastrado novo andamento.
O que significa que, no intuito de ganhar-se tempo, foi ele perdido.
Seria mais eficaz apresentar o documento no próprio cartório (no ofício), para a juntada,
e indagar pelo próximo ato.
EM TERMOS
Quando, após a fórmula, é anotado "em termos", significa que cabe ao escrevente
averiguar qual o próximo ato.
Se foi anotado "CLS. EM TERMOS.", por exemplo, deve o escrevente verificar se,
antes, não é necessário aguardar outra providência, tomada por ele ou por uma das
partes, por exemplo.
Concluindo, temos que foi absolutamente inócua a providência daquele que cuidou por
apresentar-se ao juiz, cuidando ser diligente e prático.
EXPEÇA-SE
Se a fórmula apresentada for "EXPEÇA-SE", será expedido.
Entretanto, se a ordem já tiver sido deferida no pretérito, é inútil, porque seria expedido,
de toda forma.
Por outro lado, se a expedição cumpre ao andamento processual, como o fazimento de
um ofício, por exemplo, também é descabida, porque seria feito, igualmente.