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Roteiro do

Laboratório Morfofuncional

Introdução ao Estudo
da Medicina

1ªEtapa - M ódul o I
1º Semes tre - 2022
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ROTEIRO DE ATIVIDADES – LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL

ATIVIDADE: PRINCÍPIOS DE ANATOMIA (MACRO E MICROSCÓPICA) E FISIOLOGIA


DIA: 09/02/2022

Após a realização das atividades propostas, o aluno deverá estar apto a responder os
seguintes OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

— Definir posição anatômica.

— Definir e compreender a terminologia dos eixos e planos anatômicos.

— Definir variação anatômica.

— Definir pele, suas funções e camadas da pele.

— Definir esqueleto axial e esqueleto apendicular, bem como citar TODOS OS OSSOS
que os formam.

— Definir osso compacto e osso esponjoso, bem como compreender a composição


óssea.

— Citar os componentes (partes) do microscópio óptico e explicar o mecanismo de


formação da imagem neste instrumento.

— Treinar o manuseio do microscópio óptico e interpretar a observação da lâmina.

— Conceituar radiopacidade e radiotransparência.

— Explicar a escala de cinza (grey scale).

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Utilizando os materiais disponíveis, textos, atlas ou acesso virtual proceda as


atividades propostas no seguinte roteiro:

1 – Defina posição anatômica e faça um esquema para ilustrar.

2 - Compreender, identificar nas peças anatômicas e, quando possível no próprio corpo,


além de fazer um esquema dos seguintes princípios:
a) Linha mediana

b) Planos de delimitação do corpo humano


- Plano de Delimitação Anterior e Posterior
- Plano de Delimitação Superior e Inferior
- Plano de Delimitação Lateral (Direito e Esquerdo)

c) Planos de secção do corpo humano


- Plano de Secção Sagital Mediano
- Plano de Secção Sagital ou Parassagital (direito e esquerdo)
- Plano de Secção Frontal ou Coronal
- Plano de Secção Transversal

d) Eixos anatômicos
- Eixo Látero-lateral ou Transversal
- Eixo Súpero-Inferior ou Longitudinal
- Eixo Ântero-Posterior

3 – Definir variação anatômica.

4 – Identificar a pele, suas funções e suas camadas.

5 – Princípios de Osteologia

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Osteologia é a parte da anatomia que estuda os ossos. Os ossos constituem a


parte passiva do sistema locomotor e o seu conjunto, representado por
aproximadamente 208 ossos, forma o esqueleto.
Os ossos têm outras finalidades, a saber: função hematopoiética (produzir
células sanguíneas), sustentação e manutenção de posição das partes moles do
corpo e proteção de outros sistemas como, por exemplo, o sistema nervoso central.
Com os ossos pode-se estudar o desenvolvimento físico do homem no tempo. É o
único tecido que pode atravessar séculos e mais séculos com desgastes muitas vezes
insignificantes.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes.
- Esqueleto axial – formado pelo crânio, coluna vertebral, costelas e esterno.
- Esqueleto apendicular -compreendido pelos ossos dos membros.
è Membro superior: cintura escapular (formada pelas escápulas e clavículas) +
os outros ossos do membro superior.
è Esqueleto apendicular do membro inferior: cintura pélvica (formada pelos ossos
ilíacos) + os outros ossos do membro inferior.
No estudo dos ossos é importante sabermos sua localização espacial em relação
ao corpo humano. Para colocar um osso em posição anatômica precisamos utilizar os
acidentes ósseos como referência e orientá-los em relação as planos anatômicos.
Para os ossos ímpares utilizamos apenas dois acidentes ósseos e para os ossos
pares utilizamos três. Isso porque precisamos de mais um acidente ósseo para
identificarmos o lado o qual esse osso pertence.

Composição dos Ossos


São distinguíveis duas formas de osso: o osso compacto e o osso esponjoso.
- Osso compacto: massa sólida e contínua, na qual se pode apenas ver espaços com
auxilio do microscópio. Na região de junção do osso compacto com o osso esponjoso
observa-se uma gradual substituição de uma forma por outra, sem uma delimitação
nítida.
- Osso esponjoso: Constituído por uma trama tridimensional de espículas ósseas
ramificadas (trabéculas), que delimitam o espaço ocupado pela medula óssea. Nos
ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma
delgada camada superficial compacta. A diáfise é quase totalmente compacta, com
pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda delimitando o canal

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medular. Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda sua
periferia por uma camada compacta. Nos ossos chatos existem duas camadas de
osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjo, que nessa
localização recebe o nome de díploe.
Na cavidade do osso esponjoso e no canal medular dos ossos longos
encontramos a medula óssea. No recém-nascido toda sua medula óssea tem cor
vermelha, devido a sua intensa hematopoiese (formação de células sanguíneas). Com
o passar da idade a medula óssea vai sendo infiltrada por tecido adiposo. Formando a
medula óssea amarela. Revestindo os ossos pela face externa encontramos o
periósteo, uma fina camada de tecido conjuntivo que está em contato direto com o
osso. Possui duas camadas, uma profunda e outra superficial. A camada profunda é
também conhecida como folheto osteogênico, por participar da formação óssea pela
diferenciação de suas células em osteoblastos.

6 - Microscopia

O microscópio óptico ou de luz possui uma parte mecânica e uma parte óptica.
A parte óptica é constituída por 3 sistemas de lentes: o condensador, as objetivas e
as oculares.
A finalidade do condensador é projetar um cone de luz sobre as células e tecidos que
estão sendo examinados. Após atravessá-los, o feixe luminoso em forma de cone penetra na
objetiva.

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A objetiva projeta uma imagem aumentada no plano focal da ocular, que novamente a
amplia. Por fim, a imagem fornecida pela ocular pode ser percebida pela retina do
observador como imagem situada a 25 cm da ocular.
Cada microscópio possui 2 ou 3 objetivas chamadas secas; de pequeno, médio e
grande aumento. De modo geral, as objetivas secas são parafocais, isto é, se o objeto está
focalizado com uma, estará muito perto de sê-lo com as outras. Uma outra objetiva,
denominada de imersão, possibilita um aumento de 100X. Essa objetiva é usada com óleo
de cedro, cujo índice de refração é maior que o do ar, permitindo um melhor aproveitamento
dos raios luminosos que incidem sobre o corte e, conseqüentemente, uma imagem de
qualidade superior.
Cálculo do Aumento: A ampliação total da imagem é obtida multiplicando-se o
aumento da objetiva (vem gravado na mesma), pelo aumento da ocular (também gravado).
Por exemplo, utilizando-se uma objetiva de 40x e uma ocular de 10x, a imagem observada
estará aumentada 400x.
As imagens microscópicas podem ser aumentadas quase que indefinidamente pelos
meios ópticos e fotográficos; mas acima de certo limite a imagem aparece muito embaçada
e jamais é melhorada com aumento complementar. Daí os microscópios de luz raramente
serem usados com aumentos maiores de 1000x.

Limite de Resolução: Resolução é a capacidade que um sistema óptico ou eletrônico


possui de poder visualizar dois pontos separados por uma certa distância. O limite de
resolução corresponde à menor distância existente entre dois pontos, o que permite que eles
sejam observados individualmente. Por exemplo: duas partículas separadas por 0,3 µm
aparecem individualizadas em um sistema óptico com limite resolutivo de 0,2 µm.
A riqueza de detalhes da imagem fornecida por um sistema óptico depende do seu limite
de resolução (poder de resolução) e não do seu poder de aumentar o tamanho dos objetos.

Como usar o microscópio:

a) Acenda a lâmpada do microscópio e regule a intensidade luminosa.


b) Usando um lenço de papel (nunca o algodão), limpe a lâmina que você vai analisar, as
objetivas e as oculares.
c) Gire o revólver do microscópio de modo que a objetiva de menor aumento (4x ou
panorâmica) fique em posição de uso.

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d) Coloque a lâmina a ser observada sobre a mesa (ou platina) estando a lamínula
voltada para cima. Segure a lâmina colocando seu dedo polegar sobre a etiqueta de
papel, e NUNCA sobre a superfície do corte histológico a ser analisado. E então mova
a haste de metal (presilha) que está sobre a mesa a fim de encaixar a lâmina
adequadamente.
e) Focalize o objeto usando inicialmente o parafuso macrométrico; este parafuso deve
ser movido lentamente - se necessário melhore o foco usando o parafuso
micrométrico.
f) Centre a estrutura que você quer examinar, usando para isto o sistema Charriot.
g) Após observar completamente a lâmina na objetiva de 4x, gire o revólver e mude para
uma objetiva de maior aumento (10x) com cuidado. Ajuste o foco, utilizando somente
o parafuso micrométrico.
h) Após terminar o estudo da lâmina na objetiva de 10x, gire o revólver e mude para a
objetiva de 40x, com cuidado. Ajuste o foco, utilizando SOMENTE o parafuso
micrométrico. Isto é imprescindível, uma vez que a lâmina e a objetiva de 40x estão
muito próximas, e se por engano você utilizar o parafuso macrométrico a lâmina se
quebrará.
i) Se for necessário, abaixe ou eleve o condensador, abra ou feche o diagrama, para
obtenção da melhor imagem possível.
j) No exame de preparações permanentes, o diafragma, geralmente, funciona totalmente
aberto.
k) Existe um parafuso para regular a distância entre o condensador e a platina e um
dispositivo para aumentar ou diminuir a abertura do diafragma.
l) Para cada lâmina que for examinada durante o curso, repita a mesma orientação.
m) Para desligar o microscópio proceda da seguinte forma: gire o revólver passando da
objetiva de 40x para a de 10x e desta para a objetiva de 4x. Então, abaixe a mesa,
retire a lâmina e coloque-a imediatamente na caixa de madeira no local indicado pela
sua numeração.
n) Desligue o microscópio e cubra-o com a capa.

Cuidados com o Microscópio

O microscópio é um aparelho de precisão feito de um material valioso. Havendo cuidado


por parte de quem o usa, ele durará longo tempo, mas, um pouco de negligência poderá
danificá-lo de maneira permanente.
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Quando não estiver sendo usado, o microscópio deverá ficar coberto, ao abrigo da
poeira.
O que não deverá ser feito:
a) Deixar acesa a lâmpada do microscópio, quando não estiver sendo usado.
b) Mergulhar as objetivas em líquidos para limpá-las. Isto poderá danificá-las
permanentemente.
c) Focalizar, girando as objetivas de maior aumento para baixo, a fim de evitar que a
lâmina ou lamínula sejam quebradas.
d) Tentar fazer consertos em seu microscópio. Isso exige pessoa qualificada.
e) Mover o microscópio de um lugar para outro do laboratório. Se precisar de auxílio, a
professora ou o técnico deverá ir até o seu microscópio.
f) Tentar desmontar as oculares e as objetiva

- Identifique no microscópio de luz os componentes mecânicos e ópticos.


- Aprenda e treine seu manuseio para melhor entendimento de seu funcionamento.
- Indique na figura abaixo, as partes do microscópio citadas nos números:

1- Oculares 5- Braço 9- Presilha


2- Objetivas 6- Tubo 10- Sistema Charriot
3- Condensador 7- Revólver 11- Parafuso macrométrico
4- Base ou pé 8- Mesa ou platina 12- Parafuso micrométrico

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7 - Conheça a coleção de lâminas de Histologia e Patologia, que será seu objeto de estudo
nestas áreas do conhecimento. Compreenda como utilizar as lâminas e interpretá-las.

8- Treinar o manuseio do microscópio óptico.

9 – A radiação X é uma radiação eletromagnética com alto conteúdo de energia, capaz de


ionizar a matéria, atravessar o tecido humano até um detector, que grava os raios que o
alcançam na forma de imagem. Ocorre na transição de um elétron de uma órbita externa
para uma interna de um átomo, emitindo energia em forma de radiação eletromagnética. Um
tubo de vácuo (de Raio X) é circundado de chumbo, por todos os lados, exceto por uma
pequena janela de saída. O tubo contém um filamento de tungstênio com corrente elétrica
de alta voltagem, onde os elétrons são atraídos e acelerados na direção do ânodo de
metal, ocorrendo assim a emissão de Raios X. O chumbo absorve a maioria dos Raios X
emitidos, exceto a porção que escapa pela janela de saída. Com nestes princípios, o aluno
deverá explicar sucintamente as nomenclaturas básicas utilizadas na avaliação de um
exame radiográfico simples:
a) Radiopacidade;
b) Radiotransparência;
c) Escala de cinza (grey scale).

10 – Descrever os métodos de imagens na avaliação diagnóstica e explicar as fontes de


energia utilizadas em cada método:
a) Radiografias (RX)
b) Ultrassonografia (US)
c) Tomografia (TC)
d) Ressonância Magnética (RM)

O roteiro do laboratório morfofuncional apresenta apenas alguns tópicos, para


orientar e facilitar o estudo do aluno. Não apresenta todos os pontos a serem
estudados, pois este é apenas um roteiro e não a descrição detalhada dos livros.
Desta forma cabe ao aluno o estudo aprofundado e detalhado. Todos os professores
estão a disposição para a orientação dos estudos.

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
GARDNER, Ernest; GRAY, Donald G.; O’RAHILLY Ronan. Anatomia – Estudo Regional
do Corpo Humano. 4°. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.

MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Orientada para
Clínica. 7°.ed. Rio de Janeiro: GEN, 2014.

PAULSEN, F.; WASCHKE, J. Sobotta – Atlas de Anatomia Humana. 23°. ed. Rio de
Janeiro: GEN, 2013.

NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 6°.ed. Rio de Janeiro: GEN, 2015.

JUHL, John H.; CRUMMY, Andrew B.; KUHLMAN, Janet, E. Interpretação radiológica.
7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

JUNQUEIRA, Luis Carlos U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

OVALLE, William K. NAHIRNEY, Patrick C. Netter: bases da histologia. 2.ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014.

ROSS, Michael H. Histologia: texto e atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2016.

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