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Delmo1
Francisco Willams Campos Lima2
Rosilene Quaresma3
RESUMO
INTRODUÇÃO
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Governo de Michel Temer, como a suposta saída para resolver a grave crise do ensino
médio brasileiro, apresentando-se, para tanto, o argumento de que ao longo destes 20
anos, uma série de medidas foi adotada para esta etapa de ensino, sem que sua função
social, prevista no art. 35 da LDB, tivesse atingido os resultados esperados. Esse
argumento poderia ser considerado alvissareiro, se de fato, pudesse se constituir na
possibilidade de resolução dos problemas históricos, que vem enfrentando o Ensino
Médio, devido à ineficácia das políticas educacionais.
Com efeito, um dos componentes curriculares, que poderão perder ainda mais
espaço, com essa nova arquitetura do Ensino Médio, destaca-se o ensino religioso, que
embora seja considerado, área do conhecimento, indispensável para a formação do
cidadão, não vem sendo considerado como deveria para a formação dos adolescentes
jovens e adultos que frequentam a mencionada etapa da educação básica, por razões
históricas, pois como sabemos a formação de docentes para atuar no ER, esteve,
conforme Oliveira et al (2015), “condicionadas às concepções epistêmicas e
pedagógicas dadas às disciplinas no decorrer de seu percurso histórico na educação
brasileira” (p. 183). Portanto, no caso do ensino religioso, por exemplo, até a década de
1990, esteve associado a processo de formação promovido pelos agentes de pastorais
das instituições cristãs, o que, evidentemente, não habilitava o professor para o
exercício profissional, de acordo com a legislação vigente.
atual conjuntura social, econômica e política que o Estado brasileiro vem atravessando,
na atual crise do capital, em que as políticas de formação docente se conformam cada
vez mais aos interesses hegemônicos do mercado.
Por esse motivo, considera-se que a formação docente para o ensino religioso é
absolutamente necessária, no contexto da educação contemporânea, para que se tenha,
no cotidiano da escola básica, profissionais que promovem a reflexão interdisciplinar
sobre o fenômeno religioso, de modo que leve o aluno a ter consciência do significado
da religião em sua vida, assim como sua função na sociedade (CORDEIRO, 2015).
Ressaltamos, por outro lado, que o exame acerca dos argumentos em prol da
reforma do ensino médio, quanto à capacidade da medida provisória promover uma
flexibilização no currículo, além de revelar desconhecimento do princípio da
flexibilidade já existente na Lei 9394/96, implica retrocesso em relação às conquistas
históricas no sentido do reconhecimento de áreas do conhecimento indispensáveis à
formação básica do cidadão, a exemplo do ensino religioso, no termos do art. 33, da
mencionada Lei. Com base nesse argumento os cursos de licenciatura de ciências da
religião, por exemplo, que vinham conquistando maior importância e visibilidade no
cenário educacional, se constituindo, por essa razão, numa importante opção de trabalho
para muitos jovens e adultos, oferecendo-lhes condições reais de empregabilidade,
poderão se tornar menos atrativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
NÓVOA, António, coord. - "Os professores e a sua formação". Lisboa : Dom Quixote,
1992.