Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Jackelline Favro2
Delimitação conceitual Alexandre Florindo Alves3
Abstract – It is verified in the literature that there is no consensus regarding the activities belonging
to the agroindustryin Brazil, which constitutes not only a problem of definition in itself, but also a
difficulty regarding data collection and systematization. Thus, this study aims to review the available
literature on the definition of agroindustry, its analytical possibilities, limitations and adaptations and
to concatenate the definition of agroindustry with the classification norms of economic activities
existing in Brazil so as to be able to present agroindustry classifications. For the Brazilian economy,
based on the latest version of the National Classification of Economic Activities (CNAE), CNAE
2.0 officially adopted by the National Statistical System and the federal administrative records
management bodies in 2006. As a result of this study, two tabulations are presented considering a
broad concept and a restricted concept. For this delimitation, the subclasses of CNAE were used as
a basis because this is the lowest possible level of disaggregation of information regarding economic
1
Original recebido em 6/1/2020 e aprovado em 20/5/2020.
2
Economista, doutora em Ciências Econômicas. E-mail: jacke.favro@gmail.com
3
Engenheiro-agrônomo, doutor em Economia Aplicada, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas da Universidade
Estadual de Maringá. E-mail: afalves@uem.br
4
Estrutura de classificação próxima das roças onde a colheita de vários produtores é descarregada; nela, os produtos são separados e
classificados para formarem cargas maiores para serem levadas aos grandes centros consumidores (Albino et al., 2004).
Borracha Açúcar
Farinha Bebidas
5
Feix & Leusin Júnior (2016) e Cepea (2017) não consideram no conceito de agroindústria a classe 10.66-0, que compreende a fabricação
de alimentos para animais.
Informe
Setorial da Feix &
Belik FAO Bolliger Gonçalves Campos Santos Barros et al. Área de Leusin Cepea
Setor
(1992) (1997) (2006) (2008) (2008) (2013) (2014) Agropecuária Júnior (2017)
e de Inclusão (2016)
Social (2015) (2)
Setor agropecuário X X
(1)
Fabricação de alimentos X X X X X X X X X X(1)
Fabricação de bebidas X X X X X X X X X X
Fabricação de
X X X X X X X X X X
produtos do fumo
Fabricação de
X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1)
produtos têxteis
Confecção de artigos do
X(1) X X(1) X(1)
vestuário e acessórios
Preparação de couros e
fabricação de artefatos X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1)
de couro
Fabricação de produtos
X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X(1) X X
de madeira
25
de atividades econômicas estruturada com rigor Tabela 3. Mudanças da classificação da Cnae 1.0
metodológico, comum às três esferas de governo para a Cnae 2.0.
e aplicada segundo regras e procedimentos uni-
formes. Ampliou-se, ainda, a comparabilidade Número de categorias
Nível
com as estatísticas econômicas produzidas no Cnae 1.0 Cnae 2.0 Acréscimos
País e no plano internacional (IBGE, 2007). Seções 17 21 4
6
A borracha natural é obtida das partículas contidas no látex, fluído citoplasmático extraído continuamente dos vasos laticíferos da casca
das árvores, por meio de cortes sucessivos de finas fatias de casca, processo denominado sangria (IAC, 2018).
7
A borracha sintética obtida do petróleo possui quase a mesma composição química da borracha natural; suas propriedades físicas são
viáveis para alguns manufaturados, mas são inferiores para luvas cirúrgicas, preservativos, pneus de automóveis, caminhões, aviões e
revestimentos diversos (IAC, 2018).
Divisão Grupo Classe Nome da classe Subclasse Sub. nome Amplo Restrito
Fabricação de produtos alimentícios
Frigorífico - abate de
1011-2/01 X X
bovinos
Frigorífico - abate de
1011-2/02 X X
equinos
Frigorífico - abate de
Abate de reses, 1011-2/03 X X
1011-2 ovinos e caprinos
exceto suínos
Frigorífico - abate de
1011-2/04 X X
bufalinos
Matadouro - abate de
1011-2/05 reses sob contrato - X X
exceto abate de suínos
101
1012-1/01 Abate de aves X X
Abate de pequenos
Abate de suínos, 1012-1/02 X X
animais
aves e outros
1012-1 Frigorífico - abate de
pequenos 1012-1/03 X X
animais suínos
Matadouro - abate de
1012-1/04 X X
suínos sob contrato
Fabricação de produtos
Fabricação de 1013-9/01 X X
de carne
1013-9 produtos de
10 carne Preparação de
1013-9/02 X X
subprodutos do abate
Preservação Preservação de peixes,
1020-1/01 X X
do pescado e crustáceos e moluscos
102 1020-1 fabricação de Fabricação de
produtos do 1020-1/02 conservas de peixes, X X
pescado crustáceos e moluscos
Fabricação de
Fabricação de
1031-7 conservas de 1031-7/00 X X
conservas de frutas
frutas
Fabricação de
1032-5/01 X X
Fabricação de conservas de palmito
conservas de Fabricação de
1032-5
legumes e outros conservas de legumes
vegetais 1032-5/99 X X
e outros vegetais,
103
exceto palmito
Fabricação de sucos
1033-3/01 concentrados de frutas, X X
Fabricação de hortaliças e legumes
sucos de frutas,
1033-3 Fabricação de sucos
hortaliças e
legumes de frutas, hortaliças
1033-3/02 X X
e legumes, exceto
concentrados
Continua...
Moagem de trigo
Moagem de trigo e
1062-7 e fabricação de 1062-7/00 X X
fabricação de derivados
derivados
Fabricação
Fabricação de farinha
de farinha de
1063-5 1063-5/00 de mandioca e X X
mandioca e
106 derivados
derivados
Fabricação de
farinha de milho Fabricação de farinha
1064-3 e derivados, 1064-3/00 de milho e derivados, X X
exceto óleos de exceto óleos de milho
milho
Fabricação de amidos e
1065-1/01 X X
Fabricação de féculas de vegetais
amidos e féculas Fabricação de óleo de
1065-1 1065-1/02 X X
de vegetais e de milho em bruto
óleos de milho Fabricação de óleo de
1065-1/03 X X
milho refinado
Continua...
132 Tecelagem de
Tecelagem de fios de
fios de fibras
1322-7 1322-7/00 fibras têxteis naturais, X X
têxteis naturais,
exceto algodão
exceto algodão
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
Confecção
Confecção, sob medida,
de peças de
1412-6 1412-6/02 de peças do vestuário, X
vestuário, exceto
exceto roupas íntimas
roupas íntimas
14 141 Fabricação de
Fabricação de
acessórios do
acessórios do vestuário,
1414-2 vestuário, exceto 1414-2/00 X
exceto para segurança e
para segurança
proteção
e proteção
Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro
Artigos para
Curtimento e outras
151 1510-6 viagem e 1510-6/00 X X
preparações de couro
calçados
15 Fabricação
Fabricação de
de artefatos
artefatos de couro
152 1529-7 de couro não 1529-7/00 X
não especificados
especificados
anteriormente
anteriormente
Continua...
ALBINO, R.A.; MARTINS, R.S.; SHIKIDA, P.F.A. FAO. Organizacion de las Naciones Unidas para la
Viabilidade de Packing houses para a pequena produção Agricultura y la Alimentacion. El estado mundial de
de hortifrútis em Toledo (PR). Desenvolvimento em la agricultura y la alimentación 1997. Roma, 1997.
Questão, v.2, p.161-191, 2004. (Colección FAO. Agricultura, n.30).
AUSTIN, J.E. Agroindustrial project analysis: critical FEIX, R.D.; LEUSIN JÚNIOR, S. Estatísticas e indicadores
design factors. 2nd ed. Baltimore: Economic Development do emprego formal do agronegócio: nota técnica. Porto
Institute of the Word Bank, 1992. (EDI Series in Economic Alegre: FEE, 2016.
Development). GONÇALVES, D.F. Produtividade total dos fatores
BARROS, G.S.A. de C.; SILVA, A.F.; FACHINELLO, da agroindústria na região sul do Brasil. 2008. 95p.
A.L. PIB do Agronegócio Brasileiro: comentários Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de
metodológicos. Piracicaba: Cepea–Esalq/USP, 2014. Maringá, Maringá.
BELIK, W. Agroindústria processadora e política IAC. Instituto Agronômico. Centro de Seringueira e Sistemas
econômica. 1992. 219p. Tese (Doutorado) – Universidade Agroflorestais. 2018. Disponível em: <http://www.iac.
Estadual de Campinas, Campinas. sp.gov.br/areasdepesquisa>. Acesso em: 13 maio 2018.
BELIK, W.; BOLLIGER, F.P.; SILVA, J.G. da. Delimitação IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
conceitual da agroindústria e evidencias empíricas para Classificação Nacional de Atividades Econômicas. versão
o estado de São Paulo. In: MONTOYA, M.A; PARRÉ, J.L. 2.0. Rio de Janeiro, 2007. Estrutura detalhada e notas
(Org.). O agronegócio brasileiro no final do século XX: explicativas.
realidade e perspectiva regional e internacional. Passo
Fundo: Editora Universitária, 2000. v.2, p.57-79. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Comissão Nacional de Classificação. 2018. Disponível em:
BOLLIGER, F.P. Agroindústria, emprego e renda na <https://concla.ibge.gov.br>. Acesso em: 12 dez. 2018.
perspectiva da demanda efetiva. 2006. 165p. Tese
(Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Campinas. Resolução Concla nº 1, de 4 de setembro de 2006.
Aprovar e divulgar a estrutura completa da Classificação
BRASIL. Ministério da Fazenda. Manual de orientação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE - versão 2.0,
da codificação na subclasse CNAE. 2006. Disponível organizada em cinco níveis hierárquicos: seções, divisões,
em: <http://subcomissaocnae.fazenda.pr.gov.br/User/File/
grupos, classes e subclasses, sendo o detalhamento das
CNAE/>. Acesso em: 13 fev. 2018.
subclasses destinado ao uso da Administração Pública
CAMPOS, M.J. de O. Limites e formas de representação Brasileira. Diário Oficial da União, 5 set. 2006. Seção1,
das informações estatísticas sobre o agronegócio: p.44-54.