Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O masoquista sofre principalmente de ansiedade. Ele a experiência quanto está sob pressão
profissional ou de relacionamentos sociais enquanto que o caráter oral fica ansioso antes de
se deparar com a situação. Sentimentos negativos conscientes não são nunca encontrados
em outros tipos de caráter, no grau em que são sentidos ou expressos pelo masoquista.
A falta de uma “sensação de espinha dorsal” faz com que os indivíduos contraiam as
vísceras a fim de conseguirem uma sensação de apoio. É lógico que isso não pode nem
consegue fazê-lo ficar de pé, sendo inevitável o colapso.
O masoquista tem um sistema altamente carregado de energia, que pode se ver embaraçado
entre os dois impulsos antagônicos, embora o afeto possa ser facilmente eliciado.
O caráter masoquista força a pélvis para a frente, não pode balançá-lo. Faz isso
comprimindo as nádegas uma contra a outra e contraindo os músculos abdominais. Pode-se
entender a pequena quantia de satisfação genital que disso deriva. O próprio ato de
descarga genital no masoquista cria tensões que impedem a ocorrência de uma descarga
efetiva. Normalmente, o balanço pélvico durante a relação sexual é controlado pelas pernas.
Se as pernas são fracas, como no caráter oral, ou imobilizadas, como na estrutura
masoquista, é impossível um movimento pélvico natural.
A estrutura física do paciente masoquista tende a ser pesada, com forte desenvolvimento
muscular. E tanto homem como mulher são fortes fisicamente. Não é a força física do atleta
ágil e lépido; é mais como forma esmagadora do gorila. Lembram um gorila, pois as costas
tendem a ser arredondadas, os pescoços curtos e grossos e as coxas bastante musculosas.
Podemos discriminar sua condição “atarracado (bojudo)” isto é, um comportamento atáxico
(incoordenação )no movimento e na expressão.
A necessidade de sofrer encontra sua expressão tanto nas fantasias masoquistas que
acompanham a excitação sexual, como no comportamento provocativo que leva a castigar
o masoquista e a humilhá-lo. No caso da fantasia, tal como de ser espancado ou amarrado,
esta é uma condição necessária para a habilidade de alcançar a descarga no ato sexual. O
comportamento provocativo leva à tristeza, que traz à tona os sentimentos mais profundos.
Após uma discussão com o parceiro, o masoquista funciona melhor sexualmente.
Na estrutura masoquista, o impulso agressivo está debruçado para dentro como se enormes
pregadores tivessem sido postos nas duas extremidades do organismo. Como resultado, os
sentimentos ternos se vêem comprimidos pelos braços da agressão e sufocados. Eros,
representado pela linha mais fina, luta para quebrar essa sufocação mas, fracassa e sofre um
colapso. Pareceria que é culpa de Eros não conseguir manter os braços da agressão voltados
para fora, o que é o responsável pela agressão se voltar para dentro.
Para voltar a agressão para dentro, deve-se aplicar uma pressão antes que a agressão se
fundeie na realidade, na função genital e na função mental. A criança reage muito
fortemente a tais pressões. Chora, luta, se afasta. Através do olhar, da gesticulação e do
movimento, apela à sua mãe por simpatia e compreensão. Este apelo aos sentimentos ternos
de sua mãe é ignorado com base no aforismo de que a “mãe sabe mais” ou no de que ela
está agindo no melhor interesse da criança. A negação das necessidades espirituais da
criança graças a uma super ênfase sobre suas necessidades materiais cria o masoquismo.
O medo de uma forte excitação genital faz com que a energia seja retida nos órgãos
pélvicos e nádegas. Aqui a energia se atola, incapaz de se mover para fora numa descarga,
nem tampouco para dentro, em retirada. Resulta um estado de ansiedade intolerável. Pode
ser empregado então um de dos mecanismos alternativos. Apertando muito forte as coxas
uma contra a outra e comprimindo as nádegas, a energia pode ser forçada a ir para os
genitais e descarregar. Esta é a prática masoquista corriqueira durante a masturbação e a
relação sexual, isto é, uma prática anal para a função genital. O outro modo traria uma
descarga mais potente, mas exigiria o uso da força para aumentar a tensão a um ponto onde
fosse impossível segurá-la, então ocorrendo a descarga. O espancamento ou a fantasia de
espancamento masoquistas servem justamente ao propósito de aumentar a tensão.
Não é sempre necessário ter uma fantasia de espancamento. É necessário que essa fantasia
seja suficientemente poderosa para proporcionar ao indivíduo uma forte reação, para
mobilizar a energia adicional necessária a derrubar o bloqueio. A fantasia tenderia a repetir
a situação infantil que produziu originalmente o medo e a tensão, deste modo mobilizando
a agressão, congelada na atitude retentiva. Aqui, a compulsão a repetir se apresenta em sua
forma mais clara, sendo evidente a razão para tal comportamento.
Se no negativo não é incluso o terapeuta deve-se preocupar com isso pois todo caráter
masoquista tem uma atitude especialmente negativa com respeito á terapia ou à análise.
Encoberta pela camada de negativismo está a desconfiança que o masoquista tem do
mundo, da realidade e do terapeuta.Tudo esta tão maculado pela desconfiança, que o
masoquista termina por desacreditar de si mesmo, de suas ações e de suas melhoras.
É importante saber a dinâmica bioenergética do sofrimento e dos gemidos. A energia do
organismo é atrapalhada pela agressão voltada para dentro, a qual cerra as saídas. O desejo
contido, cria o sofrimento. Mas os escapes não estão totalmente fechados isto significaria a
morte. Então, ao contrário, severamente constritos. Flui para fora um mínimo de energia.
Oralmente, esse mínimo de energia ou ar produz o som de gemido. Se o masoquista abrisse
sua garganta e deixasse a voz sair, não gemeria. Nem tampouco seria masoquista.
Lowen afirma que o masoquista pode ser associado, no nível inconsciente, a uma minhoca
ou uma cobra pela tendência de se contorcer, de pertencer ao solo. É difícil manter o corpo
ereto. Ele teme uma afirmação enfática, do mesmo modo que uma ereção genital potente.
No seu corpo, tolerar as severas tensões musculares impede o desenvolvimento da postura
ereta, advinda de um impulso energético forte. Em conseqüência dos bloqueios ao fluxo
energético, a corrente é hesitante e interrompida. Os movimentos não são diretos, nem
expressos em vigor; são brancos, intervalares e indiretos. É a percepção deste fenômeno
que faz o paciente se sentir como uma minhoca. Os sentimentos autodepreciatórios do
masoquista, expressam tal percepção. O masoquista é um indivíduo que, quando criança,
foi profundamente humilhado, ex; alimentação forçada ás custas dos sentimentos da
criança,treino de limpeza das funções excretoras que invadiram os sentimentos de
privacidade da criança. Supercuidados destroem a privaticidade da criança. A antiga
surra,na qual ficam expostas as nádegas da criança.
O caráter masoquista é uma estrutura pré-genital. O problema tem seu início antes que a
função genital se estabeleça. O masoquista cresceu num meio ambiente avesso à expressão
de sentimentos mais ternos, ele só pode reagir com desconfiança á ternura de outras
pessoas. Sua própria mãe não usou seu amor, sua simpatia para humilhá-lo? Não foram
seus apelos e súplicas ignorados? Na medida que dá o sangue por tudo o que faz, é um
trabalhador esforçado. A longo prazo, este contínuo forçar “amarra” as vísceras a um ponto
tal, que é inevitável o colapso
O masoquista é o mais cooperativo dos pacientes do analista, mas é também quem tem os
mais pobres resultados terapêuticos.
Se nosso conhecimento e fé são mais fortes do que toda a desconfiança e hostilidade que o
paciente consegue reunir, a terapia terá êxito.
A estrutura descreve aquele que sofre e lamenta-se, que se queixa e permanece submisso. A
tendência masoquista predominante é a submissão.
Quando o indivíduo de caráter masoquista exibe uma atitude submissa na conduta
externalizada ,por dentro ocorre justamente o contrário. No nível emocional mais profundo,
a pessoa acolhe sentimentos intensos de despeito, de negatividade, de hostilidade e
superioridade. Contudo, estes sentimentos estão fortemente aquém dos ataques de medo,
que explodiria num violento comportamento social. O medo de explodir é contraposto a um
padrão muscular de contenção. Músculos densos e poderosos restringem qualquer asserção
direta de sim, permitindo somente as queixas,
CONDIÇÃO BIOENERGÉTICA
É dotado de um alto nível de energia, que, no entanto, está fortemente presa no organismo.
Devido á severa contenção interna, os órgãos periféricos estão poucos carregados, o que
impede tanto a descarga quanto a liberação energética, ou seja, as ações expressivas são
limitadas. Assim seguem uma representação:
Copiar gráfico pag. 143
A contenção interna é tão severa que resulta uma compressão e o colapso do organismo, O
colapso se dá na cintura, já que o corpo se verga sob o peso de suas tensões.
Os impulsos que se movem para cima e para baixo são estrangulados no pescoço e na
cintura, o que é responsável por uma forte tendência desta personalidade a experimentar
ansiedade.
A extensão do corpo, no senso de ampliar-se ou de buscar algo fora de si, está severamente
limitada.
CARACTERISTICAS FÍSICAS
Coropo curgo, grosso, musculoso. Por motivos ainda desconhecidos há, em geral, um
crescimento acentuado de pêlos no corpo. Um pescoço curto e grosso que denota um
atarracamento da cabeça.A cintura é mais curta e mais grossa. A projeção da pélvis é feita
para frente havendo um achatamento das nádegas. Uma imagem que poderíamos fazer é a
de um cão com o rabo entre as pernas.
A pele de todas as pessoas de estrutura masoquista tende ao tom acastanhado devido à
estagnação da energia.
CORRELATOS PSICOLÓGICOS
A agressão e a auto-afirmação são reduzidos devido a contenção severa.
Ao invés de auto-assertividade, a pessoa masoquista apresenta queixumes e lamentos.
Apresenta um sentimento de “estar preso num atoleiro”
No nível consciente existe a tentativa de agradar mas no nível inconsciente existe o
despeito, negativismo, e hostilidade.