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Instituto Federal do Ceará

Componente Curricular: Artes II


Professora: Deyseane Araújo

O monumento é de papel crepom e prata


Os olhos verdes da mulata
Asa Branca A cabeleira esconde atrás da verde mata
Luiz Gonzaga O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Quando oiei' a terra ardendo Estreita e torta
Qual fogueira de São João E no joelho uma criança sorridente,
Eu preguntei' a Deus do céu, uai Feia e morta,
Por que tamanha judiação? Estende a mão
Eu preguntei' a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação?
Viva a mata, ta, ta
Que braseiro, que fornaia' Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Nenhum pé de prantação'
Por farta' d'água perdi meu gado No pátio interno há uma piscina
Morreu de sede meu alazão Com água azul de Amaralina
Por farta' d'água perdi meu gado Coqueiro, brisa e fala nordestina
Morreu de sede meu alazão E faróis
Inté' mesmo a asa branca Na mão direita tem uma roseira
Bateu asas do sertão Autenticando eterna primavera
Entonce' eu disse: adeus, Rosinha E no jardim os urubus passeiam
Guarda contigo meu coração A tarde inteira entre os girassóis
Entonce' eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo No pulso esquerdo o bang-bang
Pra mim vortar' pro meu sertão Em suas veias corre muito pouco sangue
Espero a chuva cair de novo Mas seu coração
Pra mim vortar' pro meu sertão Balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Quando o verde dos teus óio' Pelos cinco mil alto-falantes
Se espaiar' na prantação' Senhoras e senhores
Eu te asseguro, não chore, não, viu Ele pões os olhos grandes sobre mim
Que eu vortarei', viu, meu coração
Eu te asseguro, não chore, não, viu
Que eu vortarei', viu, meu coração Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma

Tropicália Domingo é o fino-da-bossa


Caetano Veloso Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Sobre a cabeça os aviões Porém, o monumento
Sob os meus pés, os caminhões É bem moderno
Aponta contra os chapadões, meu nariz Não disse nada do modelo
Do meu terno
Eu organizo o movimento Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Eu oriento o carnaval Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da, da
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça

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