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RJ
Reforma Trabalhista
Atualizada 06/2021
Programa:
Intervalos intrajornada
Ambiente insalubre
Muito ainda se fala sobre a última reforma trabalhista, que modificou mais de 117
pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ela foi sancionada pelo ex-
presidente Michel Temer no dia 13 de julho de 2017 e entrou em vigor no dia 11 de
novembro do mesmo ano.
As novas regras se aplicam tanto para novos contratos quanto para contratos vigentes
e alteram diversos direitos e deveres de patrões e trabalhadores. Os principais temas
da reforma trabalhista estão relacionados à remuneração, à jornada de trabalho, às
férias e ao plano de carreira. O objetivo é tornar menos rígido o mercado de trabalho,
simplificando as relações entre empregadores e colaboradores.
3. Intervalos intrajornada
A reforma permite que o colaborador com jornada diária acima de seis horas faça, no
mínimo, 30 minutos de intervalo para o almoço. Isso proporciona a ele mais
flexibilidade de horário, permitindo que entre mais tarde ou saia mais cedo do
trabalho.
É válido salientar que os intervalos intrajornada devem se fundamentar em um acordo
entre empregador e trabalhador, devendo haver concordância de ambas as partes
sobre tal período.
Com a nova reforma, o fracionamento das férias passa de dois para três períodos ao
ano. Tal medida é válida desde que um período tenha, pelo menos, 14 dias corridos,
que os demais tenham mais de cinco dias corridos e que haja concordância do
colaborador.
Além disso, o empregador não pode dar férias até dois dias antes de dias de descanso
semanal ou feriados. Ou seja, as férias não podem ter início na quinta-feira e nem dois
dias antes de um feriado para que o colaborador não seja prejudicado.
Antes, a jornada de trabalho era limitada a oito horas por dia, 44 horas por semana e
220 horas por mês, podendo haver até duas horas extras por dia. Com o advento da
reforma trabalhista, a jornada pode ser mais flexível, desde que a compensação ocorra
no mesmo mês e que o expediente diário não ultrapasse dez horas, como prevê a CLT.
6. Trabalho descontínuo
Antes, essa modalidade não era amparada por lei. Agora o trabalhador pode receber
por horas trabalhadas, tendo direito a férias, FGTS, décimo terceiro e previdência
proporcionais. O valor da hora de trabalho é determinado em contrato e não pode ser
inferior ao valor da hora com base no salário-mínimo. Além disso, ele deve ser padrão
para todos os colaboradores que exercem a mesma função.
Outro ponto da reforma trabalhista que não era regulamentado pela CLT é o trabalho
remoto, também conhecido como home office. Agora é previsto em lei: o colaborador
recebe por tarefa executada e tudo deve ser formalizado entre empregador e
trabalhador por meio de um contrato.
No documento, deve constar tudo que será necessário para o cumprimento da função
em casa, como compra e manutenção de equipamentos, gastos com energia e internet
e a pessoa responsável por arcar com essas despesas. Caso seja o colaborador, o valor
do seu serviço deverá incluir esses gastos.
8. Rescisão contratual
9. Ambiente insalubre
Com isso, a carteira de trabalho digital passou a ser emitida de forma automática
sempre que uma pessoa realiza o seu Cadastro de Pessoa Física (CPF). É possível
acessar a carteira de trabalho digital por meio de um aplicativo disponível para
smartphones ou tablets com sistema Android ou iOS, instrumento que também
permite a consulta de dados e vínculos trabalhistas de um indivíduo.
https://www.gov.br/pt-br/temas/carteira-de-trabalho-digital
Mais uma mudança que ocorreu foi no artigo 74 da CLT. Atualmente, as empresas que
têm mais de 20 colaboradores devem apresentar, obrigatoriamente, uma maneira de
registrar e controlar a marcação de ponto, que pode ser feita de forma mecânica,
manual, eletrônica ou alternativa.
O ponto por exceção é uma forma de registro que concede mais flexibilidade na
marcação de ponto, uma vez que limita as situações em que o colaborador precisa
fazer o registro de horários — o que dispensa que o ponto tenha que ser batido todos
os dias em horários de entrada, saída e pausas.
https://pge.rj.gov.br/covid19/federal/medidas-provisorias
CAPÍTULO I
Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre as medidas trabalhistas que poderão ser adotadas
pelos empregadores para preservação do emprego e da renda e para enfrentamento do
estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de
2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus (covid-19), decretada pelo Ministro de Estado da Saúde, em 3 de fevereiro de
2020, nos termos do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
Parágrafo único. O disposto nesta Medida Provisória se aplica durante o estado de calamidade
pública reconhecida pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020, e, para fins trabalhistas, constitui
hipótese de força maior, nos termos do disposto no art. 501 da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
Art. 2º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregado e o
empregador poderão celebrar acordo individual escrito, a fim de garantira permanência do
vínculo empregatício, que terá preponderância sobre os demais instrumentos normativos,
legais e negociais respeitados os limites estabelecidos na Constituição.
I - o teletrabalho;
II - a antecipação de férias individuais;
III - a concessão de férias coletivas;
IV - o aproveitamento e a antecipação de feriados;
V - o banco de horas;
VI - a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho;
VII - o direcionamento do trabalhador para qualificação; e
VIII - o diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
FGTS.