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Ingredientes para o Sucesso

10 tópicos essenciais para o êxito nas corporações


*por Tom Coelho

“Futuro é o período de tempo em que nossos negócios prosperam,


nossos amigos são verdadeiros e nossa felicidade está garantida.”
(Ambrose Bierce)

Enquanto consultor, tenho tido a oportunidade de conhecer e estudar a realidade de empresas


diversas, seja no porte ou na atividade econômica, concluindo que invariavelmente a distância
entre o sucesso e o fracasso é mensurada pela qualidade da gestão. Desta experiência, posso
afirmar que o êxito no mundo corporativo passa necessariamente pelos quesitos abaixo
relacionados.

1. Propósito definido. Toda organização deve ser capaz de responder à seguinte questão: Qual
é o seu negócio? Empresas de cosméticos vendem beleza, a expectativa das mulheres de se
tornarem mais belas e atraentes. Companhias de transporte aéreo vendem economia de tempo, a
promessa de fazer o usuário chegar mais rapidamente ao seu destino. Indústrias de freios e pneus
vendem segurança. O que vende a empresa na qual você trabalha?

2. Valores e visão compartilhados. Os valores praticados (e não os meramente declarados) por


uma empresa expressam seu DNA e sua personalidade. Definem o perfil de quem pode e deve
vestir a camisa da corporação. E a visão, quando comungada pelos colaboradores, indica a
trajetória a ser seguida. Os valores determinam o ponto de partida, e a visão, a estação de
chegada.

3. Foco no cliente e na rentabilidade do negócio. O cliente é, há tempos, o fiel da balança. Do


alto de sua subjetividade e infidelidade, sentencia quem capitula ou permanece no mercado,
simplesmente decidindo onde e como gastar seus recursos. Mas que não se perca de vista a
obrigatoriedade de a empresa ser lucrativa, e mais ainda, rentável. Este é o único caminho para a
perenidade.

4. Metas factíveis, planejamento e monitoramento sistemáticos. Administrar uma empresa


não é fruto do acaso. É um processo que demanda a determinação de metas específicas,
quantificadas, ousadas e possíveis de serem alcançadas, traçadas dentro de um planejamento
estratégico e continuamente monitoradas.

5. Produtos, serviços e atendimento excepcionais. Produtos e serviços (e todo produto é um


serviço em última instância) estão comoditizados, cada vez mais similares em forma, conteúdo,
design e funcionalidade. Mas há um grande diferencial competitivo: a qualidade do atendimento.
Este é o único fator possível de fidelização de clientes. E o primeiro a impor uma fronteira entre
preço e valor.

6. Equipe extraordinária e clima organizacional estimulante. Se a vantagem comparativa


advém de um atendimento primoroso, este só pode ser proporcionado por pessoas. O segredo
está em contratar, capacitar, educar, desenvolver e aprimorar pessoas comprometidas,
responsáveis e leais, além de íntegras e éticas, ou seja, de bom caráter. E propiciar um ambiente
de trabalho auspicioso, aliando os interesses individuais aos corporativos, além de promover a
diversidade.

7. Marketing na veia. O marketing não pode ser entendido como responsabilidade de um


departamento da empresa. Marketing é tudo o que fazemos e deixamos de fazer. Ou, como diria
Peter Drucker, ele é o próprio negócio. Deve-se cuidar da comunicação corporativa (no seio da
empresa), mercadológica (para fora da empresa) e institucional (perante a comunidade). O
objetivo deve ser a construção de uma marca sólida capaz de gerar um vínculo cognitivo e
emocional com o consumidor.
8. Finanças sob controle. Nenhuma organização progride com má administração financeira.
Vendas deficitárias, crédito irresponsável, cobrança inepta, investimentos perdulários e
endividamento galopante conduzem gradualmente qualquer empresa à bancarrota. É preciso
austeridade na gestão do caixa, combate aos desperdícios e atenção com os custos, que crescem
como unhas: insistentemente.

9. Responsabilidade social e sustentabilidade. Toda empresa tem uma função social que
principia com a geração de emprego e renda e se amplia ao suprir as deficiências do Estado no
que tange à saúde, educação, transporte e segurança. Associado a isso, surge a questão da
sustentabilidade, mais do que um modismo, uma tendência, ainda que incipiente como princípio
valorativo. Num futuro próximo, a percepção do consumidor da preocupação legítima das
empresas com o meio ambiente balizará suas decisões de compra.

10. Inovação e capacidade de se reinventar. Ao seguir um mesmo receituário, ainda não se


garante uma posição de destaque e diferenciação. O desafio é evoluir sempre. Antever e traçar
cenários. Criar novas maneiras de gerir o negócio e as pessoas. O mais difícil não é atingir o topo,
pois toda liderança é transitória e situacional. Difícil é permanecer lá em cima.

Estes são ingredientes essenciais para o sucesso empresarial. Já a receita, cada um faz a sua,
mediante a combinação inclusive de outros temperos. Mas vale salientar que a prosperidade deve
contemplar uma melhor qualidade de vida. Este é um objetivo final nobre e que vale a pena ser
perseguido.

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