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A PERDA DO IDEAL NAS RELAÇÕES HUMANAS

Existem diferentes tipos de perdas na vida. Algumas mais dolorosas e complexas do que
outras. Todos precisamos lidar com perdas, queiramos ou não. Há perdas pessoais, em nosso
interior. Ou elas podem ocorrer em nossos relacionamentos. Também atingem nosso trabalho,
nossa vida social, econômica e política, bem como a espiritualidade.

Gostaríamos de ser pessoas ideais. O que é ser ideal? Talvez uma pessoa assim poderia ser
sempre alegre e animada, mansa, serena, com autocontrole emocional, honesta, sincera, verdadeira,
empática, cooperadora, gentil, amável, misericordiosa, ética, amiga, etc. Você conhece alguém assim?
Você tem estas características?

Também gostaríamos de conviver com pessoas ideais, no trabalho, na família, no


casamento, na vida social, na comunidade religiosa que frequentamos. Podemos gastar muito
tempo, energia e até dinheiro em nossa vida em busca da pessoa ideal. Alguém disse que talvez o
melhor neste contexto não é se angustiar por buscar a pessoa ideal, mas procurar ser a pessoa ideal.

Alguns podem viver anos numa ilusão de ideal. Em relacionamentos conjugais isto pode ser
vivido pelo cônjuge como uma expectativa que colocada em palavras seria: “Deve ter alguém lá fora
que suprirá todas as minhas necessidades afetivas”. Tem mesmo? Existe alguém ideal “lá fora”? Ou
uma “pessoa interessante” também tem problemas?

Aceitar o não ideal. Em nós e nos outros. Se caminharmos nesta direção, sem revolta, no
tempo que aguentamos, em nosso ritmo pessoal, individualmente, sem esperar que o outro também
faça isto, poderá trazer alívio e reduzir a frustração. Aceitar o que não podemos mudar pode
produzir serenidade.
Como seres humanos somos perfeitamente imperfeitos. É bom a gente lembrar disso vez ou
outra. Pode aliviar. E pode gerar tensão e estresse convivendo em casa, no trabalho, na vida social
com uma pessoa difícil. Mas primeiro de tudo cabe uma pergunta no contexto sobre conviver com
pessoas difíceis: você é uma delas? Você acha chato conviver com uma pessoa mandona, agressiva?
Não é incomum a realidade psicológica de que pessoas autoritárias terem um nível baixo de estima
pessoal. E como lidar com uma pessoa ansiosa demais?

Produz estresse também lidar com pessoas egocêntricas, ou seja, o ego delas está maior
que o prédio onde trabalham. Estas pessoas sempre querem aplausos só para elas, passam por cima
dos outros, seja de quem for, para obter glória, fama, dinheiro. Chato, não é? Pense numa coisa ao
lidar com este tipo de pessoa: eu não causei isto (o egocentrismo dela), não posso controlar isso e
não posso curar isso. Não é com você o problema. Faça o seu melhor e não cultive culpas falsas,
como se os erros dela fossem de sua responsabilidade.

Nestes tipos de pessoas existe uma limitação comum nelas: não se conhecem bem.
Geralmente possuem baixa estima e utilizam estes comportamentos ruins para se proteger de algo
que as ameaçam e que nem sempre são coisas reais. São problemas pessoais internos delas que
escorregam entre os dedos afetando os relacionamentos. Gostei de uma frase que diz assim: Se você
não se curar do que te feriu, você vai sangrar em cima de pessoas que não te cortaram.

Faça psicoterapia, invista no autoconhecimento e terá mais qualidade de vida para você e as
pessoas que o cerca.

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