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Mestrado de Psicologia da Educação

2º Ciclo 1º Ano 1º Semestre

Ano Letivo 2020/2021

Unidade Curricular: Temas Atuais da Psicologia da Educação

Docente: Margarida Pocinho

Tema 6: Aprendizagem e variáveis associadas ao sucesso académico

Discentes

Ana Gonçalves 2084417


Lilibeth Nascimento 2075508
Maria Canha 2054417
Mónica Silva 2056717
Rosangélica Baptista 2016920
Telma Rodrigues 2056517

9 de dezembro de 2020
Resumo
Este estudo tem como objetivo analisar o processo de aprendizagem e as variáveis
associadas ao sucesso académico. Assim, são apresentadas diversas variáveis que influenciam
positiva ou negativamente a aprendizagem, e por conseguinte, o sucesso académico. As
estratégias de regulação motivacional desempenham um papel importante na promoção da
motivação e autoeficácia do aluno, tal como as metas e planos pessoais dado que visam o
estabelecimento de objetivos.
Palavras-chave: Aprendizagem; sucesso académico; estratégias de regulação motivacional;
autoeficácia; metas e planos pessoais
Abstract
This study aims to analyze the learning process and the variables associated with
academic success. Thus, several variables are presented that positively or negatively influence
learning, and therefore academic success. Motivational regulation strategies play an important
role in promoting student motivation and self-efficacy, as well as personal goals and plans as
they aim to set goals.
Keywords: Learning; academic success; motivational regulation strategies; self-efficacy;
personal goals and plans
Introdução
A aprendizagem e variáveis associadas ao sucesso académico apresenta-se como tema
central do presente estudo. Importa, por isso, definir os conceito de aprendizagem e sucesso
académico. A aprendizagem concerne à aquisição de novas informações e ao ganho de
competências após observação, prática ou outras experiências. Na aprendizagem, a informação
recebida é organizada mentalmente numa representação cognitiva, que é integrada ao
conhecimento já existente (American Psychological Association, n.d.).
Por outro lado, o sucesso académico é definido como o grau em que os estudantes
conseguem alcançar os seus objetivos educacionais e tem por base aspetos como o desempenho
académico dos alunos, qualificações e média das notas, a aquisição de conhecimentos e
competências desejadas, o envolvimento em atividades educacionais importantes, a satisfação
do próprio estudante, assim como a persistência e alcance dos objetivos académicos deste.
Contudo, os fatores tidos mais em conta quando se aborda o conceito de sucesso académico são
o desempenho, o cumprimento de metas e a aquisição de competências, fatores estes que se
regem quase exclusivamente pelas notas de testes de aptidão (Crowther & Briant, 2020;
Guterman, 2020; Tomás et al., 2020). O sucesso académico pode também ser conceituado como
a aprendizagem bem-sucedida, e ainda pela inexistência de dropout, isto é, pela retenção no
meio escolar/académico, sem que o estudante abandone este contexto (Crowther & Briant,
2020; Kryshko et al., 2020).
Variáveis que influenciam o sucesso académico
Existem múltiplas variáveis que podem influenciar o sucesso académico e que são
cruciais na adaptação ou ajustamento do estudante no contexto universitário ou escolar, sendo
imprescindíveis para a otimização da aprendizagem e do rendimento escolar do estudante
(Caliatto & Almeida, 2020). Neste estudo serão abordadas algumas dessas variáveis,
nomeadamente a ansiedade, o stress, a autorregulação, a autoeficácia, a motivação e a
inteligência emocional dos alunos, as perceções que os estudantes possuem sobre os fatores que
levam ao sucesso académico, as relações com a família e com os pares.
Ansiedade
Um dos fatores determinantes que mais afetam o sucesso académico dos alunos é a
ansiedade. A ansiedade é definida como um sentimento de angústia e medo baseado na
expectativa de um resultado negativo. É um estado de alerta sob o perigo e situações
ameaçadoras. Quando a ansiedade é mantida sob controle, é muito útil no processo de
aprendizagem e estimula positivamente o indivíduo. A matemática é uma das disciplinas que
está entre as mais reprovadas no sistema escolar, estando associada à ansiedade. A atitude
negativa em relação a uma disciplina origina um alto nível de ansiedade e um baixo
desempenho. A atitude é um comportamento aprendido e deve ser levada em consideração pelos
educadores, sendo necessário garantir que as atitudes negativas não sejam desenvolvidas, ao
identificá-las e eliminá-las (Tuncer & Yilmaz, 2020).
Stress
O stress é a resposta a uma situação ou evento ameaçador. Pode ser definido como um
mal-estar na decorrência de fatores físicos, emocionais e ambientais que podem interferir no
seu desempenho. O stress diário pode afetar/alterar o equilíbrio fisiológico e psicológico do
estudante causando sentimentos de impotência, baixa autoestima, ansiedade e depressão. O
stress pode transformar-se em angústia quando a vulnerabilidade aumenta, gerando sentimentos
de incapacidade para enfrentar determinada situação, demonstrando uma resposta negativa e
hostil, e fazendo diminuir o seu desempenho. A escola é um dos contextos mais significativos
para os alunos pelas suas características, pelas mudanças curriculares, e pelo aumento do nível
de exigência, e tudo isto influencia notavelmente o desempenho académico (Barroso et al.,
2020).
Autorregulação académica
A autorregulação da aprendizagem é um conceito complexo que inclui os fatores
cognitivos, metacognitivos, motivacionais, afetivos, comportamentais e sociais. Este constructo
diz respeito à capacidade do aluno de assumir responsabilidade e de ter um papel ativo na sua
aprendizagem (Casiraghi et al., 2020). Sendo assim, as capacidades autorregulatórias são
processos autodirigidos, pois possibilitam a transformação de habilidades mentais em
competências e, consequentemente, a combinação das capacidades, das motivações, das
crenças e dos comportamentos de regulação na sua aprendizagem (Caliatto & Almeida, 2020).
A autorregulação é importante na sala de aula, dado que os processos cognitivos e
metacognitivos inerentes a esta se traduzem em estratégias de aprendizagem, motivação e
autoeficácia. De ressalvar que a autorregulação da aprendizagem é considerada relevante para
explicar a qualidade da aprendizagem e do sucesso académico (Caliatto & Almeida, 2020).
Assim sendo, o modelo de aprendizagem autorregulada de Zimmerman inclui três fases, a fase
de antecipação ou previsão (esta fase precede a ação e exige o estabelecimento de metas e
planeamento da ação, onde o estudante analisa as exigências da tarefa e avalia as suas crenças
de autoeficácia), a de controle do desempenho e volição (aplicação das estratégias de
aprendizagem e das ações pelo estudante, de modo a realizar a tarefa) e a de autorreflexão
(sucede-se após a execução da tarefa e implica a análise do estudante acerca do alcance ou não
das metas, da adequação das estratégias utilizadas e/ou da realização da tarefa) (Casiraghi et
al., 2020).
Autoeficácia académica e determinação
A autoeficácia refere-se ao conhecimento que o indivíduo tem sobre as suas capacidades
e confiança tida para alcançar metas estabelecidas ou tarefas específicas. Albert Bandura fala
sobre a crença da autoeficácia na sua teoria social-cognitiva, descrevendo-a como um processo
mediador da cognição, emoção e motivação, em que quanto maior autoeficácia, maior é a
motivação e a determinação para enfrentar as dificuldades. Neste sentido, no contexto
académico os comportamentos de autoeficácia conduzem a um maior desempenho e por
consequência ao sucesso académico, dado que os alunos que possuem julgamentos de
capacidade para aprender têm mais possibilidades de favorecer a sua aprendizagem e
desempenho (Casiraghi et al., 2020).
No que diz respeito às fontes da autoeficácia estas podem ser o comportamento efetivo,
os modelos vicariantes, a persuasão social e indicadores fisiológicos. Na mesma linha, deve
existir um equilíbrio entre a perceção do julgamento da capacidade e o comportamento efetivo
do aluno, visto que pode existir uma sobrevalorização ou desvalorização da capacidade
(Casiraghi et al., 2020).
Motivação académica
A motivação académica dos alunos é descrita como intrínseca e extrínseca. A motivação
intrínseca é interna ao aluno, que está motivado por um desejo de aprender ou desfrutar do
processo de aprendizagem, enquanto a motivação extrínseca é externa ao aluno, que pode ser
motivado pelo desejo de agradar aos outros obtendo notas altas ou outras recompensas externas.
Apesar de ambos os tipos de motivação estarem associados ao desempenho académico, os
alunos que são intrinsecamente motivados são mais propensos a persistir diante dos desafios e
têm maior autoconceito (Trolian & Jach, 2020).
Os estudos demonstram que as experiências de aprendizagem aplicada estão associadas
ao aumento da motivação académica, ou seja, a aplicação de conceitos aprendidos nas aulas,
para problemas práticos ou novas situações, facilita a aprendizagem e a motivação, promovendo
o envolvimento dos alunos nos exames ou tarefas. A motivação académica tende a diminuir
durante a faculdade, portanto as abordagens de aprendizagem aplicada podem ajudar a melhorar
a motivação dos alunos (Trolian & Jach, 2020). Outras investigações revelam que as estratégias
de “self-talk” (conversa interna) orientadas para os objetivos, estão entre as estratégias de
regulação motivacional mais eficazes em relação ao esforço académico dos estudantes do
ensino médio e superior (Kryshko et al., 2020).
Inteligência emocional
A inteligência emocional possui cinco competências emocionais e sociais e são elas a
autoperceção, a autorregulamentação, a motivação, a empatia e as habilidades sociais. Esta pode
ser definida como o equilíbrio entre o lado emocional e o lado racional, ou como a habilidade
para lidar com as emoções de forma assertiva e inteligente, utilizando-as como uma estratégia
para determinar o comportamento. A inteligência emocional permite criar motivações para si
próprio e persistir num objetivo, controlar impulsos e saber aguardar a satisfação dos desejos,
ter a capacidade de um bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na
capacidade de raciocinar e de ser empático e autoconfiante (Pôrto et al., 2020). Esta constitui
um componente importante nas habilidades cognitivas dos estudantes uma vez que são
necessárias competências emocionais para o desenvolvimento escolar, na assimilação e
aquisição de novos conhecimentos (Rodríguez & Vázquez, 2020).
Perceção dos alunos
No que concerne à perceção dos alunos, estes consideram que os elementos
determinantes para a sua aprendizagem são eles próprios (e.g. envolvimento escolar,
investimento cognitivo na tarefa, vontade de se esforçar para compreender de forma
aprofundada as ideias complexas e dominar competências, ser assíduo e pontual, cumprir as
regras), as competências de ensino do professor (e.g. instrução clara, recorrer a técnicas de
questionamento para construção de significado, apresentação cativante e interessante das aulas
aos alunos, capacidade de atribuir um papel ativo aos alunos nas aulas) e a preocupação do
docente para com o bem-estar dos estudantes (Cunha et al., 2020).
Relações
As relações interpessoais do estudante são também variáveis a considerar no que toca
ao seu sucesso académico. Por essa razão abordaremos a variável familiar e dos pares, uma vez
serem redes importantes na forma de agir dos alunos (Martín-Antón et al., 2020).
Família.
A família, sendo um contexto que potencia as relações interpessoais e o adquirir de
valores, princípios e regras, tem um importante papel para o contributo do sucesso académico.
O ensino da responsabilidade, por exemplo, acontece principalmente na esfera familiar, e esta
é uma capacidade essencial para que os indivíduos aprendam a dar resposta às suas próprias
ações, de forma eficaz e adequada. A responsabilidade é absolutamente crucial por ter um
impacto direto no desempenho e/ou comprometimento académico, assim como na autonomia
pessoal dos sujeitos, pelo que deve ser ensinada e promovida desde cedo no seio familiar,
potenciando assim o sucesso académico dos seus elementos. Outras variáveis como a situação
socioeconómica da família e o tipo de estrutura familiar podem também influir no sucesso
académico (Martín-Antón et al., 2020).
Pares.
O feedback dos pares é apresentado como uma estratégia eficaz para uma melhor
aprendizagem e desempenho académico. Este é definido como um método de ensino onde é
iniciado um processo de aprendizagem autodirigido e ativo, e onde se incluem o ensino
recíproco pela interação social, existindo um processo de comunicação através do qual os
alunos dialogam e discutem conhecimentos. O feedback dos pares envolve por isso o aluno no
próprio processo de aprendizagem, assumindo ao mesmo tempo, o papel de examinador e
examinado. No contexto do ensino superior esta é uma estratégia muito utilizada pela existência
de evidências de contributos como o aumento da autorregulação, metacognição e sucesso
académico dos estudantes (Simonsmeier et al., 2020). O desenvolvimento cognitivo dos alunos,
a capacidade avaliativa e crítica, e o desenvolvimento socioafetivo são outras das competências
ganhas com a avaliação de pares (Li et al., 2020).
Estratégias de regulação motivacional e sucesso académico
A regulação motivacional diz respeito a uma importante componente da aprendizagem
autorregulada, e refere-se ao aumento da motivação do sujeito nas múltiplas etapas da
aprendizagem. Este processo é constituído por três aspetos principais, nomeadamente, a
monitorização metamotivacional (capacidade do sujeito de observar o seu nível de motivação
e compará-la com o nível de motivação desejado), o conhecimento metamotivacional
(conhecimento declarativo e procedimental relativo à estratégia), e o controlo da motivação
(orientação para a realização de objetivos). Assim, perante uma tarefa desafiante, o aluno
através da monitorização metamotivacional compreende uma maior necessidade de motivação
perante determinada tarefa, e utiliza o conhecimento metamotivacional para identificar o déficit
de motivação e selecionar estratégias que sejam adequadas à sua resolução. Ou seja, de forma
a resolver o problema motivacional, o aluno poderia estabelecer metas mais próximas que
passassem pela subdivisão da tarefa desafiante em tarefas menores, no sentido de promover
uma sensação de realização mais rápida e frequente (Kryshko et al., 2020).
Outras estratégias como o interesse situacional e o realce do significado pessoal podem
ser utilizadas, com o intuito de tornar a tarefa mais apelativa quando a percebe como
desinteressante. A eficácia da aplicação destas estratégias está dependente de fatores
contextuais, nomeadamente as características da tarefa, e de fatores individuais como a
inteligência (Kryshko et al., 2020).
Metas e Planos pessoais no desempenho académico
Dentro de uma perspetiva teórica, os estudos demonstram que as estratégias específicas
para alcançar metas e planos influenciam a melhora do desempenho académico. Por essa razão,
na prática é importante o estabelecimento de objetivos pessoais onde se realize primeiramente
uma reflexão dos obstáculos para depois desenvolver os planos específicos de maneira a superá-
los. Estes planos devem ser de boa qualidade e quantidade de modo a conseguir resultados
positivos (Schippers et al., 2020).
Conclusão
Para concluir, este estudo permitiu compreender como a aprendizagem e,
consequentemente o sucesso académico, podem ser influenciados, positiva ou negativamente,
por determinadas variáveis. As estratégias de regulação motivacional e sucesso académico aqui
enumeradas foram, igualmente, cruciais para a compreensão de possíveis intervenções em
estudantes desmotivados ou desinteressados numa dada tarefa escolar ou académica, através da
promoção da motivação e autoeficácia do aluno. Por fim, as metas e planos pessoais são fulcrais
no sucesso académico, uma vez que estabelecer objetivos pessoais através de uma reflexão
prévia das adversidades é fundamental para o desenvolvimento de planos e metas, que
promovem a superação desses obstáculos que trazem, posteriormente, resultados benéficos para
o aluno.
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