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Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
Campus de Jaboticabal
Curso de Administração
PLANTAS FRUTÍFERAS
1. INTRODUÇÃO
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CULTURA DA MACIEIRA
A maçã possui origem europeia e pertence ao gênero Malus, cuja espécie mais
importante comercialmente é a domestica.
A produção de maçãs no Brasil nas últimas três décadas teve um impressionante
aumento de mais de 6.000%. De importador o País passou não apenas a abastecer todo o
mercado interno, como também a exportar 15% de sua colheita.
Hoje, cerca de 99% da maçã do Brasil é cultivada abaixo do Trópico de Capricórnio.
O estado de Santa Catarina responde por 51% da produção nacional, seguido do Rio
Grande do Sul (44%) e do Paraná (5%). Os três grandes polos produtores são Vacaria (RS),
São Joaquim (SC) e Fraiburgo (SC). Em 2007, estimava-se um total de 2.731 produtores no
País.
As variedades mais cultivadas são a Gala (precoce) e a Fuji (tardia), que variam na
textura e sabor da polpa.
A maçã que compramos em dezembro saiu de sua árvore de origem quase um ano
antes. A variedade Gala é colhida apenas nos meses de janeiro e fevereiro e a Fuji, nos
meses de março e abril. Durante o resto do ano ela é armazenada em câmaras frias de
onde sai para ser colocada no mercado aos poucos.
Por ser um fruto extremamente delicado, que estraga com muita facilidade se
manuseado de forma incorreta, questões ligadas ao transporte, estoque e colheita ganham
importância redobrada. Na hora de descarregar as caixas que chegam dos pomares, por
exemplo, a maçã cai em tanques de água para minimizar o impacto e depois percorre
esteiras especiais para passar por um processo de seleção manual de classificação de
qualidade. Além das maçãs do tipo Extra e das categorias 1, 2 e 3, há as destinadas a uso
industrial aquelas que não apresentam qualidade suficiente para serem vendidas in natura.
A sensibilidade é um dos obstáculos à mecanização da colheita, que precisa ser feita
de forma artesanal, o que exige bom treinamento dos trabalhadores, gerando muitos
empregos: cada hectare plantado gera 1,5 empregos diretos, o que corresponde a mais de
58 mil vagas. Para toda a cadeia, considerando-se matérias-primas, produção, refrigeração
em frigoríficos, beneficiamento, embalagem, distribuição e venda, estima-se em mais de 150
mil o número total de empregos gerados pela cultura da maçã. A produção oferece trabalho
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CULTURA DA VIDEIRA
A videira pertence à Vitaceae, gênero Vitis, e espécies labrusca (Isabel, Bordô,
Niágara...) e vinifera (Itália, Rubi, Cabernet...).
A produção nacional de uva está voltada, basicamente, para dois mercados com
características peculiares: processamento industrial (vinho, espumantes, sucos, passas,
doces em massa, geleias, óleo, produtos cosméticos) e consumo “in natura” ou mesa. A
região Sul é a maior produtora nacional de uva, com cerca de 907 mil toneladas,
correspondentes a 68% da produção nacional, de acordo com dados do IBGE. Segundo a
mesma fonte, para a uva de mesa, destacam-se como produtoras as Regiões Sudeste e
Nordeste que, juntas, responderam por quase 87% do volume total produzido.
Em 2004, 48,72% da uva produzida no Brasil foi destinada à elaboração de vinhos,
sucos, destilados e outros derivados Em 2005, face à redução da quantidade de uvas
produzidas no Rio Grande do Sul, este percentual foi reduzido para 44,19%.
CULTURA DA LARANJEIRA
Os citros são originários das regiões tropicais e subtropicais da Ásia e do Arquipélago
Malaio. A sua distribuição está ligada a fatos históricos, principalmente a “cura” do escorbuto
(carência de Vitamina C) por ocasião das grandes navegações. Na América foi introduzida
pelos espanhóis e portugueses.
Pertence à Família Rutaceae, e gênero Citrus, sendo que a espécie das laranjas
comuns é o Citrus sinensis.
O Brasil é o maior produtor de laranjas e maior exportador de suco concentrado
(FCOJ) e não concentrado (NFC) do mundo. O parque citrícola paulista e do triângulo
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mineiro está assentado basicamente sob 4 cultivares principais: Hamlin (precoce); laranja
Pera Rio (meia estação); Natal e Valência (tardias).
O desenvolvimento do agronegócio da citricultura paulista é inibido pela des-
capitalização de parte dos fornecedores das indústrias. Muitos deles cumpriram ou ainda
cumprem contratos vinculados ao dólar, e a moeda americana tem-se desvalorizado nos
últimos anos. As menores receitas e aumento dos custos, decorrente da maior quantidade
de tratamentos fitossanitários, geraram o endividamento dos produtores, hoje na casa de R$
1 bilhão. Por sorte, o preço do suco concentrado começou a subir em meados de 2009, em
razão da redução da oferta.
A diminuição das colheitas deveu-se a diversos fatores econômicos e fitossanitários,
que ainda precisam ser convenientemente avaliados. Mas é certo que um dos agentes do
encolhimento foi o HLB ou greening. A doença avança incansavelmente sobre os pomares,
reduzindo a produção e elevando os custos, seja no Brasil, na Flórida ou em países da
América Central. O levantamento amostral do Fundecitrus, realizado entre maio e junho de
2010, mostrou um aumento expressivo da incidência do greening em muitas regiões,
atingindo 38% dos pomares paulistas.
A redução da oferta eleva o preço da matéria-prima, com perspectiva de continuidade
de preços altos. Mas o repasse dos preços para o consumidor pode inibir o consumo. O
suco de laranja pode perder uma fatia do mercado para bebidas mais baratas. Há um limite
de preço, hoje estimado em torno de US$ 2.400/t, a partir do qual se acredita que o
consumo comece a se retrair. Isso limita o preço da caixa. E depende, em parte, da
eficiência de cada indústria. Mesmo o suco não-concentrado (NFC) de maior qualidade
organoléptica (sabor, cor e aroma) tem limites para a expansão de preços e volumes, por
vezes relacionados ao maior custo de transporte.
O mercado interno do consumo de suco de laranja vem aumentando na
proporcionalidade do aumento da renda da população, constituindo-se como uma excelente
alternativa para o setor.
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