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IGREJA BATISTA NACIONAL DA PALAVRA

Tema: SÍNDROME DE PETER PAN


ESTUDOS PARA OS NÚCLEOS
Texto - Efésios 4.14 - "Como meninos agitados de um lado para o outro”

Introdução
Essas palavras de Paulo são reveladoras. Ele diz que não devemos ser “como meninos, agitados
de um lado para o outro” (Efésios 4.14). Não podemos permanecer crianças pelo resto das nossas vidas.

Definição/discussão
O não crescimento e não desenvolvimento de um bebê é sinal de algum tipo de enfermidade ou
anormalidade. Uma criança saudável e normal cresce e se desenvolve. É isso o que Paulo está dizendo
aos cristãos. O novo-nascimento não é o bastante. Precisamos crescer, nos tornar maduros e cada vez
mais parecidos com Jesus (Efésios 4.13). Deus não nos salvou e arrancou das garras do diabo a fim de
que fôssemos crianças para sempre. Deus não planejou e nem deseja que sejamos bebês ou meninos
espirituais por toda a nossa peregrinação nessa terra.

Jesus ofereceu-se em sacrifício voluntariamente. Ele não vacilou, mas seguiu Seu caminho
firmemente decidido: "Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai,
se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mt
26.39). Jesus espera de Seus seguidores essa mesma disposição ao sacrifício. "Nisto conhecemos o
amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" (1 Jo 3.16). Tão longe
pode ir a exigência de Jesus a você ou a mim, e ela não deve ser atenuada. Mas só Ele sabe de quem
pode exigi-lo em cada caso concreto. Sabemos de pessoas em prisões que, sob ameaças de morte,
deveriam delatar outros cristãos e mencionar os nomes de seus irmãos na fé, mas que permaneceram
firmes e não os denunciaram. Perguntemo-nos: quão genuíno é nosso amor a Jesus e a nossos irmãos no
Senhor?

Recentemente recebi um relato sobre cristãos chineses:

O devotamento e o espírito de sacrifício dos servos de Deus na China é muito impressionante. O


que pode parecer chocante aos ouvidos ocidentais, também dos cristãos – a disposição de sofrer por
Jesus, de ir para a prisão, de eventualmente deixar a vida – em muitos grupos de igrejas caseiras é mais
uma honra e uma distinção do que vergonha e humilhação. Mas esses cristãos não devem de forma
alguma ser vistos como fanáticos, extremistas ou imaturos. Pelo contrário, poder-se-ia dizer que eles
apresentam um caráter simples, humilde, manso, espiritual e muito maduro. Eles falam de si mesmos o
mínimo possível – para não tomarem de alguma forma a honra que só pertence a Deus –, falando mais
das grandes obras de Deus, do Seu nome, louvando os Seus feitos.

E nós, cristãos ocidentais, como demonstramos nossa fé? Não deveríamos tomar esses cristãos
chineses como exemplo? Eles deveriam ter a oportunidade de evangelizar no Ocidente! Não estamos
praticando um cristianismo insípido, descompromissado, acomodado, que busca a prosperidade, um
cristianismo que perdeu sua força de convicção? No centro não está mais o sacrifício, a entrega a Jesus,
mas sim o nosso próprio bem-estar. Pensamos que antes de nos dedicar ao Senhor de maneira completa,
precisamos ter nossas necessidades materiais atendidas. Logicamente não gostamos de ouvir que não
somos bons ofertantes. Damos nossas ofertas (de nossas sobras!) para este e aquele projeto e
chamamos isso de sacrifício. O Evangelho é adaptado à nossa filosofia de vida liberal e pluralista. Deus
deve-se adaptar a nós e ficar satisfeito conosco. Pregadores e pastores não devem nos importunar com
"exigências bíblicas ultrapassadas e fora de moda". Quem se firma fielmente na Palavra de Deus é
considerado sectário excêntrico. Assim, a cruz passou a ser novamente um escândalo e um tropeço, que
atrapalha o nosso sossego. E o pior: nas tendências da vida moderna nem notamos que estamos nos
afastando do centro da vontade de Deus, tornando-nos inimigos da cruz. Com isso Satanás consegue
alcançar o que sempre quis: a negação do sacrifício do Calvário.
Na verdade, o diabo é quem tem esse desejo e projeto. Se ele não consegue nos aprisionar nas
trevas, ele tenta nos aprisionar na infância espiritual. Se ele não consegue impedir-nos de encontrar com
Deus, ele tentará impedir-nos de crescer em Deus. Se ele não consegue abortar o nosso novo-
nascimento, ele tentará abortar o nosso crescimento. Ele trabalhará de todas as maneiras, usará de todos
os seus estratagemas, lançará todos os seus dardos inflamados, enviará todos os seus ventos e
sugestões para que permaneçamos simplesmente bebês espirituais, gente que não cresce, doentes na
alma e no espírito, velhos no corpo e meninos na fé.

Aplicação prática
. Meninos são fáceis de serem agitados e levados de um lado para o outro. Meninos são facilmente
manipulados. Basta vir uma onda mais forte, um vento mais furioso, um argumento – aparentemente –
mais convincente, um presente mais bem embrulhado, uma recompensa mais imediata, uma palavra mais
colorida e os meninos se deixam levar. Os meninos não se levam a si mesmos, mas são levados pelos
outros. São carregados por todos os que simplesmente têm a intenção de carregá-los. Não é necessário
muito malabarismo para levar as crianças. As crianças são atraídas por tudo o que parece bonito e traz
satisfação imediata. Por isso não é difícil fazer com que os meninos troquem os tesouros do amanhã pelas
bugigangas do presente, as promessas de Deus pelas promessas do diabo, a Palavra do Senhor pela
palavra do homem, a cidadania nos céus pelos prazeres transitórios do pecado.
Por essa razão, o apóstolo Paulo faz uma apelo em prol do crescimento dos cristãos! Não basta ter
acontecido o novo nascimento; tem que haver crescimento. Jesus não morreu e ressuscitou simplesmente
para salvar o ser humano da morte eterna, mas também para salvar o ser humano de uma infância
perene. Jesus morreu, ressuscitou e concedeu dons aos homens para eles crescerem e chegarem “à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13). Nós não nascemos para
não crescer! Pelo contrário, nós nascemos para nos tornarmos adultos! Enquanto o crescimento é normal,
o não-crescimento é sinal de anormalidade. Um bebê que nasce e não cresce é um bebê anormal. Pela
fragilidade da sua condição, ele precisa de cuidados especiais a fim de não ser levado de um lado para o
outro, de uma enfermidade para outra enfermidade, de uma escravidão para outra escravidão.

Restauração/ Benefícios
Nós precisamos crescer! Não podemos permanecer debaixo da Síndrome e maldição de Peter
Pan. Não podemos permanecer debaixo da escravidão de Satanás, sendo crianças por toda a nossa vida
cristã. Jesus morreu e ressuscitou para nascermos e crescermos, para passarmos pela infância e
chegarmos à maturidade. A nossa conversão e o novo nascimento não são o fim, mas apenas o início da
nossa salvação. Nascemos de novo para crescermos de novo. Precisamos crescer até nos tornarmos
mais parecidos com Cristo. Jesus é o nosso padrão de crescimento. Para sabermos o quanto já
crescemos, basta sabermos o quanto parecemos com Jesus. Não basta dizermos que amamos Jesus,
mas sim amarmos como Jesus amou, perdoarmos aos outros como Ele perdoou, relacionarmo-nos com o
Pai como Ele se relacionou, obedecermos a Deus como Ele obedeceu, entregarmo-nos em favor dos
outros como Ele se entregou, servirmos às pessoas como Ele serviu, desapegarmo-nos do mundo como
Ele se desapegou, profetizarmos ao mundo como Ele profetizou, andarmos nessa terra como Ele andou.

Desafio Missionário
Devemos fazer a obra missionária intercedendo, contribuindo e indo... qual a nossa parte?
Precisamos nos envolver. Quanto a isso somos indesculpáveis diante de Deus. Levantemos um clamor
diário pelas nações, estados, cidades, famílias, igrejas, missionários e etc.

Referências bibliográficas
blogdaana.wordpress.com. – Blog da Ana Paula Valadão
http://www.chamada.com.br/mensagens/print.php?docname=deus_amou&site=ajesus

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