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Por Emerson Luiz Lapolli - Instrutor Clube de Desbravadores Eldorado 1

A ARTE DE ACAMPAR

Não devemos esperar que uma região silvestre ofereça sempre as melhores condições para um acampamento ou
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O teto e sobreteto dessem inclinados até o chão. As mais modernas possuem pólos em "V" externos. Trata-se de
modelos mais simples para montar e desmontar. Pode abrigar de duas a cinco pessoas.

iglu – Seu formato se assemelha a um iglu de esquimó, com sua estrutura externa de polo de fibra de vidro em
forma de arco.
São resistentes ao vento fortes e muitos confortáveis, com um ótimo aproveitamento de espaço interno. Pode
abrigar de duas a quatro pessoas.

Tubular – Como as barracas "iglu" possui uma estrutura externa de pólos de fibra de vidro em forma de arco,
porém
formando um meio "tubo", são ideais onde se dispões de pouco espaço e mais condições de terreno. Podem
abrigar de uma a três pessoas.

OBS: Dependendo de fabricantes, modelo ou aplicação, as barracas podem ser construídas com dois tetos ou
apenas um. As de tetos simples devem ser obviamente impermeabilizadas – apesar da vantagem de serem mais
leves, não possuem um isolamento térmico eficiente além de condensar internamente, no tecido a umidade da
transpiração dos ocupantes da barraca.
Na barraca de dois tetos só o primeiro tetro é permeável. Entre ele e o sobreteto mantém-se uma camada de ar
isotérmica de aproximadamente 10 cm. O ar parado é isolante térmico.

Principais Objetivos

* Proporcionar ao excursionista a familiarização com o ar livre;


* Levá-lo a adquirir confiança própria;
* Auxiliá-lo na aproximação de Deus, valorizando a natureza como obra suprema do criador;
* Demonstrar o prazer que há no espírito de aventura;
* Estabelecer liderança frente aos elementos do grupo;
* Socializar-se;
* Aprender as artes de acampar;
* Complementar requisitos de especialidades;
* Demonstrar habilidades com relação aos cursos ministrados;
* Comprometer-se com a prática do lazer;
* Compreender que há necessidades e lugares para refúgio;
* Torna-se co-participante em treinamentos, e de eventos esportivos desenvolvendo o vigor físico;
* Desenvolver habilidades de observação, e seguir pistas;
* Praticar hábitos de sobrevivência e para com os assuntos que com ela se relacionam;
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Tomar Cuidado Com:

* Touceras de capim e capim alto devido a cobras e aranhas;


* Terrenos de4 terra batida devido ao barro e pó;
* Terrenos pedregosos devido ao incômodo;
* Falta de espaço;
* Brejos devido ao mosquito, pernilongos;
* Matos fechados devido aos animais e insetos.

Devemos Evitar

* Solo úmido pois não firma os espeques das barracas e suja o fundo;
* Muito vento pois dificulta a montagem;
* Encosta de morros pois em caso de chuva pode haver deslizamentos de terras;
* Cristas de morro pois poderá ser muito soprada por ventos constantes e raios;
* Solo enredado de raízes pois dificulta cavar buracos ou mesmo fincar os espeques;
* Debaixo de árvores pois pode haver quedas de galhos ou raios;
* Rios e lagos pois em caso de chuva estarão sujeitos a enchentes e inundações;
* Solo arenoso pois dificilmente firma as barracas;
* Solo pedregoso pois dificulta cavar buracos e fincar os espeques além de ferir as costas;
* Solo desnudo pois forma lama quando chove;
* Praias pois a areia e o público atrapalham o programa;
* Matos fechados pois dificulta a montagem de barracas, acarreta problemas quanta a umidade, insetos, etc ( é
melhor que a praia);
* Fazendas pois deverão tomar cuidado com as plantações, a não ser que se tome cuidado para não haver
danos:
Porteiras – devem ser deixadas do jeito que foram encontradas.
Frutas – só deverão ser colhidas com permissão
Madeiras – lenha ou paus tanto para queimar ou para artimanhas só poderão ser usada com permissão do
proprietário.

* Campos pois nas maioria dos casos são locais de criação de animais;
* Camping Público pois geralmente atrapalha o programa do clube, aparelhos sonoros, aglomerados de pessoas
entre outros inconvenientes.

Local Ideal Para Acampamento


* Que apanhe sol, de preferência pela parte da manhã;
* Ligeiro declive para que a água da chuva não fique empoçada;
* Gramado, um campo bem gramado é o melhor que tem, pois evita a lama em caso de mau tempo, não suja a
barraca e é mais confortável;
* Seco, se o local não for bem enxuto Ter-se-á problemas com a umidade;
* Água, deverá ser potável. Verifique se realmente é boa e se tem todas as garantias de higiene. Nós precisamos
de Água para beber, cozinhar, lavar os materiais e para o banho;
* Mata, deve ser boa para seguimento de trilhas, pistas, pioneirismo e orientação de outras atividades;
* Solo permeável, para que a água da chuva, da latrina, e da fossa de gordura possam penetrar rapidamente no
solo;
* Vegetação, em tempo quente é bom ter algumas árvores por perto para refrescar.;
* Lenha, para fogueiras;
* Madeira, bambus e outros tipos de vegetação para exercer a prática de pioneirismo;
* Campo para o lazer, jogos e outros tipos de exercícios;
* Topografia, bela e que facilite a montagem funcional de todas as instalações do acampamento tais como:
cozinha , refeitório, latrina e banheiros, barracas, fogos, praças, cívica, etc.
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SANITARISMO
Fossa de detritos -- É um buraco que se cava para despejar todo o resto de comida. Ela deve ser cavar com
50cm de largura, por 50 cm de comprimento e 60cm de profundidade. Jogar cal de vez em quando. O local da
fossa deve se afastado para evitar aglomerar insetos geralmente fica entre o acampamento e lavatórios.

Lavatórios -- Neste local não se deve jogar restos de comida e sim ser lavado utensílios de cozinha e higiene
pessoal. Todo o resto de comida deve ser jogado na fossa de detrito. E o sabão usado para lavar é o sabão neutro
ou de coco, porque não é poluente.

Latrina -- Caso não houver bacios, deve-se cavar um buraco de 90cm de comprimento, 40cm de largura e
60cm de profundidade e toda ve4z que for utilizada joga-se cal sobre o material eliminado. A latrina não deve
ficar de maneira que o vento leve o cheiro em direção ao acampamento. O solo deve absorver abem a água para
que a latrina não inunde.
Lixos -- Todos os materiais como plástico, latas e vidro devem ser trazidos de volta e o material orgânico
deixado na fossa de detritos.
A área do acampamento -- Deve estar sempre limpo, de modo que não se deve jogar no chão: papéis, cascas,
restos de comida, detritos, etc. Caso haja rio ou lago próximo ao acampamento não deve ser jogado nenhum tipo
de lixo nele.
Obs: Deve-se tomar cuidado para que animais não desenterrem a fossa de detritos e latrinas.

Características De Uma Boa Barraca


*Ter armação interna ou preferivelmente externa com pólos bem constituídos, leves e resistentes de duro
alumínio padronizado ou fibra de vidro resinada;
*Ter costuras duplas, transpassadas e impermeabilizantes;
*Ser fácil de montar e desmontar;
*O tecido de baixo, do colchão, deve ser expeço, impermeável e resistente, preferivelmente de nylon
impermeabilizado ou tecido vulcanizado;
*Portas e janelas com mosqueteiros de tela para a circulação do ar sem permitir a entrada de insetos;
*Altura não superior a um metro e meio (1,5m);
*Quando armada: deve ser firme e aerodinâmica, sem franzidos ou dobraduras;
*O sobreteto deve ser mantido afastado do teto, aproximadamente 10cm, e sua borda deve quase tocar ao solo;
*Os espeques devem ser de alumínio com um desenho que mostre existência e flexão e tração.

Cuidados Com A Barraca


*Ao armar ou desarmar não pise calçado em cima do tecido;
*Ao desarmá-la procure limpar e secar completamente seu exterior e interior. Se estiver molhada com água da
chuva providencie a secagem o mais rapidamente possível;
*Observe periodicamente a costura. Sempre que costurar ou remendar, reimpermeabilize o local com selante de
silicone (cuide para que seja uma fina camada);
*Não a mantenha embalada por um longo tempo. Periodicamente estenda por alguns minutos num local arejado e
com sol para prevenir o mofo;
*Recorte de uma câmara de pneu de automóveis, anéis para serem usados com esticadores para as espias e os
espeques. Essas medida manterá sua barraca mais segura e sempre esticada, mesmo durante uma ventania;
*Pinte os olhais dos espeques com cores vivas (amarelo, alaranjado,) para que seja facilmente localizado na
grama, mesmo no escuro e em caso de perca;
*Ao acampar na praia os espeques mais compridos ou enterrados na areia (tronco pequeno fixa melhor ao ser
enterrado);
*Cuidado como materiais químicos como repelentes, detergentes, etc; que pode danificar o tecido da barraca
como os impermeabilizantes.

Outros Tipos De Estacionamento


Acantonar – Significa alojar-se em área construída, como por exemplo: passar uma noite em estábulo, garagem
ou até mesmo em abrigo abandonado. Devemos tomar os devidos cuidados contra a presença de insetos;
aracnídeos, roedores, etc. O ideal é limpar bem o local, forrar o chão onde vão dormir com jornal e plástico e não
deixar a comida a mostra.
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Bivaque – É uma acomodação sem conforto. Ocorre quando não pod3emos levar uma barraca ou quando na há
condições de armá-la. Então ficamos a noite sobre um toldo armado se o tiver ou uma proteção de mato
improvisada. As condições climáticas diversas, poderão causar uma longa e temerosa noite.

Arte do Lenhador
A Arte de Usar a Faca
Há no mercado vários tipos de facas, mas vamos enfatizar as mais necessárias que é um canivete ou faca de
campo (faca com bainha); e o facão (com bainha). A faca de campo ou canivete é para serviços leves e o facão
para serviços pesados.

Regras para o uso da Faca


*A faca nenhum valor tem a não ser que seja de bom aço. Deve permanecer sempre bem afiado e livre de
ferrugem;
*Ao aparar ou cortar material em bruto, cortar sempre para a direção oposta de seu corpo e nunca em sua
direção;
*Nunca rache uma pedaço de lenha com a faca, batendo com o objeto em seu dorso, insto deformará a lâmina
além de trincar o cabo ou a própria lâmina;
*Conserve a lâmina longe do fogo, pois se aquecida perderá a têmpera e nuca mais pegará fio;
*Quando a faca não estiver sendo usada, guarde na bainha. A bainha deve ser sempre carregada na bainha, a trás
do quadril. Nunca deixe uma faca jogada no chão sem a bainha;
*Nunca atire ou enfie a faca na terra, pois danifica a lâmina e o0 seu fio;
*Um bom mateiro nunca enfia uma faca em uma árvore viva;
*Nunca corra com a faca desnuda (sem estar na bainha);
*Lembre-se que sua faca é um objeto importante e não um brinquedo. Não brinque com ela. E não danifique-a de
qualquer maneira;
*Guarde todas as ferramentas de corte sempre no mesmo lugar, para quando precisarmos esteja neste lugar;
*Mantenha as ferramentas sempre em boas condições de uso para que não nos deixe na mão.

Arte de trabalhar com Machado


Há dois tipos de machado, um de cabo longo, com um lâminas de até 1100gr (1,1 Kg) para trabalhos pesados e
árduos como cortar árvore; e outros como cabo curto com lâmina de aproximadamente 650gr para trabalhos
menos pesados como cortar ou rachar lenha miúda (este é facilmente carregado na cinta em uma capa).

Regras de Segurança
*Um machado frouxo no cabo é perigoso, pois poderá soltar e bater na pessoa que usa ou em alguém próximo.
*Mantenha-os sempre firmes no cabo e afiado para cortar madeira;
*Examine sempre o machado antes de usá-lo;
-Verifique se está bem m firme no cabo. Um dos meios temporários de mantê-lo firme no cabo é mergulhá-lo em
algo com água. A madeira inchará e firmará uma chave. O machado quando sai do cabo voando, vai com a
forçade uma bala;
*Nunca deixe o machado jogado no chão. Ao terminar o serviço, coloque-o na capa ou de um golpe contra um
tronco velho de modo que o fio do gume fique totalmente coberto;
*Antes de usar o machado certifique-se que tudo ao seu redor e acima de sua cabeça esteja limpo. Tenha certeza
de que haja nada onde o machado possa engalhar ao ser manejado. Tudo deve estar mais longe que a distancia
combinada de um braço e um cabo. E ao cortar faça de modo que não atinja o chão;
*O machado não é martelo, cunha ou malho, não use como tal;
*Jamais corte uma árvore por divertimento. O uso indevido pode estragar a árvore até destruí-la. O mau uso do
machado na floresta pode dar mau nome para quem assim o manuseia;
*Não continue trabalhando com machado quando se cansar, pois é muito perigoso. Dar uma pausa é sempre bom
e nunca se afobe;
*Se houver alguém observando, é bom que fique um pouco mais que duas vezes a distância combinada do cabo e
um braço que corresponde aproximadamente 5m;
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*Ao carregar o machado mantenha-o em sua capa e retire só na hora de utilizá-lo, ou então carregue com o gume
para fora;
*Ao passar o machado para alguém, de sempre o cabo primeiro com a lâmina para baixo.

REGRAS PARA RACHAR LENHA

*Ao usar um machado de lenhador, segure o cabo com ambas as mãos perto da extremidade e toque o toco com o
ferro, para verificar a distancia certa, e então seguindo todas as regras de segurança, levante o machado sobre o
ombro esquerdo, deixando escorrer para cima até próximo ao ferro (3/4). Conserve os olhos sempre no toco
sempre no local que deseja bater .Ao dar o golpe deixe a mão esquerda descer até junto a mão direta, ai então ,
desça o machado sobre o tronco .A lamina deve penetrar o tronco em um angulo de mais que 45º . O objetivo é
fazer um entalhe em forma de “V” com o tamanho da abertura igual ao diâmetro do tronco.

+45º

*Nunca derrube arvores anão ser seque aja uma boa razão e permissão para faze-lo. Pois pode ser muito perigoso
derrubar uma arvore. Ao derrubar uma arvore escolha o local onde ela deverá cair, de preferencia para o lado que
esteja pendendo. Limpe o chão, remova todo o mato que esta em sua volta, exclusive acima de sua cabeça ,de
maneira que o machado não enrosque em nada em quanto estiveres trabalhando. Faça cortes largos. O primeiro
,em “V”, faça bem perto do chão e do lado que a arvore deve cair , sendo que sue profundidade deve ser próximo
da metade e não mias que isso.
O segundo faça do outro lado e cerca de 10cm mais alto do que o primeiro fazendo um corte em ”V” em direção
ao primeiro. Certifique-se que não aja ninguém próximo do local de queda.

*Em troncos deitados corte os galhos , de maneira que ,o tronco fique entre você e os galhos a serem cortados.
Protegendo assim os seus pés.
Não

*Ao cortar um rebento verde, envergue-o com uma mão, fazendo com que haja pressão na textura da base da
planta. Então corte com um golpe obliquo também perto do chão e na direção do chão.
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*Ao rachar um toco pequeno com machadinha, ponha o gume do ferro numa fenda, então levante a machadinha
e o pão junto fazendo-os descer contra o cepo.

* Para cortar um ramo, nunca o devemos fazer em cima da terra, pois a lâmina acabará sempre por se enterrar no
solo, estragando o fio. Deve-se sempre apoiar o ramo em cima de um cepo mais grosso.

SIM NÃO
*O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo possível. Nunca se deve desferir golpes com o
machado sobre um ponto do ramo que esteja sem apoio, pois o efeito será muito pouco e o ramo ao vibrar pode
fazer com que o machado salte e atinja o utilizador.

SIM NÃO
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O machado nunca deve ser usado como martelo, pois não foi para isso que foi feito.

AFIAR O MACHADO E MACHADINHA

Para afiares a lâmina podes usar uma simples pedra de esmeril, a qual deves manter molhada com água
ou, melhor ainda, com óleo. Usa movimentos circulares, deslocando para a frente. Se a pedra for grande,
fixa-a (por exemplo num cepo) e imprime ao machado os movimentos circulares (observa a figura). Se a
pedra for pequena, pega nela com uma mão e, tendo cuidado para não te cortares, anda com ela
igualmente em movimentos circulares, mantendo o machado fixo.

Se a lâmina tiver bocas (ou lâmina romba), deves começar por as fazer desaparecer usando uma lima (de
preferência triangular), e só depois usar a pedra de esmeril.
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Quando estiveres a desbastar a lâmina do machado, para lhe retirar as bocas, tem cuidado. O fio da lâmina
deve ficar com uma forma nem muito longa nem muito curta. Observa a figura para veres qual é a melhor
forma.

Sim Não Não

Arte de Construir Fogueiras


Para que Serve o Fogo?
Aquecer, enxugar, sinalizar, cozinhar, purificar a água pela fervura, espantar mosquitos e animais
peçonhentos e iluminar.

Precaução de Segurança
1. Sempre conversai com o guarda-florestal ou o serviço social florestal da região em que planejais
acampar, e procurai saber quais são os regulamentos para fazer jogo. Em varias partes do país as exigências
variam, e, conseqüentemente, variara o equipamento necessário. Em Algumas regiões é exigida a permissão para
fazer fogo. Em tal caso, procurai obter uma permissão que seja válida.
2. Sempre limpai uma área pelo menos três metros de diâmetro, tirando todas as folhas e outros materiais
que possam espalhar fogo.
3. Se a região não tem regulamentos para fazer fogo, declarando quais as ferramentas e o equipamento
necessário em caso de emergência, deve o acampamento ter à mão, pelo menos, uma pá ou ferramentas de
trincheiras, antes de iniciar um fogo.
4. Nunca acendais fogo sob galhos baixos de uma árvore.
5. conservai o fogo baixo. Um fogo enorme nada mais realiza senão afugentar-vos dele.
6. Nunca brinqueis com fogo, como , por exemplo, fazer tochas e gira-las ao redor ou avivar o fogo de tal
maneira que as cinzas quentes sejam levadas pelo vento para uma área que se poderia incendiar.
7. Quando acabardes de usar um fogo, apagai-o. O fogo não está apagado enquanto não tiverdes a certeza
de que a última centelha foi ensopada de água. Salpicai água no fogo, não a derrameis. Então avivai as cinzas e
salpicai mais água. Os índios não consideravam o fogo apagado enquanto não podiam pôr a mão na cinza. Se não
conseguiam encontrar fogo colocavam dois galhos secos, em cruz, onde o fogo estivera, indicando que o fogo
estaca apagado quando o deixaram. Esta é uma boa regra para os Desbravadores.
8. Nunca deixes o fogo sem o devido cuidado.
9. Nunca acendais um fogo com vento forte.
10. Tenha sempre um recipiente com areia, terra ou água, para alguma eventualidade apagar o fogo não
jogue tudo de uma vez só, jogue aos poucos.
11. Cuidado com combustíveis use somente o suficiente para iniciar o fogo. Não mude a fogueira, pois
poderá causar uma explosão. Se esperar muito para acender o fogo após colocar o combustível, também poderá
causar uma explosão pois este já terá evaporado (transformado em gás).
12. Cuidado com fósforos, eles não são um brinquedo. Acenda o fósforo quando estiver próximo a fogueira,
mantendo-o sempre seco risque o fósforo em direção oposta a seu corpo.

A Preparação do Local para o Fogo


Prepare o local para sua fogueira, com cuidado. Limpe a pequena área de folhas, raminhos, gravetos, musgo
e capim seco, raspe tudo até chegar a terra pura.
Se a fogueira tiver de ser acesa sobre a terra molhada, arme-a sobre uma plataforma de toras ou de pedras
chatas.
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Conselhos Úteis
Não desperdice seus fósforos procurando acender uma fogueira mal preparada. Não sendo necessário não
acenda fogueiras aqui, ali ou acolá. Economize o combustível. Experimentes todos os métodos primitivos de
fazer fogo e procure tornar-se eficientes em pelo menos um deles, antes que se acabem seus fósforos.
Traga sempre consigo um pouco e material de isca, bem resguardado de unidade, dentro de uma bolsa
impermeável ou de um receptáculo hermeticamente fechado. Nos dias secos e de sol quente,exponha o material
isca aos raios solares. Um pouco de carvão vegetal pulverizado, adicionado ao material isca, fará com que este
pegue fogo com mais rapidez. Não perca a oportunidade de ajudar material isca onde quer que o encontre.
Procure ajuntar o material, isca pelas trilhas próximo ao acampamento. Mantenha a lenha para fogueira bem
abrigada da unidade. Aproveite o calor do fogo armado para secar a lenha úmida. Poupe algum do seu melhor
material isca e alguma da sua melhor lenha para rapidamente acender nova fogueira, pela manhã.
Para que uma fogueira dure a noite toda, ponha-lhe, toras grandes em cima de modo que o fogo queime até o
miolo da madeira. Uma vez formada a camada bem rica de brasas vivas, cubra-as levemente com cinzas e por
cima da cinza ponha terra seca. Pela manha o fogo estará ainda aceso.
O fogo pode ser transportado de um para outro local, sob forma de um pedaço incendiado de madeira em
decomposição “palha” de coco, ou em brasas, sob a nova fogueira, e abane ou sopre até pegar fogo.
Não desperdice fósforos. Utilize somente o que for necessário para começar a manter acesa a fogueira.
Quando abandonar o local do acampamento, apague cuidadosamente a fogueira.
Nos trópicos a madeira para fazer fogo é abundante. Mesmo que esteja molhada por fora, o cerne estará
suficientemente seco (isto em se tratando de tronco morto). Você poderá também achar madeira seca presa as
trepadeiras dos cipós, ou sobre as moitas.
Nas zonas com palmeiras, você poderá arranjar bom material para isca se fizer uso das fibras dos talos das
folhas de palmeira. O material encontrado dentro dos ninhos de cupim e a própria casa dos mesmos, na parte
interior, constituem bom material para fogueira.
Folhas verdes, atiradas ao fogo, provocam uma fumaça que muito contribuirá para manter afastados dos
mosquitos e também para sinalizar.
A reserva de lenha para o fogo, deverá ser guardada sob abrigo, a fim de que se conserve o mais possível
seca. A madeira e o material de isca, que sobrarem, deverão ser úmida, ser secado junto à fogueira e guardados
para uso futuro.

A arte de acender o Fogo


Antes de ascender o fogo tenha todo o material separado para acende-lo em seqüência, cuidado para não
pegar lenha verde.
• Isca (Folhas,palhas e etc)
• Gravetos finos
• Gravetos médios
• Galhos
• Lenhas mais grossas.
➔ Use o mínimo de fósforo para acender a isca.(Então prepare-a bem)
OBS :Não coloque muito material sobre a isca acesa pois esta poderá ser extinta. Espere o material se incendiar
para depois colocar o próximo, e sempre aos poucos.

Espécies de Fogo

O fogo de trincheira ou vala --.é fácil construir, porque não leva madeira alem de cinco ou seis ramos
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atravessados para pôr em cima as panelas e caçarolas para cozinhar. Esses ramos atravessados devem certamente
ser verdes.

O fogo em estrela --.é útil quando há escassez de combustível ou vos não tendes um machado de tamanho
completo. Ajuntai lenha comprida caída, e galinhos, e arrumai-os como se fossem os raios de uma roda,com a

parte mais grossa colocada em cima uma da outra. Em cima e ao redor do centro fazei um fogo pequeno e mais
quente, e acrescentai mais “raios” e alimentai o fogo fazendo a lenha comprida chegar ao centro da chapada. É
importante que se tome em consideração à direção do vento, e que o fogo feito se aprove completamente das
correntes naturais do vento.

O altar de cozinha -- é feito como se fosse construir uma pequena cabana com teto de toras cobertos de
barro. O fogo é feito sobre o barro, em cima do altar de cozinha. A verdadeira vantagem do altar de cozinha é
que não precisamos curvar-nos enquanto cozinhamos.

O fogo refletor -- lança o calor para frente, pois o calor é refletido pelas toras que estão atrás dele. Para fazê-
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lo, podeis usar toras verde, pedras, a face natural de uma rocha alcantilada ou um barranco, a fim de refletir o
calor para a frete. O fogo refletor pode ser usado para refletir o calor para dentro de um abrigo ou tenda, a fim de
aquecê-los durante todo a noite. Para cozinhar, nivelai as brasas, para cozinhar em cima delas.

O fogo caçador -- cortai duas toras de cerca de oito ou dez centímetros de diâmetro e 65 centímetros ou um
metro de comprimento. E melhor usar lenha verde ou molhada.

Corça dura de pedra -- muito pratico e útil para quem vai fazer um acampamento rápido. Faz-se uma
proteção de pedra ao redor da fogueira com a mesma altura. Finca-se duas forquilhas atravessa-se uma madeira e
pendura-se o caldeirão. Observai a direção do vento.

Fogo de Coselho: O fogo de conselho se constitui em uma agradável cerimônia que seu Clube pode realizar a
qualquer momento, veja abaixo como montar um fogo de conselho e viva momentos especiais com seus
Desbravadores:

Fogo de conselho:

Um dos momentos mais agradáveis das atividades dos desbravadores e escoteiros é sem dúvida o fogo
de conselho. Ele oferece amplas oportunidades para o desenvolvimento das crianças e jovens. Apesar disso,
encontramos líderes e membros de diretoria que não usufruem deste momento e alguns fazem uso errado do
mesmo.
O fogo de conselho é uma excelente oportunidade que a diretoria tem de igualar suas diferenças e
desentendimentos, promover recriação para os desbravadores e aventureiros e um ótimo clima para reflexão.
A reunião à noite, após as horas de atividades e trabalho do dia, ao redor do fogo de conselho, constitui
um dos mais encantadores atrativos do acampamento. Como muitos outros, é um hábito tirado dos índios que, ao
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redor do fogo formavam seus carbetos, onde os velhos chefes, cheios de nobreza, cobertos de cicatrizes ganhas
nas grandes lutas da tribo, faziam ouvir os seus conselhos.
Também ao redor do fogo reuniam-se para folgar e dançar, para ouvir histórias das longas viagens de
sóis à sóis através das matas, acompanhando o serpear dos rios, e para contar e escutar façanhas realizadas nas
guerras e caçadas.
Idêntico é o fogo de conselho dos desbravadores e aventureiros. Ao final de cada dia do acampamento o
clube se reúne para avaliar os pontos positivos e negativos, recrear e quando o fogo já está baixinho, quase em
brasas, encerramos com um encontro com Deus e então vamos ainda quentinho para nossas barracas.

Objetivos do fogo de conselho:

Essa atividade tem como objetivo reunir o clube ou unidade para se divertir, cantar, representar peças
teatrais, brincar, aprender e encerrar as atividades do dia com uma reflexão religiosa.
Através do conjunto de atividades realizadas e do ambiente criado, o fogo de conselho cria situações
propícias para desenvolver e incentivar no jovem:

*a criatividade e a imaginação;
*a facilidade de expressão;
*a alegria e a sociabilidade;
*as habilidades artísticas;
*a auto confiança;
***a espiritualidade.

O espírito de camaradagem, quer com seus companheiros constantes ou com pessoas novas, dentro desta
informalidade do fogo de conselho, resulta numa interação social profícua, fortalecendo a amizade e a
fraternidade de desbravador. O clima jovial e alegre, movimentado, interessante e informal, proporciona
excelente ocasião para o desenvolvimento da alegria. De fato, na prática é impossível manter-se alheio ao clima
do fogo de conselho sob o comando de um dirigente entusiasta.

Tipos de fogos de conselho:

O tipo e o tamanho da fogueira depende do fogo de conselho que queremos fazer. Podemos considerar
que existem 6 tipos de fogo de conselho:

- Fogo de conselho de Seção informal: reúne apenas os membros de uma própria Seção numa atividade íntima,
sem uma programação rígida e formal. É um encontro cordial ao redor do fogo;
- Fogo de conselho de Seção formal: baseado numa programação preestabelecida , reúne apenas os membros da
Seção num clima de cordialidade. Admite-se desenrolar sob um tema específico (bom para aventureiros);
- Fogo de conselho interseções (de grupos): reúne seções e ramos diferentes, estreitando os laços fraternais do
grupo;
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- Fogo de conselho da família do grupo: Com presença dos pais, reúne juvenis e adultos, possibilitando aos pais
conhecerem um pouco o que seus filhos estão aprendendo no clube de desbravadores e aventureiros. Bom para
unir pais à filhos revoltados;
- Fogo de conselho de grandes atividades: reúne dois ou mais clubes, fortalecendo a fraternidade entre
desbravadores e fazendo novas amizades;
- Fogo de conselho de relações públicas: apresenta para a comunidade o que fazem os desbravadores. Feito nos
acampamentos para os moradores da região.

Fogo Sem Fósforo

Se o acampamento tem a infelicidade de estar sem fósforos e a necessidade exige que se faça fogo por outros
meios, pode ser encontrado no mato o material necessário para acendê-lo. Em todo o caso a pessoa está mais
certa de conseguir fogo se tomar o cuidado de arranjar o melhor material e de conservar esse material nas
melhores condições possíveis. Uma das necessidades básicas ao acender um fogo, e ter uma boa mecha. Capins
secos, talos de plantas, cascas secas infláveis, musgo seco, ninhos velhos de pássaros, penugem de pássaros e de
sementes, e mecha (tirar de cogumelos, secas,dão boa meche) e todos eles dão boa isca. Em cada exemplo, cuidai
de que a mecha esteja seca e livre da sujeira. O velho auxilio é pano queimado, mas nem sempre é possível
consegui-lo.
Fogo com Pederneira e Aço -- Uma faca de caçada, um machado, ou uma lima servirão como aço para esse
processo. Alem disso será necessário ter a pederneira, ou uma substancia aproximada, tal como quartzo,
quartzito, ou qualquer outra rocha mais dura. Para iniciar um fogo com pederneira ou aço, a mecha é colocada
numa superfície seca leve de rajadas de vento ou gotas de água. A pederneira é segurada numa das mãos e uma
de suas extremidades é ferida fortemente com o aço para produzir uma faísca. Deve-se bater de tal maneira na
pederneira que faça com que a faísca caia na mecha . As faíscas são extremamente quentes, de maneira que a seu
tempo devem cair na mecha e acender. Deve, então, a mecha ser tomada nas mãos e soprada cuidadosamente,
para aumentar o tamanho do fogo e aumentar e temperatura até chegar ao ponto em que se levante uma chama.
Quando isso acontecer, mais mecha deve ser posta em cima, seguida de pequenos pedaços de madeira.
Acrescentam-se pedaços cada vez maiores, até se conseguir uma nova chama.

Como pratica de fazer fogo com a pederneira e o aço, deve ser usado o seguinte material e seguido o
seguinte processo. Demonstrar isso na classe e fazer com que os alunos experimentem fazê-lo.
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Com lente de Vidro -- Concentre ao raios solares sobre a mecha com uma lente, que pode ser a de uma
máquina fotográfica ou a lente convexa de um binóculo ou de um óculos

Métodos de Fricção -- Os métodos de fricção descritos a seguir não são muito indicados pela dificuldade de se
obter sucesso.
*Friccione dois gravetos muitos seco sobre uma mecha , até obter chama.

*Rode um graveto duro e seco sobre um pedaço de tronco de madeira plano, de preferência queimado por
uma antiga fogueira. Antes, faça uma concavidade na superfície do tronco e dentro dela faça um orifício grande o
bastante para encaixar a haste formado pelo graveto. Esse orifício deve comunicar-se com o exterior através de
uma pequena valeta, a qual permitira a entrada do oxigênio no seu interior. Deposite uma mecha sobre a
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*Eleve a extremidade de um galho de arvore não muito grosso, abra uma fenda nessa ponta e mantenha
aberta com um apoio feito com pedra ou outro pedaço de madeira. No vão entre o tronco e o chão , coloque um
punhado de mecha, não se esquecendo de deixar um espaço para deixar uma corda. Segure firme o troco com pé
(ou mesmo sente-se a cavalo sobre ele) e friccione a corda no troco até a mecha arder

Arte de Matar a Sede


A água é essencial à vida. Se não fornecemos ao nosso corpo a qualidade de líquidos que ele precisa para
continuar trabalhando em suas condições normais, em breve ele entra em um processo de desidratação, o qual, se
não for tratado a tempo, pode conduzir à morte. Segundo o manual de sobrevivência das forças armadas norte-
americanas, nosso corpo agüenta ficar sem água 10 dias à temperatura de 10°C, sete dias a 32°C e apenas dois
dias à temperatura de 49°C, sobrevindo então a desidratação.
Desse modo, uma das maiores preocupações das pessoas prontas a se aventurar em incursões por lugares
selvagens deve ser levar uma boa quantidade de água. Dependendo da duração e extensão da aventura, porém,
nem sempre é possível transportar toda a água necessária; assim, torna-se imprescindível ter alguns
conhecimentos de como se obter água em situações de emergência ou como torná-la potável.

A água que não se deve beber

Água do mar -- Alem de prejudicar sobremaneira os seus rins, levando-os inclusive a parar de trabalhar, ela
aumenta (e não mata) a sede.

Águas contaminadas -- A ingestão de água não-potável (inclusive a de riachos límpidos) pode provocar
inúmeras doenças, entre elas a disenteria, muitas vezes com diarréias fortes e prolongadas, que contribuem para
desidratação.

Purificação da Água -- Ao escolher um acampamento, convém tomar em consideração a necessidade de boa


água para beber. Supor que um regato de água claras e ligeiras ou um bom poço próximo signifiquem que a água
é segura, é presunção que pode trazer maus resultados. Damos as seguintes regras sobre a água boa para beber:
1. Cuidados -- A regra numero um para a segurança da água é que por mais clara e espumejante que
pareça, pode ser que não seja boa para beber purificai-a vos mesmos.
2. Filtragem -- Umas das maneiras de purificar a água é côa-la primeiro num pano limpo para remover
qualquer sedimento, e então ferve-la bem, pelo menos durante um minuto inteiro. Também Faça vários furos na
fundo de uma lata e coloque uma camada de areia fina e sobre ela uma camada de areia grossa.Deixe a água
passar pela areia e pingar num recipiente .Á beira dos ribeiros de água lamacenta, pode-se também fazer um tipo
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de filtragem direta. Escave um buraco a uma distancia de margem entre 30cm e 2m, pois ali poderá obter água
limpa após o assentamento da lama
3. Quimicas -- Provavelmente uma das maneiras mais fáceis de purificar a água é desinfetá-la com
qualquer um dos vários produtos químicos que sergem: tabela de iodo ou de cloro (as instruções para seu uso se
encontram no pacote ou na garrafa); tintura de iôdo (acrescentai três gotas em cada litro de água, misturai-os
bem, e deixe-os repousar durante trinta minutos). Para a água lodosa ou turva, dobrai a quantidade de produtos
químicos acima mencionados.
4. Através da fervura -- Mesmo as águas límpidas de riachos devem ser fervidas pelo menos por um
minuto. As águas mais suspeitas, recolhido de charcos ou estagnadas, devem sofrer fervura por pelo menos cinco
minutos. Em todos os casos, a água, após ser fervida, deve ser agitada para permitir sua oxigenação. Nas grandes
altitudes é bom ferve-la mais de um minuto, porque nas altitudes mais elevadas a água ferve com uma
temperatura mais baixa.
5. Algumas das melhores fontes de água em região deserta são as nascentes que saem borbulhantes ao lado
da colina, e os regatos, nas montanhas. É melhor subir corrente acima para a região em que se forma e para cima
da junção de pequenos regatos. Evitai as regiões em que aja na água uma vegetação de cor escuda , restos
flutuantes, ou mau cheiro, pois isso pode indicar forte poluição. Os lagos são, provavelmente, as piores fontes de
abastecimento de água, e em quase cada a água precisará ser desinfetada.

Como obter água

Em solo rochoso -- Em terrenos calcários, cole o ouvido no chão para detectar o ruído de água subterrâneas
(Figura 1). Em caso positivo, investigue as áreas ao redor, para ver se a água corre a céu aberto em algum lugar.
Se isso não acontecer, escave onde o barulho for mais distinguível e o chão estiver mais úmido. Além disso,
como o solo calcário se dissolve com facilidade, as águas tendem a formar grutas onde não é difícil encontrar
nascentes ou infiltrações.Em áreas graníticas, observe a ocorrência de ervas em sua em suas encostas e escave na
base da zona verde para promover a infiltração Em solo desagregado -- Investigue os fundos dos vales, pois o
nível dos lençóis de água se aproximar mais da superfície nesses locais.
Nos litoral -- Durante a maré baixa, faça buracos na areia a cerca de 100m acima da linha da maré alta. A
água que você encontrara nessas condições é em geral boa para tomar,apesar de salobra. Nas regiões litorâneas
brasileiras pode-se ainda extrair água da árvores-do-viajante (figura2). Ela consegue armazenar, na larga base dos
pecíolos, boa quantidade de água suficiente para saciar a sede.
Em terrenos montanhosos -- Os leitos secos dos regatos podem ser uma boa fonte de água, pois com
freqüência se encontra o que beber logo abaixo do areão.
Na selva -- As trepadeiras e outras plantas podem fornecer água. Para retira-la, faça uma incisão profunda na
parte mais alta da trepadeira que você conseguir atingir; em seguida, corte a planta rente ao chão e recolha a água
que pingar; após algum tempo,os pingos cessarão, e um novo corte deve então ser dado para recolher mais água.
Os cocos, quando verde, contem água, a qual deve ser bebida, porém, em pequena quantidade, para evitar
que ateu como laxativo.
Os bambus (figura3), comuns em todo o território brasileiro, sendo subespontâneos em muitas regiões,
costumam armazenar água nós seus nos ocos. Se, ao sacudir caules velhos e amarelados, você ouvir alguma
coisa, faça um corte na base de cada nó e recolha a água.
A presença de sabugueiro (figura4) pode também ser um indicio de água corrente nas proximidades ou logo
abaixo da superfície, pois essas árvores preferem locais com essas características.
Recorrendo ao sereno -- Quando o céu começar a clarear, exponha materiais com superfície brilhante ao ar
livre. O sereno que ali se condensar pode ser recolhido e bebido. Recorra também ao sereno depositado nas
plantas.
Recolhendo água da chuva -- Eleve as pontas de um plástico (usando estacas,pedras ou qualquer outro
material que puder improvisar) e coloque uma pedra no centro, de modo a formar um recipiente. Essa água pode
ser consumida sem passar por processo de purificação.
Fabricando um condensador solar -- Material necessário: um pedaço de plástico 2m x 2m, uma pedra do
tamanho de um punho, um recipiente para recolher a água, algumas plantas, pedras de tamanho regular para
prender o plástico na superfície e areia (terra).
Observando a figura 5, faça um buraco de 1m de diâmetro e 1m de profundidade e coloque o recipiente na
parte mais profunda.
Preencha as encostas do buraco com plantas (se forem disponíveis). Cubra o buraco com o plástico e prenda
suas laterais ao solo usando pedras e areias (ou terra). Com cuidado, coloque uma pedra sobre o plástico, de
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forma que ela fique bem em cima do recipiente de coleta e dê ao plástico uma boa inclinação. O condensador
funciona da seguinte maneira: o calor eleva a temperatura do ar, das plantas e do solo sob o plástico, até o ar ficar
saturado de vapor d’água. Este se condensa em gotículas e escorre até o vértice formado pela pedra, de onde cai
no recipiente. Segundo o manual de sobrevivência das forças armadas norte-americanas aplicando-se esse
método pode-se recolher ate um litro de água em 24 horas.

Arteiro
O que fazer quando perdido:

Ore a Deus e peça Sua ajuda...

1- Sente-se e mantenha a calma: O pânico é o pior inimigo, tente se lembrar do trajeto e de sinais particulares
(arvores, pedras, etc...) que posam lhe trazer à memória a trilha seguida.
2- Nunca saia do lugar em que está até marca-lo bem: Este lugar será sua referencia, não esqueça de marcalo com
alguma coisa.
3- Reconstitua o caminho: Tente voltar seguindo o caminho que fez para chegar ao lugar referencia, e esteja certo
de poder voltar a ele.
4- Suba a lugares elevados: No caminho suba em árvores, colinas e lugares altos e tente localizar a trilha e/ou
sinais particulares.
5- Caso não descubra marcos: Volte ao lugar referencia e ande 70 a 100 passos em uma direção, varra a área na
tentativa de localizar referencias que posam ajudar.
6- Se nada funcionar, pare e acenda uma fogueira: Com segurança improvise uma fogueira, coloque ramos
verdes para produzir abundância de fumaça. Esse sinal visual pode atrair equipes de busca e caçadores que
porventura estejam no local.
7- Prepare-se para passar uma noite confortável na mata: Improvise algum lugar para dormir confortavelmente,
recolha lenha para alimentar o fogo durante à noite e procure relaxar.
8- No dia seguinte: Continue sinalizando com fumaça e fique atento para gritos e apitos da equipe de resgate.
Você pode optar pôr continuar tentando encontrar marcos, ou fazer as duas coisas simultaneamente.
9- Alimente-se: Neste período você não precisa ficar em jejum, se tiver alimento na mochila continue fazendo as
refeições normalmente, caso o alimento acabe procure manter suas energias com alimentação nativa.
10- Regra geral: Esta é a principal regra, e deve ser memorizada: ESAON.

E =>estacionar
S =>sentar
A =>aguardar
O =>orientar-se , acalmar-se
N =>navegar

Regras de segurança para quem vai acampar

1. deixe uma descrição do local para onde vai


™ mapa
™ telefones
™ nomes (pessoas e locais)
2. Leve um telefone celular
3. Tenha um pequeno kit sobrevivência
™ Canivete
™ Fósforos protegidos contra umidade
™ No mínimo um meio alternativo de aceder sem fósforos.
™ Estojo da 1° Socorros
™ Cordinhas
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™ Uma lanterna pequena


™ Apito
™ Espelhinho

OBS: Isso tudo pode ser levado acomodado em uma pochete ou em uma pequena frasqueira.

4. Saiba sempre direção do socorro.

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