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Análise
Não use cigarros para encher a lata de fumaça. Isso definitivamente não pega bem
em uma Feira de Ciência. Use, por exemplo, canudos de refresco de papel com
uma das pontas queimando e sopre vagarosamente na outra ponta. Isso deve ser
um bom gerador de fumaça.
No século passado, o famoso físico inglês Lord Kelvin lançou um modelo de átomos
como "vibrações do éter". Esse tal "éter" seria um fluido que ocuparia todo o
espaço. Suas vibrações, ou "vórtices", poderiam explicar, segundo Kelvin e o
alemão Hermann von Helmoltz, todas as propriedades observadas dos átomos e
moléculas. A forma desses vórtices de éter seria bem parecida com a forma dos
anéis dessa experiência, só que de dimensões atômicas. Durante algum tempo
esse modelo foi muito popular entre os físicos, inclusive alguns bem espertos, como
Maxwell e Thomson. Mas, com o surgimento dos modelos de Rutherford, Bohr e
outros, o modelo de vórtices foi pra merda. Agora, veja que coisa curiosa: hoje,
existem uns teóricos tentando explicar tudo que existe no universo como sendo
formado de umas cordinhas vibrantes, as chamadas "supercordas", muito parecidas
com os vórtices do velho Kelvin. O mundo dá muitas voltas - e vibrações.
Para embelezar sua experiência na Feira, procure ler sobre os vórtices de Kelvin e
Helmoltz em alguma enciclopédia, e sobre as supercordas em algum livro de
divulgação. Ou consulte o Departamento de Física mais próximo de sua casa.