Você está na página 1de 4

Enfrentamento ao bullying no contexto escolar

Definições:

Agressões repetidas intencionais e desbalanço de poder,

Efeitos/comportamentos:

sofrimento de longo prazo (não confundir com desconforto social e problemas(zoações) pontuais)

condutas agressivas entre estudantes, com tipos distintos de agressão.

fenômeno tipicamente humano, conhecido como bullying, que se manifesta por meio do exercício
de ações negativas de um sobre o outro

Onde ocorre:

Ocorre entre pares (uma pessoa com alguma diferença que possa se tornar frágil - Desequilíbrio de
poder e repetição)

Não só na escola, mas em diferentes lugares de gd interação social

Formato

Violência física e moral

Pode ser quebrar equipamentos

Agressão relacional espalhar boatos

pressões, opressões, intimidações, gozações, perseguições

Escola

Uma das principais preocupações

3 termos de busca que mais levam ao site da Nova escola, perde só para plano de aula e
alfabetização

Algo velado de caráter individual que fica “escondido”

Buscar soluções conjuntas por meio de assembleias, convocar os alunos a pensar sobre os
problemas de relacionamentos coletivos

A escola é um espaço público que não dá ênfase ao público, mas que define as relações por questões
individuais (ver pesquisa indicada no artigo
p.6 )http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Educacao/Doutrina/Bullying%20Estamos%20em
%20conflito.pdf

Telma Vinha pesquisadora colcar link com as produções da pesquisadora

Sintomas de quem recebe:

Angustiados, tristes, depressivos, rancorosos

Representam algum tipo de singularidade que não reproduz o modelo social exigido
Como ajudar quem recebe:

Desenvolver estima de si que os fortaleça

Sintomas de quem faz:

Mais forte fisicamente, mais esperto, ágil em manobras de articulação da turma para se voltarem
contra um alvo, é um provocador permanente. Utiliza-se de sarcasmos e ironias e escolhe com
perspicácia suas vítimas, pelo capacidade de detectar nelas uma fragilidade ou característica que as
façam diferentes e frágeis.

Intenção de ferir

É um gd sofredor

O comportamento de provocação esconde falta de habilidade de lidar com seus conflitos internos e
com a baixa estima (o que eles, receptor e fazedor, tem em comum)

Não consegue se colocar no lugar do outro (patológico). Falta-lhes um conteúdo ético, portanto, o
valor de si agregado ao valor do outro.

Para se defender ataca

É preciso que haja um público

Construir uma boa imagem de si diante dos outros.

Sintomas dos expectadores:

Não permanecem livres da influência dos problemas

Medo de uma punição da autoridade

Zomba ou ri da crueldade feita a alguém

Temor de se tornar a próxima vítima

Manter uma boa imagem diante do grupo é melhor “ficar do lado” dos mais fortes

Citações importantes:

Falamos em “alvos de bullying”: a atual literatura sobre o fenômeno aconselha que utilizemos as
expressões “alvos de bullying” e “autor de bullying” à vítima e agressor respectivamente, na
tentativa de evitar preconceitos por parte dos agentes que trabalham com situações problemas em
que haja essa forma de violência.
(http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Educacao/Doutrina/Bullying%20Estamos%20em
%20conflito.pdf)

Interessantemente, Karli (1987), tentando explicar a agressividade humana, afirma que, em


pesquisas com animais, as emoções como medo, cólera, dor e frustração costumam ter um efeito
estimulador de condutas agressivas que poderiam explicar o comportamento também humano e,
quem sabe, afirmaríamos nós, dos autores de bullying. Esses não aprenderam a transformar suas
raivas em diálogo, em superação de problemas e na busca de um valor de si, precisam se sentir
superiores aos outros. E mais: o que aprenderam a valorizar são formas de violência e de
humilhação sobrepostas à justiça ou à humildade.

Na identidade. Em outras palavras, não é o contexto que determina tais condutas agressivas, assim
como não é a genética a grande vilã dessa história, e sim como esses meninos e meninas se veem
diante desse meio e constroem suas personalidades integrando tudo aquilo que foram valorizando
durante suas vidas

Como se veem e querem ser vistos

Por certo, as ameaças são escondidas, mas não tanto assim. São veladas aos olhos da autoridade,
mas não aos olhos dos pares, que compõem um mesmo grupo social,

Meninos e meninas que, equacionando suas experiências com os outros, se veem pequenos demais,
tendem a se conformar e atribuir-se menos valor. Ao mesmo tempo, podem, pelo mesmo motivo,
fazer com que os outros se sintam tão mal como eles próprios se sentem, ou seja, inferiorizá-los,
menosprezá-los, para que o peso que carregam consigo possa ser menor. Claro que ao agressor
soma-se uma outra característica: como já o dissemos, os autores de bullying não conseguem uma
dupla perspectiva de ver a si e ao outro. Falta-lhes um conteúdo ético, portanto, o valor de si
agregado ao valor do outro.

Sobre a frequência com que as agressões acontecem, encontramos 2% dos alunos de


escolas públicas e 3% dos alunos de escolas particulares afirmando que todos os dias
agridem os colegas. Em concordância com esses dados, quando questionamos sobre a
frequência com que são agredidos, temos ainda um dado mais alarmante: 8% dos alunos de
escolas públicas e 14% dos alunos de escolas particulares dizem sofrer maltratos
regularmente, todos os dias. Convenhamos que, se o total da amostra foi de 100 alunos
advindos de cada ambiente, há vários alunos sofrendo e causando sofrimento a outrem!
“Necessariamente, os projetos de intervenção ao bullying precisam garantir que crianças e
adolescentes – tanto protagonistas como espectadores – possam construir identidades
autônomas que consigam gostar de si para gostar dos outros no seu sentido moral: é pela
construção do respeito a si que podemos construir o respeito a outrem.”(TOGNETTA, p.17)

Caminhos para solução:

Entendimento que estamos falando de vítimas de si mesmos

Compreender que relações interpessoais são conquistas de um contínuo exercício de


resolução de conflitos cotidianos,
preciso um trabalho com as imagens que esses meninos e meninas fazem de si mesmo
algo anterior às relações interpessoais: um olhar às relações intrapessoais
Nós somos o que pensamos e o que sentimos
Intervenções indiretas: antecipatórias:
Desenvolver nos estudantes a consciência do problema, ou seja estudar o assunto
Propor soluções conjuntas (assembleias) que resultem em construção de regras e sanções
por reciprocidade
Oportunizar resoluções de conflitos apresentados em filmes, histórias, cases

Intervenções diretas: momento de crise:


Tratar a questão somente com quem fez e com quem recebeu bullying
Permitir a manifestação e o reconhecimento de seus sentimentos: diga-lhe com palavras
como você está se sentindo. Diga-lhe se gostou do que aconteceu”
“Estou vendo o quanto você está com raiva” ou “estou percebendo que você ficou muito
chateada com o que aconteceu”
Reconhecer a culpa antes de pedir desculpas: você pede desculpas agora ou quando sua
raiva passar?
Usar perguntas como:
Que outras possibilidades você tem para resolver esse problema?
Por que você deixou que ele te batesse?
O que você pode fazer para que isso não aconteça novamente?”
Como é que eu posso te ajudar?
Diga-me, vamos pensar juntos, o que nós podemos fazer para resolver essa situação?

Dados estatísticos:

https://olhardigital.com.br/2021/02/09/seguranca/43-dos-brasileiros-se-envolveram-com-
bullying-entre-2019-e-2020-diz-pesquisa/#:~:text=2020%2C%20diz%20pesquisa-,43%25%20dos
%20brasileiros%20se%20envolveram%20com%20bullying,2019%20e%202020%2C%20diz
%20pesquisa

Sugestões de livros:

FANTE, C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz.Campinas: Verus, 2005. p. 91-213.
BEAUDOIN, M.-N. ; TAYLOR, M. Bg e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola.
Porto Alegre: Artmed, 2006. 232p.
https://novaescola.org.br/conteudo/339/tudo-sobre-bullying

Você também pode gostar