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EDUCAÇÃO

Perspectivas Interprofissionais da Pré-Licenciatura:

Fisioterapia em Saúde Pélvica
Grecia Alaniz, MScPT;*†Margot Dods, MScPT;*Helena Dackovic, MScPT;* Matthew
https://utpjournals.press/doi/pdf/10.3138/ptc-2018-0112 - Sexta-feira, 13 de novembro de 2020 13:55:10 - Endereço IP da Biblioteca da Universidade McMaster: 130.113.111.210

Mascola, MScPT (c);*Karen Moreira, MScPT;*Sinéad Dufour, PhD, PT*‡

ABSTRATO

Objetivo:Neste estudo, examinamos o conhecimento e as perspectivas referentes à fisioterapia da saúde pélvica entre estudantes de medicina, obstetrícia, enfermagem e
assistentes médicos da Universidade McMaster. Além disso, identificamos oportunidades para melhorar a tradução do conhecimento para facilitar a educação
interprofissional em cuidados uroginecológicos.Método:Um desenho transversal foi criado para distribuir uma pesquisa online aos participantes usando uma abordagem
modificada de Dillman. A pesquisa avaliou áreas de interesse clínico, conhecimento do escopo da prática e regulamentos que regem a fisioterapia de saúde pélvica em
específico, além de aplicações clínicas. Os testes exato de Fisher e Kruskal-Wallis foram usados para avaliar a significância estatística.Resultados:Um total de 90% dos
participantes indicou incorretamente que os exames digitais internos poderiam ser delegados aos assistentes de fisioterapia e 50% acreditavam que os exercícios de Kegel
eram apropriados para todas as apresentações de disfunção do assoalho pélvico. Além disso, quando solicitados a selecionar condições que poderiam ser tratadas por
fisioterapeutas de saúde pélvica, apenas 2% dos participantes selecionaram as condições corretas.Conclusões:O conhecimento em todos os quatro programas sobre o
escopo da prática, atividades autorizadas e aplicação da fisioterapia de saúde pélvica é inadequado. Para promover a integração ideal da uroginecologia nos currículos
relevantes de ciências da saúde, parece ser necessária uma educação interprofissional aprimorada, incluindo o conhecimento da fisioterapia da saúde pélvica.

Palavras-chave:educação interprofissional; relações interprofissionais; fisioterapia da saúde pélvica; pré-licenciamento.

RETOMAR

Objetivo:examinador les connaissances et les points de vue relatifs à la physiothérapie pelvienne des personnes étudiant pour devenir médecins,
sagesfemmes, infirmières ou auxiliares medicalles à l'université McMaster; établir des possibilités d'améliorer l'application des connaissances pour faciliter
l'enseignement interprofessionnel en soins urogynécologiques.Metodologia:les chercheurs ont criou uma sondagem transversal em linha au moyen do
método de Dillman modifiée. A sondagem avalia os setores da clínica, os conhecimentos sobre o campeão de exercício e as clínicas de aplicações da
fisioterapia pelvienne, de même que a regulação s'y rapportant. É utilizado o método exato de Fisher e o teste de Kruskal-Wallis para avaliar a estatística de
significância dos resultados.Resultados:au total, 90 % dos participantes ont indiqué à tort que les digitaux internes pouvaient être délégués à des assistants-
physiotherapeutes et 50 % croyaient que les exercices de « Kegel » convenaient a toutes les apresentações des dysfunctions pelviennes. De plus, lorsqu'on les
invitait à sélectionner des dolphins qui pouvaient être traitées par des physiotherapeutes pelviens, seulement 2 % des participantes choisissaient les bonnes.
Conclusão:les connaissances sot insuffisantes dans les quatre programs à l'égard du champ d'exercice, des activités autorisées et de l'application de la
physiothérapie pelvienne. Para favorecer a integração ideal de l'urogynécologie aux programas pertinentes às ciências da saúde, o semble necessário
d'améliorer l'enseignement interprofessionnel, e compreende os conhecimentos sobre a fisioterapeuta pelvienne.

Mots-clés :enseignement interprofissional; período précédant l'obtention de permis; fisioterapia pelvienne; relações interprofissionais

O paradigma unidisciplinar tradicional continua a ser o padrão nos
cuidados de saúde, mas continua a ser ineficaz para atender às
necessidades complexas dos pacientes.1Perspectivas profissionais
isoladas limitam o aprendizado direto das habilidades, tomada de
decisão clínica e interações com pacientes usadas em outras
profissões.2A Organização Mundial da Saúde reconhece a colaboração
interprofissional (IPC) como um padrão esperado de prática para
melhorar a prestação e a qualidade dos cuidados.3
Revisões sistemáticas de alta qualidade fundamentaram a
abordagem IPC, demonstrando melhorias na
satisfação, trabalho em equipe e prestação de cuidados na
implementação de princípios interprofissionais.4,5O IPC depende
de uma compreensão clara do papel e do escopo de cada
disciplina dentro da equipe para definir metas abrangentes e
tomar decisões.6,7A integração inadequada do PCI na prática
clínica pode ser atribuída à natureza dos programas de saúde pré-
licenciamento, que incentivam ambientes unidisciplinares e
ignoram os benefícios da colaboração e do interprofissionalismo.8
Para promover comportamentos congruentes com o IPC, é
importante expor os alunos a experiências interprofissionais.

De:*Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade McMaster, Hamilton;†Clínica de Saúde Radius, Chatham;‡O mundo do meu bebê, Burlington, Ont. Correspondência para:Sinéad

Dufour, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade McMaster, 1280 Main Street West, Hamilton, ON L8S 4K1;sdufour@mcmaster.ca. Contribuintes:Todos os autores desenharam o

estudo; ou coletou, analisou ou interpretou os dados; e redigiu ou revisou criticamente o artigo e aprovou a versão final. Interesses competitivos:Nenhum declarado.

Reconhecimentos:Os autores agradecem aos coordenadores do programa da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade McMaster por sua assistência no recrutamento de
participantes e à Dra. Luciana Macedo, PhD, PT, por sua assistência na análise dos dados. Os autores agradecem sinceramente aos participantes por seu tempo e participação.

Fisioterapia Canadá2020; 72(3); 298–304; doi:10.3138/ptc-2018-0112

298
 Alaniz et ai. Perspectivas Interprofissionais da Pré-Licenciatura: Fisioterapia em Saúde Pélvica 299

educação (IPE) no nível de pré-licenciatura.9Um ambiente de
aprendizado colaborativo pode facilitar interações educacionais
positivas entre estudantes de pré-licenciatura com o objetivo de
melhorar os resultados dos pacientes e estabelecer uma
abordagem interdisciplinar.4
A fisioterapia da saúde pélvica é uma área emergente de prática
que está alinhada principalmente com a uroginecologia.
Fisioterapeutas de saúde pélvica, entre outros profissionais, avaliam e
https://utpjournals.press/doi/pdf/10.3138/ptc-2018-0112 - Sexta-feira, 13 de novembro de 2020 13:55:10 - Endereço IP da Biblioteca da Universidade McMaster: 130.113.111.210
os cuidados de saúde podem contribuir para a redução do conhecimento da
fisioterapia da saúde pélvica entre os membros de uma equipe de urologia
necológica.
Este estudo representa a primeira fase de um estudo de duas
fases que visa avaliar o conhecimento e a compreensão da
fisioterapia da saúde pélvica entre estudantes pré-licenciamento
MD, MW, NS e PA na McMaster University.

tratam a disfunção do assoalho pélvico (DFP) em homens, mulheres e MÉTODOS

crianças.10A DFP refere-se ao comprometimento da musculatura do Foi utilizado um desenho de pesquisa transversal; a aprovação
assoalho pélvico e pode resultar em sintomas do trato urinário, ética foi concedida pelo Hamilton Integrated Research Ethics
sintomas intestinais, disfunção sexual, prolapso e dor, demonstrando Board (Projeto 4666).
assim o papel significativo que o assoalho pélvico desempenha na
Participantes
cavidade pélvica.11A dor central e os mecanismos pró-inflamatórios
Os participantes do estudo consistiram em estudantes de MD,
envolvidos em condições de dor persistentes, como a vestibulodinia,
MW, NS e PA da McMaster University. Esses programas foram
podem afetar a função do assoalho pélvico por meio da
selecionados para participação porque estão regularmente
hipertonicidade e do controle muscular voluntário deficiente.12
envolvidos em cuidados obstétricos e ginecológicos. Estudantes
A dor pélvica persistente é uma queixa comum entre
de fisioterapia não foram convidados a participar deste estudo
pacientes jovens, e mais de 300.000 casos de endometriose
porque seu conhecimento sobre fisioterapia em saúde pélvica é
foram confirmados cirurgicamente no Canadá em 2009.13,14
avaliado em seu currículo no último semestre. Por favor consulte
Os sintomas do trato urinário afetam homens e mulheres, com
tabela 1para mais informações demográficas dos participantes.
43% dos homens e 57% das mulheres no Canadá experimentando
Os critérios de inclusão consistiram em responder a um mínimo
pelo menos um sintoma do trato urinário durante a vida.15No
de 80% das perguntas da pesquisa e estar inscrito nos programas
entanto, o desenvolvimento da DPF está fortemente
alvo durante o período de estudo. Recrutamos participantes entre
correlacionado com o sexo feminino, envelhecimento, gravidez,
abril e junho de 2018 por meio de e-mails de administradores de
paridade e parto com auxílio de instrumentos.16Estima-se que a
programas do corpo docente, publicidade por meio de grupos de
DFP aumentará em 35% nos próximos 12 anos, aumentando
liderança estudantil McMaster e plataformas de mídia social e
muito a necessidade de fisioterapia para a saúde pélvica ser
anúncios em sala de aula. Não houve incentivo financeiro. A
prontamente acessível.17A PFD é melhor abordada usando um
abordagem modificada de Dillman foi usada para maximizar o
modelo multimodal baseado em evidências que inclui fisioterapia
recrutamento potencial,22em que os acompanhamentos foram
de saúde pélvica.18
concluídos nas marcas de 2 e 5 semanas.
As recomendações atuais indicam que o treinamento dos músculos
do assoalho pélvico (PFMT) é a primeira linha de tratamento para
incontinência urinária de esforço e prolapso de órgãos pélvicos.18,19
tabela 1Demografia do participante (N=40)
Mais recentemente, as diretrizes de prática clínica para condições de
dor pélvica persistente recomendaram o uso de fisioterapia pélvica n(%)
para abordar os aspectos miofasciais que podem contribuir para a Característica Medicina Enfermagem PA Obstetrícia
experiência de dor de um indivíduo.20Para abordar efetivamente a
complexidade das condições de saúde pélvica a partir de uma Nº no programa 5 (12) 10 (25) 11 (28) 14 (35)
Gênero
perspectiva integrativa, é imperativo estabelecer EIP e PCI dentro dos
cuidados uroginecológicos para otimizar os resultados do paciente.21 Fêmea 1 (3) 10 (25) 10 (25) 14 (35)

Para conseguir isso, é necessária uma compreensão das habilidades Macho 4 (10) 0 (0) 1 (3) 0 (0)
Idade, y
de cada um e dos escopos relativos da prática.
Com base nos respectivos currículos do programa, todos os
≤ 18 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)
19–24 2 (5) 8 (20) 5 (13) 7 (18)
alunos dos programas de graduação em medicina (MD),
25–29 3 (8) 1 (3) 6 (15) 4 (10)
enfermagem (NS) e assistente médico (PA) na Universidade
30–39 0 (0) 1 (3) 0 (0) 1 (3)
McMaster em Hamilton, Ontário, recebem alguma instrução em
40–49 0 (0) 0 (0) 0 (0) 2 (5)
práticas de obstetrícia e ginecologia. No entanto, no momento em
≥ 50 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)
que os dados para este estudo foram coletados, nenhuma
Ano do programa
instrução sobre distúrbios do assoalho pélvico estava sendo
Primeiro 3 (8) 4 (10) 4 (10) 6 (15)
fornecida. O programa de obstetrícia (MW) oferece aos alunos
Segundo 1 (3) 1 (3) 7 (18) 3 (8)
uma única palestra sobre o tema e isso é ministrado por um
Terceiro 1 (3) 3 (8) N/D 1 (3)
fisioterapeuta acadêmico de saúde pélvica. Em conjunto com a
Quarto N/D 2 (5) N/D 4 (10)
falta de educação do assoalho pélvico, a única introdução recente
da fisioterapia pélvica em saúde N/A = não aplicável; PA = Médico assistente.
 300 Fisioterapia Canadá, Volume 72, Número 3

INSTRUMENTO DE PESQUISA mesa 2 Áreas clínicas de interesse

Uma pesquisa online foi desenvolvida através do Survey-

Avaliação média por programa*
Monkey (San Mateo, CA) para avaliar o nível de interesse em
áreas clínicas que constituem a amplitude da fisioterapia de Medicina; Obstetrícia; Enfermagem; PA;
saúde pélvica e o nível de conhecimento do escopo de prática Área n=5 n=14 n=10 n=11 Total

e regulamentos da fisioterapia de saúde pélvica e suas

Uroginecologia 3.6 4.3 3.3 3.7 3.8
aplicações através de vinhetas clínicas. Os participantes foram
Obstetrícia† 3.4 4.9 4,8 4.2 4,5
solicitados a determinar o encaminhamento adequado para
Ciência da dor 4.2 4.3 3.7 4.1 4.1
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fisioterapia de saúde pélvica e identificar quaisquer sinais de
alerta nos seguintes cenários: incontinência urinária pós-
prostatectomia e dor lombar em gestante com placenta
prévia. A pesquisa apresentou 31 perguntas em vários
formatos: escala Likert de 5 pontos, verdadeiro-falso, múltipla
escolha e formatação aberta. Vinhetas clínicas foram incluídas
para estimar efetivamente o desempenho profissional e o
pensamento crítico.23
Teste piloto
Usando o SurveyMonkey, testamos a pesquisa em
fevereiro de 2018 para otimizar sua função, legibilidade e
clareza com participantes fora da população-alvo. Oito
estudantes não-McMaster University e quatro recém-
formados dos programas MD, MW, NS e PA em Ontário foram
recrutados e participaram com consentimento. Depois de
concluir a pesquisa, os participantes foram solicitados a
fornecer feedback e suas respostas principalmente
relacionadas à falta de familiaridade com a terminologia e a
duração da pesquisa. Em seguida, modificamos a pesquisa
para melhorar a compreensão dos participantes, como
fornecer definições para terminologia desconhecida e reduzir
o número de opções para responder perguntas.
Análise de dados
Os dados foram transferidos do SurveyMonkey para um
documento protegido por senha no Microsoft Excel 2016
(Microsoft Corporation, Redmond, WA). Para manter o anonimato
e a confidencialidade, todos os descritores (por exemplo, nomes e
endereços de e-mail) foram removidos dos dados brutos. Análises
descritivas foram realizadas para determinar a frequência de
resposta para todas as questões. O teste exato de Fisher foi
realizado para determinar as diferenças entre os grupos na
frequência de resposta, e um teste de Kruskal-Wallis foi usado
para avaliar as diferenças entre os grupos.
RESULTADOS
Participação e demografia
Um total de 40 participantes respondeu 95% da pesquisa; este
atendeu à taxa mínima de conclusão ditada pelos critérios de
inclusão. Dois participantes não atenderam aos critérios de
inclusão e foram excluídos. A taxa de resposta geral foi de 2,6%
com base nos dados estimados de matrícula de cada programa.
Os dados demográficos são mostrados emtabela 1.
Áreas clínicas de interesse
No geral, a obstetrícia despertou o maior interesse entre os
participantes, seguida pela ciência da dor, uroginecologia,
Gastroenterologia† 4,0 3.2 3.6 4,5 3.8
PA = Médico assistente.
* Com base em uma quantificação numérica de cada escolha em uma escala que varia
de 1 (discordo fortemente) a 5 (concordo plenamente). †Diferenças entre grupos (p<
0,05).
e gastroenterologia. Observamos diferenças estatisticamente
significativas no nível de interesse em obstetrícia e
gastroenterologia entre os quatro programas. Os participantes
com maior probabilidade de fornecer respostas neutras foram os
alunos de MD e NS. As tendências de programas individuais
podem ser encontradas emmesa 2.
Conhecimento do escopo e regulamentos da
fisioterapia de saúde pélvica
Apenas 60% e 64% dos participantes NS e PA,
respectivamente, consideraram o exame digital interno uma
atividade autorizada na fisioterapia da saúde pélvica, em
comparação com 100% dos participantes MD e MW (p<0,05).
Além disso, 90% dos participantes indicaram incorretamente
que delegar o exame digital interno ou o tratamento aos
assistentes de fisioterapia era apropriado. Referir-seTabela 3
para as respostas dos participantes relacionadas ao escopo e
regulamentos que regem a fisioterapia da saúde pélvica, bem
como as aplicações clínicas e vinhetas.
Aplicações clínicas da fisioterapia pélvica
Um total de 10% dos participantes não selecionou dor
lum bopélvica ou problemas intestinais como apropriados
para encaminhar pacientes para fisioterapia de saúde
pélvica. Quando solicitados a selecionar condições que
poderiam ser tratadas por fisioterapeutas de saúde
pélvica, 2% dos participantes selecionaram as condições
corretas; endometriose, dispareunia e disfunção erétil
foram as menos selecionadas. Um total de 60% dos
participantes do MD não acreditava que as estratégias de
manejo fornecidas pela fisioterapia da saúde pélvica para
cistite intersticial fossem baseadas em evidências. Mais da
metade dos participantes (59%) acreditavam
incorretamente que os fisioterapeutas da saúde pélvica
tinham a capacidade de prescrever medicamentos; 70%
dos participantes de CF responderam corretamente e 79%
dos alunos de SM responderam incorretamente. Além
disso,
Vinhetas clínicas
A análise qualitativa do conteúdo das respostas abertas
revelou que 60% dos MD, 69% dos SM, 82% dos PA e 100% dos
participantes do NS não identificaram a placenta prévia como
 Alaniz et ai. Perspectivas Interprofissionais da Pré-Licenciatura: Fisioterapia em Saúde Pélvica 301

Tabela 3Taxas de resposta a perguntas da pesquisa

n(%)de respostas corretas

Medicina; Enfermagem; PA; Obstetrícia;

Pergunta n=5 n=10 n=11 n=14 Total

Aplicações clínicas do PHP

Definição PHP 5 (100) 10 (100) 11 (100) 14 (100) 40 (100)
Músculos do assoalho pélvico 5 (100) 9 (90) 10 (91) 11 (79) 35 (88)
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Sinônimos PHP 4 (80) 6 (60) 6 (55) 12 (86) 28 (70)

Gênero 5 (100) 10 (100) 11 (100) 14 (100) 40 (100)
Referência de saúde pélvica 4 (80) 7 (70) 8 (73) 11 (79) 30 (75)
Primeira linha de tratamento 5 (100) 9 (90) 10 (91) 12 (86) 36 (90)
Kegel 3 (60) 6 (60) 2 (18) 9 (64) 20 (50)
Cistite intersticial 2 (40) 9 (90) 8 (73) 11 (79) 30 (75)
Benefício do exame interno 5 (100) 10 (100) 11 (100) 13 (93) 39 (98)
Escopo e regulamentos do PHP

Condições tratadas nos requisitos 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (7) 1 (3)

de Licenciatura em PHP 5 (100) 10 (100) 11 (100) 14 (100) 40 (100)
Listagem da faculdade* 5 (100) 10 (100) 11 (100) 14 (100) 40 (100)
Atividade autorizada 5 (100) 6 (60) 7 (64) 14 (100) 32 (80)
Delegação de pessários de exame 4 (80) 9 (90) 10 (100)† 12 (86) 35 (88)
interno 3 (60) 8 (80) 9 (90)† 13 (93) 33 (83)
Medicamentos 2 (40) 4 (40) 7 (64) 3 (21) 16 (40)
Populações clínicas 2 (40) 7 (70) 8 (73) 5 (36) 22 (55)
Vinhetas clínicas
Protatectomia e IU 5 (100) 9 (100)‡ 11 (100) 12 (86) 37 (93)
Placenta prévia e lombalgia 5 (100) 7 (78)‡ 8 (73) 9 (64) 29 (73)

* A listagem da faculdade é um processo obrigatório no qual os fisioterapeutas em Ontário devem adicionar seu nome a uma lista indicando a conclusão do treinamento, educação e
experiência necessários para realizar com segurança uma atividade autorizada.24Neste caso, a atividade autorizada a ser referenciada é a avaliação interna ou reabilitação interna da
musculatura pélvica. A faculdade é um órgão regulador provincial que supervisiona a profissão de fisioterapia para garantir atendimento seguro e ético ao público.25
n=10.
†

n=9.
‡

PA = Médico assistente; PHP = fisioterapia pélvica; IU = incontinência urinária; lombalgia = dor lombar.

uma contra-indicação para um exame vaginal digital na população
pré-natal. Além disso, 40% dos participantes do NS indicaram níveis de
confiança mais baixos para ambas as vinhetas e responderam com
comentários como “Não tenho certeza” ou “Apenas um palpite”. A
análise estatística usando um teste de Kruskal-Wallis não determinou
diferenças entre os programas.
DISCUSSÃO
Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a investigar o
conhecimento de estudantes de pré-licenciatura sobre fisioterapia da
saúde pélvica. No geral, há uma indicação clara de conhecimento
inadequado em todos os programas sobre o escopo de prática dos
fisioterapeutas de saúde pélvica, incluindo a amplitude das condições
tratadas e atividades autorizadas. Todos os programas demonstraram
consciência limitada das condições que podem envolver dor miofascial
e tônus alterado da musculatura do assoalho pélvico, como dor
lombopélvica, síndrome da bexiga dolorosa e dispareunia.26Por mais
de uma década, as diretrizes de prática clínica para o manejo da dor
pélvica persistente destacaram a importância de que todos os
profissionais de saúde relevantes compreendam as implicações da
sistema miofascial em relação à dor pélvica persistente.27
Nossos achados identificam uma potencial oportunidade educacional para
futuros estudantes de pré-licenciatura entenderem o papel da fisioterapia
da saúde pélvica como uma estratégia inicial de cuidados conservadores
para inúmeras condições relacionadas à pelve.28
Nossos participantes demonstram conhecimento limitado
do escopo da prática da fisioterapia em saúde pélvica no que
diz respeito ao exame digital interno e prescrição de
medicamentos. Isso representa uma barreira significativa
para facilitar o PCI no atendimento uroginecológico, porque
um exame digital interno é parte integrante da avaliação e do
tratamento na fisioterapia da saúde pélvica. Sabe-se que um
número significativo de mulheres não contrai corretamente o
assoalho pélvico e, portanto, utiliza estratégias
compensatórias, como prender a respiração e contrair os
músculos glúteos.20Isso é contraproducente para melhorar a
força do assoalho pélvico e a coordenação motora.29
Consequentemente, os profissionais de saúde que são
capazes de realizar um exame digital interno devem avaliar a
função do assoalho pélvico e iniciar os princípios do TMAP e a
educação do paciente conforme necessário.
 302
Os fisioterapeutas de saúde pélvica são mais indicados quando é
necessária experiência adicional, como a progressão do TMAP e o
retorno à atividade funcional. Uma descoberta surpreendente foi que
os participantes assumiram incorretamente que o escopo dos
fisioterapeutas de saúde pélvica inclui prescrever medicamentos e
delegar avaliações digitais do assoalho pélvico ou tratamento aos
assistentes de fisioterapia. Essa compreensão limitada do escopo e das
competências associadas dos fisioterapeutas de saúde pélvica pode
https://utpjournals.press/doi/pdf/10.3138/ptc-2018-0112 - Sexta-feira, 13 de novembro de 2020 13:55:10 - Endereço IP da Biblioteca da Universidade McMaster: 130.113.111.210
levar à confusão entre os profissionais de saúde e os indivíduos que
procuram atendimento, dificultando o fluxo adequado e a qualidade
do atendimento.30,31
A perspectiva de que a realização de exercícios de Kegel representa
um tratamento adequado para todas as condições pélvicas não é
apoiada por evidências. O fortalecimento é apenas um componente do
treinamento. A literatura demonstrou que o TMAP é uma abordagem
multimodal eficaz para abordar a capacidade muscular do assoalho
pélvico usando muitos parâmetros, incluindo força, resistência,
flexibilidade, capacidade de resposta à pressão e coordenação.33–36
Assim, o protocolo PFMT precisa estar alinhado com os parâmetros de
fitness, e esses parâmetros precisam ser desenvolvidos. Estabelecer
um protocolo baseado no aumento das propriedades contráteis do
assoalho pélvico por meio do fortalecimento, por exemplo, seria uma
abordagem equivocada quando o aumento do tônus muscular do
assoalho pélvico é o motivo da falta de função ideal.34,35Uma
abordagem universal para o tratamento da DFP demonstra uma má
compreensão das etiologias das condições do assoalho pélvico. Em vez
disso, os programas de TMAP individualizados com base em uma
avaliação interna da musculatura do assoalho pélvico são eficazes para
tratar disfunções pélvicas e são considerados as melhores práticas.29,37
Deixar de reconhecer a abordagem de tratamento adequada pode
exacerbar os sintomas dos pacientes e limitar a função.38
A eficácia das estratégias de manejo utilizadas na fisioterapia
da saúde pélvica no tratamento da dor e disfunção sexual pode
não ser bem conhecida entre os profissionais de saúde.42,43Nossos
achados fornecem mais confirmação; nossos participantes não
acreditavam que a dispareunia fosse uma razão apropriada para
o encaminhamento. Essa falta de conhecimento pode ter
implicações significativas para a saúde sexual e qualidade de vida
de indivíduos com problemas pélvicos.43A literatura recente tem
afirmado que mulheres com dor pélvica persistente, como
vulvodinia e endometriose, são menos propensas a praticar
atividade sexual do que mulheres saudáveis da mesma faixa
etária, e essa situação pode impactar negativamente nas relações
íntimas, na autoestima, e qualidade de vida.21,44,45
Mulheres de meia-idade e idade avançada relatam que seus
profissionais de saúde são menos propensos a discutir o tema do
manejo da saúde sexual porque têm treinamento e tempo limitados,
têm baixo nível de conforto e acreditam que o sexo não é uma
prioridade para pacientes mais velhos.46Isso pode limitar ainda mais as
opções dos pacientes para lidar com as condições de dor sexual. A
fisioterapia da saúde pélvica pode ajudar a tratar a dor e a disfunção
sexual usando uma abordagem multimodal conservadora e visando os
componentes físicos, psicológicos e emocionais que podem estar
envolvidos em sua apresentação clínica.19,44
Fisioterapia Canadá, Volume 72, Número 3
Este estudo demonstra que o conhecimento do escopo da prática e
aplicação clínica da fisioterapia da saúde pélvica está faltando em
quatro programas de ciências da saúde pré-licenciamento; essa falta
de conhecimento pode reduzir a probabilidade de que os pacientes
recebam cuidados ótimos baseados em evidências de maneira
oportuna e eficiente. Os prestadores de cuidados primários podem
não se sentir à vontade para fazer a triagem para DFP porque
normalmente requer responder a perguntas sobre bexiga, intestino e
função sexual.36Nossas descobertas fornecem mais evidências da
importância de integrar a EIP em todos os programas de ciências da
saúde pré-licenciamento para aumentar a probabilidade de IPC no
sistema de saúde. Além disso, este estudo nos deu a oportunidade de
aumentar a conscientização sobre o papel da fisioterapia da saúde
pélvica no manejo das condições pélvicas dentro da equipe
uroginecológica.
Este estudo tem algumas limitações. A principal limitação é o
pequeno tamanho da amostra porque o recrutamento foi
limitado a uma universidade; no entanto, esta abordagem foi
devido a limitações de tempo e recursos. Além disso, o
recrutamento ocorreu durante o período de exames de
graduação, o que pode ter impedido os alunos de participar. Além
disso, a opção de resposta verdadeiro-falso para certas perguntas
da pesquisa pode não refletir o verdadeiro conhecimento dos
participantes porque a probabilidade de adivinhar a resposta
correta era de 50%. Por fim, as alunas de MD em seu primeiro ano
de estudo foram expostas recentemente ao conteúdo de
obstetrícia em seu currículo, o que pode tê-las levado a responder
com mais precisão às perguntas da pesquisa.
CONCLUSÃO
Os resultados deste estudo demonstram uma lacuna de
conhecimento entre os estudantes de ciências da saúde pré-
licenciatura da Universidade McMaster sobre a área emergente
da fisioterapia da saúde pélvica. A implementação de EIP com
fisioterapia de saúde pélvica pode ajudar a promover a integração
ideal de cuidados uroginecológicos em currículos relevantes de
ciências da saúde. A integração de EIP no nível de pré-
licenciamento também pode melhorar o envolvimento do
profissional em IPC na prática clínica. A implementação da EIP
pode ser fornecida por meio de oficinas aplicáveis, palestras
combinadas e fusão de grupos de interesse uroginecológicos de
estudantes com a inclusão de fisioterapia de saúde pélvica para
melhorar o conhecimento das estratégias de manejo
conservadora fornecidas por fisioterapeutas de saúde pélvica.
Nosso estudo é baseado no conhecimento de uma amostra
limitada de estudantes de ciências da saúde pré-licenciatura de uma
única universidade. Para aumentar a generalização de nossos
resultados, estudos futuros devem incluir um grande tamanho de
amostra e estudantes de várias universidades. Para avaliar as
modalidades de aprendizagem eficazes para melhorar o
conhecimento dos alunos sobre fisioterapia da saúde pélvica, o
currículo pode fornecer oficinas e palestras interativas.
Uma segunda fase deste estudo será explorar o
desenvolvimento e entrega de workshops de EIP usando um
design quase experimental para melhorar o conhecimento
 Alaniz et ai. Perspectivas Interprofissionais da Pré-Licenciatura: Fisioterapia em Saúde Pélvica
tradução de estratégias de cuidados conservadores para distúrbios pélvicos
entre estudantes de pré-licenciatura.
MENSAGENS-CHAVE
O que já é conhecido sobre este assunto
Com base na iniciativa de 2005 da Health Canada, Educação
Interprofissional para a Prática Colaborativa Centrada na Pessoa,
https://utpjournals.press/doi/pdf/10.3138/ptc-2018-0112 - Sexta-feira, 13 de novembro de 2020 13:55:10 - Endereço IP da Biblioteca da Universidade McMaster: 130.113.111.210
a educação interprofissional do paciente (EIP) é considerada vital
para alcançar a colaboração interprofissional no sistema de
saúde.43A EIP envolve pelo menos duas profissões aprendendo de
forma colaborativa uma sobre a outra para melhorar a qualidade
do atendimento.43A literatura sobre estratégias de cuidados
conservadores para a disfunção comum do assoalho pélvico
discutiu o tratamento, como o treinamento dos músculos do
assoalho pélvico, como sendo idealmente administrado por um
fisioterapeuta da saúde pélvica.19,21,46Apesar desses achados,
parece haver um desconhecimento sobre o escopo de atuação da
fisioterapia em saúde pélvica e sua integração na equipe
uroginecológica.47
O que este estudo acrescenta
Este estudo é o primeiro a examinar o conhecimento de
estudantes de ciências da saúde pré-licenciamento da área emergente
de fisioterapia de saúde pélvica. Nossas descobertas destacam as
barreiras na atual abordagem de aprendizado unidisciplinar e
identificam lacunas nessa abordagem que podem ser superadas pelo
uso de oportunidades aprimoradas de EIP. A fase 2 deste estudo visa
melhorar essa tradução de conhecimento desenvolvendo e realizando
workshops de EIP.
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