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6. Quais são as modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada?

Cite e
explique.

Restritiva: restringe o uso, impõe condições ao seu uso sem que o titular perca sua posse.

Servidão Administrativa: Parte da propriedade imóvel é utilizada para permitir a


execução de obras e serviços de interesse coletivo. É restringido o uso da propriedade.
Em caso de propriedade pública é respeitada a hierarquia federativa. Pode ser por
meio de um acordo entre o proprietário e o Poder Publico ou por sentença judicial é
de caráter permanente ou enquanto for necessário.

Requisição Administrativa: Em situação perigo público iminente, a autoridade


competente poderá utilizar a propriedade particular assegurando indenização se
houver dano. Formalizada pelo ato-executório.

Ocupação Temporária: Trata-se da utilização da propriedade imóvel, por certo período


de tempo, para que seja viabilizada a execução de serviços e obras públicas sem que
seja viabilizada a execução de serviços e obras públicas, em situação que não existe
perigo público iminente. Caso ocorra desapropriação do imóvel o Poder Público terá o
dever o indenizar o proprietário, caso contrario somente os prejuízos comprovados
serão indenizados.

Limitações Administrativas: “São determinações de caráter geral, através das quais o


Poder Público impõe a proprietários indeterminadas obrigações positivas, negativas ou
permissivas, para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função
social.”

Tombamento: É a proteção de bens de interesse cultural. Pode incidir sobre bens


móveis e imóveis, desde que relevantes ao patrimônio cultural do país. Pode ser
voluntário se realizado com o consentimento do proprietário ou compulsório como
necessita a inscrição do bem pelo Poder Público. Cria para o proprietário o dever de
conservar o bem, mantendo-o dentro das características originais e impõe restrições à
vizinhança, como por exemplo, realizar qualquer construção que impeça ou reduza a
visibilidade em relação ao imóvel tombado.

Supressiva: A propriedade é retirada de seu titular e transferida para o Estado.

Desapropriação: Considerado a mais grave interrupção do Estado, consiste na retirada


do direito de propriedade de determinado bem e passando ao Estado mediante justa e
antecipada compensação. De acordo com o texto constitucional, a desapropriação
pode ser classificada em três modalidades, consoante a forma de indenização prevista:
1) desapropriação mediante indenização prévia, justa e em dinheiro (utilidade pública
e interesse social); 2) desapropriação mediante indenização paga em títulos especiais
(hipóteses de desapropriação-sanção – reforma agrária e reforma urbana) e 3)
Desapropriação confisco (artigo 243 da CR/88).

Referências:
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 19ª Edição.
rev. e atual. Rio de Janeiro : Forense; São Paulo: MÉTODO, 2011.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 21ª Edição. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2005.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª Edição. São Paulo : Malheiros,
2006.

7. Sobre licitação, explique a diferença entre licitação deserta e licitação fracassada; e ainda,
a diferença entre contratação direta por dispensa e contratação direta por inexigibilidade.

Licitação Deserta é aquela que não teve nenhuma proposta apresentada. Já na Licitação
Fracassada há propostas, mas os licitantes são inabilitados ou suas propostas desclassificadas.
Nesses casos a licitação é dispensável, por não poder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mas mantidas as mesmas condições preestabelecidas.

A principal diferença entra a Dispensa e a Inexigibilidade está no fato de que, na primeira


apesar de poder ser realizada, o legislador não torna obrigatório previstos os casos no rol do
artigo 24 da Lei 8.666/93 em razão do pequeno valor, do objeto e da pessoa. Na segunda, não
há possibilidade de competição, tendo em vista que só há um objeto/pessoa que atende às
necessidades da Administração Pública.

Referências:

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 2004. p.299.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, São Paulo: Malheiros,
2009, p. 536.
JUNIOR, Jessé Torres Pereira. Comentários à Lei de Licitações e contratações da Administração
Pública, São Paulo: Renovar, 2007. p. 290.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários á Lei de Licitações e Contratos Administrativos 7ª Ed.
Pág.295, São Paulo: Dialética, 200.

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