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1. INTRODUÇÃO
A gestação é um dos períodos mais felizes da vida de uma mulher. Nessa
época, a mulher está suscetível a diversas emoções e sentimentos, que acabam se
tornando mais intensos pela quantidade de hormônios que estão no corpo da gestante.
Em algumas situações os sentimentos experimentados pelas gestantes não
são muito agradáveis, acabam se tornando em experiências decepcionantes. Algumas
delas passam pela infelicidade de ser demitida de seu trabalho por conta da gestação e
por conta disso as emoções se tornam infelicidades, podendo acarretar efeitos negativos
para a mãe quanto para o feto.
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2. QUANDO SE INICIA A ESTABILIDADE?
NO MOMENTO DA CONCEPÇÃO OU
QUANDO É COMUNICADO AO EMPREGADOR?
A ESTABILIDADE GESTACIONAL está previsto no Ato das
Disposições Transitórias da Constituição Federal de 1.988 - ADCT, no
art. 10, inciso II, alínea b , que veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da
empregada gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto. Vejamos:
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se
refere o art. 7º, I, da Constituição:
II - fica VEDADA a
DISPENSA ARBITRÁRIA ou
SEM JUSTA CAUSA:
b) da EMPREGADA GESTANTE,
DESDE a CONFIRMAÇÃO da GRAVIDEZ
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Por conseguinte, a ESTABILIDADE DA GESTANTE
se INICIA a PARTIR da DATA de CONFIRMAÇÃO da GRAVIDEZ,
em outras palavras,
ela SERÁ CONFERIDA a PARTIR da DATA em que HOUVE a CONCEPÇÃO da
GRAVIDEZ,
sendo esse o entendimento mais atual e que é seguido pelo Tribunal Superior do
Trabalho.
Importante salientar que a ESTABILIDADE
NÃO ocorre a PARTIR do MOMENTO em que se COMUNICA o FATO ao
EMPREGADOR,
ela ocorre a PARTIR do MOMENTO em que há a COMPROVAÇÃO da DATA de
CONCEPÇÃO da GRAVIDEZ.
Tal explicação é importante de se fazer, porque muitos possuem essa
dúvida e são orientados a comunicar ao empregador no âmago de se ter a estabilidade a
partir daquele momento, porém o TST entende de forma diferente, o que acaba trazendo
transtornos à algumas gestantes.
A DATA de CONCEPÇÃO da GRAVIDEZ é aquele em que
Portanto, a ESTABILIDADE
se INICIA a PARTIR do MOMENTO em que há a confirmação da CONCEPÇÃO
da GRAVIDEZ e
NÃO no MOMENTO em que se faz a COMUNICAÇÃO ao EMPREGADOR.
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3. NO CURSO DO AVISO PRÉVIO, TAMBÉM HÁ A ESTABILIDADE?
SIM. A ESTABILIDADE prevista no ADCT também se estende aquelas
gestantes que estão cumprindo ou o aviso prévio foi indenizado, nos termos do
art. 391-A da Consolidação das Leis Trabalhistas , bem como pela Sumula
244 do TST, reproduzidos a seguir, para melhor entendimento:
Art. 391-A da CLT - A CONFIRMAÇÃO do ESTADO de GRAVIDEZ
ADVINDO no curso do CONTRATO DE TRABALHO , ainda que
durante o PRAZO do AVISO PRÉVIO TRABALHADO ou
INDENIZADO, garante à EMPREGADA GESTANTE a
ESTABILIDADE PROVISÓRIA prevista na alínea b do inciso II do
art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
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Art. 7º da CRFB/88- São DIREITOS dos TRABALHADORES urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
I- RELAÇÃO de EMPREGO PROTEGIDA contra DESPEDIDA
ARBITRÁRIA ou SEM JUSTA CAUSA, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos;
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4, CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO- CONTRATO DE
EXPERIÊNCIA.
Nessas hipóteses, NÃO haverá qualquer diferença de tratamento.
A Súmula 244, inciso III , do TST prevê que aplica-se a estabilidade
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6- NO CASO DE DEMISSÃO SEM A EMPREGADA SABER QUE ESTAVA GRÁVIDA:
Na situação em que a descoberta da gravidez foi posterior a dispensa,
haverá necessidade de se analisar a situação sob duas óticas:
1ª) A CONCEPÇÃO FOI DURANTE O PERÍODO QUE ESTAVA TRABALHANDO NA
EMPRESA
Nesta hipótese, o EMPREGADOR NÃO pode se afastar da obrigação de
indenizar a ex-empregada em decorrência da estabilidade. Também há a opção de
reintegração daquela funcionária ao posto de trabalho.
Exemplo:
Comecei a trabalhar em Julho, fui dispensada em outubro e descobri
que a concepção ocorreu em setembro.
2ª) A CONCEPÇÃO OCORREU ANTES DE SER CONTRATADA E A DESCOBERTA
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Licença maternidade x Estabilidade de gestante
Muitas pessoas confundem os dois institutos, pois eles estão interligados.
Entretanto, tratam-se de situações distintas, como se mostrará.
A LICENÇA MATERNIDADE é um instituto PREVIDENCIÁRIO que
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O gozo da licença se INICIA com a APRESENTAÇÃO de ATESTADO
MÉDICO de afastamento que poderá ocorrer entre o 28º dia ANTES do parto ATÉ o
dia do parto propriamente dito.
Vale lembrar que as empresas que aderiram ao “PROGRAMA "EMPRESA
CIDADÃ - Lei 11.770/08" ampliam o direito de LICENÇA A MATERNIDADE para 180
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2013-091-09-00-9-ACO-37694-2013 - 6A. TURMA. Relator:
SUELI GIL EL RAFIHI. Publicado no DEJT em 20-09-2013
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É importante esclarecer, ainda. que não é necessário a funcionária notificar
expressamente ao empregador de que está grávida, ficando ao seu critério comunicar ou
não. Além disso, não é permitido ao empregador exigir qualquer exame neste sentido,
sob pena de caracterizar uma atitude discriminatória.
Observa-se ainda que o entendimento dos Tribunais é de que há a garantia
de estabilidade mesmo que a gravidez seja confirmada em período de AVISO
PRÉVIO ou em CONTRATO de EXPERIÊNCIA.
Vale a pena atentar, mais uma vez, para o texto da redação da Súmula 244
do TST e uma jurisprudência do nosso Tribunal sobre a matéria.
SÚMULA Nº 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012)
- Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I- O DESCONHECIMENTO do ESTADO GRAVÍDICO pelo
EMPREGADOR não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta
se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia
restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao
período de estabilidade.
III-A EMPREGADA GESTANTE TEM DIREITO à ESTABILIDADE
PROVISÓRIA prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias , mesmo na
hipótese de admissão mediante CONTRATO POR TEMPO
DETERMINADO.
ESTABILIDADE PROVISÓRIA DA GESTANTE - DESNECESSÁRIA A
CIÊNCIA DO EMPREGADOR SOBRE A GRAVIDEZ –
Importante destacar ser irrelevante a prova da gravidez
no momento da dispensa da trabalhadora, bastando que a
gestação seja iniciada na vigência do contrato de trabalho.
A aquisição do direito à estabilidade provisória no emprego
não depende da ciência da gravidez pela trabalhadora ou pelo
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empregador, exigindo somente que a concepção ocorra durante
a existência do vínculo empregatício.
O C. TST firmou o entendimento de que é DISPENSÁVEL a
comunicação do estado gestacional da empregada à empresa ,
em virtude de tal garantia ser preceito constitucional e a responsabilidade
do empregador ser objetiva, à luz da Súmula nº 244 da aludida Corte
Trabalhista. TRT-9 - 15718201014904 PR 15718-2010-14-9-0-4 (TRT-9)
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