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Estudo dirigido: Tópicos

1. História ecológica da Terra: em quais características o sexto evento de extinção

em massa das espécies, em curso, difere dos cinco grandes eventos de extinção

anteriores?

O sexto evento de extinção em massa das espécies que está em curso, já que ainda está
acontecendo, se diferencia de todos os outros anteriores, pois as espécies estão entrando
em extinção bem mais rápido do que se não houvesse a presença e a ação do ser humano.
Pois, os cinco eventos anteriores ocorreram por causa de glaciação e mudança climática
de maneira natural durante a formação do planeta (ordoviciano-siluriano); formação do
solo e das plantas que causaram a retirada de oxigênio da água (devoniano), formação de
vulcões e erupção deles, causando a liberação de gases poluentes na atmosfera e nas águas
(permiano-triássico e triássico-jurássico), tendo o triássico-jurássico tendo a possibilidade
de ter tido a mesma causa devido ao acúmulo de CO2 na atmosfera lançado pelos vulcões;
e a queda de asteroide de 13 km de diâmetro (cretáceo-paleogeno). Com isso, percebe-se
que todas as extinções em massa que ocorreram foram causadas por ações naturais do
próprio planeta durante a sua formação e no desenvolvimento dos seres vivos, ou então
por causa externa, porém também de maneira natural do universo. Logo, fica claro que a
participação humana no nosso planeta causa um enorme desequilíbrio ambiental, já que
provoca poluição, perda de habitat, introdução de espécies invasoras, aumento da emissão
de gases poluentes na atmosfera, entre outros, que impulsionam a mudança climática do
mundo de forma antrópica. Ou seja, nós estamos vivendo em um evento de extinção em
massa devido aos próprios prazeres humanos, causando a nossa própria destruição.

2. Aclimatação e Adaptação: conceito, diferenças e exemplos.

A aclimatação, seria uma capacidade reversível na morfologia ou na fisiologia de um


organismo em resposta de uma mudança ambiental. Tendo como exemplo os jogadores
de futebol que vivem em lugares ao nível do mar, e quando vão jogar em lugares de maior
altitude, como o chile, por exemplo, eles devem ir dias antes da partida para que o seu
organismo aclimate e comece a produzir hemácias, e consequentemente transportar gás
oxigênio de acordo com a pressão atmosférica do local.
Já a adaptação seria características do indivíduo que o torna bem adaptado ao ambiente.
As adaptações são resultadas de mudanças evolutivas através do processo de seleção
natural, ou seja, é uma característica geneticamente determinada que realça a capacidade
do indivíduo de lidar com o seu ambiente. Logo, todas as características que apresentam
vantagens para os indivíduos que pertencem a uma determinada espécie e são transferidas
para as gerações futuras pela genética, é chamada de adaptação. Por exemplo, os animais
ovíparos que tiveram que se adaptar ao ambiente terrestre e começaram a botar ovo com
casca e com vitelo, para proteção e nutrição de seus embriões.

E a diferença entre elas é que a adaptação é o processo de herdar geneticamente


características vantajosas e aclimatação é a mesma capacidade, só que reversível. Ou seja,
toda aclimatação leva a uma adaptação, mas nem toda adaptação leva a uma aclimatação.

3. Qual(is) a(s) razão(ões) que nos levam a concluir que: “seria altamente

improvável chegar a mesma composição de espécies atual na Terra (incluindo a

espécie humana), se voltássemos o relógio da história por 500 milhões de anos e

o deixássemos correr novamente”

As chances são mínimas, porque as coisas não se sucedem em uma ordem que é planejada,
elas são eventos aleatórios e é improvável de acontecer tudo da mesma maneira. Então,
acredita-se que não existiríamos, pois tudo se conectou para que a espécie atual, o Homo
sapiens, existisse. Ou seja, estamos aqui hoje por causa das diversas mudanças, extinções
e transformações que ocorreram anteriormente. Se não tivesse existido, a Terra poderia
ainda ser um planeta primitivo ou com mais diversidades biológicas. Acredita-se que
muita coisa mudou pelas mãos dos humanos, desde os primórdios até hoje.

4. Produção Primária: definição, diferenciar Produção Primária Bruta de Produção


Primária Líquida, fatores limitantes e por que ela não é homogênea na Terra?

A produção primária de um sistema ecológico, comunidade ou população é a taxa na qual


a energia radiante, que pode ser química ou solar, é capturada e convertida pela atividade
fotossintética de organismos produtores orgânicos. Logo, ela revela a quantidade de
energia que está disponível em um ecossistema.
A partir do sol, 99% de sua energia é perdida, pois é refletida ou não é absorvida pelas
plantas, e 1% que sobra vai para a produção primária, a PBB que é a produção primária
bruta e a PPL que é a produção primária líquida.

PPB é a taxa global de fotossíntese incluindo a matéria orgânica usada na respiração


durante um certo período. Logo, ela é a taxa na qual a energia é capturada e assimilada
pelos reprodutores em uma área específica, então é tudo que a planta produz.

Já o PPL é a taxa de armazenamento de matéria orgânica nos tecidos vegetais,


descontando o uso respiratório durante um curto período. Então ela é a taxa assimilada
pelos produtores e convertida em sua biomassa em uma área específica. (PPL= PPB –
RESPIRAÇÃO).

Os fatores limitantes da produção primária são: o recurso, que quanto mais indivíduos se
tem em número e em local, mais se precisa de radiação solar. E a condição, que é quando
mesmo que tenha muitos ou poucos indivíduos consumindo, não muda.

E ela não é homogênea, por ter ligação com a luminosidade do planeta e a disponibilidade
da água, pois, quando partes do planeta são mais claras, possuem menos eficiência em
fazer fotossíntese. E porque possui nutrientes diferentes em todos os lugares, então não
há uma distribuição de recursos homogeneamente pela Terra, existem lugares que não há
disponibilidade de algumas substâncias essenciais. Tendo como exemplo a água no
deserto, pois lá também não possui muitas plantas por falta disso.

5. As duas leis da Termodinâmica e sua relação com a forma piramidal das cadeias

alimentares baseadas em Energia (Por que apenas as Cadeias Alimentares

baseadas em Número e Biomassa podem ter a forma piramidal invertida?).

A 1ª lei da termodinâmica, também conhecida como lei da conservação de energia,


estabelece que a energia não pode ser criada e nem destruída. Então assim como a matéria,
a energia só pode ser convertida ou transformada em diferentes formas.

Já a 2ª lei da termodinâmica ou lei da entropia diz que nenhum processo que implique em
uma transferência de energia ocorrerá espontaneamente, a menos que haja uma
degradação da energia de uma forma concentrada para uma mais dispersa. Então quer
dizer que não existe uma forma de converter um tipo de energia em outra sem que não
haja perda de parte de energia para o meio e um exemplo disso é a alimentação.

A cadeira alimentar de energia é em forma piramidal por causa da lei da entropia. A sua
base é muito maior, pois serve de comida para os herbívoros, que é maior em quantidade
do que os carnívoros. Logo, o sistema só se sustenta se tiver uma base maior do que o seu
topo. Assim, cada nível acumula energia do que se alimentou anteriormente, mas perde
energia para se manter vivo, dessa forma, passa adiante.

A cadeia alimentar piramidal de número pode ser invertida, pois a sua base é menor por
conta do produto ser em grande porte. Nesse sentido, uma árvore pode fornecer grandes
quantidades de alimentos para os níveis tróficos seguintes. Então ela normalmente ocorre
quando o produtor apresenta grande porte e serve como alimento para muitos seres vivos,
que no caso do exemplo da árvore, seriam os herbívoros.

Já a de biomassa pode ser invertida porque representa a quantidade de matéria orgânica


presente no corpo dos organismos de cada nível trófico. Como por exemplo, em um
ecossistema aquático, o fitoplâncton é o principal produtor, ele se reproduz rapidamente
e possui um ciclo de vida curto. Em alguns momentos, a biomassa do fitoplâncton pode
ser menor do que a biomassa dos seres dos outros níveis tróficos, como os zooplânctons
e peixes. Essa situação faz com que a pirâmide de biomassa seja invertida.

Portanto, essas pirâmides podem ser invertidas porque o que gera as estruturas são as suas
eficiências de consumo, de assimilação e de produção.

6. Cadeias alimentares verdes e marrons: interrelação entre elas, importância de

cada uma e exemplos da prevalência delas nos diferentes ecossistemas.

Na cadeia alimentar verde temos a formação de seres autotróficos, ou seja, são aqueles
que produze, seu próprio meio de se alimentar, geralmente se alimentam de energia e
nutrientes por processos como a fotossíntese. O seu nome e os seus exemplos se devem
por sua formação repleta de vegetais, algas e seres como bactérias e cianófitas, ou seja,
se baseiam na herbivoria.

Na cadeia alimentar marrom temos a composição formada por seres vivos de forma geral,
que não produzem seu próprio alimento, ou seja, dependem de outros mecanismos,
organismos e animais para existir. E seus exemplos se baseiam na detritivoria, portanto
são animais que se alimentam de matéria orgânica ou organismos mortos, como os
urubus.

Ambas as cadeias alimentares são de grande importância, porque é dessa forma que os
seres vivos sobrevivem em um fluxo em que cada ser está interligado, formando uma
cadeia alimentar.

Com isso, a cadeia alimentar acaba se tornando se tornando um processo de troca, em que
cada ser vivo consegue obter os nutrientes necessários para a sua sobrevivência.

7. Ciclos biogeoquímicos: principais reservatórios dos elementos e o papel

desempenhado pelos organismos

Os dois principais reservatórios são os gasosos e os sedimentares. No gasoso, o


reservatório é a atmosfera, e os ciclos mais importantes deste são: os ciclos do oxigênio,
nitrogênio e o do carbono.

Já no sedimentar, ele conta com a crosta terrestre como reservatório, dessa forma neste
temos principalmente as rochas sedimentares, tendo como exemplo o ciclo do fósforo e
da água.

Os microrganismos são responsáveis são responsáveis pela decomposição das matérias


orgânicas, imobilização, mineração e transformação de compostos, promovendo a
liberação do gás carbônico (CO2) para a atmosfera, além de promover também a liberação
e transformação de nutrientes no solo, podendo então trazer pontos positivos e negativos.

Logo, nos ciclos biogeoquímicos, na maioria das vezes precisa-se da interferência de um


ser vivo para imobilizar aquele composto químico e torná-lo disponível para os outros
organismos.

Os principais reservatórios dos elementos são:

• Ciclo do oxigênio: rochas sedimentares e a crosta terrestre.


• Ciclo do hidrogênio: atmosfera.
• Ciclo do enxofre: rochas, ou seja, a crosta terrestre.
• Ciclo do carbono: atmosfera.
8. A ciclagem biogeoquímica em ambiente aeróbio e anaeróbio (quem são os

organismos envolvidos, quais os produtos gerados, qual o papel dos

microrganismos nos ciclos biogeoquímicos.

No ambiente aeróbico, seu processo é de decomposição orgânica que é de onde os


organismos aeróbicos sobrevivem, com a presença de oxigênio, então conseguem
rapidamente decompor os resíduos orgânicos.

Por exemplo, o ciclo do fósforo se torna importante pois influencia no crescimento e


sobrevivência de seres vivos, e quando são aproveitados por eles, podem retornar à
natureza durante a decomposição da matéria orgânica.

Seu exemplo seria assim: em um ecossistema terrestre muitas plantas reabsorvem partes
dos nutrientes de suas folhas antes de caírem. A biomassa vegetal morta acima do solo
combina com a matéria orgânica de animais mortos e de rejeitos de animais que caem na
superfície do solo, que é onde os nutrientes são lixiviados. Dessa forma, os detrívoros
decompõem a matéria orgânica em partes menores e os decompositores a decompõem
ainda mais. Assim, a decomposição é principalmente aeróbica, e as raízes das plantas e
seus fungos têm acesso imediato aos nutrientes liberados pelos decompositores.

Já o ciclo do nitrogênio se passa em um ambiente anaeróbico, pois ele é um elemento


essencial para os seres vivos, e constitui cerca de 78% da atmosfera. Com isso, nos
ecossistemas aquáticos, a maioria dos nutrientes se regenera nos sedimentos que estão
frequentemente muito abaixo das águas superficiais, que contém os produtores
dominantes, como o fitoplâncton.

Nos riachos e pequenos alagados florestados, ocorre de maneira semelhante ao processo


terrestre, pois as folhas das plantas acabam caindo na água. E seu processo de
decomposição também é parecido com o terrestre, a medida em que as folhas se
depositam no fundo do riacho, seu primeiro estágio é de lixiviação dos compostos
solúveis, seguido pela quebra das folhas em partes menores pelos invertebrados -como os
anfípodos, os isópodos e os tricópteros larvais. Com isso, ao mesmo tempo que as folhas
são rasgadas, os fungos e as bactérias estão trabalhando para decompô-las de um jeito
semelhante com o que fazem no solo.
Nos ecossistemas terrestres, os nutrientes se regeneram próximo ao local onde são
assimilados pelos produtores. Portanto, nesses ecossistemas normalmente sofrem
decomposição anaeróbica. E os sedimentos de águas profundas dos ecossistemas
aquáticos, normalmente sofrem decomposição anaeróbica, na qual é consideravelmente
mais lenta.

Dessa maneira, os microrganismos são responsáveis pela decomposição das matérias


orgânicas, imobilização e transformação de compostos, promovendo a liberação de gás
carbônico (CO2) para a atmosfera, além da liberação e transformação de nutrientes no
solo, podendo então trazer aspectos positivos e negativos. Visto que, os ciclos
biogeoquímicos são processos que garantem que os elementos circulem pelo meio
abiótico e biótico, promovendo seu reaproveitamento. Então, as vezes precisa-se da
interferência de um ser vivo para imobilizar aquele composto químico e torná-lo
disponível para outros organismos. Fazendo com que esses ciclos possibilitem que os
elementos interajam com o meio ambiente e com os seres vivos.

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