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EB70-CI-11.464 - Instrutor de Corpo de Tropa - SEM EXEMPLAR
EB70-CI-11.464 - Instrutor de Corpo de Tropa - SEM EXEMPLAR
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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
INSTRUTOR DE CORPO DE TROPA
Edição Experimental
2021
EB70-CI-11.464
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
INSTRUTOR DE CORPO DE TROPA
Edição Experimental
2021
EB70-CI-11.464
EB70-CI-11.464
PORTARIA COTER/C Ex Nº 123, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2021.
EB: 64322.018744/2021-63
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade ............................................................................................. 1-1
1.2 Objetivos ............................................................................................. 1-1
1.3 Áreas de Aprendizagem ........................................................................ 1-1
1.4 Legislação Básica da Instrução Militar .................................................. 1-1
1.1 FINALIDADE
1.1.1 Este Caderno de Instrução tem por finalidade orientar aqueles que ministram
as sessões de Instrução Militar (IM) no âmbito do Sistema de Instrução Militar do
Exército Brasileiro (SIMEB).
1.1.2 Neste contexto, considera que todos os oficiais, subtenentes e sargentos são
especialistas em assuntos militares e possuidores de conhecimentos específicos
de sua profissão, tornando-os aptos a ministrar sessões de instrução militar.
1.2 OBJETIVO
- O seu objetivo é apresentar aos instrutores de corpo de tropa o direcionamento
prático e ideal para que possam planejar, preparar, executar e avaliar o
desempenho dos instruendos nas sessões IM, em consonância com as diretrizes
de Preparo e Emprego da Força Terrestre.
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e detalhes, com maior caráter de permanência no tempo e necessários à execução
das atividades de instrução.
1.4.2 PROGRAMA DE INSTRUÇÃO MILITAR (PIM)
- Tem por finalidade regular as atividades relacionadas ao Preparo da Força
Terrestre do ano corrente e visualizar as atividades planejadas para o ano
subsequente. É revisado anualmente, sendo amplamente difundido em todas as
OM do Exército.
1.4.3 PROGRAMAS-PADRÃO DE INSTRUÇÃO
- Os Programas-Padrão de Instrução Militar são publicações que têm por finalidade
orientar, coordenar, metodizar e homogeneizar a progressão da instrução,
proporcionando sua uniformidade no âmbito da mesma Arma, Quadro ou Serviço.
1.4.4 INSTRUÇÕES GERAIS DE TIRO COM O ARMAMENTO DO EXÉRCITO
(IGTAEX)
- Têm por finalidade orientar o planejamento da instrução de tiro com o armamento
em uso no Exército Brasileiro, bem como orientar a realização do Teste de Aptidão
de Tiro (TAT) de oficiais, subtenentes e sargentos da ativa do Exército.
1.4.5 INSTRUÇÕES REGULADORAS DE TIRO COM O ARMAMENTO DO
EXÉRCITO (IRTAEX)
- Tem por finalidade regular o planejamento e a execução da instrução de tiro com o
armamento em uso no Exército Brasileiro, observando os princípios estabelecidos
SIMEB. Estas Instruções Reguladoras também descrevem os módulos de tiro de
cada armamento, além de regular o treinamento e a execução do Teste de Aptidão
de Tiro (TAT) de Oficiais, Subtenentes e Sargentos.
1.4.6 PREVENÇÃO DE ACIDENTES E GERENCIAMENTO DE RISCO NAS
ATIVIDADES MILITARES E NA INSTRUÇÃO
- O Manual Técnico “Prevenção de Acidentes nas Atividades Militares” (EB70-
MT-11.418) e o “Caderno de Instrução Prevenção de Acidentes na Instrução
e no Serviço” (EB70-CI-11.463) sistematizam procedimentos e definem
responsabilidades e atribuições, propiciando o desenvolvimento e a execução
de ações relacionadas à prevenção de acidentes e o gerenciamento de risco na
instrução militar, no serviço e em outras atividades correlatas que envolvam o
emprego dos meios orgânicos e/ou sob custódia do Exército Brasileiro.
1.4.7 MANUAIS
- Regulam as questões de doutrina, de ensino, de instrução, de procedimento, de
gerenciamento organizacional e de técnicas inerentes ao Exército. Podem ser:
1.4.7.1 Manuais de Fundamentos
- Publicações padronizadas que abordam um universo de conhecimentos que
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incluem princípios e valores, para obtenção de objetivos individuais e institucionais,
e concepções e conceitos relacionados à doutrina e a outras atividades funcionais
de abrangência Exército Brasileiro. Baliza a elaboração da Doutrina Militar
Terrestre.
1.4.7.2 Manuais de Campanha
- Tratam de questões de doutrina, instrução e emprego das OM da Força Terrestre.
1.4.7.3 Manuais Técnicos
- Tratam de assuntos técnicos ou de questões relativas ao suprimento, à
manutenção, ao funcionamento, ao manuseio de artigos de suprimento do Exército
e ao gerenciamento organizacional.
1.4.8 CADERNOS DE INSTRUÇÃO (CI)
1.4.8.1 São publicações padronizadas que têm a finalidade de orientar a instrução
de táticas, técnicas e procedimentos ou de outra natureza, relativa a assunto
específico, minucioso ou de pequena amplitude.
1.4.8.2 De caráter prático, complementam manuais e regulamentos onde for
necessária informação específica e detalhada.
1.4.8.3 Regulam procedimentos relacionados ao preparo do pequeno escalão
(até subunidade) da Força Terrestre.
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CAPÍTULO II
O INSTRUTOR DE CORPO DE TROPA
2.1 DEFINIÇÕES
2.1.1 O encargo de instrutor de corpo de tropa é desempenhado por oficiais,
subtenentes e sargentos, devidamente habilitados.
2.1.2 É IMPORTANTE DIFERENCIAR O INSTRUTOR DE ESTABELECIMENTO
DE ENSINO DO INSTRUTOR DE CORPO DE TROPA:
2.1.2.1 O instrutor de estabelecimento de ensino é um profissional selecionado
entre seus pares para realizar a formação ou aperfeiçoamento de outros
profissionais.
2.1.2.2 O instrutor de corpo de tropa é um perito nos assuntos dos quais é
encarregado, pois dentre as suas responsabilidades funcionais, está a formação,
a qualificação e a condução de seus subordinados.
2.1.3 O MONITOR
- O Monitor é o militar que auxilia o instrutor no planejamento e preparação, na
orientação, no controle e avaliação da sessão de instrução ou aula. Esse monitor
é geralmente um sargento, porém em cursos ou estágios para oficiais também
pode ser um oficial.
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2.1.4 O AUXILIAR
- O Auxiliar é o cabo ou soldado engajado que coopera principalmente na
preparação e na orientação da sessão de instrução.
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relativos à instrução militar, visando à solução de problemas e à obtenção dos
melhores resultados.
2.3.1.7 Direção e controle: aptidão necessária para planejar as seções de
instrução das quais é responsável, delegando tarefas a sua equipe de instrução,
além de providenciar os recursos para o cumprimento dos OII previstos.
2.3.1.8 Objetividade: atributo de grande relevância para a busca da consecução
dos OII, permitindo a associação ideal entre a racionalização do tempo disponível
para a seção de instrução e o desempenho esperado na execução das tarefas
previstas.
2.3.1.9 Postura e apresentação: postura, atitude, gestos e apresentação pessoal
e individual condizentes com função de instrutor.
2.3.1.10 Camaradagem: disposição para auxiliar, espontaneamente, superiores,
pares e subordinados/instruendos, no decorrer das atividades de instrução militar.
2.3.2 ALÉM DESSES ATRIBUTOS, O INSTRUTOR DE CORPO DE TROPA
É O RESPONSÁVEL PELAS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS AO AUMENTO DO
NÍVEL DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DO SEU INSTRUENDO, O QUAL
DEVERÁ SEMPRE QUE POSSÍVEL:
2.3.2.1 Saber o porquê deve aprender.
2.3.2.2 Entender o que se espera obter com o seu aprendizado.
2.3.2.3 Praticar o que aprendeu.
2.3.2.4 Apresentar progresso no aprendizado, dentro de um planejamento prévio.
2.3.2.5 Entender a correlação entre os assuntos que estão sendo aprendidos e a
sua aplicação nos cargos para os quais está sendo preparado.
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CAPÍTULO III
SISTEMA DE INSTRUÇÃO MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO
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3.5 O ANO DE INSTRUÇÃO
3.5.1 PROGRAMAS DE INSTRUÇÃO
3.5.1.1 Durante o ano de instrução são executados os Programas de Instrução
que possuem peculiaridades e objetivos diferenciados entre si.
3.5.1.2 Os programas podem ser sucessivos ou simultâneos, dependendo do
grau de necessidade da conclusão de um para o início do outro. Entre os princi-
pais programas estão:
a) Programa de instrução individual;
b) Programa de adestramento;
c) Programa de capacitação técnica e tática do efetivo profissional (CTTEP);
d) Programa de desmobilização de militares temporários (PDMT); e
e) Programa de instrução individual de requalificação e nivelamento (IIRN).
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2) Subfase de Adestramento Básico de Subunidades;
3) Subfase de Adestramento Básico de Unidades; e
4) Subfase de Adestramento em GLO (poderá ser antecipada para o final da
IIB).
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- A instrução individual, que objetiva a preparação do combatente básico e
formação do combatente mobilizável, será orientada pelos seguintes fundamen-
tos metodológicos:
3.6.1.1 Instrução voltada para o desempenho
3.6.1.1.1 A instrução voltada para o desempenho é o fundamento para o qual o
instruendo é treinado executando tarefas relacionadas com as funções relativas
ao cargo que se destina, até que demonstre o nível de habilidade estabelecido
pelos padrões mínimos exigidos.
3.6.1.1.2 A instrução voltada para o desempenho é uma instrução por objetivos,
estes definidos por tarefas, condições de execução e padrões mínimos a atingir,
que caracterizam o desempenho adequado para o exercício das competências
relacionadas às das funções de um cargo previamente descrito.
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a) OII relacionados aos conhecimentos (área cognitiva) e habilidades (área
psicomotora); e
b) OII relacionados a atitudes (área afetiva).
3.8.2 OII – CONHECIMENTOS E HABILIDADES
3.8.2.1 Os OII relacionados aos conhecimentos e habilidades correspondem
aos comportamentos que o instruendo deve exibir como resultado do processo
ensino-aprendizagem a que foi submetido.
- Os OII referentes a essas áreas expressam um comportamento terminal
identificado por três elementos:
3.8.2.2 Tarefa
3.8.2.2.1 A tarefa sintetiza a aplicação prática de conhecimentos e habilidades
que coloca o instruendo próximo do que lhe seria exigido em combate ou em
situações de vida militar. O que implica, dentre outras tarefas, em treinamento
físico militar.
3.8.2.2.2 Como elemento orientador, expressa o padrão-mínimo que o instruendo
deve adquirir durante a instrução.
3.8.2.2.3 Como elemento de verificação de desempenho, é a indicação precisa
do que o instruendo deve ser capaz de fazer ao término da atividade de instrução.
3.8.2.3 Condições de execução
3.8.2.3.1 As condições de execução indicam as circunstâncias em que a tarefa
deve ser executada para que essa se aproxime do realismo, que ocorre em com-
bate ou em uma situação da vida militar.
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3.8.2.3.2 São, por excelência, um elemento de orientação.
- Os condutores da instrução, instrutores e monitores, deverão interpretá-los e
aplicá-los com objetividade e realismo.
- Sempre que possível, deverão buscar a execução em ambiente simulado.
3.8.2.4 Padrão mínimo
3.8.2.4.1 O padrão mínimo, ou padrões mínimos, sintetiza o que terá de ser exigi-
do do instruendo para que fiquem caracterizados os conhecimentos, habilidades
e destrezas mínimas necessárias para o combatente.
3.8.2.4.2 Como elemento de orientação, é a indicação do quão bem o instruendo
deverá executar tarefas.
3.8.2.4.3 Como elemento de verificação, é o critério de avaliação do desempenho
individual.
3.8.3 OII – ATITUDES
3.8.3.1 Os OII relacionados a atitudes correspondem aos atributos área afetiva
a serem exibidos pelos instruendos, independentemente de assuntos ou matérias
ministradas.
3.8.3.2 Esses OII são identificados por três elementos:
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3.9.2 DESENVOLVIMENTO DE VALORES COLETIVOS
3.9.2.1 Os valores coletivos são desenvolvidos no decorrer do ano de instrução,
porém com maior ênfase durante o período de adestramento.
3.9.2.2 Assim, o desenvolvimento e a concretização dos valores coletivos devem
ser buscados pela Direção de Instrução, no decorrer de todos os períodos de
instrução. Dentre esses valores, ressalta-se a importância do espírito de corpo
e do moral da tropa.
3.9.2.3 O espírito de corpo e o moral da tropa estão intrinsicamente ligados, de
tal forma que se complementam.
3.9.2.4 Espírito de Corpo
3.9.2.4.1 O espírito de corpo é a consciência de existência de valor coletivo entre
os integrantes de um mesmo agrupamento. Está ligado à vontade e ao orgulho
pessoal de pertencer a um grupo específico.
3.9.2.4.2 É o valor coletivo que liga os combatentes à própria organização
e os compele à união e à solidariedade, constituindo-se em importante força
agregadora que sustenta a disciplina e o moral.
3.9.2.4.3 O desenvolvimento do espírito de corpo deverá ser objeto de atenção
específica dos comandantes em todos os níveis, desde as pequenas frações. É
preciso que esse valor coletivo seja criado, desenvolvido e acompanhado por
toda a equipe de instrução.
3.9.2.4.4 Esse valor pode ser exteriorizado por meio de:
- Canções militares.
- Brados, gritos de guerra e lemas evocativos.
- Uso de símbolos, distintivos e condecorações regulamentares que ressaltem
o grupo.
- Irretocável apresentação e, em especial, do culto aos valores e às tradições de
sua OM/SU/Fração.
- Demonstração de elevado capacidade profissional grupo.
- Outras formas de exaltação e fortalecimento do sentimento de pertencer a uma
determinada arma, quadro ou serviço, OM, SU ou fração.
3.9.2.4.5 O nível do espírito de corpo de uma fração é identificado por ocasião
da realização de atividades rotineiras da OM como instruções e exercícios,
formaturas diárias ou gerais, Treinamento Físico Militar (TFM), competições
desportivas e outras atividades coletivas com enfoque militar.
3.9.2.4.6 O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem
entre seus integrantes.
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3.9.2.5 Moral da tropa
3.9.2.5.1 O aspecto “moral da tropa” é representado pelo estado de ânimo ou
atitude mental de um grupo de indivíduos, que se reflete na conduta de toda a
tropa. Tem ligação com a motivação pessoal e coletiva.
3.9.2.5.2 Em um grupo, os estados de espírito individuais são intensificados e o
moral torna-se um fator cumulativo que pode variar positiva ou negativamente.
Neste contexto, o moral individual interfere diretamente na moral da tropa.
3.9.2.5.3 Entende-se por moral individual como o estado de espírito de um
militar, resultante de seus pensamentos, opiniões e ideias, capaz de influenciar
sua vontade de cumprir seus deveres e de cooperar para a consecução dos
propósitos do grupo ao qual pertence.
3.9.2.5.4 O instruendo deve possuir uma pré-disposição positiva em relação às
ações da Eqp Instr. Com isso, o trato do instrutor com a turma de instrução
deverá estar pautado em princípios como a bondade, dignidade, urbanidade,
justiça e educação, sem comprometer a disciplina e a hierarquia.
3.9.2.5.5 Durante as seções de IM, a busca pela persuasão ao invés da coação
estabelece um elo de confiança entre o instruendo e o instrutor. A confiança
conquistada será fundamental para que o instruendo acredite no que lhe é
ensinado, colaborando para que os objetivos propostos para a instrução sejam
atingidos plenamente.
3.9.2.5.6 De maneira transversal às atividades de IM, outros fatores demonstrados
pelo instrutor e sua equipe colaborarão e influenciarão a turma\grupamento ao
cumprimento de suas atividades e objetivos de instrução propostos:
- O exemplo pessoal.
- O desprendimento.
- A lealdade.
- A competência profissional.
- A integridade pessoal.
- A firmeza de propósitos e à serenidade nas atitudes.
3.9.2.5.7 O acompanhamento do processo de formação do moral da tropa e a
possibilidade de mantê-lo nos níveis desejáveis, resulta num fator de sucesso
para as ações militares em todos os níveis, configurando-se num dos princípios
de guerra da doutrina militar terrestre.
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em um público-alvo com pouca ou nenhuma experiência ou maturidade
profissional.
3.10.2 As escolas de formação e os cursos de formação de cabos e soldados são
exemplos nos quais a aplicação da crítica é um instrumento eficaz de construção
do conhecimento.
3.10.3 É desejável, no entanto, que a crítica seja gradualmente substituída pela
Análise Pós-Ação (APA), de acordo com a evolução da formação profissional.
3.10.4 Uma APA deve ser conduzida de modo a possibilitar a reflexão do ins-
truendo sobre as suas decisões, ou seja, se ele escolheu ou não a melhor so-
lução para uma determinada situação.
3.10.5 A interação com o mediador proporciona um melhor aproveitamento dos
ensinamentos colhidos. Frequentemente, o próprio mediador também colhe
novos ensinamentos, possibilitando a difusão dessa nova experiência para a
Instituição.
3.10.6 Apesar da mudança de abordagem na construção e consolidação do
conhecimento gerado pelo advento da APA, cabe ressalvar, no entanto, que
a crítica não foi abolida ou tornou-se obsoleta como método de ensino ou de
adestra-mento. Ao contrário, experiência institucional consolidada ao longo da
história, indicam claramente o oposto.
3.10.7 A TABELA A SEGUIR MOSTRA UMA COMPARAÇÃO ENTRE A CRÍTICA
E A ANÁLISE PÓS-AÇÃO:
ATIVIDADE/
CRÍTICA ANÁLISE PÓS-AÇÃO
CARACTERÍSTICAS
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CAPÍTULO IV
TÉCNICAS DE INSTRUÇÃO MILITAR
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- a prática individual; e
- a prática do tipo monitor - instruendo.
4.2.1.2.4 Na prática controlada e na prática monitor – instruendo, a equipe de
instrução precisa observar cada instruendo e, de imediato, corrigir os erros e
detalhes incorretos.
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4.2.1.3 Demonstração
4.2.1.3.1 É uma técnica de ensino muito favorável à iniciação da aprendizagem
voltada para o desempenho, pois o instruendo aprende identificando de maneira
ampla o que se fazer.
4.2.1.3.2 Por meio de uma demonstração, os instruendos podem ver a execução
de determinados procedimentos, adquirindo uma visão mais concreta do que
estão aprendendo.
4.2.1.3.3 Esta técnica pode ser direta (ou pessoal) ou indireta, com meios auxi-
liares, equipes ou grupos.
4.2.1.3.4 O foco deve ser o aprendizado do instruendo, dentro dos OII propostos
para a sessão de instrução, e não a execução de “Show” na demonstração.
4.2.1.3.5 Reforça-se que “o sucesso de uma sessão de IM está diretamente
ligado a consecução dos OII previstos”.
4.2.1.3.6 Neste contexto, o instrutor deverá tomar as medidas necessárias para
garantir que todos os aspectos do assunto ministrado sejam observados pelo
instruendo.
Além disso, toda equipe de instrução deverá atentar para que procedimentos
errados e inaceitáveis não sejam apresentados na sessão, como por exemplo:
“sentinela dormindo no quarto de hora”, “bagunça no alojamento”, “apontar a arma
para um companheiro” etc.
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4.2.1.4 Interrogatório
4.2.1.4.1 É uma técnica de ensino em que o instrutor, por meio de perguntas,
estimula a participação dos instruendos.
4.2.1.4.2 Esta técnica busca a reflexão dos instruendos sobre os assuntos e que, os
mesmos, desenvolvam o raciocínio, a participação ativa e a contribuição pessoal.
4.2.1.4.3 Nas seções de instrução de corpo de tropa, este tipo de técnica é mais
aconselhado para atingir os OII relacionados às atitudes (área afetiva), instruções
da CTTEP e em algumas instruções do período de adestramento.
4.2.1.4.4 É amplamente utilizada em críticas e análise pós-ação.
4.2.1.4.5 Recomenda-se que, de forma controlada, o instrutor dê oportunidade
para que todos participem.
- A seletividade na escolha dos interlocutores costuma frustrar a turma/grupamento
de instrução.
4.2.1.4.6 Esta técnica é eficiente, também, na realização de avalições no decorrer
das instruções, como verificações imediatas, a partir do momento que os objetivos
da instrução vão sendo atingidos.
4.2.1.5 Estudo individual
4.2.1.5.1 Engloba técnicas que têm por objetivos possibilitar que o instruendo
aprenda, seguindo um estilo cognitivo próprio, assumindo a responsabilidade pelo
controle da própria aprendizagem: “Aprendendo a Aprender”.
4.2.1.5.2 Pode ser desenvolvido sob as formas de estudo dirigido e estudo pre-
liminar.
4.2.1.5.3 Nos Corpos de Tropa esta técnica é aplicada nos Cursos de Formação
de Cabos (CFC), nos Cursos de Formação de Sargentos Temporários (CFST),
na formação de Músicos Militares, dentre outros.
4.2.1.6 Exercício de campanha
4.2.1.6.1 Atividade típica de treinamento que visa a preparar e avaliar organiza-
ções e concepções militares no cumprimento de tarefas operacionais e missões
específicas.
- Constitui uma técnica de instrução característica da preparação dos quadros e
da tropa, visando ao adestramento para o emprego em operações.
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CAPÍTULO V
O CICLO DA INSTRUÇÃO MILITAR
5.1.3 Como já foi abordado no Capítulo IV, palestras e demonstrações podem ser
usadas como técnicas de instrução. No entanto, são técnicas secundárias em
relação aos objetivos de cada período de instrução.
5.1.4 O instrutor, durante a condução de uma sessão de IM, não deve empregar
técnicas pessoais e perícia acima do nível dos instruendo ou dos objetivos previstos
para a instrução.
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5.1.5 O conceito de instrução voltada para o desempenho e os OII estabelecidos
no Programas-Padrão ajudam ao instrutor a conduzir com precisão e objetividade
a instrução.
5.1.6 O importante é ter certeza de que o instruendo será capaz de “fazer” a
tarefa e não apenas “saber como fazer” a tarefa. Por exemplo, na instrução de
primeiros socorros, o instruendo deve executar as medidas para evitar o choque
e não, simplesmente, saber quais são tais medidas.
5.1.7 A pergunta a seguir deve constituir-se no principal guia do instrutor, no
processo de planejamento e preparação da instrução:
5.1.8 O ciclo da instrução militar proposto neste CI, estabelece uma sequência
coerente e segura, para que o instrutor de corpo de tropa tenha condições de
atingir os OII previstos para sua seção de IM, evitando riscos desnecessários.
5.1.9 O fluxograma a seguir mostra o ciclo da instrução militar de corpo de tropa:
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5.2 PLANEJAMENTO
5.2.1 O instrutor deve planejar a sessão de instrução militar a partir das orientações
recebidas pela Direção de Instrução da OM, da programação semanal/quinzenal
de atividades (QTS ou QTQ) e dos próprios OII constantes do Programa – Padrão
de Instrução específico.
5.2.2 PARA ISSO DEVE:
a) Analisar cuidadosamente os OII, verificando se é o caso do estabelecimento
de objetivos intermediários, para melhor consecução das tarefas, condições de
execução e padrões mínimos estabelecidos no PP.
b) Consultar nas diretrizes de instrução se existe alguma recomendação acerca
da instrução a ser ministrada.
c) Verificar qual o nível dos instruendos.
d) Avaliar a necessidade de realizar algum tipo de pedido de cooperação de
instrução (mesmo que seja interno).
e) Buscar constantemente a instrução prática e a “imitação do combate”.
f) Consultar se existe no banco de dados da OM, relatórios e planos de sessões de
anos anteriores. Verificar a necessidade de adequá-los às condições de execução
atualmente existente, ao nível e ao número de instruendos. Checar registro de
Crítica/APA e Lições Aprendidas da OM referentes às sessões anteriormente
ministrada.
g) Consultar as lições aprendidas no Sistema de Acompanhamento de Lições
Aprendidas (SADLA), a fim colher ensinamentos decorrentes de experiências
anteriores.
h) Selecionar a(s) técnica (s) de instrução mais adequadas para que os OII sejam
atingidos.
i) Verificar quais meios são necessários em pessoal e material, em virtude dos
OII previstos e da(s) técnica(s) de instrução escolhida(s).
j) Identificar os locais disponíveis para a sessão de instrução atendem aos OII.
k) Adequar a instrução às normas de prevenção de acidentes na instrução.
l) Verificar se existem restrições ambientais em relação às condições de execução
da instrução
m) Consultar as normas vigentes, os manuais atuais, os procedimentos
padronizados e as diretrizes de instrução.
n) Identificar quantos ensaios devem ser realizados.
o) Verificar a necessidade de realização de avaliação e crítica/APA durante a
instrução.
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p) Confeccionar o Plano de Seção e as demais documentações de instrução
previstas para a sua seção de instrução. O Anexo A deste caderno de instrução
apresenta um exemplo de plano de sessão de instrução militar.
5.2.3 SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO
- O assunto Segurança na Instrução será abordado no Anexo B deste Caderno
de Instrução.
5.3 PREPARAÇÃO
5.3.1 Após realizar o planejamento, o instrutor deve checar as condições de
execução estabelecidas no seu plano de seção e, se for o caso, reajustá-las.
5.3.2 Os seguintes itens deverão ser checados, a fim de se mitigar eventuais erros
e falhas durante a execução da seção de instrução:
- As medidas de Prevenção de Acidente na Instrução, previstas nas normas
vigentes e no plano de segurança, já foram cumpridas?
- A instrução já foi adequada às restrições ambientais (se for o caso)?
- O local da instrução atende ao planejamento da instrução?
- Os OII, as tarefas, as condições de execução e os padrões mínimos previstos
para a sessão de instrução estão sendo cumpridos?
- Há necessidade de readequar as condições de execução previstas no Plano
de Seção, em função dos recursos disponíveis, do tempo disponível, das
características dos instruendos e de outros fatores conjunturais?
- Os meios necessários em pessoal e material estão disponíveis? Precisa ser
realizado algum reajuste no planejamento?
- Os monitores/auxiliares são suficientes para que os OII sejam atingidos e as
normas de segurança sejam cumpridas? Todos estão habilitados para auxiliar
na instrução?
- Após a realização dos ensaios e reajustes (se for o caso), a instrução ainda
atende os OII, as normas vigentes, está de acordo com os manuais atuais, os
procedimentos padronizados e as diretrizes de instrução?
- A documentação de instrução foi confeccionada e despachada (Plano de Seção
e anexos, Plano de Segurança, Fichas de avaliação, dentro outros)?
- A preparação intelectual para a instrução foi suficiente?
5.4 EXECUÇÃO
5.4.1 É o trabalho realizado pelo instrutor após o planejamento e a preparação.
Essa etapa consiste em ministrar, conduzir e avaliar (se for o caso) a instrução.
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5.4.2 Ela ocorre no local planejado para a instrução, utilizando a técnica de
instrução escolhida. Tem por meta ajudar o instruendo a atingir os OII propostos.
5.4.3 O sucesso dessa etapa está diretamente ligado a realização de um
planejamento minucioso e uma adequada preparação para a seção de instrução.
5.4.4 Durante a execução, instrutor deve acompanhar o desenvolvimento da
sessão de instrução, verificando, junto com o(s) monitor(es), o progresso alcançado
pelos instruendos na compreensão do que está sendo ensinado. Além disso, deve
ser verificado se os OII estão sendo atingidos e/ou se os instruendos estão tendo
o seu comportamento modificado.
5.4.5 A avaliação é um processo contínuo, realizado pelo instrutor e monitor(es),
mediante a observação do desempenho dos instruendos na execução de tarefas
de caráter pessoal e coletivo, dentro das condições estipuladas e tendo em vista
a consecução do padrão mínimo requerido.
5.4.6 O êxito da instrução evidencia-se quando todos os militares atingem,
plenamente, todos os OII previstos.
5.7 DESMOBILIZAÇÃO
5.7.1 Consiste no processo inverso ao da preparação, principalmente no que
tange aos meios empregados e, também, de pessoal.
5.7.2 É altamente recomendada a realização de uma manutenção criteriosa em
todo o material empregado na instrução, bem como a sua reparação (se for caso),
reposição e devolução às seções/repartições detentoras de sua carga.
5.7.3 A conclusão da desmobilização marca o fim do processo da seção de
instrução militar.
5-6
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CAPÍTULO VI
A COMUNICAÇÃO NA INSTRUÇÃO MILITAR
6.1.3 POSTURA
6.1.3.1 Postura é a posição ou a reação que é adotada em determinado momento
ou em relação a algum assunto específico. São as atitudes apresentadas pelo
instrutor no decorrer da instrução: confiança, insegurança, nervosismo, calma,
arrogância, receptividade, interesse, desinteresse, dentre outras.
6-1
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6.1.3.2 A postura é a primeira forma de comunicação do instrutor com seus
instruendos.
6.1.3.4 Dentre os aspectos práticos que colaboram para uma boa postura
do instrutor, destacam-se:
- Zelar pela apresentação individual.
- Demonstrar segurança ao passar as informações previstas nas seções de
instrução.
- Executar com desenvoltura e desembaraço as tarefas previstas nos OII das
seções de instrução, da qual é encarregado.
- Manter uma atitude que evidencie disposição e interesse pelo sucesso da
atividade em execução.
6-2
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- Ser receptivo por ocasião de dúvidas e ponderações dos instruendos.
- Atentar para vícios que demonstrem relaxamento e descaso (colocar as mãos
nos bolsos ou na cintura, apoiar-se sobre uma mesa, paredes ou outros meios
auxiliares, dentre outros).
- Controlar eventual nervosismo, evitando falar rapidamente ou movimentar-se
em excesso.
- Não perder a paciência.
6.1.4 LINGUAGEM CORPORAL
6.1.4.1 A linguagem corporal pode ser definida como uma forma de comunicação
não verbal, permitindo que o corpo se expresse por meio de gestos e expressões
corporais.
6.1.4.2 A linguagem corporal faz a ligação entre a postura e a expressão oral.
Através dela, a mensagem é passada na sua plenitude.
6.1.4.3 Por meio da linguagem corporal é possível identificar o real significado de
uma mensagem ou, ainda, transmiti-la de maneira incompatível com a atividade
específica.
6.1.4.4 Ela aparece na posição dos pés e das pernas, no movimento do tronco,
dos braços, das mãos e dos dedos, nas expressões faciais e até no movimento
que os olhos fazem.
6.1.4.5 Os gestos com as mãos devem ser expressivos, porém não exagerados.
São naturais, integrando-se ao conjunto da expressão oral.
6.1.4.6 A expressão facial normalmente é a parte mais expressiva da linguagem
corporal. Serve como indicador de segurança, confiança, nervosismo, sinceridade
e até tristeza.
6.1.4.7 Embora a expressão facial deva ser natural, em instruções com efetivos
maiores ela deverá sem acentuada (sem exageros).
6.1.4.8 A comunicação visual é eficiente para se observar o comportamento dos
instruendos, verificando o seu grau de interesse bem como comportamentos
negativos ou de frustração.
6.1.4.9 Aspectos práticos da linguagem corporal, durante as seções de IM
- Ser moderado nos gestos.
- Somente utilizar gestos acentuados quando dominar a técnica.
- Utilizar a movimentação para associar grau de importância à uma nova ideia
ou participação relevante do instruendo, no entanto, sem excessos. Evite ficar
parado em um só ponto ou movimentando-se em demasia.
- Falar olhando para os instruendos e não para o alto ou para o chão.
6-3
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- Evitar vícios: falar com as mãos nos bolsos, com os braços nas costas, com os
braços cruzados, apoiado no púlpito, mesa ou cadeira.
- Expressões naturais são suficientes para que as informações previstas nas OII
sejam transmitidas.
6.1.5 EXPRESSÃO ORAL
6.1.5.1 A expressão oral é a capacidade para produzir sequências fónicas dotadas
de sentido e conforme às normas cultas da respectiva língua.
6.1.5.2 A expressão oral é uma competência que implica num vocabulário
compatível com o público alvo e, também, apropriado aos termos técnicos
previstos nos OII da IM. Some-se a isso a devida adequação da voz, de modo
que a mensagem seja transmitida na sua plenitude.
6.1.5.3 Na prática, é a capacidade do instrutor conseguir transmitir verbalmente
aos instruendos, as informações previstas na sua instrução, de forma clara e
entendível.
6.1.5.4 A expressão é a adição do vocabulário com a adequação da voz,
conforme figura a seguir:
6.1.5.5 Vocabulário
6.1.5.5.1 O vocabulário corporifica e traduz todas as ideias a serem ministradas
nas seções de instrução. Se a linguagem empregada for deficiente, as informações
não serão transmitidas, comprometendo o resultado final da IM.
6.1.5.5.2 Se possível, o vocabulário deverá ser o mais vasto possível. Embora,
6-4
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melhor do que ter um vocabulário rico, é saber usar o que se tem.
6.1.5.5.3 Alguns tipos de vocabulário poderão ser utilizados nas seções de
instrução militar, ponderando-se alguns cuidados conforme abaixo:
a) Vocabulário rico:
1) O vocabulário rico é útil para a compreensão de todos os aspectos ministrados
na instrução, podendo ser utilizado pelo instrutor de corpo de tropa.
2) Contudo, tenha sempre em mente que “as seções de instrução dos corpos
de tropa não necessitam de um vocabulário rebuscado, para que os OII previstos
sejam atingidos”.
3) A utilização de palavras difíceis, além de dificultar a compreensão, contribui
para aumentar o desinteresse e a falta de atenção dos instruendos.
b) Vocabulário pobre:
1) O vocabulário pobre é o utilizado, predominantemente, pela maioria das
pessoas. Atende as necessidades mais primárias do dia-a-dia.
2) Compõe-se de um número reduzido de palavras e não permite a concatenação
eficiente das ideias.
3) A utilização de um vocabulário com essas características denuncia,
imediatamente, tratar-se de um indivíduo despreparado e inculto.
4) A utilização de palavras vulgares, proveniente do vocabulário pobre deve
ser evitada durante as seções de instrução. Deve ser evitado, ainda, o emprego
de “frases feitas” e das expressões de gíria.
5) Eventualmente, e de maneira planejada, pode ser utilizado nas seções de
instrução militar.
c) Vocabulário técnico ou profissional
1) O vocabulário técnico pode ser entendido como a linguagem técnica, que é
típica e largamente utilizada por um determinado grupo de profissionais.
2) Sua utilização deverá reservada àqueles que convivem com ela nas suas
atividades profissionais.
3) O vocabulário técnico poderá ser utilizado nas seções de instrução dos
corpos de tropa, respeitando os níveis de cada turma/grupamento de instrução.
6.1.5.4.4 Após estas definições, o instrutor poderá se perguntar:
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Fig 29 - Vocabulário
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2) Não se deve falar em intensidade alta para públicos pequenos, assim como
discorrer em tom baixo para grupamentos de instrução com um número elevado
de instruendos.
3) O uso do microfone também tem que ser analisado, de modo a não irritar
a assistência, dificultando a transmissão do conteúdo previsto para a seção de
instrução. Se possível, evite a utilização do microfone. A voz transmitida de forma
natural tende a ser melhor assimilada pelos instruendos.
d) Velocidade:
1) A velocidade a ser empregada na fala (muito rápida, rápida, lenta e muito lenta)
vai depender do nível dos instruendos, bem como de sua capacidade de absorção
dos assuntos ministrados.
2) Neste contexto, qual é a velocidade ideal?
3) A velocidade ideal é a que a mensagem seja transmitida e entendida pela
turma de instrução.
4) A própria pronúncia correta das palavras, se encarregará de manter a
velocidade da fala num ritmo adequado.
e) Dicção:
1) É a pronúncia dos sons das palavras. Normalmente as falhas de dicção são
ocasionadas por negligência do instrutor.
2) É costumaz omitir os “r” e “s” ao final das palavras, assim como os “i”
intermediários. A pronúncia das palavras deve ser clara e completa, evitando-se
alterações fonéticas.
3) As variações de expressividade e/ou o alongamento fonético das silabas das
palavras não devem gerar as falhas de dicção supracitadas.
4) A fala realizada num ritmo adequado, pausada, favorecerá a correta pronúncia
das palavras.
6.1.5.6.3 O uso oportuno de pausas colabora para que os instruendos possam
avaliar e observar as informações com mais facilidade.
6.1.6 EXPRESSÃO ESCRITA
6.1.6.1 A expressão escrita reveste-se de grande importância nas seções de
instrução do corpo de tropa. Ela será largamente empregada em todas as fases
da instrução.
6.1.6.2 Por ocasião da preparação da instrução, a expressão escrita e exigida
durante a confecção de toda documentação de instrução, além dos meios de apoio.
6.1.6.3 No decorrer da instrução será empregada durante as avaliações, utilização
de mementos, confecção de roteiros diversos, emissão de mensagens, dentre
outros.
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6.1.6.4 E, ao final das seções de instrução, na emissão de relatórios, críticas/APA,
aperfeiçoamentos da IM, lições aprendidas e consolidação da documentação de
instrução.
6.1.6.5 Os erros mais comuns na elaboração do texto
- Alguns erros repetem-se com bastante frequência e se referem tanto à forma
quanto ao conteúdo do texto. A seguir, estão os mais comuns e que devem ser
evitados sempre que possível.
6.1.6.5.1 Ordenação das ideias:
a) A falta de ordenação das ideias/argumentos é um erro comum e indica que o
instrutor não tem o hábito de escrever.
b) O texto fica sem encadeamento e, às vezes, incompreensível, partindo de uma
ideia para outra sem critério sem ligação.
6.1.6.5.2 Terminologia:
- O uso de termos incomuns, com palavras pouco usadas, neologismos ou excesso
de termos técnicos, dificulta a compreensão textual.
6.1.6.5.3 Estrutura dos parágrafos:
a) o texto a ser escrito deve estar subdividido em parágrafos;
b) é aconselhável a utilização de uma ideia/argumento por parágrafo;
c) a adoção de mais de uma ideia/argumento por parágrafo costuma deixar a
redação confusa e mal estruturada; e
d) outro erro comum é cortar a ideia/argumento em um parágrafo para concluí-la
no seguinte.
6.1.6.5.4 Inadequação
- É a fuga do assunto proposto, escolhendo termos e ideias sem ligação com o
objetivo do texto a ser escrito.
6.1.6.5.5 Estrutura da frase
a) Os erros mais comuns são os seguintes:
1) Erro de concordância nos tempos verbais.
2) Fragmentação de frase.
3) Separação de sujeito e predicado.
4) Utilização errada de pronomes.
5) Utilização incorreta de verbos no gerúndio e particípio.
b) Estes erros comprometem a estrutura das frases e prejudicam a compreensão
do texto.
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6.1.6.6 Portanto:
a) Aprimore sua capacidade de expressão escrita, através do estabelecimento
de uma rotina de leitura.
b) Use uma linguagem simples, porém não pobre.
c) Atente para a correção gramatical e para a concordância verbal e nominal
d) Evite o uso de termos vulgares, como gírias.
e) Fuja de expressões feitas, “chavões” que demonstram erros na linguagem
coloquial e falta de criatividade
f) Escreva frases curtas, na ordem direta (sujeito + verbo + complementos).
g) Busque o emprego de períodos curtos, com frases coordenadas ou subordinadas.
h) Formule - frases longas podem parecer confusas se não forem bem formuladas.
i) Não negligencie a regras de pontuação.
j) Quando for redigir manualmente com letra cursiva:
- Não saia escrevendo tudo com a mesma velocidade que surge na mente.
- Pense antes de transferir para o papel a ideia/argumento que deseja escrever.
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6.2.2.2.3 Não foque nos erros
a) Nos momentos que antecedem a instrução, não se preocupe demasiadamente
com o erro. Ficar preocupado em demasia com erros que ainda não cometeu,
acaba tornando-o propenso a cometê-los.
b) Alguns erros como a pronúncia incorreta de algumas palavras, troca de algum
nome ou data, dentre outros podem ocorrer. Normalmente uma boa preparação
mitiga esses eventuais erros.
c) Contudo, mesmo que ocorra pequenas falhas, se o conteúdo da instrução estiver
coerente, a assistência tende a manter-se receptiva e participativa, minimizando
ou até não percebendo estes erros.
6.2.2.2.4 Não adquira ou mantenha vícios
a) Utilizar falhas na postura e na expressão corporal para se acalmar pode se
tornar um vício, por vezes até imperceptível para o instrutor.
b) Mexer seguidamente em botões do uniforme, nos bolsos, lápis, olhar
seguidamente no relógio, dentre outros, transparecerá insegurança, além
transformar-se num vício.
c) O instrutor deve, desde o início, se condicionar a não adotar trejeitos exagerados
ou falhas de postura como forma de se acalmar.
d) A prática consciente dos aspectos que contribuem para a uma boa postura do
instrutor, a correta linguagem corporal e uma boa preparação para a instrução
são ferramentas suficientes para o controle destes vícios.
6.2.2.2.5 Controle a respiração
a) Normalmente, a primeira indicação sobre alterações ocorridas no estado
emocional de uma pessoa ocorre através da voz.
b) O nervosismo deixa a voz comprometida e, a cada frase pronunciada com
dificuldade, aumenta a intranquilidade de quem fala. Tossir, pigarrear, além de
não resolver o problema, são desagradáveis para o instruendo.
c) Caso ocorra um desequilíbrio vocálico no decorrer da instrução, mantenha a
calma, respire profundamente e em seguida, provavelmente, a voz voltará ao
normal.
6.2.2.2.6 Pratique - a prática proporcionará o reflexo
a) Embora existam muitos detalhes a serem observados durante a fala em público,
o processo é sempre o mesmo. Semelhante, por exemplo, às primeiras aulas de
condução de um automóvel.
b) A partir do momento que as atitudes forem impulsionadas pelos reflexos
adquiridos pela prática, o medo de falar estará controlado.
c) Com a aquisição destes reflexos, o instrutor terá segurança para ministrar
instruções para as turmas/grupamentos de instrução da qual foi designado.
6-12
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CAPÍTULO VII
SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO
7-1
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7.1.4 Todo instrutor deve ter em mente sua obrigação funcional, a qual condi-
ciona a manipulação e o manuseamento materiais perigosos e a execução de
técnicas de risco. Desta forma, deve comportar-se como um perito responsável
em seu nível e em seu universo de ação consciente dos riscos e perigos a que
está sujeito ou que irá sujeitar os seus instruendos.
7.1.5 O acidente de instrução é um acontecimento fortuito na execução da IM,
decorrente de causas imponderáveis, ou da negligência, imprudência ou imperícia
de seus agentes, do qual resulta prejuízo material, dano pessoal ou, pelo menos,
a ameaça constatável de que tais consequências poderiam ter ocorrido.
7.1.6 Normalmente, o acidente é resultado de uma sequência de eventos
chamados “fatores contribuintes”, que se somam até atingirem o seu ponto de
irreversibilidade.
7.1.7 Entende-se por Fator Contribuinte como a condição (ato, fato, omissão ou
combinação deles) que, aliada a outras, em sequência ou como consequência,
conduz à ocorrência de um acidente ou que contribui para o agravamento de
suas consequências.
7.1.8 Esses fatores podem ser humanos, operacionais e materiais.
7.1.9 Neste contexto, são sistematizados procedimentos, responsabilidades e
atribuições que propiciem o desenvolvimento e a execução de ações relacionadas
à prevenção de acidentes e gerenciamento de risco na instrução militar.
7-2
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7.2 DOCUMENTAÇÂO DE SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO
7.2.1 Os principais documentos que normatizam a sistemática de prevenção de
acidentes na instrução no Exército Brasileiro são o Manual Técnico “Prevenção de
Acidentes nas Atividades Militares” (EB70-MT-11.418) e o “Caderno de Instrução
Prevenção de Acidentes na Instrução e no Serviço” (EB70-CI-11.463).
7.2.2 O Programa de Prevenção de Acidentes na Instrução (PPA) é documento
que estabelece ações e responsabilidades para a segurança da IM da OM, durante
o ano de instrução.
7.2.3 O PPA é detalhado no EB70-MT-11.418 e nas diretrizes do escalão superior.
7.2.4 O Oficial de Prevenção de Acidentes (OPAI), assessor do Comandante para
estes assuntos, deverá confeccionar o PPA, com o objetivo de estabelecer ações
e procedimentos de prevenção de acidentes, adequados às características da OM.
7.2.5 O EB70-MT-11.418, EB70-CI-11.463 e o PPA são de conhecimento
obrigatório de todos os envolvidos na instrução militar.
7.2.6 A partir do PPA do seu escalão o instrutor tomará conhecimento das instruções
e atividades que merecem cuidados especiais, exigindo para a sua execução a
confecção do Plano de Segurança e do a realização do Gerenciamento de Risco.
7.2.7 O Plano de Segurança é um documento que tem como objetivo estabelecer
ações de prevenção de acidentes para uma instrução ou atividade, de acordo
com as normas de segurança vigentes, diretrizes de instrução, as peculiaridades
regionais, as lições aprendidas e as especificidades do planejamento do instrutor.
7.2.8 O Plano de Segurança poderá ser um anexo de um Plano de Seção ou de
uma Ordem de Instrução. A forma de confecção, bem como os itens obrigatórios
estão descritos no EB70-CI-11.463.
7.2.9 O Gerenciamento de Risco (GR) é um método que busca identificação
dos riscos envolvidos em uma determinada atividade, e uma avaliação dos níveis
de periculosidade destes riscos, tudo com o objetivo de quantificar e de permitir
a ação preventiva de acordo com parâmetros preestabelecidos.
7.2.10 O EB70-MT-11.418 e o EB70-CI-11.463 detalham e especificam de maneira
pormenorizada o método de gerenciamento de risco nas instruções e atividades
militares.
7.2.11 Geralmente o GR será um anexo ou um apêndice ao Plano de Segurança
na Instrução.
7.2.12 O PLANO DE SEGURANÇA E O GERENCIAMENTO DE RISCO
DEVERÃO SER CONFECCIONADOS NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:
-Todas as instruções dos exercícios no terreno e dos exercícios de desenvolvi-
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mento de liderança.
- Instruções e atividades com esforços físicos prolongados.
- Instruções com armamento.
- Instruções e atividades constantes do Capítulo V EB70-CI-11.463
- Instruções que mereçam cuidados especiais, de acordo com o PIM e outras
diretrizes de instrução do escalão superior.
- Deslocamentos motorizados externos à guarnição.
- Deslocamentos aquáticos.
- Atividades de serviço que envolvam riscos consideráveis, conforme avaliação
prévia.
- Sempre que o Comando, o OPAI ou o perito responsável julguem que o risco
da atividade condicione a confecção do Plano de Segurança.
7-4
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ANEXO A
PLANO DE SEÇÃO
A.2 ESTRUTURA
A.2.1 UM PLANO DE SESSÃO DEVE POSSUIR A SEGUINTE ESTRUTURA:
a) Cabeçalho;
b) Planejamento da Seção de Instrução; e
c) Anexos.
A.2.2 O CABEÇALHO DESTINA-SE A REGISTRAR INFORMAÇÕES SOBRE:
a) o período e a fase de instrução;
b) a matéria, o assunto e os objetivos da seção de instrução militar;
c) a turma ou grupamento de instruendos;
d) o local, a data e o horário da seção de instrução;
e) a(s) técnica(s) de instrução utilizada(s) e o(s) meio(s) auxiliar(es);
f) o(s) instrutor(es), monitor(es) e/ou auxiliar(es);
g) as medidas logístico/administrativas e de segurança; e
h) as fontes de consulta.
A-1
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A.2.3 PLANEJAMENTO DA SEÇÃO DE INSTRUÇÃO
A.2.3.1 É o plano propriamente dito. Contém a sequência da sessão de instrução,
incluindo os itens de introdução, desenvolvimento e conclusão.
A.2.3.2 Deve indicar o tempo destinado a cada item ou a cada ideia, bem como
o acionamento dos meios auxiliares.
A.2.3.3 Subdivide-se em:
a) introdução;
b) desenvolvimento; e
c) conclusão.
A.2.3.3.1 Introdução
- Geralmente o item introdução é reservado para:
d) Fazer a ligação com a sessão anterior ou com o curso ou matéria como um todo.
e) Apresentar os objetivos da sessão (e os objetivos intermediários, quando
existirem).
f) Indicar como os objetivos serão alcançados através de um sumário ou roteiro.
g) Caracterizar a importância do assunto da sessão.
h) Identificar a motivação dos instruendos.
A.2.3.3.2 Desenvolvimento
a) O desenvolvimento é o local onde o instrutor descreve, de forma sucinta e
objetiva, os itens que serão abordados na seção de instrução.
b) Deve ser um roteiro prático e útil de como a seção de instrução está organizada.
c) No desenvolvimento também poderão constar os seguintes itens:
1) Avaliações ou verificações mediatas que ocorrerão durante a seção de
instrução.
2) Tópicos de interação com os instruendos.
3) Intervalos.
4) Intervenções dos monitores e/ou de outros instrutores.
5) Mudanças de técnica de instrução.
6) Observações ou citações diversas.
7) Os exercícios ou tarefas que o instruendo deve desenvolver no decorrer
da instrução.
A-2
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8) Outros itens julgados úteis para o instrutor.
d) Caso o instrutor julgue necessário, poderá aprofundar o conteúdo da seção de
instrução no plano de seção.
- Contudo, o excesso de conteúdo tende a deixar o plano de seção enfadonho,
pouco prático e de difícil entendimento para a Eqp Instr e a para Direção de
Instrução.
A.2.3.3.3 Conclusão
a) Na conclusão é feita uma síntese das principais ideias abordadas na sessão.
b) Deve realizar e abordar as seguintes ações:
1) Avaliação.
2) Identificação da consecução dos objetivos.
3) Retificação da aprendizagem (se for o caso).
4) O encerramento da instrução, onde o instrutor poderá:
- Responder dúvidas remanescentes.
- Realizar a crítica ou APA.
- Verificar se é o caso estabelecer um tempo para que os instruendos
emitam sugestões.
A.2.4 ANEXOS
A.2.4.1 Poderão ser adicionados tantos anexos quanto julgados necessários
pelo instrutor.
A.2.4.2 Dentre esses anexos poderão contar:
- Planejamento logístico/administrativo da instrução.
- Avaliações.
- Plano de Segurança
- Lições aprendidas em todo o ciclo da instrução.
- Relatórios estabelecidos pela Direção de Instrução.
- Outros julgados necessários pelo instrutor.
A.2.4.3 O plano deve estar disponível para o instrutor, no local da sessão de
instrução, podendo ficar uma cópia à disposição da direção da instrução.
A.2.4.4 O instrutor não deve ler o plano de sessão, mas apresentar e desenvolver
as ideias nele contidas.
A-3
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A.3 MODELO DE PLANO DE SEÇÃO
A.3.1 Cabeçalho
A-4
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A.3.2 Planejamento da Seção de Instrução
A-5
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A-6
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