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Questão 2 para o 2 o projeto de F-328

Angelo de Moraes Vansan RA:166516 Turma D


Leonardo Batista da Silva RA: 223493 Turma: E
Giovanna Camila Santos RA: 246339 Turma: E
Rodrigo Eduardo Moraes Rego Dalla Corte RA: 243980 Turma: E

Questão 02: Henry Rowland (1848-1901) demonstrou (em 1876) que um objeto carregado
eletricamente movendo-se é uma fonte de campo magnético (um trecho do artigo encontra-se
abaixo; ref.: H.Rowland, American Journal of Science,[3], XI, 30-38, 1878). O experimento
que ele realizou consiste em um disco (não metálico) carregado eletricamente que gira em
torno de seu eixo com uma certa velocidade angular. Rowland testou o efeito desse
movimento do disco carregado em uma agulha magnetizada. O experimento foi realizado para
medir variações pequenas do campo magnético (muito inferiores em valor do que o campo
magnético da Terra). A figura (extraída do Berkeley, vol. 2) mostra esquematicamente o
experimento, onde duas agulhas estão penduradas com um espelho conectado no fio para
medir as deflexões da agulha. Embora Rowland tenha medido o efeito fora do eixo do disco,
vamos inicialmente simplificar o problema.

1) Encontre o campo magnético no eixo de rotação do disco.


2) Faça uma estimativa realista (investigue os valores) para os valores de carga, frequência de
rotação, etc, para encontrar valores do campo magnético criado e sua variação quando a
rotação é invertida. Compare com o campo magnético da Terra. Discuta as condições de
realização do experimento.
3) Procure estimar direção, sentido e valor do campo magnético em pontos fora do eixo.
4) Discuta a diferença entre corrente de condução e corrente de convecção.

Solução:
Para determinar o campo magnético, no eixo de rotação, será usado a lei de
Biot-Savart, que é gerado pelo disco carregado vamos dividi-lo em pedaços infinitesimais de

carga dq, pois o campo magnético gerado pelo corpo vai ser a soma dos campos

magnéticos d gerado por cada pedaço de carga.


A partir disso, iremos analisar o campo magnético gerado por esse “anel” de cargas
para encontrar a simetria do problema.
Decompondo o campo magnético nas componentes x, y e z observamos que as
componentes dBx e dBy irão se anular, isto é válido para todos os pontos do anel de cargas,
pois todos eles terão um outro ponto diametralmente oposto que irá anular a componente do
campo restando apenas a componente dBz.

Da análise temos que:

Como z e R não são variáveis, logo temos que o campo magnético no eixo z é.
Outra forma de calcular é usando coordenadas polares, na qual há substituição da
corrente( i ), dessa forma:

Estimando os valores com base no artigo, têm- se i = 2 A , R= 3,9 cm e escolhendo z =

10 cm e q = 1. Tem - se = 0,384 nT. Em comparação com o campo magnético da terra


3
17𝑥10 𝑛𝑇. Logo, o valor do campo da terra é quase 17 mil maior que o disco. Se houver
inversão da rotação, o calor do campo será negativo, isso ocorre, pelo fato da corrente está
descrita em função da velocidade, e como a velocidade mudou de sentido, o campo mudará
também, tendo um valor negativo, como mostra a equação a seguir.

Para determinar o campo fora do eixo z, iremos pensar da seguinte forma:

Assim como acontece no caso anterior, ao fixar um ponto, haverá um outro ângulo que
complementar/adjunto a o novo eixo, varrerá na outra parte do disco, gerando um outro vetor
que anulará nas direções x e y, sobrando apenas a direção z. Com isso, usando Biot-Savart e a
lei dos cossenos, tem -se:
Com isso o sentido do campo magnético será no sentido oposto em relação ao campo
do eixo z. Ou seja, se o disco girar no sentido anti-horário, o campo estará no sentido horário.
Em relação a diferença de corrente de condução e corrente de convecção, imagine um
os capacitores, que são dispositivos, que se provocado uma diferença de potencial entre suas
placas, consegue funcionar como uma bateria, armazenando carga elétrica. Porém, não é
natural que a energia elétrica se seja passada de uma placa para outra naturalmente, para isso,
é necessário que se aplique uma diferença de potencial que varia com o tempo, pois como já
se sabe, os capacitores em corrente contínua podem ser considerados uma chave aberta, pois
não haverá fluxo de corrente elétrica de uma placa para outra.
A corrente de condução é a corrente que passa naturalmente, de um condutor para
outro, como por exemplo em um circuito puramente resistivo, como por exemplo o circuito:

No circuito, temos apenas a passagem de corrente de condução, pois temos apenas


condutores no circuito, pois por mais que o resistor sirva justamente para controlar a
passagem de corrente, ele continua agindo como material condutor.
Por outro lado, ao se idealizar um circuito resistivo/capacitivo, podemos nos
questionar sobre qual seria o material condutor que consegue realizar a passagem de corrente
entre as placas do capacitor. A resposta para isso, é justamente porque a corrente elétrica que
passa por um resistor, e a corrente elétrica que passa por um capacitor são de naturezas
distintas, enquanto a corrente que passa por um resistor é resultado do movimento dos
elétrons de um átomo para o outro dos materiais condutores, a corrente que passa de uma
placa para outra de um capacitor é resultado da polarização de cargas entre essas placas. Esse
conceito foi fundamentado por J. C. Maxwell, onde em seus estudos sobre eletromagnetismo
precisou levar em conta a possibilidade da propagação de ondas eletromagnéticas no espaço.
Então, fundamentalmente, a diferença entre corrente de condução, e corrente de
convecção é justamente essa, enquanto uma se propaga sem um meio condutor (convecção),
mas através da polarização de cargas de um capacitor, por exemplo, a outra basicamente é o
fluxo de elétrons entre os átomos de materiais condutores.
É também interessante observar que as correntes de condução e convecção estão
defasadas em 90º, o que acaba sendo uma informação importante quando tratamos de
circuitos que envolvem capacitores e resistores em corrente alternada, os famosos circuitos
RC.

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