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DOS FATOS
Diante disso, o delegado autuou Franklin em flagrante pela prática do delito descrito
no art. 157, §2º, inciso II c.c. §2º-A, inciso I, do Código Penal, recolhendo-o à prisão
e algemando o detento, que não ofereceu qualquer reação. Foi entregue a Franklin
a nota de culpa, porém, passadas 24 horas, o delegado ainda não comunicou ao
juiz competente a prisão do suspeito.
DO DIREITO
DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA:
“ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou
do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”
DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO EM FLAGRANTE E DA FALTA
DE FUNDAMENTAÇÃO:
Não se enquadrando o caso de Franklin, pois ele não foi visto na cena do ocorrido e
a vítima somente o reconheceu dias após, não sendo portanto configurado o
flagrante. Sendo assim, até a prisão em flagrante é passível de contestação.
DO RECONHECIMENTO DE PESSOA
Foi entregue ao paciente a nota de culpa, porém o juiz não foi avisado. Podendo
assim, ser imputado à autoridade responsável o crime de omissão de prisão previsto
no art. 12 da Lei n. 13.869/19 - Ressaltando que a prisão em flagrante, não
comunicada em até 24 horas para o juiz, é ilegal.
Devemos destacar que, na prisão temporária (art. 2°, § 7º, da Lei n. 7.960/89),
decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela
custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da
prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.
DA NULIDADE DO INTERROGATÓRIO
DOS PEDIDOS:
Nesses termos,