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BAIXA VISÃO
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DEFICIÊNCIA VISUAL
O termo deficiência visual abrange conceitos que incluem desde a cegueira total,
onde não há percepção de luz até a baixa visão.
Cegueira: somente em caso de perda total da visão e para condições nas quais os indivíduos
Baixa visão: para graus menores de perda de visão e para condições as quais os indivíduos
precisam receber auxílio significativo por meio de aparelho e dispositivo de reforço da visão (o
Visão diminuída: quando a condição de perda de visão é caracterizada pela perda da função
visual (como acumulado visual, campo visual) muitas dessas funções podem ser medidas
quantitativamente.
Visão Funcional: descreve a capacidade de visão pelas pessoas para a Atividade Diária de Vida
(ADV), sendo que, muitas dessas atividades podem ser descritas apenas qualitativamente.
Perda da Visão: termo geral que compreende perda total (Cegueira) e perda parcial (Baixa
de 2006
ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO COM BAIXA VISÃO
- Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem
ver ou não poder ver bem (muitas crianças não têm consciência disso).
- Os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para
as pessoas (algumas crianças apresentam comportamento de cegos, olham
para o vazio. Peça para que “olhe” o objeto ou pessoa em questão).
- Ajude-o a desenvolver comportamentos e habilidades para participar de
brincadeiras e recreações junto com os colegas, facilitando o processo de
socialização e inclusão.
- Oriente o uso de contraste claro e escuro entre os objetos e seu fundo.
- Estimule o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encoraje-o a tocar
nos objetos enquanto olha.
- Lembre-se que o uso prolongado da baixa visão pode causar fadiga.
- Seja realista nas expectativas do desempenho visual do estudante,
encorajando-o sempre ao progresso.
- Encoraje a coordenação de movimentos com a visão, principalmente das
mãos.
- Oriente o estudante a procurar recursos como o computador pois, ele se
cansará menos e aumentará sua independência.· Pense nos estudantes com
baixa visão como pessoas que vêem.
- Use as palavras “olhe” e “veja” livremente.
- Esteja ciente da diferença entre nunca ter tido boa visão e tê-la perdido após
algum tempo.
- Compreenda que o sentido da visão funciona melhor em conjunto com os
outros sentidos.
- Aprenda a ignorar os comentários negativos sobre as pessoas com baixa
visão.· Dê-lhe tempo para olhar os livros e revistas, chamando a atenção para
os objetos familiares. Peça-lhes para descrever o que vê.
- Torne o “olhar” e “ver” uma situação agradável, sem pressionar.
OBS: Deve-se evitar fazer tudo pela criança com baixa visão para que ela não
se canse ou se machuque. Ela deve ser responsável pelas próprias ações.
FORMAS DE AMPLIAÇÃO
- Fotocopiadora;
- Computador;
- Ampliação à mão: é a mais utilizada e deve seguir requisitos como tamanho,
espaços regulares, contraste, clareza e uniformidade dos caracteres.
MATERIAIS
- Lápis 6B e/ou caneta hidrográfica preta;
- Cadernos com pautas ampliadas ou reforçadas;
- Suporte para livros;
- Guia para leitura;
- Luminária com braços ajustáveis.
MAIS SUGESTÕES
Nos CAPES pode ser encontrado o caderno com pauta ampliada (mais larga)
para alunos com baixa visão; mas também pode ser confeccionado utilizando o
próprio caderno do aluno riscando com uma caneta hidrocor preta uma linha
sim, outra não. Como normalmente os cadernos encontrados hoje em dia as
linhas são claras, não haverá problema pois, normalmente o aluno não
consegue enxergar as linhas mais clara somente as mais escuras e ele poderá
escrever no espaço entre elas (no caso utilizando 2 linhas).
Para alguns alunos é necessário um espaço maior entre as linhas; como não
encontramos este tipo de caderno no mercado pode-se encadernar um maço
de sulfite, colocar uma capa e traçar as linhas, folha por folha (com lápis 6B) de
acordo com a necessidade do aluno como neste caso, 5 cm. As mães
costumam colaborar quando orientadas neste sentido.
Caso o aluno apresente além da baixa visão, uma dificuldade motora, pode-se
utilizar de letras móveis em papel para que o aluno cole as letras, formando
palavras, ao invés de escrever.
Para evitar o cansaço de estar constantemente com o rosto sobre o caderno,
pode-se utilizar um suporte para leitura encontrado em casas que trabalham
com artigos para deficientes visuais. Pode ainda ser confeccionado ou ser
utilizados livros, como suporte, embaixo do carderno para que este possa ficar
mais elevado.
O professor pode ainda confeccionar esta grade para facilitar a escrita do aluno
com baixa visão. Pode ser utilizado uma lâmina de radiografia, como na foto,
do tamanho da folha do caderno e com a mesma medida das linhas ou ainda
em papel cartão com cores que contrastem com o fundo branco da folha do
caderno. Para a leitura pode ser confeccionado no mesmo modelo, uma guia
para leitura utilizando-se somente uma linha vazada e à medida que o aluno vai
lendo a guia vai sendo deslocada para a linha de baixo, o que evita que ele se
perca durante a leitura.
O professor também pode se utilizar dos encartes que contém figuras grandes
para trabalhar com o aluno com baixa visão para reconhecimento dos produtos
e palavras conhecidas bem como com rótulos de embalagens que são
utilizados em seu dia-a-dia. A medida que ele vai aprendendo a ver começará a
identificar figuras cada vez menores.
CARTILHAS:
-Introdução
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/introducao.pdf
============================
DEFICIÊNCIA VISUAL
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf
=============================
Adaptações de acesso ao currículo:
ADAPTAÇÕES CURRICULARES (o que é?)
http://www.bancodeescola.com/verbete5.htm
=============================
ESPECÍFICOS DEFICIÊNCIA VISUAL
Orientação e Mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa
com deficiência visual (2003)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori_mobi.pdf
PS:
- O professor pode indicar algumas destas sugestões para a família como uma
forma de participação;
- Utilizar estas sugestões com as outras crianças (videntes), será gratificante
para todos;
- O professor pode pedir que as crianças auxiliem o deficiente visual em
algumas atividades.
A maioria dessas atividades foram extraídas do livro “O desenvolvimento
Integral do portador de deficiência visual da Intervenção precoce a integração
escolar" – Marilda Moraes Garcia Bruno
http://www.youtube.com/watch?v=7u3Rpwqjwss
CCTV:
Apoio de Leitura. O CCTV amplia a figura até sessenta vezes o seu tamanho.
Com sua ajuda pode ler e escrever mesmo que a visão residual seja muito
pobre.
BRAILLE:
A técnica braille consiste-se de pontos em relevo que combinados formam
letras. Para escrevê-los usamos uma chapa, também chamada de reglete, e
um punção. Usamos também uma brailler - máquina de escrever constituída de
seis teclas. Uma característica importante da técnica braille, é que ela
independe de materiais físicos como o reglete, o punção ou a brailler para ser
comunicativa. Apenas devemos entender que a técnica braille constitui-se de
"seis pontos não obrigatoriamente em relevo" para estabelecer uma
comunicação ou seja, onde houver a possibilidade de trabalharmos "seis
pontos" a técnica braille estará sendo usada e bem aceita.
TABLITAS DE COMUNICAÇÃO
Fabricadas em plástico sólido, representam em relevo as letras e os números
ordinários, assim como, caracteres do sistema braille. As letras e os números
estão superpostos aos caracteres braille. O dedo da pessoa surdocega é
levado de uma letra/número a outra(o) ou de um caracter à outro,
estabelecendo desta forma a comunicação.
ALFABETO DACTICOLÓGICO
Cada uma das letras do alfabeto corresponde a uma determinada posição dos
dedos da mão. Trata-se do alfabeto manual utilizado pelas pessoas surdas.
Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.
LETRAS DE FORMA
Encontra aqui um método verdadeiramente simples. A única condição
necessária para que funcione é que nosso interlocutor conheça as letras
maiúsculas do alfabeto: As letras são feitas na palma da mão, ou em qualquer
outra parte do corpo do surdocego, uma sobre a outra. O próprio dedo
indicador do interloctor, ou o dedo do surdocego é usado como caneta.
SISTEMA PICTOGRÁFICO
Os símbolos de comunicação pictóricos - Picture Communication Symbols
(PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que se
refere ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de
comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação
existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste-se de símbolos, figuras,
etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características
podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto
expressivamente.
CONCLUSÃO
Em síntese a esta pequena contribuição gostaríamos de deixar claro que a
qualidade essencial de qualquer vida satisfatória e recompensadora passa
quase que exclusivamente por uma interação entre as pessoas. Há pessoas
surdocegas que não possuem desenvolvida uma linguagem formal. Ainda
assim, elas tem uma consciência muito forte de outras pessoas, situações,
ambientes, objetos, etc....
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Comunicate Com Nosotros. Fundación ONCE Lerner Printing, S.A Madri, 1990.
Johnson, Roxanna M. The Picture Communication Symhols Guide Mayer -
Johnson Company, 1998.
Shields, Ioan. Tadoma: O Método de Vibração do Ensino da Fala - Tolking
Sense . Vol 34, nº 4 Winter 1988.
The Finnish Daf - Blind Association. Os meios de Comunicação do
SurdocegoMimiografado, não datado.
Fonte:http://www.agapasm.com.br/artigo003.asp
.
Marcadores: Surdocegueira
DEFINIÇÃO
É uma deficiência única, com graves perdas visual e auditiva combinadas.
Essa condição leva a pessoa surdocega a ter necessidade de formas
específicas de comunicação, para ter acesso à educação, lazer, trabalho, vida
social, etc.” Não há necessariamente uma perda total dos dois sentidos.
TIPOS DE SURDOCEGUEIRA
- Cegueira congênita e surdez adquirida
- Surdez congênita e cegueira adquirida
- Cegueira e surdez congênita
- Cegueira e surdez adquirida
- Baixa visão com surdez congênita
- Baixa visão com surdez adquirida
ETIOLOGIAS (CAUSAS)
PRÉ NATAIS
-Rubéola
- Citomegalovírus
-AIDS
-Herpes
-Toxoplasmose
-Sífilis congênita
PERI NATAIS
- Prematuridade
-Falta de oxigênio
-Medicação ototóxica
-Icterícia
PÓS NATAIS
-Meningite
-Medicação Ototóxica
-Otite média crônica
-Sarampo
-Caxumba
-Diabetes
-Asfixia
CLASSIFICAÇÃO:
SURDOCEGO PRÉ-LINGUÍSTICO
Crianças que nascem surdocegas ou adquirem a surdocegueira em tenra
idade, antes da aquisição de uma língua.
A criança surdocega pré-linguística apresenta graves perdas visuais e auditivas
combinadas, não adquire uma imagem real do mundo em que vive; não pode
aprender de imediato com as pessoas com as quais convive, o que estas
fazem ou falam, provavelmente não saberá o que tem ao seu redor, o que se
passa e nem sequer sabe que faz parte do mundo. Sua vida pode ser um caos,
se não houver intervenção. Precisamos proporcionar a informação necessária
de forma que algo tenha sentido para ela. Sem intervenção é provável que seu
mundo seja seu próprio corpo, nada existindo fora de si mesmo e não existindo
razão para explorar e comunicar-se (Grupo Brasil – Apascide, 2001).
SURDOCEGO PÓS-LINGUÍSTICO
Crianças, jovens ou adultos que apresentam uma deficiência primária (auditiva
ou visual) e adquirem a outra, após aquisição de uma língua (Português ou
Língua de sinais), como também ocorre aquisição da surdocegueira sem outros
antecedentes.
FORMAS DE COMUNICAÇÃO
SURDOCEGO PRÉ-LINGUÍSTICO
-Objetos de referência e pistas
-Cadernos de comunicação
-Desenhos
-Gestos naturais
-Gestos indicativos
-Sinais adaptados
-Movimentos corporais
-Gestos contextuais
-Expressão facial
(Tadoma)
SURDOCEGO PÓS-LINGUÍSTICO
-Língua de Sinais tátil
-Língua de sinais em campo reduzido
-Alfabeto manual tátil
-Sistema braile tátil ou manual
-Escrita na palma da mão
-Tablitas alfabéticas
-Tadoma
-Leitura labial
-Escrita em tinta
-Materiais técnicos alfabéticos com retransmissão do braile
-Sistema malossi
-Língua oral amplificada
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OBS: A criança surdocega que ainda não conseguiu estabelecer uma forma de
comunicação, apresenta comportamentos esteriotipados e agressivos, muitas
vezes sendo confundida com doente mental. Isso acontece pois não sabe o
que se passa a sua volta, o que esperam dela, o que vão fazer com ela, ou o
que está por vir. Por isso a importância de um atendimento especializado para
que se possa estabelecer uma forma de comunicação o quanto antes, para
diminuir a angústia não só da criança, como também da família para que ela
possa desenvolver-se plenamente, caso contrário pode ficar seriamente
comprometida pelo resto da vida.
Sinopse
Em 1887, no Alabama, a jovem Helen Keller, cega e muda, desde a infância,
devido a uma congestão cerebral, está a ponto de ser enviada para uma
Instituição especializada em doentes mentais. Sua falta de habilidade para se
comunicar a deixou frustrada e violenta. É um tempo difícil no sul dos Estados
Unidos.
Desesperados, seus pais procuram ajuda junto ao Perkins Institute, de Boston,
que lhes encaminha a jovem Annie Sullivan para ser tutora de sua filha. Annie
acabara de concluir seu curso, de modo que Helen será sua primeira aluna.
Em sua incansável tarefa para tentar fazer com que Helen se adapte e
entenda, pelo menos em parte, o mundo que a cerca, Annie não se mostra
condescendente nem a trata como uma pessoa deficiente. Com essa atitude e
determinação, entra muitas vezes em confronto com os pais de Helen, que
sempre sentiram pena da filha e a mimaram. Por várias vezes, o pai a ameaça
de mandá-la embora. A situação chega a tal ponto que Annie diz que, para seu
trabalho apresentar bons resultados, é preciso que ela e Helen passem a morar
sozinhas numa outra casa da família.
A tarefa é realmente difícil, mas com pulso firme e muito amor, Annie
consegue, em relativamente pouco tempo, tornar Helen uma garota dócil, bem
como, fazer com que ela aprenda a linguagem dos dedos e a pronunciar suas
primeiras palavras.
Críticas
Baseado no livro autobiográfico "The Story of my Life" de Helen Keller, "O
Milagre de Annie Sullivan" é um grande clássico do cinema americano.
Realizado pelo cineasta Arthur Penn, o filme é comovente e retrata a luta pela
vida , nesse caso, contra a adversidade.
A direção de Arthur Penn é soberba. O roteiro, assinado por William Gibson, é
muito bem escrito e estruturado. As interpretações de Anne Bancroft e Patty
Duke são impactantes em sua sinceridade brutal. A emoção envolve o
espectador à medida em que o personagem vivido por Patty Duke vai-se
despojando de suas defesas e aversões para descobrir algo novo entre elas, o
milagre a que o título se refere.
Enfim, "O Milagre de Annie Sullivan" é um filme imperdível.
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BLACK
http://www.youtube.com/watch?v=-6VgqE9M5L0
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Se você conhece alguma criança com surdocegueira, ou cega com resíduo
audivo, ou surda com resíduo visual, alerte a família para que ela seja
encaminhada o quanto antes para o atendimento especializado, segue abaixo
o endereço de Instituições especializadas neste atendimento:
http://www.grupobrasil.org.br/
http://www.ahimsa.org.br/
"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos,
sobre idéias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma." (Louis Braille)
da Redação
“A gente se anula pela vida dos filhos. O que o governo tinha que fazer era investir mais
e não acabar com o IBC, criando ensino de 2º Grau e Superior. Dizem que o instituto
não dá certo. É mentira, dá certo sim. Está dando certo com meu filho.” (Vânia- mãe de
aluno com deficiência visual)
A rotina do pequeno Hugo Souza Mota, de apenas 6 anos, foi quebrada na manhã de
segunda-feira, 11 de abril. De cartaz na mão, ele, sua mãe, Vânia Silva de Souza, de 31
anos, e mais de 300 pessoas fecharam metade da pista da Avenida Pasteur, na Urca, em
uma manifestação contra o fechamento do Instituto Benjamin Constant (IBC) e do
Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em Laranjeiras. Cego desde os seis
meses de idade, após ter tido câncer de retina, Hugo tentava acompanhar a agitação dos
protestos segurando o cartaz e a mão de Vânia, que não escondia sua revolta com a
ameaça do IBC deixar de existir e a proposta do Ministério da Educação para que os
alunos deficientes visuais sejam matriculados também em unidades de ensino das redes
públicas, como o Colégio Pedro II. O protesto, que ocorreu em frente ao prédio do
instituto e causou engarrafamentos da região até Copacabana, contou com apoio do
Núcleo de Pessoas com Deficiência do Sisejufe, da Associação de ex-alunos do IBC
entre outras entidades -a intenção foi justamente chamar a atenção da população para o
problema.
“O governo federal diz que as outras redes têm condições de receber nossos filhos
deficientes visuais. Isso não é verdade. As outras escolas não têm capacidade de atendê-
los. O IBC tem salas especializadas em movimento espacial, para musicoterapia, para
eles praticarem esportes entre outras atividades. Não vamos encontrar isso nas redes
municipal e estadual. Se não podem nos dar tratamento melhor, que nos deixem aqui no
IBC”, desabafou Vânia, enquanto o pequeno Hugo já demonstrava certa irritação com o
barulho do trânsito, dos discursos dos oradores que se revezavam ao microfone do carro
de som.
Para a mãe de Hugo, fazer o menino estudar em duas escolas vai ser um transtorno
muito grande na vida deles. Além do problema da falta de estrutura das outras escolas, o
deslocamento diário de um local para o outro será difícil. Moradora de Bento Ribeiro,
Vânia passa o dia inteiro no IBC acompanhando e esperando o filho. “A gente se anula
pela vida dos filhos. O que o governo tinha que fazer era investir mais e não acabar com
o IBC, criando ensino de 2º Grau e Superior. Dizem que o instituto não dá certo. É
mentira, dá certo sim. Está dando certo com meu filho”, disse.
da Redação
Mais de 100 cegos participaram neste domingo de uma passeio de bicicleta organizado
por grupos civis pelas ruas da cidade mexicana de Guadalajara, informou Bernardo
Álvarez, o criador do projeto "Passeio às Cegas (Pac)". O Pac começou nesta cidade do
oeste do país há um mês e já reuniu cerca de 120 participantes que passeiam em
bicicletas duplas, disse Álvarez.
"Para as pessoas com cegueira não existem locais de lazer, sempre há muitos
impedimentos e discriminação. Acreditamos que é importante que haja um espaço onde
possam se divertir saudavelmente e, além disso, praticar este esporte", acrescentou. Os
passeios são realizados aos domingos dentro da Via Recreativa, programa incentivado
pela Prefeitura de Guadalajara para fomentar o uso de veículos não motorizados em
mais de 25km de ruas e avenidas.
O Pac facilita aos usuários as bicicletas duplas e os apoia com um voluntário para que
as guie. Álvarez explicou que com este trabalho também pretende sensibilizar a
população sobre esta condição, convidando-os a viver a experiência de pedalar com os
olhos fechados.
O programa "Passeio às Cegas" surgiu na capital do país e foi reproduzido em outras
cidades mexicanas como León, Monterrey, San Luis Potosí, Puebla e Guadalajara.
CONHEÇA
DOENÇAS
OFTALMOLÓGICAS
•
•
• Doenças Oftalmológicas
Nistagmo
Definição
O termo nistagmo é usado para descrever os movimentos oculares oscilatórios, rítmicos e repetitivos dos
olhos. É um tipo de movimento involuntário dos globos oculares, geralmente de um lado para o outro e
que dificulta muito o processo de focagem de imagens. Os movimentos podem ocorrer de cima para baixo
ou até mesmo em movimentos circulares e podem surgir isolados ou associados a outras doenças.
Os nistagmos variam de caso a caso e podem ser classificados de acordo com a manifestação clínica. Os
principais tipos são: fisiológico, congênito, spasmus nutans, nistagmo do olhar, nistagmo vestibular,
nistagmo por distúrbio neurológico, nistagmo voluntário e nistagmo histérico. Em geral, provocam
incapacidade de manter fixação estável e significativa ineficiência visual, especialmente para visão à
distância. Estima-se que os nistagmos afetam 1 a cada 1000 nascidos vivos.
Causas
O nistagmo pediátrico difere muito do nistagmo iniciado na fase adulta. Na infância, o nistagmo pode ter
causas relacionadas a um defeito do olho ou na relação de comunicação entre o olho e o cérebro. É ainda
associado a catarata, glaucoma, desordens de retina, albinismo e em pacientes com síndrome de Down.
Alguns tipos de nistagmo podem ser hereditários; outros de causa desconhecida.
O nistagmo adquirido, que se desenvolve ao longo da vida, pode ser o sintoma de esclerose múltipla ou
associado à lesão neurológica aguda nas vias motoras oculares localizadas no tronco cerebral ou
cerebelo, labirintites, maculopatias entre outras doenças.
Tratamento
A terapêutica para o nistagmo ainda é limitada atualmente, mas muito pode ser feito para melhor a visão
de quem tem esse problema. Pode-se recorrer à ortóptica (oclusão alternada), tratamento óptico (com uso
de prismas) para corrigir o mau posicionamento da cabeça, mudança dos óculos por lentes de contato
(para prevenir outros problemas oftalmológicos).
•
•
• Doenças Oftalmológicas
Dmri
Definição
Causas
Atualmente, ainda há necessidade de conhecimentos sobre as causas da DMRI assim como melhores
comprovações científicas a respeito de agentes que determinam essa degeneração oftalmológica. Sabe-
se que é responsável por perda visual grave e é a principal causa de cegueira sob o ponto de vista legal
nos pacientes com mais de 50 anos de idade na maioria dos países desenvolvidos. Um dado relevante é
que pessoas de pele e olhos claros são mais acometidas pela DMRI. A forma seca tem uma evolução
lenta e pode se tornar agressiva se não for bem diagnosticada. Já a forma úmida depende de uma
avaliação rigorosa e intervenções clínicas e cirúrgicas para minimizar as seqüelas oculares.
Tratamento
Várias modalidades de tratamento existem para a DMRI. Para a forma seca, o uso de doses diárias de
substâncias antioxidantes, tais como betacaroteno, selênio, zinco, cobre e vitamina A e C auxiliam no
tratamento e tem efeito protetor para evitar maiores danos futuros. No entanto, a DMRI úmida depende de
exames bem detalhados para um diagnóstico adequado do problema.
É muito importante observar os critérios de seleção para se tratar a DMRI e a indicação do procedimento
mais indicado são relevantes para se obter resultados melhores. Tudo dependerá do tipo de dano e
também da lesão. Pode-se, inclusive, se propor a combinação de tratamentos.
São empregadas diferentes técnicas para a DMRI, como a termoterapia transpupilar, cirurgia submacular,
translocação de mácula, transplante do epitélio pigmentado da retina e epitélio iriano autólogo na mácula,
terapia fotodinâmica e ainda medicamentos específicos. No entanto, tudo vai depender da caracterização
individual de cada paciente e muitas pesquisas ainda estão em andamento para o tratamento da DMRI
úmida com o objetivo de tornar os resultados cada vez mais eficazes.
Pais devem ficar atentos aos sinais para detectar possíveis problemas
oculares em bebês e crianças
“Em crianças pequenas que não conseguem ainda informar verbalmente, prestar atenção
nos sinais oculares é um bom caminho para detectar problemas precocemente”, explica.
Segundo a médica, nesta fase elas podem apresentar olhos vermelhos, lacrimejamento,
coceira ocular, tersol e conjuntivites repetidas. Algumas crianças caem e tropeçam com
facilidade e apresentam dificuldades em olhar na direção correta quando chamados. “Tudo
isso pode apontar para algum tipo de problema”, ressalta. Segundo Rosana, nos primeiros
meses de vida de um bebê, os pais devem observar se eles seguem os objetos com o
olhar, se apresentam movimentos oculares uniformes e olhos retos, além de coloração,
abertura e tamanho dos olhos dentro da normalidade. “Principalmente no caso dos bebês,
é muito importante ressaltar que qualquer alteração ou dúvida é motivo de avaliação
médica oftalmológica em caráter de urgência”, afirma.
Para os maiores, a partir dos quatro anos, a identificação dos sintomas é um pouco mais
fácil. Como já se comunicam de forma eficiente, eles podem relatar coceira nos olhos, dor
ocular ou de cabeça e, às vezes, demonstram dificuldades em realizar as atividades
escolares, ao contrário dos amiguinhos.
Nos bebês que nascem a termo e com gestações normais, com um bom acompanhamento
médico, o chamado Pré-Natal, os problemas oftalmológicos encontrados são raros. Mas,
há doenças e problemas que acometem alguns e por isso, os pais não podem descuidar.
A oftalmologista pediatra do Hospital Oftamológico de Brasília, Dorotéia Matsuura,
especialista em estrabismo e visão sub-normal, enumera algumas doenças que podem ser
diagnosticadas em bebês recém-nascidos, como descolamentos de retina, cataratas
congênitas, toxoplasmose ocular e retinoblastoma, que é um tipo de tumor.
“Mas vale ressaltar que como as maternidades já efetuam exames das pupilas dos bebês
para checar os reflexos, caso exista algum tipo de problema, ele é normalmente detectado
neste exame”, explica. Segundo Dorotéia, até os três meses de vida, é comum também os
bebês apresentarem estrabismo, movimentos oculares com desvios ocasionais, mas
depois desta idade, se o problema persistir é preciso consultar um médico.
As médicas também explicam que se deve prestar muita atenção se o bebê apresenta
olhos muito grandes e esbranquiçados, opacos, sem brilho em conjunto com forte
sensibilidade à luz, pois revelam sintomas de uma doença grave, o glaucoma congênito
que deve ser tratado logo para não afetar o nervo óptico.
Dorotéia afirma que os pais podem fazer a partir dos 3 meses um teste simples em casa,
para se assegurar que a criança está desenvolvendo de forma saudável a sua visão.
“Chamar a atenção da criança com um objeto nas mãos de longe e ir se aproximando,
fazendo movimentos com o objeto para checar se o bebê acompanha”, explica. “Já a partir
dos 3 anos, os pais podem tampar um dos olhos da criança e mostrar um objeto e depois
repetir o exercício tampando o outro olho para ver se ela consegue enxergar bem”, sugere.
O que todos devem entender é que a visão dos indivíduos se forma dos zero aos 7 anos
de idade, aproximadamente. Para que esta formação seja perfeita é necessário que exista
condições para o bom funcionamento ocular. Isso significa que quanto mais cedo
acontecer o diagnóstico e tratamento de doenças, maior será a chance de se ter um
correto desenvolvimento da visão. “O que ocorre é que se os problemas não forem
tratados a tempo, podemos nos deparar com o que chamamos de Ambliopia, ou olhos
preguiçosos, nos quais a visão fica mais restrita por falta de um adequado estímulo visual
ou a correção óptica na faixa etária própria para que isso aconteça”, explica Rosana.
Vale lembrar que os pais que usam óculos devem redobrar os cuidados com os filhos, já
que muitos problemas oculares e até mesmo o uso dos óculos tem caráter genético,
congênito e exigem mais atenção. De acordo com Dorotéia, o ideal é que a partir de um
ano de idade a criança faça uma visita anual a um oftalmologista a fim de prevenir e tratar
possíveis doenças e problemas da visão. Marta Divitiis