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O sistema feudal funcionou na Alta Idade Média, ou seja, no período entre o século V e
o século XI, mais estruturado nos séculos IX a XI. Ao estudar o feudalismo, há
divergências na periodização e mesmo no conceito. Mas a transição da Idade Antiga para
a Idade Média, e do Modelo Escravista para o Modelo de Servidão é uma boa explicação
em termos de época e surgimento.
No Feudalismo, não havia moeda, tudo era baseado na troca e a igreja obtinha o poder
central. A Hierarquia da época era a seguinte:
Weber (2004, p.59) fala deste reflexo, ao citar o desenvolvimento em corporação do início
da Época Moderna, e o direito Alemão em que “a comunidade proprietária de terras
comunitárias tinha caráter senhorial, sendo o senhor feudal geralmente considerado
proprietário das terras não-repartidas, enquanto os camponeses tinham apenas o direito
de utilizar o objeto alheio”.
Mas também a nobreza ainda mantinha suas estratégias para não perder seus escravos:
Mas na história, o feudalismo cai em decadência, e surgem novos modelos que trazem
novas estruturais sociais.
Não havia mobilidade social, ou seja, as facilidades estavam longe de serem iguais, para
as diferentes castas. Weber (2004, p.242) lembra esta separação estratégica de castas,
comparando modelos da Idade Média à Antiguidade, em que a nobreza possuía amplo
poder sobre os dominados que dela dependiam.
Nos estudos de Marx, “a feudalidade seria muito menos uma forma de regime político
do que um tipo de organização da economia e da sociedade, intercalando-se entre o
escravismo antigo e o capitalismo”. (FOURQUIN, G. 1987, p.12).
“ O uso que os historiadores marxistas faziam da palavra feudalismo para
definir uma das principais fases da evolução econômica e social se justifica
pelo papel que a feudalidade - no seu sentido muito amplo, isto é, as formas
que adotou o exercício do poder na Europa ocidental a partir mais ou menos do
ano mil - teve no ordenamento das relações novas entre as forças produtivas e
aqueles que delas tiram proveito”.
Mas para entender este novo modelo de economia, no feudalismo, vale a pena lembrar o
que o originou.
As terras precisavam, assim, serem as mais produtivas possível. Uma das maiores
preocupações nesta época por parte dos camponeses era o aproveitamento máximo das
terras.
Com isso, os camponeses prolongaram a vida útil da área, utilizando a rotação de
culturas, ocupando dois terços da área para diferentes culturas agrícolas e deixando a
outra parte livre, recuperando o solo para posteriores plantações.
A terra assim era o bem mais precioso. Com o crescimento demográfico, chegaria um
momento em que não mais existiria terra para tantos. Dentre os caminhos estava afastar
os feudos, já em grande quantidade, disputando terras com os senhores feudais.
O homem medieval, participando de uma cruzada proposta pela igreja, era convencido de
que estaria alcançando a absolvição dos pecados e do inferno, o maior medo do homem
medieval.
Muitos também morreriam nas cruzadas, pelas lutas, e baixas condições de sobrevivência
nas caminhadas, o que ajudava a resolver, na visão dos senhores feudais, o problema de
alta densidade demográfica.
Diversos pensadores influenciaram na história e no estudo das ciências sociais. Karl Marx,
por exemplo, desenvolveu vários estudos sobre o Capitalismo, entre eles, a obra O
Capital, que foi dividido em vários volumes, apresentando conceitos e origem do
capitalismo.
Marx em sua obra, descreve aspectos do processo histórico que, segundo ele, foram
elementares para o capitalismo e suas relações sociais. O pensador destacou em sua
obra as relações humanas e o modo de produção, relatando os dois tipos de
detentores de mercadorias: os proprietários dos meios de produção e os possuidores da
força de trabalho.
Para Marx, compreender o capitalismo significa compreender os mecanismos de
relações sociais capitalistas. A decadência dos camponeses resultou na perda de suas
terras e na venda de sua força de trabalho. Agora, a propriedade capitalista se formava
pelos meios de produção centralizados em um pequeno grupo.
Na era capitalista, o mercado se tornou a força reguladora das relações
sociais. Capitalistas e trabalhadores se tornaram dependente do mercado para sua
subsistência.
Além disso, Doob enfatiza em seu discurso a relação entre o produtor e seu superior
imediato. Para ele, a causa do declínio feudal foi a ascensão da economia monetária que
elevou a intensificação da servidão.
(PEIXOTO, 2012)
Para o filósofo Adam Smith, era imperioso uma regulação do preço de compra
dos bens com o preço de venda. O conceito central era praticar a acumulação
primitiva do capital que seria empregado para financiar o crescimento e
desenvolvimento da indústria. De um lado os lucros fáceis com a exploração do
monopólio de mercado, de outro a exploração da mão de obra industrial
assalariada.
(PEIXOTO, 2012)
Alguns pensadores se juntaram para discutir o que ficou conhecido como “pós-
marxismo”. Ellen Wood, historiadora Marxista, publicou uma obra em que engaja um
debate pautado nesse novo momento e suas análises conceituais. O raciocínio pós-
marxista se pautava de que as relações não estavam dependentes. A política
independente da economia e a transformação social não estava relacionada a exploração
de classe.
Para Wood, resgatar a força política da esquerda é algo que está intimamente
ligado à retomada séria de um Marx não contaminado por esquematismos ou
leituras acríticas. Foi nesse sentido que ela foi uma figura central na discussão
do chamado “marxismo político”, linhagem teórica à qual ela foi associada, ao
lado do historiador Robert Brenner, uma de suas maiores influências.
“Marxismo político” foi a assimilado - em um primeiro momento com um sentido
pejorativo, mas depois acolhido pelos seus representantes - à abordagem de
Wood e Brenner em relação a uma interpretação específica das origens do
capitalismo e de suas características estruturais.
(PEREIRA, 2017.)