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ESCOLA SENAI ANTÔNIO EMÍRILIO DE MORAES

CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA

CONSULTORIA LOGÍSTICA NA OBRA SOCIAL “SOMOS 1”

ALUMÍNIO – SP

2021
ANTÔNIO TELLES NETO

FERNANDO SILVA MOISÉS

JOÃO PEDRO FIGUEIREDO FORTES

JOSÉ VITOR DOS SANTOS

MATHEUS HENRIQUE FERREIRA ALVES

CONSULTORIA LOGÍSTICA NA OBRA SOCIAL “SOMOS 1”

Trabalho final apresentado à disciplina Projetos


como exigência parcial para a obtenção do
curso Técnico em Logística, sob a supervisão
do Professor Hermes Cristian de Oliveira.

ALUMÍNIO – SP

2021
Dedicatória
AGRADECIMENTOS
Sumário

1. Introdução.
2. Justificativa.
3. Objetivos.
3.1. Objetivo geral
3.2. Objetivos Específicos.
4. O que é a Logística.
5. História da logística.
6. História das ONG’s.
6.1. História da ONG “Somos 1”.
7. Porque escolhemos a ONG “Somos 1”.
7.1. Estudo de caso.
8. O que é inventário rotativo.
8.1. Porque escolhemos este método.
9. Processo de desenvolvimento (antes, durante e depois).
9.1. Diário das visitas.
9.2. Construção da planilha.
10. Como auxiliar os membros da ONG a manter o inventário funcionando.
11. Feedback.
11.1. Depoimento dos colaboradores.
12. Conclusão.
1. Introdução.

As ONG’s (Organizações Não Governamentais), são organizações ou


instituições sem nenhum fim lucrativo, as mesmas são responsáveis por ações
sociais de ajuda e solidariedade, geralmente realizadas de maneira autônoma e
mantidas através de doações de terceiros, no caso a população ou alguma outra
instituição que busque oferecer apoio em forma de doação de recursos. Estes
recursos podem variar de acordo com o objetivo e as atividades executadas pela
ONG, porém observa-se que independente dos insumos utilizados, essencialmente
a organização irá trabalhar com o modelo de linha de produção em algum momento,
é possível perceber este fato quando é destacada a essência de uma Organização
Não Governamental, que é a de adquirir insumos (no caso doações), passar os
mesmos por um processo de preparação, verificação e controle de qualidade
(conhecido como “montagem”, segundo o conceito básico de linha de produção) e
pôr fim a distribuição dos mesmos já preparados. No caso em questão tratado deste
trabalho, as doações são alimentos que fazem parte da cesta básica brasileira, o
processo de montagem é a avaliação e separação dos mesmos, para que estes
possam servir de “peças” na montagem da cesta completa ao final desta etapa na
linha de produção.

Entretanto, como qualquer outro tipo de organização que trabalha


diretamente com uma linha de produção, as ONG’s também precisam de um lugar
para a armazenagem, tanto dos insumos, quanto do produto final, para que se torne
mais fácil e não haja erros no processo de distribuição e muito menos no processo
de montagem, visto que um dos maiores problemas geralmente relatados em uma
linha de produção é a falta de insumos, muitas vezes gerada por um baixo
conhecimento e registro do estoque, ou seja, os colaboradores acreditam que o
estoque possui uma quantidade satisfatória de matéria-prima, porém no processo de
verificação durante a etapa da montagem um grande volume do material precisa ser
descartado por não estar em condições de ser utilizado, o que acaba atrasando e
implicando um grande impacto na confecção do produto final. Desta forma, observa-
se que a solução mais aparente e eficiente é o registro adequado e dinâmico do
estoque, para que os colaboradores do projeto tenham facilidade de
visualizar/manipular os dados ali exibidos, e assim tomar conhecimento dos insumos
adquiridos e suas condições específicas.
2. Justificativa.

A Obra Social “Somos 1” atua em bairros carentes na cidade de São Roque


- SP e arrecada doações para os mesmos em toda a região, entre as doações estão
roupas, que são vendidas em um bazar bimestral para a arrecadação de fundos;
alimentos não perecíveis e brinquedos, eles ainda recebem o apoio da Padaria
Estrela, que doa o pão e a manteiga que serão servidos no café da manhã todos os
sábados nestes bairros pobres, alguns colaboradores ainda doam a bebida
(normalmente achocolatado ou um suco) e algumas frutas que também serão
entregues aos moradores no sábado. Todos estes insumos seriam teoricamente
armazenados na casa pastoral fornecida pela Igreja Comunhão Rara, porém o
espaço não possui um layout planejado para o armazenamento, existindo apenas
dois cômodos dispostos à essa função, sendo que um destes é um quarto separado
onde os alimentos são colocados nas poucas prateleiras (e no chão uma vez que as
mesmas estão ocupadas), o cômodo restante é um pequeno espaço abaixo de uma
escada onde se encontram as roupas e os brinquedos, porém as mesmas não
possuem qualquer sistema de separação ou identificação, apenas são higienizados
quando chegam e classificadas na época do bazar.

Isto posto, o projeto do nosso grupo consiste na criação de um inventário


rotativo para a armazenagem dos insumos citados, organizando-os em um estoque
que se mostre mais funcional e seguro, onde as roupas seriam separadas dos
brinquedos no espaço disponível para que se torne mais fácil identificar os itens e
registrá-los de forma confiável em uma planilha ou outro sistema de anotação,
mediante a isso o inventário rotativo seria colocado em prática ao executar
contagens periódicas destes itens para manter o registro sempre atualizado.

Em resumo, a criação de um inventário rotativo irá não apenas organizar o


espaço físico onde são armazenadas as doações, como também irá acelerar o
processo de produção e distribuição das mesmas pois, com maior controle de todos
os itens que entram no estoque, haverá maior eficácia no momento de atender as
pessoas dos bairros carentes e até uma facilidade de receber mais itens como
doações, o que possibilita uma maior amplitude de atendimento.
3. Objetivos.

3.1. Objetivo geral.

Realizar um inventário do estoque e organizá-lo em uma estrutura


correspondente com a curva ABC dos produtos, assim posicionando itens de maior
rotatividade em pontos de acesso mais fácil para os colaboradores, o que irá
otimizar o espaço de armazenagem, além de torná-lo visualmente mais agradável.
Também é do interesse do grupo criar uma planilha para que seja registrada a
movimentação e a contagem de itens presentes no estoque.

3.2. Objetivos Específicos.

- Realizar inventário de estoque.

- Organizar os itens através de uma curva ABC.

- Definir inventário cíclico de estoque.

- Criar uma planilha para registro dos itens antes e depois das recontagens.

- Criar uma planilha para controle de estoque.

4. O que é a Logística.

A logística é um negócio integrado que visa cuidar da distribuição de


insumos e produtos de maneira equilibrada e organizada, o que proporcionará à
empresa o planejamento, a coordenação e a execução dos processos de controle de
todas as atividades relacionadas a compra de matérias-primas para formação de
estoques, da ideia inicial até o momento do consumo final. Reduzir custos e
melhorar a competitividade são cruciais. A logística empresarial decorre da
importância das empresas para reduzir custos e da importância de atender às
necessidades dos clientes afim de ao menos atender suas expectativas.

Em termos atuais, pode-se dizer que a logística é a arte da preparação da


produção, ou seja, é responsável por planejar a linha de produção, bem como, obter,
preparar e fornecer os materiais que serão utilizados na mesma. Tudo isso a fim de
distribuir um produto final e encaminhá-lo para o seu destino com a maior segurança
e qualidade possíveis. Portanto é possível observar que a logística moderna se
tornou uma das maiores, se não a maior preocupação dentro de empresas e
instituições que executam este modelo de “linha de produção”.

Deve abranger todo o manuseio do material dentro e fora da empresa,


incluindo a chegada, estoque, produção e distribuição da matéria-prima, até o
momento em que o produto esteja finalmente à disposição do consumidor final.

Para, Carvalho, 2002, p. 31

Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que


planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e
econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências
dos clientes.

Organização é uma necessidade muito aparente, buscando sempre diminuir


os conflitos entre regiões, vendas e operações, se esforçar para respeitar os limites
da empresa e, durante o desenvolvimento da instituição, expandir os mesmos para
atender cada vez melhor a necessidade dos clientes com o máximo de eficiência e o
mínimo de erros.

Para Sun Tzu, A Arte da Guerra, 1913 (primeira publicação).

“A linha divisória entre ordem e desordem está na logística”.

Dito isso, a logística pode ser encarada e interpretada como um sistema,


sendo assim, podemos gerenciá-la dentro da instituição de maneira integrada, ou
seja, quando pensamos em um sistema integrado, imaginamos diversos processos
que se complementam e trabalham juntos de maneira homogênea e equilibrada para
se chegar a um resultado satisfatório. Quando passamos a mergulhar mais no
campo logístico, podemos perceber que aqui não é diferente, principalmente se
observarmos o principal mantra da logística: o “Just in time”, ou seja, o produto
certo, na quantidade certa, no local certo e no tempo certo.
Entretanto, para que o “Just in time” seja cumprido, a integração deve
abranger toda a cadeia logística, desde a recepção dos insumos até a entrega do
produto final.

De qualquer forma, podemos dividir as atividades logísticas na prática


através de três pontos, sendo eles:

O estratégico: representa as decisões e a gestão da logística nas mesmas,


ou seja, os administradores da empresa, organização ou projeto, devem criar um
planejamento para que se tenha uma ideia do caminho a percorrer, no caso da linha
de produção, o ponto estratégico é a configuração da mesma, onde se pensa na
matéria-prima e em todo o caminho para transformá-la no produto desejado, da
maneira mais econômica e ainda assim qualitativa possível. No caso em estudo,
este ponto foi o momento em que os integrantes do grupo decidiram qual era o
objetivo: Organizar o estoque de doações da obra social Somos 1, ou seja, iriamos
pegar a “matéria-prima” (as doações e o espaço) e transformá-la em um “produto”
apresentável (um estoque funcional e padronizado); e esboçaram um caminho: fazer
visitas ao local onde se encontram as doações e “catalogar” as mesmas de maneira
que tomássemos conhecimento de todos os itens ali presentes.

O tático: distribuir as metas da empresa e suas estratégias no planejamento


logístico, podemos dizer que esta é a fase de se atentar aos detalhes da linha de
produção, mais uma vez no caso em estudo, a nossa “linha de produção” é o nosso
processo, ou seja, que tipo de sistema, forma e linha de raciocínio utilizaríamos para
organizar o estoque, dessa maneira chegamos ao ponto de que seria necessário
primeiro contabilizar os itens, adicionar os dados a uma planilha, e por fim escolher
uma maneira de organizá-los fisicamente de acordo com a quantidade e diversidade
dos mesmos.

Operacional: essa está mais ligada as atividades recorrentes da empresa,


para a manutenção e principalmente soluções de problemas. Pensando nisso, o
grupo chegou à conclusão de que a técnica do inventário rotativo seria a mais
adequada para concluir este inventário, visto que a mesma consiste em recontagens
periódicas dos itens, ação que previne e corrige erros prévios na contabilização dos
mesmos.
5. História da logística.

A história da logística: A definição mais antiga do termo "logística" vem de


"logos" (da palavra grega "lógica"). Isso é muito significativo, porque o trabalho de
logística começou na guerra, já que uma estratégia precisava ser desenvolvida para
abastecer os exércitos e suas tropas com suprimentos. Fossem alimentos, remédios
ou armamentos. Vale destacar o exemplo das civilizações nórdicas e germânicas,
popularmente conhecidos como “Vikings”, estes eram povos que viviam muito da
pilhagem e invasões a outras sociedades, porém os mesmos tinham pouco costume
e técnicas de armazenagem e transporte, ou seja, apesar de adquirirem grande
volume de suprimentos com os saques, muito deste se perdia durante as
navegações de volta para casa, e o que conseguia sobreviver à viagem, geralmente
acabava estragando durante o inverno. Isso, somado à fatores climáticos,
geográficos e religiosos, acabaram por extinguir essa sociedade e seu modo de
vida. Portanto, é importante ressaltar que, desde a sua criação, a logística tem sido
vista como um diferencial competitivo para aprimorar processos e obter vantagem
sobre os concorrentes.

Seguindo desta forma, em 1941 os soldados norte-americanos participaram


da 2ª Guerra Mundial aplicando e desenvolvendo conceitos que seriam
posteriormente apontados no livro “Logística Pura: a ciência da preparação para a
guerra”, escrito pelo Tenente-Coronel Cyrus G. Thorpe. Apesar da logística ser
empregada desde muito tempo atrás, é apenas com o lançamento deste livro em
1917 que a mesma passa a ser reconhecida como uma ciência.

Desde então, a logística e seus conceitos evoluíram, mas o seu ideal segue o
mesmo: melhorar processos para estratégias mais competentes.

Ainda na década de 1940, poucos eram os estudos sobre o que é logística.


O advento de empresas especializadas no assunto surgiu na década de 1960,
quando o mundo despertou a tomar consciência da necessidade e dos benefícios
que poderiam trazer a um processo produtivo um melhor controle da qualidade dos
sistemas e da satisfação dos clientes.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, as empresas perceberam que é


muito importante ter um departamento para administrar a logística, pois a demanda
por esta área estava crescendo cada vez mais rápido, assim como a demanda dos
consumidores. A partir das décadas de 1950 e 1960, as empresas começaram a se
preocupar com a satisfação do cliente. Foi a partir daí, devido às novas atitudes dos
consumidores, que surgiu o conceito de logística comercial. Na década de 1970,
conceitos como MRP (Planejamento de Requisitos de Materiais) foram
consolidados. No início, a logística visava apenas o aumento do volume em questão
de vendas, utilizando uma visão muito fechada e abreviada do processo de
produção, terminando o mesmo apenas no ponto em que o produto era enviado para
os cliente/distribuidores. Com o passar do tempo, a logística pós-venda tornou-se
atraente. O objetivo básico do serviço pós-venda é garantir que os clientes
enxerguem o máximo satisfação e valor no produto que a empresa produziu, ou
seja, as empresas passaram a pensar e investir mais na parte “atrativa aos olhos”,
desenvolvendo melhores técnicas de marketing para que, após efetuar a compra ou
o recebimento do produto, o cliente sinta que é extremamente válido consumir o
mesmo mais vezes. Um exemplo simples porém muito famoso é a embalagem do
IPhone, da empresa Apple, onde a mesma possui um design para que a cobertura
da caixa “deslize” com delicadeza quando retirada, gerando um som e movimento
suaves que estimulam as áreas do cérebro relacionadas ao prazer, logo, o cliente
relaciona o prazer de abrir uma embalagem nova da Apple com a necessidade de
comprar daquela empresa novamente.

Outra notável evolução que podemos observar é o volume da produção,


antes da Revolução industrial, tudo era feito de maneira extremamente artesanal,
portanto para se fazer uma cadeira por exemplo, era necessário um tempo muito
maior pois apenas poucas pessoas na aldeia sabiam como trabalhar a madeira, e
estes precisavam fazê-lo com suas próprias mãos, sem a ajuda de nada
automatizado, ou seja, através da manufatura. Com a Revolução industrial, surgiu a
maquinofatura, onde não é mais necessária a contratação de vários profissionais
para a produção de mercadorias, pois quem opera a máquina poderá realizar todo o
processo sozinho.

Contudo, a logística começou a se desenvolver efetivamente na época da


globalização e com o nascimento da Internet (era das aldeias globais). Em um
mundo globalizado, a concorrência se tornou bem mais acirrada do que antes, então
o planejamento logístico de uma companhia se tornou uma das suas áreas mais
importantes para delimitar a vantagem competitiva em relação ao adversário e,
também, a satisfação do seu freguês. Dessa forma, presentemente, a logística gira
em torno da diminuição de custos, aumento da agilidade no processo e do
atendimento total às necessidades do cliente. Hoje em dia, existem diversos
conceitos que buscam o aperfeiçoamento desse conceito mais comum do que é
logística, mas estes são mais focados em determinadas áreas e necessidades da
empresa, podemos citar: logística empresarial, logística reversa e logística
integrada.

6. História das ONG’s.

Uma das primeiras organizações com perfil para posteriormente se tornar


uma “Organização Não Governamental”, que possuímos registro foi a King's School
em Canterbury, Inglaterra, uma escola fundada por Santo Agostinho em 597 e
considerada a escola ativa mais antiga do país. No entanto, há poucas informações
sobre sua função nos primeiros séculos. No Brasil, há o exemplo da Santa Casa de
Misericórdia de Santos, estabelecida em 1543, sendo uma das primeiras
organizações sem fins lucrativos do país.

No entanto, para alguns autores, as primeiras ONGs surgiram apenas no


século XIX. Eles acreditam que o movimento antiescravista levou ao
estabelecimento de organizações como a sociedade antiescravista, que é
considerada a primeira organização não governamental internacional. Notamos
também o surgimento de importantes organizações não governamentais em guerras
hostis, como a Cruz Vermelha na década de 1850, como consequência da guerra
franco-italiana, a Peabody Education Foundation após a guerra civil americana, em
1867.

De acordo com Dulce Pandolfi, diretora do Ibase, Instituto Brasileiro de


Análises Sociais e Econômicas, em reportagem especial para a página da Câmara
dos Deputados em 2007.

“As primeiras ONGs surgem no Brasil ainda nos anos de 1950, começo dos
anos 60, vinculadas ao trabalho de educação de suporte, habitualmente
vinculadas à Igreja, e depois elas foram crescendo”.
De 1960 a 1980, surgiram diversos centros de "educação de massa" e
consultorias de assistência social, com foco na "conscientização" e na
"transformação social". A "educação popular" a partir do método de Paulo Freire é
utilizada no sentido de consciência organizacional, e slogans como "democracia
básica" e "autonomia" formam o eixo de seu repertório. Os grupos existentes
abandonaram a prática da ajuda caritativa e estabeleceram outros grupos para
encorajar "organizações de massa".

Muitos desses "centros de aconselhamento" (as “proto-ONGs”) são


considerados parte do campo progressista porque condenam internamente as
violações dos direitos humanos com o financiamento de “ONGs/Agências”
internacionais.

Em paralelo com essa fase inicial, as ONGs passaram a ganhar mais força
nas décadas de 70 e 80, porém em uma nova vertente, no contexto da ditadura
militar, com os objetivos principais de defender os direitos humanos, políticos e lutar
pela democracia, conforme explica Hebe Gonçalves, profissional em psicologia
jurídica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na mesma reportagem especial
para a Câmara dos Deputados.

"Esse momento foi um momento importante na história do Brasil, até porque


ele coincidiu com o papel reivindicatório. Ele coincidiu com o momento da
história brasileira em que a gente estava na luta pela redemocratização do
país. Então nos anos 70, isso foi muito forte no Brasil. Mas já vinha desde
antes disso."

O termo tornou-se popular e as organizações não governamentais se


multiplicaram. O termo é usado para se referir tanto a "cooperação internacional", as
ONGs Internacionais (europeias financiadoras de projetos específicos) ou nacionais,
e diversas outras organizações sem vínculo com o estado que são nomeadas de
maneira genérica como como “não-governamentais”. Na década de 1990, mais
especificamente na ECO-922, é o momento onde ocorre a divisão e popularização
desse termo no Brasil.

A partir daí, as ONG’s assumiram uma nova configuração, ao contrário dos


"centros de assessoria" dos anos 1970, o foco não está mais na formação política,
mas no "desenvolvimento autossustentável". Os slogans dos anos 1970 nortearam
as ações dos movimentos de massa, como " educação popular", "autonomia", "auto-
organização", "independência", "direitos humanos" e assim por diante; são
substituídos por "ecologia", "democratização", "diversidade cultural", "geração de
renda", "gênero" e "cidadania".

Em 2002, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, publicou um


estudo informando que, neste ano, o Brasil tinha 276.000 fundações privadas e
associações sem fins lucrativos. Essas organizações incluem organizações
religiosas, hospitais, escolas, universidades, empregadores e associações
profissionais.

A pesquisa aponta que o surgimento das ONGs ocorreu nos anos 90, mais
precisamente, o estudo mostra que 62% das organizações foram criadas nesta
década. Entre 1996 e 2002, essas entidades aumentaram 175%, passando de 105
para 276 mil.

6.1. História da ONG “Somos 1”.

A Obra Social “Somos 1” se iniciou primeiramente como um projeto sem


nome em 2019 da Igreja Comunhão Rara de produzir e distribuir um “sopão” para
moradores de baixa renda e residentes em via pública nos bairros Goianã e Vila
Nova, no município de São Roque, a sopa era produzida na cantina da igreja de
maneira voluntária por parte dos pastores e obreiros (membros da igreja que dispõe
de seu tempo livre para realizar ações na mesma), e os insumos para a mesma
eram comprados utilizando uma parte do dízimo e da oferta coletados durante os
cultos, infelizmente após alguns meses a produção foi diminuindo até que o projeto
se tornasse inativo.

Entretanto, no início do ano de 2020, com o início da pandemia de Covid-19,


a obreira Selma Pereira, da Igreja Comunhão Rara, viu a necessidade em seu bairro
e retomou o projeto, porém desta vez produzindo de sua própria casa, logo, alguns
de seus vizinhos se interessaram e buscaram fazer parte. As proporções do projeto
foram crescendo e mais uma vez a Comunhão Rara auxiliou o mesmo, promovendo
campanhas de doações de alimentos e fornecendo espaços tanto para a produção
da sopa (a cantina da igreja) quanto para a armazenagem de insumos (o espaço
conhecido como Casa Pastoral, onde os pastores e líderes da Igreja executam suas
reuniões e atendimentos com outros membros da mesma). Neste espaço, apesar de
os alimentos serem armazenados de acordo com suas famílias, ainda não há
nenhum sistema de registro para entrada, saída e condições específicas em que
estes se encontram.

Um marco importante para a história da “Somos 1” foi a doação de merendas


e alimentos para a igreja feitos pela instituição Sesi, após isso, a agora líder do
projeto Selma Pereira, passou a olhar para outras comunidades na cidade de São
Roque, até que se chegou no bairro conhecido como Pavão, afastado do centro e
com baixo auxilio da prefeitura, os moradores tinham grande dificuldade de
locomoção e alguns mal possuíam energia elétrica, uma vez que as estradas
estavam em estado precário e era difícil acessar o bairro para fazer qualquer tipo de
manutenção.

Neste ponto o projeto precisou expandir ainda mais as suas ações,


fornecendo agora o “sopão” às noites de quarta-feira e um café da manhã às
manhãs de sábado. Além disso, durante as visitas nos dias programados, a líder
Selma Pereira passou a conversar com os moradores para saber quais eram suas
outras necessidades, ela então notou que era necessário iniciar uma arrecadação de
roupas para os moradores, então novas campanhas foram iniciadas para arrecadar
as mesmas. Conforme o volume de doações cresceu, um novo espaço na Casa
Pastoral passou a ser dedicado para o armazenamento de roupas e até mesmo
brinquedos, porém diferente do armazém onde se encontram os alimentos, este
espaço não possui nenhum método ou sistema de separação e classificação dos
itens, as peças apenas são lavadas e dobradas após a sua chegada e colocadas
nas prateleiras, além disso também não há nenhum sistema de registro dos itens.

Atualmente a Obra Social “Somos 1” atende os bairros Pavão, Paraíso e


Goianã, além da vila “JouJou” pertencente à este último, além de uma família
específica no bairro Canguera, todos do município de São Roque, porém afastados
do centro, as atividades incluem ainda a entrega do sopão e do café da manhã às
quartas e sábados respectivamente, além da entrega de cestas básicas e
emergenciais.

7. Porque escolhemos a ONG “Somos 1”.


O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia
da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e
Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), indica que nos últimos meses do
ano passado (2020) 19 milhões de brasileiros passaram fome e mais da metade dos
domicílios no país enfrentou algum grau de insegurança alimentar.

A sondagem inédita estima que 55,2% dos lares brasileiros, ou o


correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de
insegurança alimentar no final de 2020, e 9% deles vivenciaram insegurança
alimentar grave, isto é, passaram fome, nos três meses anteriores ao período de
coleta, feita em dezembro de 2020, em 2.180 domicílios. De acordo com os
pesquisadores, o número encontrado de 19 milhões de brasileiros que passaram
fome na pandemia do novo Corona vírus é o dobro do que foi registrado em 2009,
com o retorno ao nível observado em 2004.

Atualmente, o Brasil possui entre 236 mil e 381 mil ONGs, porém, segundo o
Instituto Phomenta (Certificadora e Aceleradora de ONG’s), pouco menos da metade
dessas instituições não estão realmente ativas, ou seja, possuem um CNPJ ativo e
entretanto nenhuma atividade é executada, desta forma observa-se que um grande
“potencial de ajuda” não é aproveitado.

Mediante a esta situação do país, um dos membros do grupo, que já


frequentava a Obra social “Somos 1” de maneira voluntária, observou a maneira
como os colaboradores da ONG buscavam fazer a diferença nas comunidades
próximas através de suas ações. Após um período de discussão e análise da
situação por parte dos membros do grupo, atingiu-se a conclusão de que, caso fosse
decidido prosseguir com este projeto de utilizar os conhecimentos logísticos para
auxiliar a “Somos 1”, estaríamos, mesmo que de maneira indireta, fazendo a
diferença em uma questão que tem afetado diversos lugares do Brasil. Isso, na visão
do grupo, é algo muito bonito pois, apesar de estarmos lá neste momento por uma
questão didática, parte do trabalho inclui um acompanhamento do projeto após a
conclusão do curso, ou seja, queremos manter um contato e uma manutenção do
projeto para que o mesmo possa realmente se desenvolver através dos nossos
conhecimentos logísticos, e dessa forma, estaremos ajudando aqueles que poucas
pessoas se importam em ajudar (os colaboradores da obra “Somos 1” e as pessoas
dos bairros carentes que são atendidos pela ONG).

7.1. Estudo de caso.

Como citado anteriormente, a Obra Social “Somos 1” recebe doações de


roupas e alimentos que são armazenados no prédio denominado Casa Pastoral,
existem dois espaços disponíveis neste local, um para a acomodação dos alimentos
(um cômodo separado no quintal da casa, com cobertura de telhas e ventilação
mediana) e outro para as roupas e brinquedos (uma prateleira posicionada abaixo
da escadaria que leva ao andar inferior, com iluminação razoável e ventilação
baixa).

No caso do armazém de alimentos, os mesmos se encontram em prateleiras


baixas com aproximadamente 1m de altura, agrupados apenas de acordo com o
produto e quantidade, por exemplo, todos os açúcares são colocados juntos na
maior prateleira ao chegar, porém como não há um planejamento de estoque,
quando algum insumo que também necessita de um espaço amplo é recebido
(arroz, por exemplo) todo o armazém precisa ser reorganizado para encaixar as
novas doações, o que implica um grande desperdício de tempo e energia dos
colaboradores. Existe ainda um armário para armazenagem de produtos de higiene
e dois pallets no chão para que as cestas básicas/emergenciais já montadas não
tenham contato direto com o piso, cestas estas que são confeccionadas neste
mesmo espaço.

Além disso, como não há nenhuma técnica para registro da entrada, saída e
condições destes insumos, foram relatadas diversas situações em que os
colaboradores acreditaram que existia uma quantidade favorável dos mesmos em
estoque, porém no momento da montagem e entrega, foi descoberto que diversos
destes itens estavam fora do período de validade, o que acabou resultando em um
grande volume de desperdício e perda de matéria prima para a confecção das
cestas.

No caso da armazenagem de roupas, as mesmas se encontram em uma


prateleira com aproximadamente 2m de altura, entretanto, ao contrário do armazém
de alimentos, não existe nenhum tipo de técnica para organização física do espaço,
as peças apenas são lavadas quando recebidas e após isso dobradas e alocadas
em qualquer espaço que houver na prateleira, quando esta não se encontra
disponível, as roupas são colocadas em sacos pretos e deixadas ao lado da
prateleira, no chão.

Assim como no caso dos alimentos, não há nenhum método para registrar a
quantidade, as condições e muito menos a movimentação das peças de roupa no
estoque, o que também faz com que os colaboradores não possuam uma projeção
exata deste armazém, ocasionando perda de um grande volume de peças visto que
muitas delas podem estar rasgadas e em estado ruim, portanto no momento de
executar uma separação e encaminhamento das mesmas para as famílias, muitas
pessoas podem acabar ficando sem atendimento.

8. O que é inventário rotativo.

O inventário de estoques constitui-se em uma ferramenta de importância


fundamental para o aperfeiçoamento dos controles internos da organização,
mitigando riscos de perdas, proporcionando maior precisão nos custos com a
operação e atendendo de forma eficiente à legislação de referência.

O inventário rotativo é a contagem de estoque feita a partir de um tempo


determinado (diária, semanal, mensal, anual), de forma organizada, respeitando
esses ciclos. Se torna uma importante ferramenta para obter uma alta precisão em
estoques, quando as contagens físicas programadas são realizadas
constantemente, com seus critérios e ciclos definidos em função da classificação
ABC, a margem de erros será cada vez menor, uma vez que o método estará
contribuindo também para identificação imediata e correções de eventuais falhas no
processo operacional.

Um dos problemas de quem possuí um estoque, é a descartabilidade de


produtos, já que em muitas vezes, eles acabam por estragar perdendo tempo de
validade. O inventário rotativo, tem como objetivo simplificar esse processo.
Aumentando a precisão de estoque, que é o momento que a recontagem é realizada
de forma já programada, assim sendo capaz de identificar e solucionar mais
rapidamente e com eficácia problemas de má conservação, ou até danificações.

Com a recontagem acontecendo sempre em círculos, o controle do que entra


e saí fica muito facilitado, tornando assim o inventário de estoque um grande aliado
na hora de contabilizar a empresa.

Com isso, o inventário rotativo tem vantagens se comparado com o inventário


normal, como por exemplo, a precisão na contagem do estoque, já que é pré-
determinada a acontecer em ciclos, e como a contagem também pode ser feita em
setores determinados em cada momento, não é necessário parar todo o estoque
para ser realizada.

Isto posto, podemos observar que a principal vantagem do inventário rotativo


é de a contagem ser independente, sendo assim, a mesma pode abranger um grupo
completo de produtos, ou de pontos específicos do inventário, ou seja, a partir da
contagem de itens ali presentes, os funcionários do estoque terão maior visão de
diversas características e estatísticas que permeiam determinado espaço, como:

Aprimoramento de Esforços: em que pontos as atenções e energias dos


funcionários estão concentrados e onde os mesmos podem ser redirecionados, por
exemplo, quando há um baixo conhecimento dos itens presentes estoque, os
colaboradores perdem muito tempo procurando e contabilizando os mesmos, tempo
que eles poderiam estar produzindo e enviando diretamente para o cliente. O
inventário rotativo soluciona isso de maneira simples uma vez que a função desta
técnica é manter os funcionários sempre cientes de cada alteração na quantidade de
itens;

Aumento de Eficiência: Como pontuado anteriormente, quando se tem


conhecimento de cada item presente no estoque, é bem mais fácil para os
colaboradores saber onde é necessário maior atenção. Em um estoque organizado
pela curva ABC e constantemente contabilizado pelo inventário rotativo, os
colaboradores devem focar grande parte dos esforços em itens de importância A (ou
seja, os que possuem maior rotatividade no estoque). Esta informação é interpretada
através da contagem específica com o inventário rotativo, uma vez que o mesmo irá
indicar que determinado item possui alta rotatividade, portanto requer maior atenção.
Identificador de Problemas: Um problema que não é visto não pode ser
solucionado, sendo assim, uma recontagem constante significa monitoramento
constante do estoque, ou seja, a margem de erros será muito menor visto que com
este monitoramento, também vem uma manutenção constante dos itens, registros e
até mesmo condições física do espaço.

Impacto nas Operações: Com o inventário rotativo, o tempo de contagem é


extremamente otimizado, uma vez que todo o estoque é “transparente” para os
colaboradores, visto que após algumas contagens frequentes e um treinamento
eficaz, os funcionários estarão familiarizados com os itens, suas posições e sua
frequência de movimentação, e em uma empresa, tempo significa dinheiro, quanto
mais rápido for possível executar uma ação sem perder a sua qualidade, mais
clientes poderão ser atendidos e maior será o lucro da empresa/organização.

Mesmo sendo uma técnica simples e de fácil aplicação, existem alguns erros
que podem acontecer, causando o fracasso em todo o processo, como por exemplo:

Equipe não possuir o treinamento adequado: Esse processo deve seguir um


planejamento muito à risca, todos os profissionais da área devem conhecer bem
todas as etapas do processo. Os riscos são muito altos caso o trabalhador não
esteja familiarizado com todas etapas.

Não contar com apoio da tecnologia: Mesmo que o inventário rotativo seja
mais rápido e simplificado, utilizar de programas de apoio é de grande ajuda. Utilizar
a tecnologia significa diminuir ainda mais o tempo e simplificar ainda mais o
processo, com maior segurança e precisão. Por isso, é muito interessante investir
em um software e uma interface de qualidade, com funcionalidade decentes, que
irão apoiar a empresa e os funcionários no gerenciamento do estoque de forma
muito eficiente.

Controlar o estoque da uma empresa é fundamental, assim os custos irão cair


e os lucros irão subir, e usar o inventário rotativo é uma técnica que proporciona
enorme vantagem sobre outras empresas que não o aplicam. Erros em qualquer tipo
de técnica é inevitável, porém estar sempre preparado para esses erros é essencial,
e isso também vale para o inventário rotativo. Essa técnica sendo aplicada de
maneira correta é uma grande chave para o sucesso e a organização de uma
empresa.
8.1. Porque escolhemos este método.

Durante os processos de pesquisa executados ainda no ano de 2020, o


grupo notou que existiam diversas maneiras de se resolver problemas de estoque
semelhantes aos relatados na ONG “Somos 1”, mediante a isso, enfrentamos um
grande tempo de anseio em relação à solução que buscávamos. Entretanto, após
buscarmos o auxílio de parentes e a sugestão de conhecidos, o gerente do setor
logístico da Alvenius Equipamentos Tubulares Ltda. Carlos Telles (pai do membro
do grupo, Antônio Telles), nos sugeriu que fosse utilizado a técnica do inventário
rotativo, pois era uma vertente simples e extremamente eficaz. Após essa sugestão,
o grupo se sentiu extremamente interessado por essa técnica, portanto iniciou-se um
processo de pesquisa e aprofundamento deste tema e, quando levamos a ideia até
os membros da Obra Social “Somos 1”, os mesmos julgaram esta como interessante
pois haviam alguns dias vagos que apareciam quase que mensalmente na agenda
da ONG, dias que poderiam ser convertidos em horários produtivos para a
realização da recontagem do estoque (como sugere o inventario rotativo), ou seja,
além de ser uma pratica simples porém de extrema eficiência, está ainda se
encaixou perfeitamente com o perfil e a necessidade da “Somos 1”.

9.Processo de desenvolvimento (antes, durante e depois).

9.1. Diário das visitas.

Dia 1: Pesquisa e adaptação.


No primeiro dia de visita, o grupo buscou analisar de maneira mais profunda
o espaço e os itens ali presentes, para desta forma, adaptar as pesquisas e aplicá-
las no layout que já estava configurado.
Neste primeiro dia de visita, o grupo também executou uma contagem de
todos os itens presentes no estoque, roupas e alimentos. No caso dos alimentos,
fazer a contagem foi uma tarefa mais simples, uma vez que estes já es
9.2. Construção da planilha.

Primeiro a descrição dos produtos foi adicionada, ou seja, observamos as


características dos itens presentes no estoque (número do item, peso unitário,
medida e quantidade em estoque) e as listamos na planilha, em seguida também
definimos mais três espaços, para registro da entrada, saída e total de itens ainda
presentes no estoque.
Após isso, os itens foram adicionados à planilha por ordem alfabética pois,
como não havia registro prévio da entrada e saída dos mesmos, não seria possível
configurar uma curva ABC, portanto esta disposição dos mesmos na tabela é algo
apenas temporário, uma vez que está nos planos do grupo manter um
acompanhamento após a apresentação para preencher essas incógnitas.

Aqui utilizamos uma fórmula de soma entre as células E3 e F3 (itens já em


estoque e novos itens que chegaram) e depois uma de subtração sobre este
resultado, representando os itens que saíram do estoque (célula G3). Dessa forma
chegamos ao total de itens que restaram no estoque após as operações.

Depois repetimos este processo por todos os alimentos e somamos os


resultados, para assim chegar a quantidade total de itens no estoque.
Com as roupas nós apenas repetimos o processo, ou seja, adicionamos a
descrição e os registros da entrada, saída e total de itens ainda presentes no

estoque.

Assim como nos alimentos, não havia registro prévio de entrada e saída,
portanto este setor também terá de ser observado para a criação da curva ABC.
Entretanto, no caso das roupas ainda foi necessário utilizar mais uma fórmula
de soma para se chegar a um total de peças, visto que anteriormente nós havíamos
dividido a quantidade em estoque por tamanho.
A mesma fórmula de soma dos alimentos foi utilizada aqui para se chegar a
um total de itens no estoque após as operações.

Também optamos por utilizar uma função SE, colocando uma média de 10
peças necessárias, ou seja, caso o total de roupas desse tipo (vestido por exemplo)
for menor do que 10, a célula ficará vermelha, caso o total seja maior (exemplo das
saias na imagem) a célula ficará verde.
Ao final da planilha ainda optamos por colocar o número geral de peças em
estoque. E fizemos isso através da soma de todos os resultados totais das peças.
Conclusão.

Portanto, após todo o processo de pesquisa, estudo, coleta de informações e


prática do projeto, foi possível compreender o problema da ONG “Somos 1” e buscar
soluções que se alinhassem com o perfil da instituição.

Perante os momentos de pesquisa e coleta houveram diversas dificuldades


justamente por a logística ser uma área de amplitude considerável, abrangendo
diversos processos e diversas formas de executar os mesmos, porém, ao partir para
a aplicação do projeto, observamos que cada conhecimento logístico (fossem estes
adquiridos durante a pesquisa ou durante as aulas desde o início do curso) fez a
diferença, pois estes possibilitavam uma visão muito mais diferenciada e profissional
das características do estoque que estava em análise.

O processo de produção deste trabalho também se mostrou extremamente


esclarecedor para o grupo, uma vez que sentimos e vivenciamos a importância da
logística e de profissionais da área em uma empresa, pois como citado
anteriormente, esta é uma área que envolve muitos processos e a especificação dos
mesmos, o que exige um olhar muito atento por parte do profissional de logística.
A ONG “Somos 1” é uma obra social jovem, assim como os membros do
grupo são profissionais novos na área, portanto acreditamos que este trabalho foi
extremamente benéfico para ambas as partes, uma vez que todos adquiriram
conhecimento, experiência e puderam usar essa situação como um pilar para o
desenvolvimento futuro. A “Somos 1” poderá ampliar a sua área de atendimentos,
ajudando mais famílias e pessoas que têm passado por necessidades neste período
tão difícil na história do nosso país. Além disso, os membros do grupo irão iniciar
uma carreira profissional sólida uma vez que os conhecimentos adquiridos durante o
curso foram bem aplicados, sendo utilizados em uma tarefa altruísta e que, apesar
de ser em proporção micro, fizeram a diferença em uma questão importante.

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