“É direito real sobre coisa imóvel (sua natureza e finalidade são incompatíveis com as Noção coisas móveis tendo em vista a possibilidade de conceitual movimento das coisas), que lhe impõe um ônus em proveito de outra, pertencente a diferente dono.” (Orlando Gomes) Necessidade de utilizar o termo sevidões prediais – existem outras? Atualmente – servidões prediais. Direito Romano – servidões pessoais e predais “servidões pessoais como as que derivavam do Direito Romano e tinham como objeto não somente a necessidade existente entre os prédios, mas também as necessidades particulares do proprietário do prédio dominante. Segundo ele essas servidões deixaram de existir tendo em vista que o encargo é imposto em um prédio para proveito de outro e não com base na necessidade pessoal de seu titular”. (MELLO, Marco Aurélio Viana de – Comentários da Forense, p. 560.) Serviente – prédio que suporta a servidão. Partes Dominante – prédio em favor do qual se constitui. Características Inalienabilidade Indivisibilidade Perpetuidade Restrição Ambulatoriedade Inalienabilidade
• servidão não pode ser objeto de transferência
apartada ou de outros direitos reais • difere do direito real de superfície que pode ser transferido e objeto de outros direitos reais Indivisibilidade • Art. 1386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro. • servidão não se adquire ou se perde por partes. Não sofre com a divisão dos prédios. – Exceção: toda a vez que a natureza ou o destino do bem permitem que haja divisão (servidão de passagem localizada num quinhão do bem). Perpetuidade • servidão é perpétua como o direito de propriedade • posição em contrário: Luciano Camargo Penteado • Possibilidade de definir antecipadamente Restrição • proprietário do prédio dominante não pode estender a servidão ou ampliá-la para outras propriedades. Ambulatoriedade • servidão acompanha o prédio. • Onera os prédios independentemente das pessoas a que pertençam (adere à coisa e a acompanha em todas as transferências do seu domínio, opondo-se erga omnes). • Direito instituído em favor da coisa e não do seu titular. Requisitos • instituição sobre prédios distintos um em favor do outro. Não há que se falar em servidão quando se tratar do mesmo prédio (não confundir com serventia – no Direito Alemão há a possibilidade de servidão predial do proprietário). • proximidade entre os prédios devem ser vizinhos, mas não precisam ser contínuos. Ex.: servidão de passagem e aqueduto. • não se presume constituída e provada de modo explícito (pode ser constituída por usucapião) • deve ser útil ao prédio dominante vantagem não precisa ser reduzida a dinheiro, pode ser servidão de mero aformoseamento e conforto – importância de considerar o abuso do direito • Interpretação restrita a de passagem não impõe a de água • Exercício menos oneroso possível para o prédio serviente Classificação • urbanas e rurais (rústicas) – o critério de definição? – Marco Aurélio Bezerra de Melo: destinação – Tartuce: localização (mesmo utilizado para usucapião) • Positivas – proprietário ou possuidor do prédio dominante praticam atos no prédio serviente. Ex.: servidão de trânsito. • Negativas – proprietário ou possuidor do prédio serviente devem abster-se da prática de determinado ato de utilização. Ex.: não construir. • Contínuas – dispensam atos humanos para que subsistam e sejam exercidas. Ex: aqueduto, passagem de água. • Descontínuas – dependem para o seu exercício de atos do senhor ou possuidor do prédio dominante. Ex: trânsito, retirada de água. • Aparentes – evidenciada no plano real e concreto havendo sinal exterior. Ex.: servidão de passagem ou de trânsito. • Não aparentes – não se revelam no plano exterior, não são perceptíveis a olho nu (servidão de não construir, de não passar por determinada via, de não abrir janela, de caminho – transitar pelo prédio alheio sem que haja marca visível) Constituição – Arts. . 1378 e 1379 • Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis. • Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião. • Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos. a) Ato voluntário de proprietários • gratuito ou oneroso, bilateral (acordo de vontades) ou unilateral (testamento, destinação do proprietário). • O acordo de vontades por si só não constitui a servidão, deve ser levado a registro. “Somente proprietários podem estipular servidão” • Usufruto - nu-proprietário não pode constituir servidão que comprometa o uso do prédio. O usufrutuário não pode gravar o bem, pois não tem o poder de disposição. Orientação deve ser seguida nos casos de superfície, uso e habitação. • Anticrese - devedor não pode instituir servidões que impeçam o uso da coisa pelo credor. • Compromitente vendedor – propriedade resolúvel – extinta a propriedade extingue os direitos que forem constituídos na sua pendência sujeito à resolução. • Devedor hipotecário - não pode gravar o bem se representar diminuição do valor. • Condomínio - necessário o consentimento de todos os condôminos. b) Servidão por destinação do proprietário Objeto: dois prédios (mesmo proprietário) SERVENTIA entre os prédios. Doutrina costuma chamar de servidão pelo pai de família. Serventia convertida em servidão se os imóveis passarem a pertencer a donos distintos. Modalidade admitida no Direito brasileiro, mesmo antes do Código Civil de 1916. A lei não refere essa forma de constituição. Aceita pela doutrina e jurisprudência (decisões do Supremo Tribunal Federal desde 1978). No momento da separação do bem ou alienação a outro titular, não pode haver cláusula contrária ao estabelecimento da servidão. – PINTO, Paulo Brossard de Souza – Servidão por Destinação do Proprietário – AJURIS, 15, maço de 1979. c) Usucapião Orlando Gomes – somente contínuas e aparentes. Rizzardo “pode se constituir a servidão por usucapião no caso de servidão descontínua, desde que a posse seja contínua. Porém, é necessário considerar que a posse contínua do dono do prédio dominante, durante o prazo legal, habilita-o a adquirir a servidão.” Art. 1379 Código Civil Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião. Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos. • Marco Aurélio S Viana • “qualquer tipo de servidão pode ser constituída por usucapião, respeitando o conteúdo da Súmula 415 do Supremo Tribunal Federal. Deve ser investigado se aquele que pretende usucapir tem posse, e isso não depende da espécie de servidão.” • Súm. 415 Servidão de trânsito não titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se aparente, conferindo direito à proteção possessória. – Autor refere que não foi repetido o Art. 697 do Código Civil de 1916 (“As servidões não aparentes só podem ser estabelecidas por meio de transcrição no R.I). A redação do Código Civil de 1916 conduzia a interpretação de que somente as servidões aparentes poderiam ser constituídas por usucapião, como a redação não foi repetida, a orientação é de que não há mais distinção entre as modalidades de servidões, para definir qual servidão poderá ser adquirida por usucapião. Questões relevantes - Servidão de luz e de Vista Art. Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho. § 1o As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendiculares, não poderão ser abertas a menos de setenta e cinco centímetros. § 2o As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não maiores de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais de dois metros de altura de cada piso. Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o prédio vizinho. Parágrafo único. Em se tratando de vãos, ou aberturas para luz, seja qual for a quantidade, altura e disposição, o vizinho poderá, a todo tempo, levantar a sua edificação, ou contramuro, ainda que lhes vede a claridade. RECURSO ESPECIAL Nº 935.474 - RJ (2004/0102491-0) DIREITO CIVIL. SERVIDÕES LEGAIS E CONVENCIONAIS. DISTINÇÃO. ABUSO DE DIREITO. CONFIGURAÇÃO. - Há de se distinguir as servidões prediais legais das convencionais. As primeiras correspondem aos direitos de vizinhança, tendo como fonte direta a própria lei, incidindo independentemente da vontade das partes. Nascem em função da localização dos prédios, para possibilitar a exploração integral do imóvel dominante ou evitar o surgimento de conflitos entre os respectivos proprietários. As servidões convencionais, por sua vez, não estão previstas em lei, decorrendo do consentimento das partes. - Na espécie, é incontroverso que, após o surgimento de conflito sobre a construção de muro lindeiro, as partes celebraram acordo, homologado judicialmente, por meio do qual foram fixadas condições a serem respeitadas pelos recorridos para preservação da vista da paisagem a partir do terreno dos recorrentes. Não obstante inexista informação nos autos acerca do registro da transação na matrícula do imóvel, essa composição equipara-se a uma servidão convencional, representando, no mínimo, obrigação a ser respeitada pelos signatários do acordo e seus herdeiros. - Nosso ordenamento coíbe o abuso de direito, ou seja, o desvio no exercício do direito, de modo a causar dano a outrem, nos termos do art. 187 do CC/02. Assim, considerando a obrigação assumida, de preservação da vista da paisagem a partir do terreno dos recorrentes, verifica-se que os recorridos exerceram de forma abusiva o seu direito ao plantio de árvores, descumprindo, ainda que indiretamente, o acordo firmado, na medida em que, por via transversa, sujeitaram os recorrentes aos mesmos transtornos causados pelo antigo muro de alvenaria, o qual foi substituído por verdadeiro “muro verde”, que, como antes, impede a vista panorâmica. Recurso especial conhecido e provido. Código Civil português • Artigo 1362.º - (Servidão de vistas) 1. A existência de janelas, portas, varandas, terraços, eirados ou obras semelhantes, em contravenção do disposto na lei, pode importar, nos termos gerais, a constituição da servidão de vistas por usucapião. 2. Constituída a servidão de vistas, por usucapião ou outro título, ao proprietário vizinho só é permitido levantar edifício ou outra construção no seu prédio desde que deixe entre o novo edifício ou construção e as obras mencionadas no n.º 1 o espaço mínimo de metro e meio, correspondente à extensão destas obras. Prazo para usucapião • CC alterou os prazos para a aquisição da propriedade – prazo máximo 15 anos (na prática será 10 pelo parágrafo único) – usucapião de servidões – prazo máximo de 20 anos – Como resolver? • Enunciado 251. – “O prazo máximo para o usucapião extraordinário de servidões deve ser de 15 anos, em conformidade com o sistema geral de usucapião previsto no Código Civil.” • Crítica ao enunciado Exercício das Servidões… Art. 1.380. O dono de uma servidão pode fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso, e, se a servidão pertencer a mais de um prédio, serão as despesas rateadas entre os respectivos donos. Art. 1.381. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo dono do prédio dominante, se o contrário não dispuser expressamente o título. Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante. Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe-á custear as obras. Art. 1.383. O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da servidão. Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente. ...Exercício das servidões Art. 1.385. Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante, evitando-se, quanto possível, agravar o encargo ao prédio serviente. § 1o Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro. § 2o Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa. § 3o Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso. Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro. Regras • não pode ser estendida pelo proprietário do prédio dominante a outras propriedades. • não pode ser ampliada para outro fim – servidão de trânsito e o dominante quer retirar água – Cuidado: ampliação X alargamento (imposição mediante indenização – ex.: aumento do número de cabeças de gado que irão passar pela servidão de trânsito– Art. 1385, § 3º) . • Servidão é restrita (cuidado com as hipóteses de servidão acessória, ex.: na servidão de tirar água o proprietário dominante precisa de passagem até chegar à fonte) • deve ser exercida sempre no modo menos gravoso possível para o proprietário serviente - Atenção para a FSP e para o abuso do direito • Proprietário serviente pode instituir servidões distintas sobre o mesmo prédio serviente. (Art. 1380 – “Servidão pode pertencer a mais de um prédio”) Extinção das Servidões Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada. Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor. • Desapropriação do imóvel serviente – não é preciso RI. Proprietário do prédio dominante recebe indenização. Nos demais casos depende do RI. • Consentimento do credor hipotecário do prédio dominante – fundamento: diminuição do valor do bem Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne: I - quando o titular houver renunciado a sua servidão; II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão; III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão. Renúncia da servidão pelo titular do imóvel dominante • Depende de registro. – Se for expressa e cumprir com as formalidades legais é título hábil para o cancelamento – dispensa ação para esse fim. – Se for tácita, quando decorre da prática de atos incompatíveis com a existência da servidão, é necessário meio judicial para ao final requerer o cancelamento do registro. • Se o bem estiver em condomínio a servidão não se extingue com a renúncia manifestada por um dos co-proprietários - princípio da indivisibilidade consagrado no Art. 1386 do Código Civil. Cessação da utilidade ou comodidade • Razões que determinaram a constituição da servidão deixam de existir. – Ex.: construção de estrada pelo poder público que torna inútil a servidão de passagem. Construção rede de esgotos pelo poder público, que torna inútil a servidão de suportar as águas que correm do prédio superior. Importante • Observar o conteúdo do título constitutivo da servidão e avaliar se cessou a utilidade ou a comodidade que originou a servidão. Novo estado de fato fulmina a função da servidão. • Negligência do proprietário do prédio dominante - preclusão do direito de servidão que impõe a extinção da servidão (falta de diligência do proprietário dominante consolida a falta de utilidade da servidão e justifica a sua extinção). • O art. 1228, §1º e 2º do Código Civil extinção da servidão pelo não uso, terminada a utilidade seria abusivo o comportamento do proprietário dominante que tenta manter o direito real de servidão quando não tem mais razão de existir. Resgate • Ação de resgate proposta pelo proprietário do prédio serviente mediante o oferecimento de determinada soma pela desoneração do imóvel. • Não é compulsório, depende de acordo dos interessados. • Só é possível se houver autorização nesse sentido, ou se no ato de constituição tenha sido inserida cláusula admitindo tal caráter. • Como depende de anuência do proprietário dominante que não está obrigado a aceitar o resgate, em verdade não há interesse processual em se ajuizar ação para esse fim, bastaria que as partes firmassem uma escritura pública que deveria ser levada a registro. Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção: I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa; II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso; III - pelo não uso, durante dez anos contínuos. • Art. 1389 não depende de ação, a prova das causas de extinção suficiente para a extinção (cancelamento depende de um ato do titular do prédio serviente) • Confusão • A confusão deve operar sobre todo o prédio, ou pelo menos na parte onerada. • Supressão das obras • Supressão das obras gera presunção de perda da finalidade – deve constar no documento constitutivo que a supressão das obras gera a extinção da servidão – “efeito do contrato” • Não uso por 10 anos • O não uso da servidão, (só das descontínuas??? Rizzardo diz que poderia se decretar a extinção pelo não uso de qualquer tipo de servidão) pelo prazo de 10 anos acarreta a sua extinção. • O não uso se caracteriza pela omissão por parte do dono do prédio dominante, e pela iniciativa do prédio serviente que pratica ato contrário à servidão. • Pode ocorrer que a servidão seja exercida de maneira diferente daquela estabelecida no título constitutivo, ocorrendo uma modificação no seu exercício. Nesse caso, se opera a extinção da servidão primitiva e dependendo do caso o reconhecimento de outra servidão. Pode ocorrer também a limitação da servidão. Ex.: servidão de passagem irrestrita e o indivíduo usa a pé durante 10 anos, aí será possível se limitar o exercício da servidão. • Casos de servidões intermitentes? Ações cabíveis • Ação confessória - obter o reconhecimento, a cessão da lesão que lhe suprime totalmente ou pelo menos perturba o respectivo exercício. Afirmar a existência da servidão quando negada ou contestada. Pode ser ajuizada pelo titular do prédio dominante incluídos o enfiteuta e o usufrutuário. É ajuizada contra aquele que lesa o direito, mesmo que não seja proprietário do prédio serviente. • Ação negatória • Ações possessórias (incluindo interditos possessórios, ação de nunciação de obra nova, ação de dano infecto e demolitória) • Joana levantou a construção de sua moradia em seu imóvel abrindo as janelas a menos de metro e meio da divisa. Depois de passados mais de 2 anos da conclusão de sua construção, Joana procura um escritório de Advocacia e busca informações sobre a viabilidade de pleitear o reconhecimento de servidão de luz em detrimento do terreno do vizinho (este jamais se insurgiu contra as janelas). Analise o caso descrito e considerando a lei, a posição doutrinária e jurisprudencial a respeito do caso, emita seu parecer.