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SILVIO

Ciências Contábeis

A evolução histórica da contabilidade no Brasil

Tutor: Prof. Mateus

Claretiano - Centro Universitário

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2022
A necessidade de controlar contabilmente o desenvolvimento dos primeiros
armazéns alfandegários no período colonial dava início à história da contabilidade no Brasil.

No final do século dezessete foi criada a casa dos contos, órgão incumbido de
processar e fiscalizar as receitas e despesas de Estado, que ganhou autonomia com a chegada
da família real ao Brasil, contribuindo assim com um desenvolvimento sócio- econômico e
cultural na colônia.

Com o desenvolvimento social e a expansão da atividade colonial os gastos


aumentaram, e isso fez com que fosse implantado um órgão denominado Erário Régio com o
fim de melhorar o controle das contas públicas e receitas do Estado. O órgão era composto
por um presidente com funções de inspetor geral, um contador e um procurador fiscal. No
Brasil, a primeira referência oficial à escrituração e relatórios contábeis ocorreu em 1808,
elaborada pelo príncipe regente D. João VI.

No início do século vinte foi criada a Fundação Visconde de Cairu que tinha o
propósito de formar peritos comerciais e habilitar jovens para cargos de chefes de
contabilidade.

E no ano de 1902 foi fundada a escola prática de comércio com a missão de


formar profissionais com excelência de ensino.

Em meados do século dezenove surgiu a primeira tentativa de implantar o imposto


de renda para uma maior arrecadação tributária devido à escassez de produtos nacionais que
atendessem as necessidades locais e também à ausência de um produto competitivo no
mercado internacional.

Conforme o código comercial brasileiro, a profissão de contador é reconhecida


legalmente com medida complementar da criação conselho federal de contabilidade e seus
registros nos estados. Hoje em dia, todos os profissionais precisam se registrar para poder
exercer a função de contador, legalmente.

Com a lei nº 1083, o código comercial brasileiro sofreu algumas alterações. As


empresas deveriam publicar e enviar ao governo os balanços e as demonstrações contábeis
dentro do prazo estipulado. E o imposto de renda ganhou força no ano de 1867 baseada na lei
514 de 1848.

O reconhecimento oficial da associação dos guarda-livros da corte através do


decreto imperial nº 4475, foi importante, pois estava constituído o guarda-livros, como a
primeira profissão liberal do Brasil. O guarda-livros ou contador nos tempos atuais era um
profissional responsável de elaborar contratos e distratos, controlar a entrada e saída de
dinheiro, através de pagamentos e recebimentos e fazer toda a escrituração mercantil.

O Brasil foi diretamente influenciado por Portugal desde da época colonial até o
império como a implantação do método das partidas dobradas.

Logo em seguida sofreu grande influência da cultura contábil italiana até meados
do século XX. Fábio Bésta afirmou em 1923, que o objeto da Contabilidade era o patrimônio,
declarando seu pensamento em um artigo com o título: “A Contabilidade como ciência do
patrimônio” que Sá (1998) transcreveu em parte:

Se examinarmos os fenômenos fundamentais de Contabilidade, não podemos


deixar de reconhecer que eles requerem indagações acuradas; não se pode negar que se torna
necessário observá-los, expô-los e procurar explicá-los; depois, munidos dos ensinamentos
oferecidos pelas pesquisas feitas com o subsídio de métodos especiais de investigação,
próprios das ciências experimentais, daí retirar normas de prática aplicação a casos concretos.
Ora, os fenômenos dos custos, das receitas, do rédito, das entradas e saídas financeiras, para
lembrar só alguns dos mais evidentes fenômenos contabilísticos já por nós referidos, são
todos investigados nas suas fases de constituição e de evolução apresentando problemas que
sempre se apresentaram e sempre se nproblemas que sempre se apresampre se apresataram e
apresentarela epoca, sase na Lei 514 de 28 de outubro de 1848.

Na Itália, com esta afirmação surge a Escola Patrimonialista de maior


disseminação mundial, e anunciando que a contabilidade tendo relacionamento com várias
ciências como direito, administração, matemática e economia, tinha todos os requisitos para o
firmamento da ciência. Como afirma Masi em comentário, relatado por Lopes de Sá (1998):

A Contabilidade, como ciência, só considera os instrumentos de informação como


meios que levam ao conhecimento dos fenômenos patrimoniais: tais instrumentos servem, de
fato para colher, classificar, ordenar e representar os dados que elaborados, são depois
utilizados para administração do capital das empresas ou do patrimônio das entidades.

No Brasil, o patrimonialismo obteve grande aceitação e assim predominando até


os dias atuais. Francisco D’ Áuria através do seu estudo científico introduziu o
patrimonialismo na contabilidade pública brasileira e foi um dos que participou da fundação
dos sindicatos dos contabilistas e que lutou pelo reconhecimento da profissão.
Com a chegada das indústrias norte-americanas os conhecimentos contábeis
evoluíram no Brasil, e após a quebra da bolsa de Nova Iorque houve a necessidade de
estabelecer normas padronizadas para os registros contábeis. A partir daí surge os princípios
contábeis. Em 1976 foi publicada a lei nº 6.404, que regulamentava os princípios contábeis
com orientação internacional principalmente dos Estados Unidos.

O patrimonialismo de Masi foi aperfeiçoado por Lopes de Sá surgindo a escola


neopatrimonialismo baseado na teoria geral da contabilidade durante a década de 1990.

Em 1946 através do decreto-lei 9295, foram criados os conselhos federal e


regionais de contabilidade, com a determinação de fiscalizar e reger a profissão contábil
definindo o perfil dos contabilistas, contadores eram os graduados em cursos universitários de
ciências contábeis e técnicos em contabilidade eram os de nível médio e das escolas
comerciais.

Em 1981, foi estabelecido pelo conselho federal de contabilidade as normas


brasileiras de contabilidade- técnica NBN- T e normas brasileiras de contabilidade-
profissionais NBC- P, onde foram dispostos dezesseis princípios contábeis.

Em 1971, foi fundado o Ibracon, instituto que visa ajudar na criação e divulgação
das normas e procedimentos de auditoria e de contabilidade sancionados pelo conselho
federal de contabilidade, comissão de valores mobiliários e banco central do Brasil. O Ibracon
é responsável em representar o Brasil perante algumas entidades internacionais como: IASC,
IFAC e AIC

Graças a globalização, as informações das empresas são transmitidas rapidamente.


O contador do século XXI diante das novas necessidades do mercado e das inovações
tecnológicas, é exigido ética, agilidade na resolução dos problemas, auxílio na tomada de
decisões e sempre se manter atualizado com os cursos, seminários e fóruns oferecidos pelos
conselhos regionais e federal.

Referências

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_contabilidade_no_Brasil

https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/47120554.pdf

http://www.faesb.com.br/revista/wp-content/uploads/2015/08/art-rodrigo-05-04-
Final.pdf
https://www.contadores.cnt.br/noticias/artigos/2008/11/28/historia-da-
contabilidade-no-brasil.html

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