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Bruno Sousa da Cunha1 | Simone Mendonça dos Santos2 | Beatriz Cruz Gonzalez2* DOI: https://doi.org/10.36659/dae.2021.033
Resumo
Os indicadores de perdas de água nos sistemas de abastecimento são ferramentas úteis para a gestão e ava-
liação da sustentabilidade dos serviços de saneamento ambiental. Por meio de metodologia investigativa do
tipo estudo de caso, o presente artigo analisa o potencial do Programa de Gestão e Controle da Perdas de Água
(PGCP) da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. de Campinas-SP como instrumento de ges-
tão sustentável dos serviços de abastecimento. Os resultados demonstraram se tratar de um PGCP que atende
grande parte das boas práticas recomendadas pela literatura especializada. Contudo, sugerem que esforços
sejam direcionados ao fortalecimento da dimensão ética da sustentabilidade, notadamente influenciada pe-
las ações de comunicação social. Ademais, reforçam a importância de um plano de contingência para rápida
atuação em casos de escassez hídrica, num contexto de cooperação setorial (entre setores usuários ou não) e
governamental (de diferentes jurisdições territoriais).
Palavras-chave: Programa de gestão e controle. Sustentabilidade. Serviços de saneamento.
Abstract
Regarding the sustainability of sanitation services, an important indicator is the issue of water losses in the sup-
ply systems. By means of investigative methodology, the present paper analyzes the potential of the Water Loss
Management and Control Program (WLMCP) of the Society of Water Supply and Sanitation SA of Campinas-SP as
instrument for sustainable management of services supply. The results showed that the WLMCP tested meets with
most of the good practices recommended by the specialized literature. However, they suggest that efforts should
be directed at strengthening the ethical dimension of sustainability, which is influenced by social communication
actions. In addition, they reinforce the importance of a contingency plan for rapid action in cases of water scarcity,
in a context of sectoral cooperation (between user and non-user sectors) and governmental ( from different terri-
torial jurisdictions).
Keywords: Management and control program. Sustainability. Sanitation services.
1
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) - Campinas - São Paulo - Brasil.
2
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) - São Carlos - São Paulo - Brasil.
* Autor correspondente: beatriz_cgonzalez@ufscar.br.
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
1
Processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do qual incorpora os melhores desempenhos de outras firmas e/ou
aperfeiçoa os seus próprios métodos. (DICIONÁRIO ONLINE PRIBERAM, 2017).
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PGCP. Posteriormente, foram avaliados os efeitos ações de planejamento e gestão das perdas ado-
das ações implementadas sobre a qualidade do tadas pela unidade caso com os subsistemas do
sistema de abastecimento público e do serviço sistema de abastecimento e os aspectos do ser-
público prestado. Para tanto, estruturou-se um viço público beneficiados, conforme Tabela 1 e
modelo de matriz de interação que confronta as respectiva escala de avaliação (Tabela 2).
Reconhecimento
Tubulação (rede)
Ações de
Pontuação total
dimensão ética
Pontuação na
Reservatórios
na dimensão
na dimensão
planejamento na
econômica
Pontuação
Pontuação
ambiental
Captação
Consumo
da ação
gestão das perdas
Tarifa
ETA
IPD
IPF
Ação 1 (A1) A1¹ A1¹ A1¹ A1¹ AI1 A1² A1² A1² A13 A13 ∑A1 1,2,3 ∑A11 ∑A12 ∑A13
Ação 2 (A2)
Ação 3 (A3)
Ação 4(A4)
Ação (A5)
Ação 6 (A6)
Ação 7 (A7)
Troca/manutenção
5
de redes/ramais
Ação 8 (A9)
Ação 9 (A10)
Ação 10 (A11)
∑ na ∑ na ∑ na
∑ em todas
Pontuação total dimensão dimensão dimensão
dimensões
econômica ética ambiental
Fonte: elaborada pelos autores
Nota: A tabela apresenta uma situação de preenchimento da matriz, na qual a Troca/manutenção de redes/ramais recebe pontuação Alta (5), dado que qualquer
modificação nas redes/ramais tem forte influência sobre o subsistema de distribuição.
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
rifica-se que o uso irracional da água é também giões do país. No caso específico do estado de São
aspecto a ser considerado na busca de soluções Paulo, conforme Soriano et al. (2016), há “uma
de enfrentamento da escassez hídrica (MAREN- carência de ações e investimentos na redução das
GO et al., 2015). Dessa forma, a adoção de po- perdas nas redes de abastecimento”.
líticas voltadas à conservação e uso racional de
Assim, no que diz respeito à sustentabilidade dos
água é estratégia recomendada nos diversos
serviços saneamento, um indicador a ser conside-
relatórios da Organização das Nações Unidas -
rado é a questão das perdas de água nos sistemas
ONU (ONU, 2006; UNITED NATIONS WORLD WA-
de adução e distribuição água, diretamente rela-
TER ASSESSMENT PROGRAMME - WWAP, 2018).
cionada às atividades de operação das entidades
No Brasil, além da gradativa e intensa redução dos prestadoras de serviço de abastecimento, sejam
índices pluviométricos, que têm prejudicado de elas empresas públicas ou privadas (BRITTO; BAR-
forma significativa a oferta de água para o abas- RAQUÉ, 2008). Segundo Tardelli Filho (2016), um
tecimento público (JACOBI; CIBIM; LEÃO, 2015), sistema de abastecimento de água contempla um
há ainda a pressão dos setores de irrigação e ge- processo que se inicia com a retirada da água do
ração de energia, que demandam grandes quan- corpo hídrico, seguida da adequação de sua quali-
tidades de água (SILVA et al., 2010). Tundisi (2008) dade, sendo então realizada sua distribuição para
classifica o estado crítico das infraestruturas de a população após tratamento. Esse mesmo siste-
saneamento em áreas urbanizadas, com perdas ma divide-se em: manancial; captação; estação
de até 30% nas redes de distribuição, como uma elevatória; adução; tratamento; reservação e; re-
das causas da crise hídrica que marca algumas re- des de distribuição (Fig. 1).
Destaca-se que a maior parte das tubulações en- é no subsistema de distribuição que se concen-
contra-se nas ruas das áreas urbanas, associa- tram as maiores de perdas (GUMIER; LUVIZOTTO
das ao trecho final da ligação ao cliente (ramal JUNIOR, 2007).
predial, com hidrômetro, para medição do con-
sumo e faturamento), compondo o subsistema Britto; Barraqué (2008) propõem uma discussão
de distribuição (TARDELLI FILHO, 2016). De fato, sobre a sustentabilidade da gestão dos serviços
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de saneamento, centrada nas interfaces desse uma das dimensões de sustentabilidade propos-
sistema de gestão com a gestão das águas ur- tas por Barraqué (1998). Entende-se, portanto,
banas. Assim, partindo-se de um conceito de que a dimensão ambiental da sustentabilidade
sustentabilidade (BARRAQUÉ, 1998) que con- da gestão das águas urbanas pode/deve contar
templa três dimensões: a ambiental, a econô- com a ação planejada dos operadores de serviços
mica e a ética, os autores discutem as ações de abastecimento, visando ao uso racional e ao
necessárias à internalização de tal conceito por combate aos desperdícios na operação de seus
parte dos diversos atores intervenientes na ges- sistemas, além do fomento à gestão da deman-
tão das águas urbanas. da, por meio de práticas não diretamente ligadas
à operação dos sistemas.
Nesse contexto, a dimensão ambiental envolve-
ria questões de salubridade e preservação dos Entre as ações possíveis, destacam-se: a detec-
recursos hídricos (incluindo a questão do uso ra- ção e o reparo sistemático de vazamentos na
cional); a dimensão econômica o financiamento rede e o controle de pressão na rede e redução
dos serviços de saneamento, tendo em vista a de consumo operacional. Em relação à gestão
garantia e manutenção das infraestruturas exis- das demandas: contas explicativas do consumo,
tentes e; por fim, a dimensão ética o estabeleci- campanhas de esclarecimento junto à população
mento de tarifas equitativas, aceitas pelos usuá- diretamente beneficiária de medidas ativas de
rios, considerando-se a essencialidade do acesso conservação e incentivo à conservação, autoge-
à água, em qualidade e quantidade. rida dos grandes consumidores (BRITTO; BARRA-
Vale ressaltar que a sustentabilidade na gestão QUÉ, 2008). Os resultados das referidas ações,
das águas urbanas demanda um conjunto de além de poupar a exploração de novos manan-
ações setoriais coordenadas, que extrapolam ciais, conduzem a um maior equilíbrio financeiro
as competências dos prestadores de serviço para a operadora de saneamento, por postergar
de abastecimento e, portanto, devem ser dis- a expansão da produção e os investimentos re-
cutidas em um contexto mais amplo de Gestão lativos à execução de novas captações, estações
Integrada dos Recursos Hídricos (SILVA; POR- de tratamento e adutoras para transporte da
TO, 2003). Assim, conforme destacam Britto; água (GUMIER; LUVIZOTTO JUNIOR, 2007).
Barraqué (2008), a sustentabilidade nesse caso
Dessa forma, indicadores de perdas, como o Ín-
pressupõe, além da existência de um quadro
dice de Perdas na Distribuição (IPD) e o Índice
institucional favorável à proteção dos recursos
de Perdas no Faturamento (IPF), são referenciais
hídricos, o bom funcionamento dos instrumen-
para a avaliação do desempenho da dimensão
tos das Política Nacional de Gestão de Recursos
ambiental da sustentabilidade por parte dos
Hídricos (Lei. No. 9.433/1997) e das políticas de
prestadores de serviços de saneamento. O IPD
uso e ocupação do solo, principalmente no que
(Eq. 1) avalia em termos percentuais do volume
diz respeito à proteção das faixas marginais de
de água produzido quanto é efetivamente con-
rios e áreas de mananciais.
sumido no sistema de abastecimento, enquan-
No presente artigo, ênfase será dada às ações to o IPF (Eq. 2) avalia em termos percentuais o
que podem ser desenvolvidas pelos prestado- quanto da água produzida pelo sistema de abas-
res de serviços de abastecimento, no âmbito de tecimento não foi faturada (MINISTÉRIO DAS CI-
suas competências legais, considerando-se cada DADES, 2015).
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
Volume de água produzido + Volume de água tratada importado − Volume de água consumido − Volume de serviço
𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼 (%) =
Volume de água produzido + Volume de água tratada importado − Volume de serviço
𝑋𝑋 100 (1)
Volume de água produzido + Volume de água tratada importado − Volume de água faturado − Volume de serviço
𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼 (%) = 𝑋𝑋 100 (2)
Volume de água produzido + Volume de água tratada importado − Volume de serviço
Como se pode observar, a sustentabilidade ambien- déficits de acesso aos serviços de abastecimento
tal está diretamente relacionada à sustentabilida- encontram-se em regiões onde os usuários tem
de econômica, dado que, por exemplo, as perdas no a menor capacidade de pagamento, no escopo
faturamento podem reduzir a capacidade financei- do presente artigo, a influências das ações pla-
ra da operadora de manter adequadamente seus nejadas da Sociedade de Abastecimento de Água
sistemas. A sustentabilidade econômica, por sua e Saneamento S.A (Sanasa) serão avaliadas ape-
vez, está ligada à possibilidade de os serviços se- nas em relação à capacidade de manutenção da
rem prestados com qualidade, sem interrupções no qualidade de suas infraestruturas.
consumo, dada a capacidade financeira para ope-
rar e manter as infraestruturas de captação, adu- Conforme Britto; Barraqué (2008), embora em
ção, tratamento de água, reservação e distribuição países em desenvolvimento o financiamento da
em qualidade e quantidade apropriadas (BRITTO; universalização do acesso aos serviços de sanea-
BARRAQUÉ, 2008). Como ferramentas de análise mento seja ainda um desafio, é importante des-
do desempenho da sustentabilidade econômica, os tacar a perspectiva ética que envolve a definição
autores anteriormente citados sugerem a compa- de tarifas adequadas à capacidade de pagamen-
ração dos custos necessários para os serviços pres- to dos usuários. Aqui, fica evidente a relação en-
tados atualmente com as receitas obtidas. tre a dimensão econômica e a dimensão ética.
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tudo, tais mecanismos dependem essencialmen- mentado desde 1994, o qual prevê uma série de
te do aparato regulatório, não diretamente liga- ações de diagnóstico, monitoramento e atuali-
do às atividades operacionais das prestadoras. zação do seu sistema de abastecimento, segun-
do diretrizes preconizadas por ABES (2013). Os
O peso que as tarifas exercem sobre as despesas
principais indicadores de controle utilizados são
mensais das famílias pode se constituir em indica-
o índice de Perdas na Distribuição (IPD) e o Índi-
dor de desempenho da sustentabilidade ética. Se-
ce de Perdas no Faturamento (IPF). Em relatórios
gundo ONU (2006), nenhuma família deve despen-
publicados em 2016, a empresa divulgou uma
der mais que 3% de seu rendimento mensal para
redução no valor do IPF de 34,6% para 12,5%,
satisfazer suas necessidades de água. Entretanto, o
e do IPD de 37,7% para 21,6%, no período de
principal indicador utilizado pelo SINIS para avaliar
1994 a 2016 (Tabela 3), calculados segundo fór-
essa questão é a Tarifa Média Praticada (MINISTÉ-
mula proposta pelo Ministério das Cidades (Sa-
RIO DAS CIDADES, 2015), inviável para avaliar o de-
nasa, 2017a).
sempenho da dimensão ética, dadas as diferenças
socioeconômicas das diversas regiões do país.
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
Figura 2 - Índice de Perdas na Distribuição (IPD) dos 27 prestadores de abrangências local de maior porte participantes
do SNIS em 2018, na qual a linha vermelha representa o valor médio nacional desse indicador, que foi de 38,5%.
Fonte: Ministério das Cidades - SNIS (2018, p.90).
Os dados de 1986 a 2016 evidenciam uma redu- da média nacional e da média das operadoras da
ção nos valores de IPD e de IPF, desde a imple- bacia dos rios Piracicaba, Capivarí e Jundiaí, da
mentação do PGCP, alcançando valores abaixo qual faz parte (Fig. 3 e 4).
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É possível verificar ainda os reflexos dos períodos hidrômetros que funcionaram em baixa vazão por
de estiagem entre os anos de 2013 e 2014 (MA- períodos maiores, principalmente para medidores
RENGO et al., 2015) na tendência dos indicadores. do tipo velocimétrico, que apresentam elevada
No IPF, houve uma redução brusca e anormal em submedição em baixas vazões (Sanasa, 2017).
2015, passando de 15,1%, em 2014, para 11,2%
em 2015, devido à mudança no padrão de consu- Com auxílio da Fig. 5, observa-se também que no
mo de água da população, ocasionando aumento período analisado não houve a necessidade de
considerável na quantidade de ligações com con- ampliação dos volumes de água captados, mes-
sumo abaixo do volume mínimo, que é de 10 m³/ mo diante do aumento populacional constatado.
mês. No IPD, a queda de consumo resultou no au- Observa-se ainda uma redução de aproximada-
mento da submedição, causado pelo aumento de mente 37% no volume de água perdida.
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
Embora a empresa possua indicadores da ordem dices percentuais, devido à facilidade de com-
de 21,6% de IPD e 12,5% de IPF, abaixo da mé- preensão, são os mais utilizados.
dia nacional brasileira, outras operadoras, em
âmbito nacional e estadual declaram IPD e IPF
menores. Na literatura especializada é possível 4.2 Ações previstas no âmbito do PGCP
identificar operadoras de países desenvolvidos, da Sanasa
como Alemanha e Japão, que obtêm valores de O Quadro 1 apresenta as principais ações previs-
IPD e IPF bem menores do que os valores alcan- tas no PGCP da Sanasa, as quais foram agrupa-
çados pela autarquia (ABES, 2013). Contudo, das em três categorias, a saber: categoria ges-
conforme Tsutiya (2006), há de se ter cautela tão, que contempla ações que numa abordagem
na utilização de tais indicadores como base de de gestão da qualidade, propiciam a melhoria
comparação do desempenho de operadoras di- contínua, por meio da avaliação sistemática e re-
ferentes, uma vez que valores similares desses direcionamento das ações de controle; a catego-
índices não necessariamente refletem situa- ria técnica, que contempla ações relacionadas ao
ções de operação semelhantes, em função de gerenciamento das infraestruturas e operação,
outras características específicas dos sistemas possibilitando a rápida atuação sobre os vaza-
de abastecimento, como a densidade da rede e mentos, aparentes ou não; e a categoria comuni-
o número de ligações. Contudo, conforme Tar- cação, que contempla ações de conscientização
delli filho (2016), apesar das imperfeições os ín- e comunicação com os usuários.
Quadro 1 - Ações para Gestão e Controle das Perdas implementadas pela Sanasa - Campinas/SP
Categoria Ações planejadas pela SANASA Descrição
G1 - Instituição de Gerência A empresa possui gerência específica “Controle de Perdas e Sistemas” para a coordenação das ações e
específica para gestão das perdas rotinas específicas relacionadas à gestão e controle das perdas.
Se utiliza do MASPP - Método de Análise e Solução de Problemas de Perdas de Água para
gerenciamento do seu PCGP. Além disso, é certificada pela ABNT NBR ISO 9001, possuindo um Sistema
G2 - Utilização de ferramentas de Gestão da Qualidade. A ação permite:
de qualidade voltadas ao • Estabelecimento de rotinas de trabalhos, documentação e acompanhamento dos processos
gerenciamento das perdas operacionais;
• Facilidade de detecção e reparo de vazamentos;
• Melhor desempenho da equipe nas rotinas relacionadas ao PCGP.
Mantém programa de capacitação e treinamento de funcionários para manutenção preventiva,
Gestão preditiva e corretiva, sendo os hidrômetros inspecionados, dimensionados, instalados e especificados,
além de monitorar permanentemente os consumos para gerenciamento dos seus resultados. Este
processo conta com:
• Banco histórico dos consumos, equipamentos e ocorrências de manutenção;
G4 - Treinamento/Capacitação de
• Ações corretivas, preventivas e preditivas, sendo os medidores substituídos, se necessário;
funcionários no sentido da gestão
• Monitoramento do comportamento histórico dos volumes apurados para cada hidrômetro, a partir de
das perdas
sistemas informatizados;
• Consistência dos consumos apurados;
• Diagnóstico sistemático dos hidrômetros: vistorias no local, levantamento do perfil de consumo por
meio de um registrador de dados (data logger) e adequação do equipamento que mais retratará o
consumo real.
Mediante a fiscalização das obras dos sistemas de água e esgoto, é possível tomar conhecimento de
como foram executadas por meio de acompanhamento técnico durante a execução, que visam à coleta
de informações para cadastro em uma base cartográfica digital, podendo ser integrados com o banco
de dados alfanumérico comercial, financeiro e técnico, para a interpretação das informações a fim de
T1 - Existência e atualização de tomada de decisões. A ação permite:
Técnica
cadastro técnico • Readequação da infraestrutura do sistema de água tais como reservatórios, redes, ramais e demais
componentes, para eliminar e ou reduzir perdas reais, garantindo a qualidade e as demandas
requeridas;
• Redução do custo operacional;
• Melhoria da imagem e a satisfação dos usuários.
continua...
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Cunha BS, Santos SM, Gonzalez BC
Quadro 1 - Continuação...
Categoria Ações planejadas pela SANASA Descrição
Com um sistema de distribuição de aproximadamente 3.518,33 km de rede, a empresa realiza pesquisas
T2 - Troca/manutenção de redes/
e levantamentos por meio de dados apontados pelos rompimentos de redes e ramais, que visam indicar
ramais
os trechos ou áreas mais críticas na priorização de troca de redes.
Prevê a operação do sistema dentro das pressões recomendadas, isto é 15 a 50 mca. A Sanasa continua
com a implantação de Controladores Inteligentes de baixíssimo custo para VRP’s.
A ação permite:
T3 - Controle e redução de
• Operar o sistema de abastecimento de água com mínimas pressões nas redes e ramais, para minimizar as
pressão nas redes
perdas físicas, desde que não haja prejuízo as demandas contratadas e atendimento as normas vigentes;
• Controlar as pressões no sistema, mantendo mínimas pressões nas redes e ramais, minimizando as
perdas físicas, mantendo as demandas contratadas com atendimento as normas vigentes.
Realiza a medição mensal do volume do consumo dos consumidores por meio das ligações de água
e dos registros dos hidrômetros. No recebimento desses equipamentos, são realizados testes que
simulam o funcionamento em uma situação real, em laboratórios credenciados pelo INMETRO,
T4 - Micromedição conforme as normas vigentes, garantindo o desempenho metrológico da medição. A empresa vem
(troca hidrômetros) realizando a troca de hidrômetros antigos por volumétricos (classe c), por apresentarem diversas
vantagens em relação aos medidores tradicionais tipo velocimétricos, tais como: maior sensibilidade
para registrar com precisão baixas vazões, menor submedição; maior precisão metrológica; manutenção
da curva de erros ao longo da vida útil e maior durabilidade, em torno de 10 anos.
Os macromedidores são instalados tanto nas entradas e saídas das ETAs, nos centros de reservação
e distribuição, como nos setores de medição, aferindo em tempo real os volumes de água bruta,
filtrada e produzida.Atualmente medem 100% dos volumes captados, tratados e disponibilizados nos
reservatórios de distribuição. A ação permite:
• O apuramento dos indicadores de perdas, controle dos volumes na setorização, além de auxiliar em um
T5 - Macromedição
melhor controle na avaliação sistema;
• O monitoramento das pressões nos centros de armazenamento de água, nas malhas de rede das
setorizações, reservatórios, servindo também como parâmetro para indícios de perdas físicas;
• Combate às perdas físicas pelo extravasamento com o controle de volume dos reservatórios,
auxiliando na identificação de grandes perdas físicas na estrutura e nas redes de distribuição.
Como uma das atribuições da coordenadoria de Macromedição, estrutura, controle, estanqueidade e
pesquisa de vazamentos, cujo objetivo visa a garantia da qualidade e da água e garantir um baixo índice
de perdas ao novo sistema distribuidor de água
T6 - Teste de recebimento
A ação permite:
de redes novas
• Correção dos vazamentos causados por defeitos de material e por falha humana em redes e ramais
novos, garantindo as mínimas perdas possíveis, com a correção de vazamentos, seja por defeitos de
materiais, seja por falha na instalação.
Técnica São realizadas por funcionários da coordenadoria de Macromedição, estrutura, controle, estanqueidade
e pesquisa de vazamentos. Os equipamentos são de última geração, operados por funcionários
treinados, trabalhando de Segunda a Sexta-feira nos horários das 07:30 às 17:30 e das 23:00 às
T7 - Pesquisa/localização 08:00 horas. Os vazamentos são sanados por funcionários dos DOMASAs, na qual as ligações de ferro
vazamentos não aparentes galvanizado com vazamentos são totalmente trocadas por tubos de PEAD.
A ação permite:
• Localização pontual de vazamentos não visíveis, tanto em redes como em ramais de água para reparo,
eliminando as perdas de água.
Os reparos de vazamentos aflorantes são realizadas pelos DOMASA’s, que registram todas as
ocorrências, tempo de execução, material utilizado, horas trabalhadas, mão de obra e equipamentos
envolvidos. Esse sistema já prioriza os chamados mais urgentes, informando o tempo máximo de
intervenção para conserto. Os DOMASA’s são descentralizados a fim de aumentar a produtividade e
T8 - Conserto de rompimentos/
reduzir o tempo de atendimento (ver Fig. 10).
vazamentos
A ação permite:
• Manutenção do fornecimento de água tratada, em qualidade e quantidade, de acordo com as
necessidades atuais, por meio das manutenções preventivas e corretivas, em reservatórios, redes,
ligações e demais unidades operacionais, reduzindo as perdas físicas.
Isolamento de áreas, principalmente aquelas abastecidas pelos Centros de Reservação e Distribuição
(CRD) com Telemetria (automação), onde existe o macromedidor, responsável pelo controle do volume
de água de chegada e volume micromedido utilizado, no intuito de propiciar a obtenção do real IPD e
T9 - Setorização/isolamento
IPF, como também o diagnóstico e providências para melhoria do processo. A ação permite:
de áreas
• Melhor controle do sistema de distribuição, separando-o em zonas de pressões distintas, evitando a
mistura entre zonas diferentes, para reduzir perdas físicas causadas por alta pressão;
• Redução dos desperdícios com energia elétrica por recalques desnecessários.
Permite o monitoramento do Sistema de Água, por meio do envio on-line de dados de vazão, nível de
água e pressão, para posterior atuação na operação do Sistema de forma otimizada e globalizada,
enfatizando as etapas de Captação, Produção e Reservação. Possibilita maior precisão na coleta de
dados, visando à equalização do sistema, além de permitir a racionalização do funcionamento das
T10 - Telemetria e telecomando
bombas (energia elétrica), auxiliou no planejamento de produção, minimizando a utilização de insumos
dos sistemas de água
em horários de pico. A ação permite:
• Eliminação dos extravasamentos nos centros de reservação;
• Operação segura e rápida do sistema, evitando custos elevados de insumos;
• Detecção imediata de anormalidades no Sistema de Distribuição, por meio de alarmes.
Possui cadastro comercial atualizado com os dados e localização dos principais usuários finais,
T11 - Existência e atualização de categorizado segundo perfil de consumo. A ação permite:
cadastro comercial •Acompanhamento da evolução oferta/demanda;
•Maior eficiência no atendimento à eventuais ocorrências que impliquem perdas de água.
continua...
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
Quadro 1 - Continuação...
Categoria Ações planejadas pela SANASA Descrição
A empresa instituiu o PAS - Programa de Ação Sustentável: Abastecimento em Núcleos
Residenciais Urbanizados e não Urbanizados do Município de Campinas. Por meio do engajamento
C1 - Programas de da comunidade, o programa identifica as condições específicas do território, por meio de visitas de
conscientização e campo e discussões junto a diversos órgãos do município (Associações de Moradores, Secretaria
combate às fraudes de Municipal de Habitação, Secretaria Municipal de Planejamento entre outros). Assim, buscando o
aumento da adimplência, o programa atua por meio de incentivos tarifários e/ou a negociação de
débitos.
Comunicação Possui Canal da Ouvidoria, que atende chamadas internas e externas, por escrito, entregues por meio
C2 - Existência de canal de
social do Serviço de Atendimento ao Cliente ou enviadas pelo site da Sanasa ou entregues pessoalmente a um
sugestões/reclamações
dos membros da Comissão.
A coordenadoria de Micromedição e Uso Racional da empresa vem investindo em pesquisa e estudos
de tecnologias (dispositivos e equipamentos economizadores) adequados aos múltiplos usos, além
C3 - Programas de uso racional de promover projetos no tema do uso racional da água, envolvendo toda comunidade atendida numa
da água abordagem educativa. A ação permite:
• Combate a fraudes, a partir da detecção e regularização em ligações de água, reduzindo as perdas
aparentes e de faturamento.
Observa-se que as ações promovidas pelo atual teração (Tabela 4), que permitiu avaliar as influên-
PGCP da SANASA atendem a grande parte dos cias das referidas ações sobre os componentes das
critérios de boas práticas descritos em literatura três dimensões da sustentabilidade, verifica-se
(ALEGRE et al., 2005; TSUTIYA, 2006; SILVA; PÁDUA; que o PGCP da Sanasa atua com maior ênfase no
BORGES, 2016; ABES, 2013; ABES 2015). Entretan- gerenciamento e controle de 4 componentes: IPD,
to, conforme resultados obtidos com a matriz de in- Tubulações, IPF e Ligações de água (Fig. 6).
Tabela 4 - Matriz de interação - Grau de influência das ações do PCGP da Sanasa nos componentes e dimensões da
sustentabilidade dos serviços de abastecimento.
Uso
Público/
Infraestrutura de abastecimento racional
Sociedade Resultado Parcial
(Dimensão Econômica) (Dimensão
(Dimensão Ética)
Ambiental)
Categoria
Ações de
Ligações de água
Reconhecimento
Tubulação (rede)
Pontuação total
dimensão ética
planejamento na
Pontuação na
Reservatórios
na dimensão
na dimensão
econômica
Pontuação
Pontuação
ambiental
Captação
Consumo
IPD
IPF
Instituição
de Gerência
G1 5 5 3 5 1 1 1 1 5 5 32 19 3 10
específica para
gestão das perdas
Utilização de
ferramentas
de qualidade
G2 5 5 1 1 3 1 1 5 5 3 30 15 7 8
Gestão
voltadas ao
gerenciamento
das perdas
Capacitação
de funcionários
G3 no sentido 3 3 5 5 1 1 1 5 3 3 30 17 7 6
da gestão das
perdas
Pontuação total 92 51 17 24
continua...
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Cunha BS, Santos SM, Gonzalez BC
Tabela 4 - Continuação...
Uso
Público/
Infraestrutura de abastecimento racional
Sociedade Resultado Parcial
(Dimensão Econômica) (Dimensão
(Dimensão Ética)
Ambiental)
Categoria
Ações de
Ligações de água
Reconhecimento
Tubulação (rede)
Pontuação total
dimensão ética
planejamento na
Pontuação na
Reservatórios
na dimensão
na dimensão
econômica
Pontuação
Pontuação
ambiental
Captação
Consumo
gestão das perdas
da ação
Tarifa
ETA
IPD
IPF
Existência e
T1 atualização de 1 1 3 5 1 1 1 1 1 1 16 11 3 2
cadastro técnico
Troca/
T2 manutenção de 1 1 5 5 1 3 1 3 5 3 28 13 7 8
redes/ramais
Controle e
T3 redução de 1 1 5 5 1 1 5 3 5 3 30 13 9 8
pressão nas redes
Micromedição
T4 (troca 1 1 1 1 1 3 5 1 5 5 24 5 9 10
hidrômetros)
T5 Macromedição 5 5 1 3 5 1 1 1 5 3 30 19 3 8
Teste de
T6 recebimento de 1 1 5 5 1 1 1 3 3 3 24 13 5 6
redes novas
Técnica
Pesquisa/
localização
T7 1 1 5 5 1 1 1 3 5 1 24 13 5 6
vazamentos não
aparentes
Conserto de
T8 3 3 5 5 1 1 1 3 5 3 30 17 5 8
vazamentos
Setorização/
T9 isolamento de 1 1 5 5 5 1 1 1 5 3 28 17 3 8
áreas
Telemetria e
T10 telecomando dos 3 3 3 5 3 1 1 1 3 3 26 17 3 6
sistemas de água
Existência e
atualização
T11 1 1 1 1 1 5 3 3 1 5 22 5 11 6
de cadastro
comercial
Pontuação total da categoria 282 143 63 76
Programas de
conscientização
C1 1 1 5 1 1 3 5 5 1 5 28 9 13 6
e combate às
Comunicação Social
fraudes
Existência
de canal de
C2 1 1 1 1 1 1 1 5 3 5 20 5 7 8
sugestões/
reclamações
Programas de uso
C3 1 1 1 1 1 5 5 5 3 3 26 5 15 6
racional da água
Pontuação total da categoria 74 19 35 20
Somatório da
pontuação
35 35 55 59 29 31 35 49 63 57
das ações nos
componentes
Ao se analisar a máxima pontuação possível em das ações sobre os componentes da dimensão cor-
cada dimensão da sustentabilidade, observa-se que respondeu a 70,6% da máxima pontuação possível
o PCGP obteve melhor desempenho na dimensão na dimensão, seguida da dimensão econômica (com
ambiental (Fig. 7), na qual o somatório da influência 50,1%) e, por fim, da dimensão ética (com 45,1%).
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
90
59 63 57
55 49
Resultado
45 35 35 29 31 35
Reservatórios
Tubulação (rede)
ETA
IPF
Captação
Consumo
Reconhecimento
Ligações água
Tarifa
IPD
Econômica Ética Ambiental
Figura 6 - Potencial de influência das ações do PGCP da SANASA nos componentes da sustentabilidade
dos serviços de abastecimento.
50.1
213
45.1
115 70.6
425 120
255
170
Figura 7 - Desempenho do PCGP da SANASA nas dimensões da sustentabilidade dos serviços de abastecimento.
Muito embora esse desequilíbrio entre o po- penhar seu papel como ferramenta de planeja-
tencial de ação do PCGP sobre as dimensões da mento estratégico/empresarial e, num contexto
sustentabilidade possa sugerir uma inadequação mais amplo, de gestão sustentável dos serviços
das ações planejadas, ao se analisar a totalidade de abastecimento. Assim, mesmo as ações T1 e
das ações (Fig. 8), observa-se que nenhuma das C2, que alcançaram apenas 16 e 20 pontos res-
ações ultrapassou 32 pontos de um total de 50 pectivamente, não podem ser consideradas ina-
pontos possíveis, sendo que a maioria das ações dequadas à gestão e controle das perdas, dado
obteve um somatório próximo a 25 pontos. Além o papel importante que desempenham sobre di-
disso, dada interdependência das três dimensões mensões específicas: nota-se, por exemplo, que
da sustentabilidade, entende-se que é pela tota- 68,7% da pontuação obtida pela ação T1 deriva
lidade das ações que o PCGP consegue desem- de sua influência na dimensão econômica.
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50
Somatório da pontuação
32 30 30 30 30 30
28 28 26 28 26
24 24 24 22
25 20
16
0
G1 G2 G3 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 C1 C2 C3
Ações previstas no PCGP da Sanasa
Figura 8 - Pontuação das ações do PCGP da Sanasa nas dimensões da sustentabilidade do serviço de abastecimento
Por outro lado, a análise agregada das ações intensidade na dimensão ética, com aproxima-
nas categorias (gestão, técnica ou comunicação damente 47% da pontuação relacionados a essa
social) demonstrou que as categorias gestão e dimensão (Fig. 9). Importante ressaltar que a di-
técnica possuem comportamento similar, exer-
mensão ambiental, na qual o PCGP obteve me-
cendo maior influência na dimensão econômica,
com respectivamente 55% e 51% da pontua- lhor desempenho considerando-se o conjunto
ção relacionados a essa dimensão. Por sua vez, das ações, é influenciada de maneira bastante
a categoria comunicação social atua com mais similar pelas três categorias.
55%
51%
Percentagem da pontuação da categoria
47%
relacionada à dimensão
27%
27%
26%
26%
22%
18%
Figura 9 - Influência das categorias de ação nas dimensões da sustentabilidade dos serviços de abastecimento
Depreende-se do exposto que, tendo em vista to, conforme resultados aqui obtidos, a categoria
uma atuação mais harmônica e equilibrada do de ações que possui maior potencial é a comu-
PCGP da Sanasa nas três dimensões da sustenta- nicação social, que, neste caso, deve fomentar o
bilidade, há de se identificar alternativas para o uso racional da água numa perspectiva integra-
fortalecimento da dimensão ética. Nesse contex- da. Incentivos diretos à troca de aparelhos e à
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
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Cunha BS, Santos SM, Gonzalez BC
cimento, num contexto mais amplo de gestão ALEGRE, H.; HIRNER, W.; BAPTISTA, J.M.; PARENA, R., Indicadores
(sustentável) dos serviços de saneamento, os de desempenho para serviços de abastecimento de água. Série
GUIAS TÉCNICOS, International Water Association – IWA Lisboa,
resultados obtidos nesse estudo de caso suge-
277 p., 2004. E-Book. ISBN: 1 900222 27 2. Disponível em: <
rem que esforços sejam direcionados ao fortale- https://www.pseau.org/outils/ouvrages/ersar_indicadores_de_
cimento da dimensão ética da sustentabilidade, desempenho_para_servicos_de_abastecimento_de_agua_2004.
pdf> Acesso em 27/01/2021.
notadamente influenciada pelas ações ligadas
à comunicação social. Entende-se que intensi- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AM-
BIENTAL– (ABES). Controle e redução de perdas nos sistemas
ficação da relação da empresa com os usuários
públicos de abastecimento de água: Posicionamento e con-
finais – atores-chave na gestão das demandas tribuições técnicas da ABES. São Paulo: ABES, 2015. Disponí-
de água – constitua oportunidade de redução vel em: <http://abes-sp.org.br/arquivos/perdas_abes_versao-2.
das perdas de água e enfrentamento de situa- pdf>. Acesso em: 08 jul. 2017.
ções extremas de escassez, como aquela verifi- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AM-
cada no auge da crise hídrica de 2015. Portanto, BIENTAL (ABES). Perdas em sistemas de abastecimento de água:
diagnóstico, potencial de ganhos com sua redução e proposta
é oportuno destacar a importância da atuação
de medidas para o efetivo combate. São Paulo: ABES, 2013. Dis-
preventiva por meio da definição e da atuali- ponível em: <http://www.abes-sp.org.br/arquivos/perdas.pdf>.
zação de um plano de contingência que, além Acesso em: 22 mar. 2017.
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Gestão das perdas de água em sistemas de abastecimento
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Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3147/
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Cunha BS, Santos SM, Gonzalez BC
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