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Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Extra
21 de Julho de 2020
Sumário
1. Começando ........................................................................................................................................................................................ 6
3. Razonetes ........................................................................................................................................................................................... 6
8. 1527360
Situação Líquida e Equação Fundamental do Patrimônio ......................................................................................................12
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17. Demonstrações Contábeis Obrigatórias pela Lei das Sociedades por Ações...................................................................23
18. Demonstrações Contábeis Obrigatórias Segundo o CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis ..........24
22. Ativo...................................................................................................................................................................................................26
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- Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole OU Método das Quotas Decrescentes .........................................49
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APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?
Hoje, estamos aqui para apresentar para vocês o nosso Resumo de Reta Final de Contabilidade
Geral.
O que é isso? É um PDF voltado para te ajudar na revisão final para seu concurso, fazer aquele
“sobrevoo” sobre os assuntos e deixar esse conteúdo bem fixado na sua memória.
Mas é importante que sejam lidas com atenção e carinho. Lembrando que estamos sempre à
disposição no nosso fórum de dúvidas!
Forte abraço.
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1. COMEÇANDO
Definição formal de contabilidade : Contabilidade é a ciência que estuda a pratica as funções
de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica (1º
Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924).
Se você é um grande investidor e quer empregar o seu capital em uma grande rede de
supermercados brasileira, não vai querer esmiuçar contrato a contrato, pegar todas as notas fiscais
de venda, de compra, para saber como anda a saúde financeira daquela companhia, não é?
Pois então, a contabilidade irá te fornecer todas essas informações , de modo prático, através das
demonstrações financeiras. A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações aos
seus usuários .
Existe uma técnica contábil que reúne todos os documentos que contenham fatos contábeis ,
lançando-os nos livros contábeis respectivos, que darão suporte para a elaboração e publicação
das demonstrações contábeis. Essa técnica contábil é chamada de escrituração 1.
Patrimônio
3. RAZONETES
Na contabilidade, cada um dos componentes patrimoniais (capital social, caixa, bancos, estoques,
investimentos, fornecedores, obrigações a pagar, empréstimos a pagar, entre outros) recebe o
nome de conta.
Portanto, a partir de agora, falaremos conta caixa, conta capital social, conta bancos e assim por
diante.
1 *Quatro são as técnicas contábeis existentes (que serão estudadas oportunamente): escrituração, elaboração das
demonstrações contábeis, auditoria e análise de balanços.
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Então, meus amigos, toda vez que falarmos na movimentação dessas contas , precisaremos nos
utilizar de uma coisa muito famosa na contabilidade. São os chamados razonetes . Eles têm a
seguinte estrutura:
Conta X
Eles têm a forma de um “T” mesmo. Então, as contas são movimentadas através dos razonetes.
Os lançamentos são feitos dos dois lados dos razonetes . É como se fosse uma equação
matemática e, ao final, devemos compensar os saldos .
Conta X
500,00 300,00
1.000,00
Saldo 1.200,00
Pois bem! Vimos que o razonete tem dois lados. A partir de agora, queremos que vocês chamem
o lado esquerdo do lado dos débitos ! Queremos, também, que vocês chamem o lado direito
de lado dos créditos ! Muito importante!
Conta X
Lado do débito Lado do crédito
Agora, vamos para um outro ponto muito importante da contabilidade. Galera, a contabilidade é
como uma equação matemática. Há que existir igualdade entre os dois lados. O total dos débitos
sempre terá que ser igual ao total dos créditos. Essa regra, em uma contabilidade regular, não
comporta exceções .
Então, no nosso lançamento: entrou dinheiro no capital social e entrou dinheiro no caixa. Sabemos
que esses montantes se equivalem. Nos razonetes, ficará assim:
*Observação : não se preocupe, por enquanto, em saber quais contas aumentam a débito e crédito.
Vejam que os montantes são equivalentes. Temos R$ 250.000,00 de débito (no caixa) e R$
250.000,00 de crédito no capital social.
Mas, professores, nesse exemplo, o caixa aumentou, por que temos um débito ? Eis um outro
ponto importantíssimo da disciplina! Vamos lá!
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Método das partidas dobradas: o total dos débitos sempre terá de ser igual ao total dos créditos!
Elaboramos as
demonstrações
Esses fatos são
contábeis (um
escriturados em livros
"resumo" da
escrituração)
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Graficamente, para nós, para estudo da disciplina e resolver questões faremos sempre algo do
tipo:
Continuando...
Então, se temos um ativo total no valor de R$ 100,00 e um passivo exigível no valor de R$ 40,00.
De quanto será o nosso PL? Isso! R$ 60,00.
Ativo = P + PL
100 = 40 + PL
PL = 60,00.
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Faz-se essencial a investidores, credores, fornecedores, governo e até mesmo aos próprios
administradores da entidade que tenham a plena convicção de como anda a “saúde” da empresa
gerenciada.
A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direito de ativo. Por seu turno, as
obrigações serão chamadas de passivo .
Passivo: obrigações
Vamos fazer uma breve comparação entre ativo, passivo, receita e despesa , antes que façamos
uma análise de cada um destes itens patrimoniais...
- Ativos são os bens e direitos da empresa. Assim, quando a empresa compra uma máquina para
ser usada na produção, está comprando um Ativo.
- Receita decorre de ganhar dinheiro. Quando a empresa usa a máquina que é uma ativo para
produzir produtos e vende esses produtos, está ganhando receita.
- Passivos são as obrigações da empresa. Aquilo que ela tem que pagar. Digamos que uma
empresa compre uma máquina para usar na produção e irá pagar em 12 prestações mensais. A
máquina (já vimos) é um ativo. A dívida com o fornecedor (as 12 prestações que a empresa tem
que pagar) é um Passivo.
- Despesas são os gastos que a empresa incorre para conseguir ganhar as receitas. Assim, temos:
despesas de salários (pagamento aos funcionários), despesa de administração, despesa de aluguel
etc.
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Resumindo:
Direito
Recurso
econômico
presente Potencial de
Benefícios
Controlado
Ativo
pela entidade
Resultado de
eventos
passados
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Obrigação
Presente
Transferir um
Passivo recurso
econômico
Resultado de
eventos
passados
Caixa 100,00
Duplicatas a receber 200,00
Estoques 50,00
Fornecedores 60,00.
Empréstimos a pagar 40,00.
A partir de agora, toda vez que falarmos em ativo e passivo, graficamente vocês irão esquematizar
do seguinte modo:
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos
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ATIVO PASSIVO
Caixa 100,00 Fornecedores 60,00
Estoques 50,00 Empréstimos a pagar 40,00
Duplicatas a Receber 200,00
O ativo representa os bens e direitos que estão aplicados nas atividades empresariais, o passivo
representa o capital que devemos a terceiros, os capitais de terceiros que estão empregados na
nossa atividade.
Por isso, contabilmente, diz-se que o ativo representa a aplicação de recursos na entidade.
Já o passivo representa uma origem. Estes recursos que os terceiros empregam nas atividades da
empresa são chamados de capital de terceiros (gravem este nome, pois cai corriqueiramente em
concursos).
APLICAÇÃO DE
ATIVO
RECURSOS
ORIGEM DE
PASSIVO RECURSOS
Pois bem. Mas, imaginem conosco. Quando o sócio vai constituir as atividades empresariais ele
emprega somente capitais de terceiros ou também entrega capitais próprios (pertencentes a ele
- sócio) às atividades. Ora, entrega capital próprio. Na contabilidade, este capital próprio é
chamado de situação líquida .
ATIVO PASSIVO
Caixa 100,00 Fornecedores 60,00
Estoques 50,00 Empréstimos a pagar 40,00
Duplicatas a Receber 200,00
Total 350.00 Total 100,00
Vejam que no ativo temos um total de R$ 350,00, enquanto no passivo tem apenas R$ 100,00. O
que podemos inferir? Os R$ 250,00 faltantes representam a chamada situação líquida ou
patrimônio líquido (capital próprio) da empresa. Portanto, fica assim:
ATIVO PASSIVO
Caixa 100,00 Fornecedores 60,00
Estoques 50,00 Empréstimos a pagar 40,00
Duplicatas a Receber 200,00 Situação Líquida 250.00
Total 350.00 Total 350,00
E como fizemos para achar o valor da situação líquida?! Ainda que sem perceber, utilizamo-nos de
uma equação algébrica básica: a equação fundamental básica da contabilidade .
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Portanto, amigos. Fica assim. O quadro que estamos montando para demonstrar o ativo e passivo
passará agora a ser chamado de balanço patrimonial , sendo esta a nossa principal demonstração
contábil .
O lado esquerdo do balanço patrimonial sempre deve ser igual ao lado direito. Esta é uma regra
que, numa escrita contábil regular, não comporta exceção.
O ativo representa tudo aquilo que está sendo empregado nas atividades da entidade. Assim, se
temos um veículo de R$ 10.000,00, dinheiro no valor de R$ 50.000,00 e investimentos em outra
companhia no valor de R$ 20.000,00, nosso ativo é de R$ 80.000,00. Este é o capital total aplicado
nas atividades.
Este valor possui uma origem. E que origem é esta?! Essa origem pode ser tanto de capital próprio,
empregado pelos sócios, como de terceiros, quando a empresa obtém, por exemplo, por um
financiamento.
Dizemos, assim, que o lado do ativo é o lado da aplicação de recursos. Já o lado do passivo e
do PL é o lado da origem de recursos .
BALANÇO PATRIMONIAL
LADO ESQUERDO LADO DIREITO
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
APLICAÇÃO DE RECURSOS ORIGEM DE RECURSOS
Todavia, é praxe que a expressão situação líquida seja entendida também como patrimônio
líquido (embora o patrimônio líquido seja uma das espécies do gênero situação líquida). Mas, para
nós, se a questão disser situação líquida ou patrimônio líquido, trataremos de maneira igual: vamos
achar o capita próprio!
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BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 1.000,00 Obrigações 500,00
Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?
Total 2.000,00 Total 2.000,00
Situação líquida = Ativo – Passivo = 2.000 – 500 = 1.500.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 1.000,00 Obrigações 2.500,00
Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?
Total 2.000,00 Total 2.000,00
Essa parte do Passivo para o qual não temos recursos suficientes para pagar é denominada passivo
a descoberto . Essa questão é recorrente em concursos!
Gravem! Passivo a descoberto ocorre quando o passivo exigível é maior que o ativo . Nesse
caso, temos o que alguns autores chamam de patrimônio líquido negativo , mas o nome
tecnicamente mais correto é passivo a descoberto .
Nesta situação o ativo é igual ao passivo exigível, não havendo que se falar em resíduo para os
proprietários no caso de dissolução da empresa, isto é, não existe capital próprio. O total dos
bens e direitos é igual aos valores das obrigações dos proprietários.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 1.000,00 Obrigações 2.000,00
Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?
Total 2.000,00 Total 2.000,00
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Este é o caso típico da constituição da sociedade. Quando um sócio emprega R$ 100,00 de capital
nas atividades (e este é o único fato contábil existente), teremos:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 100,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 100,00
Total 100,00 Total 100,00
De tudo o que expusemos até o momento, podemos tomar algumas conclusões. São elas:
O ativo pode ser maior ou igual a zero. O ativo não poderá, jamais, ser negativo. Não podemos
ter, por exemplo, um veículo que valha R$ - 100,00, ou caixa no montante de R$ - 30,00.
O mesmo vale para o passivo, que pode ser maior ou igual a zero, mas não negativo. Não há
possibilidade de ter obrigação de R$ - 1.000,00 com terceiros.
O patrimônio líquido (situação líquida), por seu turno, pode ser positivo, negativo ou nulo.
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Contas de Resultado
Receitas Custos Despesas
Receita de Vendas Custo das mercadorias vendidas Despesas Administrativas
Receitas Financeiras Custo dos produtos vendidos Salários e ordenados
Receitas de aluguel Custo dos serviços prestados Depreciação
Receitas de comissão Despesas de Frete
Receitas de serviços Despesas de Aluguel
Já dissemos que:
Com base no método das partidas dobradas, algumas conclusões podem ser tomadas:
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2) Conta debitada;
3) Conta creditada;
4) Histórico;
5) Valor.
12.1 - 1ª Fórmula
12.2 - 2ª Fórmula
12.3 - 3ª Fórmula
12.4 - 4ª Fórmula
Macete
É só ver a sequência de números e teremos: 11, 12, 21, 22. Em ordem crescente.
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Já os atos contábeis são atos relevantes que não alteram o patrimônio da entidade, tal como a
contratação de empregados, o simples fato de se conceder fiança a um terceiro ou avalizar um
cheque.
1) Modificativos;
2) Permutativos;
3) Mistos.
Fatos Contábeis
Permutativo Modificativo Misto
Permuta entre elementos do ativo Modificativo Aumentativo Misto Aumentativo
Permuta entre elementos do passivo Modificativo Diminutivo Misto Diminutivo
Permuta entre elementos do passivo e do ativo
Permuta entre elementos do PL
Como o próprio nome já diz, os fatos permutativos alteram o patrimônio somente em aspectos
qualitativos.
Os fatos permutativos configuram apenas trocas, permutas , entre bens do ativo e passivo exigível,
sem que haja alteração no valor total do patrimônio líquido e contas de resultado.
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Os fatos modificativos são aqueles que têm o condão de alterar, para mais ou para menos, o
patrimônio líquido. A doutrina também os denomina como fatos quantitativos.
1) Modificativo aumentativo
É aquele que provoca aumento da situação líquida mediante aumento do ativo ou diminuição do
passivo. Amigos, quando falamos de situação líquida e apresentamos contas de resultado
(apuradas na DRE), lembrem-se de que o resultado do exercício (lucro ou prejuízo) integra o capital
próprio.
2) Modificativo diminutivo
O fato modificativo diminutivo é aquele que tem o condão de reduzir a situação líquida da
empresa. Essa redução se dá, geralmente, pelo aumento do passivo ou pela redução do ativo.
Fato misto é o que envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo.
Acarreta, portanto, alterações no ativo e PL, no passivo e no PL ou no ativo, passivo e PL.
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Retificação do lançamento
Estorno Lançamento inverso, anulando totalmente
Transferência Transposição para a conta adequada
Complementação Complementa (aumentando ou reduzindo)
Ressalva Correção antes do término do lançamento
b) em forma contábil;
idioma e em
moeda corrente
nacionais
forma contábil
ausência Entrelinhas
Base
documentos ou Borrões, rasuras
elementos que e emendas
comprovem
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Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o diário , que
pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para
o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
O livro diário é um livro que contém o registro de todo e cada lançamento em ordem cronológica,
fato que nos permite compreender a sequência de acontecimentos ocorridos na empresa. Ele é
obrigatório para a quase que totalidade dos empresários (ressalva-se o pequeno empresário
previsto na LC 123/2006).
- Deve ser autenticado pela Junta Comercial do Estado (empresas mercantis) ou pelo Registro Civil
de Pessoas Jurídicas (empresas civis); e
Intrínsecas (Finalidade: resguardar a fidedignidade dos fatos ocorridos em relação aos fatos
registrados):
- Não deve haver rasuras, borrões, sinais, linhas em branco, entrelinhas, folhas em branco etc.; e
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Resumindo, o diário é:
O livro razão é facultativo , principal (isto é, registram todos os fatos) e sistemático (leva em conta
principalmente a organização das informações).
Segundo a legislação do IR, os contribuintes sujeitos à apuração do lucro real devem escriturar o
livro razão.
COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados X X
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X
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Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício serão publicadas
com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior .
Imagine você se uma empresa que tem uma faturamento de R$ 100 bilhões ano tem de apresentar
em minúcias cada item que tem em almoxarifado. Seria inviável, não é mesmo?
Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação em fundo de renda
fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada aplicações financeiras .
As companhias abertas, que são aquelas que negociam seus títulos no Mercado de Valores
Mobiliários (não é somente a Bolsa de Valores, mas sim a Bolsa e o Mercado de Balcão):
- Devem ser auditadas por auditores independentes, isto é, auditores registrados na CVM, sem
vínculo com a empresa, que vão dizer se as demonstrações contábeis estão ou não em
conformidade com a legislação contábil vigente.
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ATIVO PASSIVO
Circulante Passivo Circulante
Patrimônio Líquido
22. ATIVO
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante ; e
II – ativo não circulante , composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível
Disponibilidades
Direitos realizáveis
Ativo no curso do
circulante exercício social
subsequente
Aplicações de
recursos em
despesas do
exercício seguinte
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Ficará reconhecido como um direito, no ativo, até que o prazo vá se esvaindo, gradativamente.
Vejamos!
Por exemplo, se a sociedade alfa paga uma despesa de seguro, em 01.12.2010, que se refere ao
exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato como despesa antecipada, do
seguinte modo:
Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar:
Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?! Tudo em homenagem
ao já estudado princípio da competência.
Atenção! Quantos aos seguros, você tem que se habituar aos seguintes termos:
- Prêmio de seguros: despesa na DRE. Valor pago para que você possa utilizar o
seguro durante o ano.
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Pessoal, atentem-se!
- Se a despesa ainda não ocorreu e não foi paga, não irá aparecer na contabilidade.
- A despesa já incorrida e ainda não paga aparece como passivo (despesa a pagar).
- A despesa já paga e ainda não incorrida aparece como ativo (despesa paga antecipadamente).
RLP
Investimentos
Ativo não
circulante
Imobilizado
Intangível
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Circulante
É negócio usual Segue
da empresa a
regra
Venda de Não Circulante geral!
Mercadoria para
diretor
Não é negócio Não Circulante
usual da (independente
empresa do prazo)
Participações
permanentes
ANC- Não classificáveis
Investimentos no AC
Direitos
Não se destinem
à manutenção
das atividades
Dentro do subgrupo investimentos, é interessante que conheçamos, ainda, um novo tema, que
vem frequentemente sendo abordado em provas. Trata-se da propriedade para investimento.
O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou para valorização (ou ambas) ,
contanto que não sejam utilizadas para finalidades administrativas e nem sejam vendidas como
curso ordinário do negócio.
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- Aluguel
- Valorização de capital
- Ambas
Aluguel
Terreno
Propriedade para
Valorização
investimento
Edifício
Ambos
Em síntese, a propriedade que seja utilizada concomitantemente para valorização e para uso nas
atividades da entidade deverá ser assim analisada:
É possível separar?
Sim Não
A parte utilizada na
Classifica-se
produção é
separadamente
significante?
Siim Não
Classifica-se tudo
Classifica-se tudo
como propriedade
como propriedade
ocupada pelo
para investimento
proprietário
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Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou
fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel
não é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos
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Inclusive o fundo de
comércio adquirido
O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento no CPC 04. O conceito de ativo intangível
veio trazido pela norma, como se segue:
Conceito: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.
25. PASSIVO
Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a sociedade tem
perante terceiros .
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante .
Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para contingências, salários a
pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores ,
entre outros.
O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a edição da MP 449 e Lei
11.941/2009.
Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas , que fica no passivo não circulante . O
saldo que porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida.
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Muitos alunos perguntam se “todas as receitas diferidas são classificadas no passivo não
circulante, independente do prazo ”. Entendam! A receita diferida é uma receita que a empresa
já "ganhou" (não precisa devolver), mas ainda não pode ir para o resultado por causa do regime
de competência. Assim, não há sentido colocá-la no passivo circulante, pois a receita diferida não
será paga a ninguém. E passivo implica em um pagamento a terceiro. Tudo bem?
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 10.000,00
(-) Capital Social a realizar - 4.000,00
(=) Capital social realizado 6.000,00
A realização ou integralização do capital social é a entrega efetiva dos recursos pelo sócio .
Alienação de BS
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Resgate, reembolso,
compra de ações
Incorporação ao
capital social
Pagamento de
dividendos a ações
preferenciais, se for
assegurado
Vê-se, assim, que as reservas de capital somente podem ser utilizadas para pagamento de
dividendos de ações preferenciais . Não podem ser utilizadas para pagamento de dividendos
de ações ordinárias .
Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto. As preferenciais são
aquelas que não dão, em regra, direito a voto , mas possuem outras vantagens, geralmente
relacionadas ao pagamento de maiores dividendos.
O lançamento é o seguinte:
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Exclusiva para
companhias fechadas
Estranhas ao capital
social
Gera lançamento
somente a alienação
onerosa
Contudo, com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas receitas, que transitam pelo
resultado, podendo ser registradas (depois da apuração do resultado) em uma reserva de lucros
(de incentivos fiscais).
Pode virar
Reserva de Lucro
Doações e
Subvenções
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Pessoal, quando a empresa quer captar empréstimos junto ao público, ela pode optar pela
emissão de debêntures. Debênture é uma maneira de captar empréstimos sem recorrer às
instituições financeiras.
O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital . Com o advento
da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o
regime de competência .
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• Reserva legal
• Reservas estatutárias
• Reservas para contingências
• Reservas de incentivos fiscais
• Reservas de retenção de lucros
• Reserva de lucros a realizar
• Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos
• Reserva de prêmio na emissão de debêntures
Assim, gravemos:
Reserva Capital
de lucros social
Reserva
especial
Reserva de Capital
Reserva Reserva para
retenção de
legal estatutária
lucros
pagamento social
de
dividendos
Na verdade, podemos dizer que é menor ou igual, pois se for igual não há ultrapassagem.
Para a sua prova, grave que os LEÕES têm que ser MENOR DO QUE O CAPITAL SOCIAL!
L egal
E statutária
O rçamentária
Es pecial para dividendos não distribuídos
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Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes
de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá
de 20% (vinte por cento) do capital social.
Atenção! Para o cálculo da reserva legal, as bancas consideram o capital realizado, isto é
capital social – capital social a integralizar.
Capital social
(-) Capital a integralizar
Capital integralizado Usar este valor!
Portanto, se há prejuízos acumulados, o lucro do exercício deve ser destinado a cobrir o prejuízo,
sem qualquer participação ou destinação
Reservas estatutárias
Fixar a
Indicar a sua Fixar os Estabelecer o
parcela a ser
finalidade critérios limite máximo
destinada
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A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro
líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro , a diminuição
do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).
A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua
constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art. 195, §2º).
- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações ou estoques nessas
áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas operações, como no caso de
empresas comerciais ou industriais que utilizem tais produtos como matérias-primas em seu
processo produtivo.
- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer ciclicamente nas áreas onde
se localizam estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens,
por paralisação temporária das operações.
Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções governamentais tenha
deixado de figurar como reserva de capital, a companhia poderá deliberar por formar com esse
montante uma reserva de lucro, chamada reserva de incentivos fiscais.
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Então, se ela tem dividendos a pagar superiores às receitas que ingressaram, significa que os
valores em verde estarão, em tese, descobertos. Não haverá recursos para pagamento deste
montante. Dizemos em tese, pois a empresa pode ter recurso suficiente em caixa.
Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros a realizar, mediante
destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não
realizada financeiramente, apesar de reconhecida contabilmente, pela empresa.
- Lucro, rendimento, ganhos cuja realização financeira se dê no longo prazo. Aqui é o caso das
vendas de longo prazo.
Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social. Contudo, como
todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa possuir lucro, mas não possuir
situação financeira ou patrimonial que permita o pagamento de dividendos, como, por exemplo,
quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando
está em recuperação judicial ou extrajudicial.
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O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da
Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime
de competência.
Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da legislação antiga,
uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures.
Isso ocorre quando as condições como juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para
os investidores.
O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva específica de prêmios
de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de Renda (Lei 11.941/09).
Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal reserva. Se não
constituir, será tributada pelo IR.
Retenção de Lucros
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Se o estatuto for omisso sobre o valor a ser pago a título de dividendos, aplicamos a regra prevista
no inciso I do artigo 202, que propõe:
Base de cálculo ajustada: 50% x [Lucro líquido – Reserva legal – Reserva para
contingências + Reversão de reserva para contingências – Reserva de incentivos
fiscais (facultativo) – Reserva de prêmio na emissão de debêntures (facultativo)].
Contudo, caso venha a fixar depois, não poderá fazê-lo em menos de 25% do percentual do
lucro líquido ajustado, mostrado acima .
Fica assim:
Dividendos
Estatuto expresso Fixa o quanto quiser
Lucro líquido do exercício
Estatuto omisso (base de - Reserva legal
cálculo): 50% do lucro líquido - Reserva para contingências
ajustado, que é encontrado da + Reversão de reserva para contingências
seguinte maneira - Reserva de incentivos fiscais (facultativo)
- Reserva emissão de debêntures (facultativo)
Se fixar depois Mínimo 25% do valor do lucro ajustado acima
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A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial, quando do
fechamento da demonstração . Não é mais possível, com as mudanças recentes advindas na
contabilidade, que a empresa retenha lucros injustificadamente. Alguns autores afirmam,
erroneamente, que esta conta deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a
conta lucros acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço),
sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades. Sendo uma
conta de PL, o seu saldo é credor.
Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.
Portanto, gravem:
- A conta lucros acumulados é uma conta temporária do patrimônio líquido. Ela recebe o resultado
do exercício que não mais pode ficar ali retiro injustificadamente.
Assim, se uma empresa captasse 10.000 com custo de transação de 800 para pagar em 2 meses,
com juros de 10% ao mês, a contabilização inicial ficava assim:
(Observação: vamos usar juros simples, nesse exemplo, mas o correto é usar juros compostos –
método exponencial).
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Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos contabilizar 400 no primeiro mês e
400 no segundo mês.
Assim:
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Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou
fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel
não é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos
Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo , o qual inclui todos
os custos necessários para colocá-lo em condições de uso.
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Ativo Imobilizado
Custo de aquisição
Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e
as paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é
contabilizado no custo do ativo, e passa a ser depreciado).
Manutenção Só beneficiam um
Gastos do período Despesa na DRE
periódica exercício social
Beneficiam mais de
Paradas programadas Gastos de capital Ativo Imobilizado
um exercício social
Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação
e depreciação acumulada .
Encargo de
Despesa no período Zera todo ano
depreciação
Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, sem valor
residual.
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A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo . Como o próprio
nome sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada . Esta conta só é baixada, zerada,
com o fim da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.
A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso . Então, em regra, o mês de aquisição
vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas questões, a data em que o ativo está pronto para
ser utilizado .
Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas . Dividimos o valor depreciável pelo
tempo de vida útil estimada. Se nada disser a questão sobre um método específico, devemos
utilizar o da linha reta.
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Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo que é aceito
pelo fisco, utilize o prazo contábil ou também a “melhor estimativa contábil”. É
este que vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não pode interferir
nos dispositivos da legislação contábil!
Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma .
Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é de 5 anos, tomaremos os
seguintes procedimentos:
Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15.
Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15 e ano 5 = 1/15.
Mas por que, professor?! Por que isso? Há uma justificativa técnica para tal método: a de que a
despesa de depreciação menor nos últimos anos é compensada pelo aumento das despesas de
manutenção. Ademais, o declínio do valor do ativo é mais acentuado nos primeiros anos.
Vejam que a despesa de depreciação será decrescente . Começará maior e terminará menor.
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Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e estima que um terá vida útil
de 10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos, deve depreciá-los conforme esta estimativa.
Ocorre que a RFB aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. As diferenças
deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar
o critério fiscal.
O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias equivale ao lucro bruto na
Demonstração do Resultado .
Receita Bruta
(-) Deduções da Receita
- Devoluções de Vendas
- Cancelamento de Vendas
- Descontos incondicionais concedidos
- Abatimentos concedidos
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS)
- Ajuste a Valor Presente de Clientes
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Vamos começar falando sobre o custo da mercadoria vendida e do critério de avaliação do ativo.
Avaliação Do Estoque
Custos do estoque
Custos de aquisição
Os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário físico. Vejam. Não há
lançamento operação por operação. Apenas na data de encerramento é que apuramos o estoque
para ver o saldo.
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No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias. Nessa conta, lançamos
o estoque inicial e as compras a débito; e lançamos as vendas a crédito . No final do período,
ao apurar o estoque final, podemos calcular o Resultado com Mercadorias .
A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta patrimonial (ao registrar o
estoque inicial e final) e de conta de resultado (ao registrar as vendas).
Nesse caso, a empresa controla o estoque de forma contínua, dando baixa em cada operação
de venda . A contabilização é a seguinte:
Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de
atribuir preço ao estoque que está sendo vendido.
Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas
compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20
unidades, com custo unitário de $12.
Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês FIFO
(First in first out). No nosso exemplo, ficaria assim:
Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades que entraram
primeiro no estoque. Assim, custo das 15 unidades:
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5 unidades a 12 reais = $ 60
Então, 15 unidades que custaram, no total, 160 reais. Agora, podemos elaborar a Demonstração
do Resultado do Exercício:
Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês LIFO (Last
In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo acima, fica assim:
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Então, o estoque final possui 15 unidades que custaram, no total, 160 reais.
Custo Médio
Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. Retomando o exemplo acima,
temos:
Então, o estoque final possui 15 unidades que custaram, no total, 170 reais.
Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média ponderada
móvel. No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos esse valor
para todas as saídas do mês. Assim:
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Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias ponderadas (fixa e
móvel).
A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as
saídas do mês.
Observação: Para chegar aos R$ 12,92, pegamos o valor total dos estoques e
dividimos pelo total de unidades: 8.400/650 = 12,92.
Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda do dia 10 fica com
o seguinte custo médio ponderado móvel:
Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350,
após a venda.
Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:
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A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o total do custo das
vendas do mês:
Observação: Para chegar aos R$ 13,09, pegamos o valor total dos estoques e
dividimos pelo total de unidades: 7.200/550 = 13,09
Outra forma de atribuir custos às vendas é através do custo específico . Podemos exemplificar da
seguinte forma:
A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 meses, dois comprados
na última semana e o veículo usado.
Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido.
PEPS/UEPS/MÉDIA
Entrada Venda Saldo
Data
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX
XX.XX
CMV Estoque final
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PEPS
Entrada Venda Saldo
Data
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
10,00 100,00 1.000,00
XX..XX 10,00 120,00 1.200,00
10,00 120,00 1.200,00
3,00 100,00 300,00
XX.XX 7,00 100,00 700,00
10,00 120,00 1.200,00
3,00 100,00 300,00
XX..XX 2,00 150,00 300,00 10,00 120,00 1.200,00
2,00 150,00 300,00
CMV 700,00 Estoque final 1.800,00
Observações:
- Vejam que as vendas ficam registradas pelo preço de custo. Não importa o preço de venda para
o cálculo da planilha de estoques.
UEPS
Entrada Venda Saldo
Data
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00
10,00 120,00 1.200,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 7,00 120,00 840,00
3,00 120,00 360,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 2,00 150,00 300,00 3,00 120,00 360,00
2,00 150,00 300,00
CMV 840,00 Estoque final 1.660,00
Vejam que no UEPS o CMV é maior . Por isso, de modo geral, a tributação acaba sendo reduzida.
Assim, o UEPS é proibido pela legislação brasileira .
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MÉDIA PONDERADA
Entrada Venda Saldo
Data
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00 20,00 110,00 2.200,00
XX.XX 7,00 110,00 770,00 13,00 110,00 1.430,00
XX.XX 2,00 150,00 300,00 15,00 115,33 1.730,00
CMV 770,00 Estoque final 1.730,00
O próprio pronunciamento nos apresenta definições mais completas sobre esses conceitos:
4.68 Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam
em aumentos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de
detentores de direitos sobre o patrimônio.
4.69 Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam
em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos
detentores de direitos sobre o patrimônio.
Esquematizando temos:
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Receitas Despesas
Aumentos nos ativos Diminuições nos ativos
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A contabilização das vendas é feita pelo valor bruto, incluindo impostos . As reduções das
vendas são feitas em contas específicas, deduzindo a conta receita bruta.
Esta conta registra os descontos que são concedidos posteriormente à entrega dos produtos, pelo
fato de os produtos apresentarem defeitos de qualidade, quantidade, defeitos do transporte, etc.
O abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não afeta a base de cálculo
dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS) .
Suponha-se que João haja comprado da KLS R$ 1.000,00 em mercadoria. Do corpo da duplicata
consta o seguinte: desconto de 10% caso o título seja quitado até 30 dias antes do vencimento.
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Vejam que este é um desconto concedido sob condição , qual seja, a quitação da cártula antes
que haja o efetivo vencimento. Pagando com antecedência mínima de 30 dias, o título será pago
por R$ 900,00. Caso contrário, se não o fizer, o valor de quitação será de R$ 1.000,00.
Agora, imaginem que João pretende comprar a mesma mercadoria. Todavia, chega para nossa
empresa (a KLS) e diz: - Prezado, pretendo comprar seu produto, que, já sabemos, custa R$
1.000,00. Todavia, apenas o levo caso haja um acordo para que o preço seja R$ 900,00.
Nossa empresa, flexível que é, fecha o negócio, por R$ 900,00. Assim, o preço era de R$ 1.000,00.
Porém, sofreu um desconto de R$ 100,00. Esse desconto não dependeu de condição alguma e foi
dado no momento em que o negócio estava sendo efetuado. É o tipo de desconto chamado
desconto incondicional concedido ou desconto comercial . Esse desconto é considerado como
redução da receita bruta de vendas .
Os principais tributos incidentes sobre a venda são ICMS, ISS, PIS e COFINS.
Vale ressaltar que o IPI não é dedução da receita bruta, mas é considerado antes da receita
bruta, sendo um imposto por fora (se houver dúvida, volta à estrutura da DRE apresentada ao
início da aula).
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- Tributos = despesa com tributos (IR e CSLL). O que diminui a Receita Bruta são
os “Tributos Sobre Vendas”.
Feitas as deduções devidas da receita bruta, chegamos à chamada receita líquida de vendas. Ato
contínuo é a subtração do custo da mercadoria vendida.
E como apurar o custo da mercadoria vendida (CMV)? É simples. Teremos de nos utilizar de uma
fórmula que muito nos acompanhará nos estudos das ciências contábeis, a saber:
As despesas operacionais são aquelas pagar ou incorridas com o fito de se vender produtos e
administrar a empresa.
Assim, basicamente, estas são as despesas que a LSA considera como operacionais:
- Despesas de vendas .
A parte da DRE que outrora era denominada receitas não operacionais e despesas não
operacionais passa agora a figurar como outras receitas e outras despesas .
A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras receitas e outras despesas.
A contabilidade, contudo, traz emprestado para si o conceito estatuído pela legislação do IR.
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Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de capital. Por exemplo,
a alienação de investimentos e ativos imobilizados com lucro ou prejuízo.
O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo instituído pela União, no
exercício da competência regular que lhe confere a Constituição Federal (CF, art. 153, III).
As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos para apuração do imposto
de renda:
a) lucro presumido;
b) lucro arbitrado;
c) lucro real .
Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que cada participação
diminui a base de cálculo da participação seguinte. É muito importante que isso fique claro!
Vamos a um exemplo:
(Autores) A empresa KLS apurou lucro antes do IR e das participações no valor de R$160.000,00.
Considere ainda as seguintes informações:
- Imposto de Renda e CSLL R$ 20.000,00.
- PL – Prejuízos Acumulados R$ 40.000,00
- Participações
Debenturistas 10%
Empregados 10%
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Administradores 10%
Partes beneficiárias 10%
Fundo de assistência 10%
- Reserva legal 5%
- Reserva de contingência R$ 20.000,00
- Restante dos lucros Dividendos
Calcule o valor de cada participação, o total do Lucro líquido, o valor da Reserva Legal e dos
dividendos.
Resolução:
Como a empresa possui prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor deve ser diminuído da
base de cálculo das participações. Mas é um cálculo extra contábil, separado. O prejuízo
acumulado não aparece na DRE.
A forma de cálculo é a que detalhamos acima. O valor de cada participação diminui a base de
cálculo para a participação seguinte. Todas são de 10%. Mas o valor de cada participação é
diferente, devido à diminuição da base de cálculo.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Lucro antes do IR R$ 160.000,00
(-) IR -R$ 20.000,00
Lucro após o IR R$ 140.000,00
(-) Participação dos debenturistas (10%) -R$ 10.000,00
(-) Participação dos empregados (10%) -R$ 9.000,00
(-) Participação dos administradores (10%) -R$ 8.100,00
(-) Participação das PBs -R$ 7.290,00
(-) Participação dos fundos de pensão -R$ 6.561,00
Lucro líquido do exercício R$ 99.049,00
O Lucro Líquido do exercício é transferido para o PL, na conta Lucros Acumulados. Como já há
prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor é abatido, sobrando lucros acumulados de:
“Havia uma mulher, chamada DEA, que era muito ativa. Fazia mil coisas ao mesmo
tempo. Um dia, Déa pegou uma gripe forte, que a deixou de cama. Seu sobrinho
de 5 anos, ao ver a tia doente, falou: DEA PIFOU
D ebêntures
E mpregados
A dministradores
P artes beneficiária
F undos de pensão
DEA PIFOU.
Essa é uma forma simples de lembrar a ordem das participações. Se você conhece outra, ou se
quiser criar outra, fique à vontade. O importante é lembrar na hora da prova.
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