O documento descreve o agente causador da sífilis, Treponema pallidum, um espiroqueta microaerófilo de difícil cultivo que mede cerca de 0,15 μm x 60-50 μm. Ele explica que o T. pallidum infecta através de membranas mucosas ou arranhões e é transmitido principalmente por contato sexual ou sangue contaminado. O texto também discute métodos de identificação do T. pallidum, incluindo exames a fresco, imunofluorescência direta e testes treponêmicos e não-trepon
O documento descreve o agente causador da sífilis, Treponema pallidum, um espiroqueta microaerófilo de difícil cultivo que mede cerca de 0,15 μm x 60-50 μm. Ele explica que o T. pallidum infecta através de membranas mucosas ou arranhões e é transmitido principalmente por contato sexual ou sangue contaminado. O texto também discute métodos de identificação do T. pallidum, incluindo exames a fresco, imunofluorescência direta e testes treponêmicos e não-trepon
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O documento descreve o agente causador da sífilis, Treponema pallidum, um espiroqueta microaerófilo de difícil cultivo que mede cerca de 0,15 μm x 60-50 μm. Ele explica que o T. pallidum infecta através de membranas mucosas ou arranhões e é transmitido principalmente por contato sexual ou sangue contaminado. O texto também discute métodos de identificação do T. pallidum, incluindo exames a fresco, imunofluorescência direta e testes treponêmicos e não-trepon
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Microbiologia Clínica – Prof. Dra. Elisabeth Pelosi Teixeira
Treponema pallidum
O agente etiológico Treponema pallidum, subespécie pallidum é
o agente causador da sífilis 1. O T. pallidum é um espiroqueta (forma parecida com saca-rolhas que tendem a ter movimentos ondulatórios parecidos com uma hélice) microaerófilo de difícil cultivo laboratorial 2 . Mede cerca de 0,15 μm x 60-50 μm 3.
Fig. 1 – Exame a fresco em microscópio de campo escuro.
Fonte: FFUL.
O microrganismo não pode sobreviver, quando exposto a
secagem ou ação de desinfetantes, assim, sendo praticamente impossível a contaminação através de contato com a pele, já que a contaminação se dá por via de penetração das espiroquetas através das membranas mucosas e de arranhões nas superfícies epiteliais. É principalmente transmitida através do contato sexual, mas podem ser difundido por contato com sangue contaminado ou transferido através da placenta da mãe para o bebê ³. Esse organismo não pode ser cultivado em meios de cultura laboratoriais, pois, os mesmos, não se desenvolvem. Por tais motivos, o cultivo desses organismos só pode ser feito (e com dificuldades) em testículos de coelho ou então, em culturas de células da epiderme de coelhos. As espiroquetas aderem à superfície das células hospedeiras (através da fibronectina, um glicoproteina encontrada no soro e superfície da várias células) e apresentam capacidade para invadir a membrana mucosa, mesmo ela estando intacta, ou lesada 1.
As análises bacterioscópicas podem ser realizadas através da
microscopia de campo escuro em exame a fresco 4. As espiroquetas são células refringentes, ou seja, que refratam a luz, sendo de difícil observação com colorações comuns da microbiologia, como acontece quando coradas com Giemsa, Fontana-Tribondeau, método de Burri, e Levaditi. Todas as técnicas tem resultados inferiores ao conseguido com a visualização de campo escuro 5.
Existem alguns meios de identificação para esse tipo de
bactéria. As “provas diretas” demonstram a presença do T. pallidum e são consideradas definitivas, pois não estão sujeitas à interferência de mecanismos cruzados, isto é, falso-positivo. Têm indicação na fase inicial da enfermidade, quando os microrganismos são muito numerosos. O emprego de material procedente da mucosa oral deverá considerar a possibilidade de dificuldade na distinção entre o treponema e outros espiroquetas saprófitas da boca, exceto no caso do teste de imunofluorescência direta 5.
O teste de Imunofluorescência direta é um exame altamente
específico e com sensibilidade maior que 90%. Praticamente elimina a possibilidade de erros de interpretação com treponemas saprófitas. É chamado de DFA-TP (diret fluorescent-antibody testing for T. pallidum) 1 5.
Ainda existem os testes treponêmicos e não-treponêmicos (ou
provas sorológicas). O T. pallidum no organismo promove o desenvolvimento de dois tipos de anticorpos: as reaginas (anticorpos inespecíficos IgM e IgG contra cardiolipina), que servem de base aos testes não treponêmicos, e anticorpos específicos contra o T. pallidum, servem de indício aos testes treponêmicos. Os testes não treponêmicos são úteis para triagem em grupos populacionais e monitorização do tratamento, enquanto os treponêmicos são utilizados para confirmação do diagnóstico 5. Os testes não treponêmicos podem ser titulados e por isso são importantes no controle da cura. A persistência de baixos títulos em pacientes tratados corretamente é denominada cicatriz sorológica e pode permanecer por muitos anos1 5.
Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum como antígeno e
são usados para confirmar a reatividade de testes não treponêmicos e nos casos em que os testes não treponêmicos têm pouca sensibilidade 5.
.BIBLIOGRAFIA
[1] PELCZAR,M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. Microbiologia,
Conceitos e Aplicações – Vols. 2, 517 p., 2ª ed., São Paulo, Malron Books, 1996
[2] Spirochaetes – Wikipédia. Disponível em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Spirochaetes>. Acessado em: 15 ago 2010.
[3] Liu, P. F. – Syphilis: eMedicine Infectious Diseseases.
Disponivel em: < http://emedicine.medscape.com/article/229461- overview> . Acessado em 15 ago 2010.
[4] Duarte, A. - Infecções do aparelho respiratório superior.
Disponivel em <http://www.ff.ul.pt/paginas/aduarte/acetato/infeccoes_vias_respirat orias.doc> . Acesso em 15 ago 2010.
[5] Sífilis – Disponivel em: <
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/sifilis/sifilis-4.php >. Acessado em 16 de ago 2010.
[6] Figura 1- Exame a fresco em microscópio de campo escuro.