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Rafael Seabra

Liberdade Financeira

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Licenciado para Fernanda A. T. Lira Machado, E-mail: fernandaatlira@hotmail.com, CPF: 09532123784
Liberdade Financeira

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1a edição: Dezembro/2011
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LIBERDADE FINANCEIRA
Autor: Rafael Seabra
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E-mail: rafaelseabra@queroficarrico.com

Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem
ocorrer erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos
a comunicação ao e-mail acima citado, para que possamos esclarecer ou encaminhar
a questão. O autor não tem nenhum vínculo com as pessoas, instituições financeiras
e produtos citados, utilizando-os apenas para ilustrações, nem assume nenhuma
responsabilidade por eventuais perdas de bens oriundas do uso deste material.

Toda e qualquer decisão tomada após a leitura deste livro digital é de única e exclusiva
responsabilidade do leitor.
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Sumário

Sumário__________________________________ 4 Como o lucro das empresas é tributado?___________ 18


E como a minha renda é tributada?_______________ 18
Capítulo 1: Qualidade de vida e educação financeira_6
Ainda preciso explicar porque a tributação do resultado
O que é qualidade de vida?_______________________ 6 da empresa é mais vantajoso?___________________ 19
O que é educação financeira?_____________________ 7 E o que isso tem a ver com os ricos?______________ 19
Qual a relação entre qualidade de vida e educação Conclusão___________________________________ 20
financeira?____________________________________ 8
Capítulo 5: Inflação: “imposto” mais caro que
O que é ser rico?_______________________________ 9
pagamos________________________________ 21
Capítulo 2: O que é ser rico para você?_________ 10
O que é inflação?______________________________ 21
Você é “destruidor” ou “gerador” de riqueza?________ 10 Inflação de demanda___________________________ 22
Seu padrão de consumo e investimento o liberta ou Inflação de custos_____________________________ 22
aprisiona?___________________________________ 11
Índices de inflação_____________________________ 23
A cada ano, você precisa de mais ou menos força de
Problema da indexação_________________________ 23
trabalho para financiar seu padrão de vida?_________ 12
Problema da falta de infraestrutura e alta carga tributária_
Conclusão___________________________________ 12
23
Capítulo 3: Por que os ricos ficam ricos?________ 14 E por que os pobres são mais afetados que os demais?_24
Por que não somos financeiramente inteligentes?____ 14 Conclusão___________________________________ 25
Então existe uma conspiração para que não sejamos Capítulo 6: Como ganhar dinheiro fácil_________ 26
inteligentes?_________________________________ 15
Wall Street, os filmes___________________________ 26
Então o que devemos fazer?_____________________ 16
Então não existe dinheiro fácil?___________________ 27
Capítulo 4: Por que a minha renda não é tributada Como descobrir o que tenho prazer em fazer?_______ 28
como a das empresas?______________________ 17

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Capítulo 7: Como gastar dinheiro_____________ 30 Desvantagens________________________________ 46


Roupas de marca ou itens de última geração?_______ 30 Imóveis_____________________________________ 47
Gastar com supérfluos nem sempre é errado, desde que Vantagens___________________________________ 47
seja planejado!_______________________________ 31 Desvantagens________________________________ 48
Capítulo 8: Viver ou juntar dinheiro? Escolho os dois! Ativos financeiros (ações, títulos públicos, fundos de
33 investimento)________________________________ 48
Vantagens___________________________________ 48
Viver ou ficar rico?_____________________________ 33
Desvantagens________________________________ 49
Segredo do sucesso: planejamento, disciplina e equilíbrio_
34 Conclusão___________________________________ 49
Respondendo os comentários da Maria Helena_______ 35 Capítulo 12: Independência financeira, trabalho e
Conclusão___________________________________ 36 qualidade de vida__________________________ 50

Capítulo 9: Viva rico, morra quebrado__________ 37 Invista para trabalhar menos e ganhar mais_________ 51
Gastar menos ou ganhar mais?___________________ 51
O que é viver rico e morrer quebrado?_____________ 37
Qual o significado da independência financeira?______ 52
Rendimento mensal versus renda mensal___________ 38
Não se esqueça da qualidade de vida______________ 53
Simulador de projeção financeira_________________ 38
Conclusão___________________________________ 53
O que está a nosso favor e o que está contra________ 39
Sobre o autor_____________________________ 55
Capítulo 10: Investir em aplicações financeiras ou
negócio próprio?__________________________ 41
Investimento em modalidades financeiras__________ 41
Abertura de negócio próprio_____________________ 42
Então onde é melhor investir meu dinheiro?_________ 43
Capítulo 11: Quais os melhores investimentos para
você?___________________________________ 45
Negócios próprios_____________________________ 46
Vantagens___________________________________ 46

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Capítulo 1: Qualidade de vida e educação financeira


Quando falamos em qualidade de vida, cada um provavelmente pensará algo
diferente, de acordo com o que dão valor. É comum ouvir que qualidade de vida
significa ter muito dinheiro, viajar pelo mundo inteiro, morar numa casa bacana com
ótima localização ou ter tempo livre.

Já quando colocamos educação financeira em pauta, alguns podem interpretar como


controlar os gastos, saber investir, não se endividar ou o caminho para a independência
financeira. Nenhuma dessas interpretações estariam erradas, mas isoladamente
estariam incompletas.

O intuito deste capítulo é discutir o que é qualidade de vida, o que é educação financeira,
como esses dois importantíssimos conceitos se relacionam e como são fortes quando
utilizados em conjunto.

O que é qualidade de vida?


Ter qualidade de vida significa conseguir aproveitar seu tempo da melhor maneira
possível, tentando sempre estar próximo às pessoas que realmente são importantes
para você. Vamos imaginar algumas situações e tentar classificá-las.

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Um empresário de sucesso possui um apartamento de R$ 1,5 milhão, uma casa de


praia de R$ 800 mil, 2 carros de 150 mil cada e um barco de R$ 400 mil. Ele tem seu
próprio negócio, trabalha  no mínimo 14 horas por dia, fica “pendurado” no celular
mesmo estando em casa e não sabe o significado dos termos “final de semana” e
“férias”. Não deve ser fácil perceber que ele tem muito dinheiro. Mas será que tem
qualidade de vida?

Nosso segundo personagem fictício mora num ótimo apartamento alugado (pago com
rendimento dos investimentos), dois carros médios (comprados semi-novos por um
bom preço) e nada mais. Ele também tem seu negócio, mas trabalha religiosamente
oito horas por dia, tem os finais de semana livres (sempre fazendo uma ou outra
ligação) e faz questão de fazer anualmente uma grande viagem, aproveitando seus 30
dias de férias junto com a esposa e filhos. E agora, será que esse teria qualidade de
vida? Não responda agora!

O que é educação financeira?


Educação financeira é composta por tudo que já escrevi no começo do texto mais
algumas coisas. Em poucas palavras, é saber lidar com o dinheiro, para administrá-lo de
forma que ele trabalhe para você e não o contrário. Tem ainda como principal objetivo
atingir a independência financeira. Escrevi o artigo  A importância da Educação
Financeira, o qual recomendo a leitura.

Vamos agora analisar a situação dos nossos empresários do tópico anterior. Para quem
acompanha o Quero Ficar Rico e já leu o artigo Quanto custa ficar rico?, certamente
percebeu que o primeiro caso é justamente o exemplo dado por Paulo Portinho.
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Como já foi mostrado no artigo citado, o primeiro empresário precisaria de, no mínimo,
R$ 300 mil por ano só para manter seu patrimônio! Ou seja, ele precisaria de uma renda
mensal de R$ 25 mil só para “pagar as contas”. Certamente se o negócio desandasse,
ele estaria com um baita problema nas mãos.

Já o segundo empresário praticamente não tinha passivos relevantes. Apesar de não


ter um patrimônio avaliado em R$ 3 milhões, possuía entre apartamentos de baixa
renda e investimentos financeiros, que rendiam aproximadamente R$ 10 mil por mês.
Isso independente da renda obtida através do seu negócio. Continue pensando…

Qual a relação entre qualidade de vida e educação


financeira?
A princípio, essa relação não é uma regra. Você deve conhecer pessoas que aparentam
ter ótima qualidade de vida, mas que não tem a mínima noção de dinheiro. O contrário
também não é difícil de encontrar, pois existem várias pessoas que administram seus
patrimônios de forma extraordinária, mas não têm tempo para nada.

Mas o grande “pulo do gato” está em aproveitar os resultados de um (educação


financeira) para ficar cada vez mais próximo do outro (qualidade de vida). Enquanto
o primeiro empresário está cada vez mais preso  ao trabalho, por aumentar seu
patrimônio com bens que só geram despesas e necessitar continuamente dos lucros
advindos do seu negócio, o segundo está progressivamente aumentando seu patrimônio
com bens que geram primordialmente receitas. Trocando em miúdos, o primeiro está

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cada vez mais preso enquanto o segundo está caminhando para a liberdade, através
da independência financeira.

O que é ser rico?


A primeira coisa que cada um deve fazer é se perguntar “O que eu considero ser
rico?“. E pensar durante um bom tempo sobre essa resposta. Será que ser rico é
apenas atingir uma certa quantia de dinheiro ou um determinado salário? Ou é ter
um carro do ano caríssimo, casa de praia, casa de campo, outros carros, entre outras
coisas?

Minha opinião sobre riqueza é viver com qualidade de vida e acumular


paulatinamente um patrimônio que gere rendimentos cada vez maiores para
que eu dependa cada vez menos da renda obtida através do meu trabalho.
Fazendo isso e tentando manter o padrão de vida atual, atingirei meu objetivo de “ficar
rico” em pouco tempo.

O que é ser rico para você? O que você considera viver com qualidade?

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Capítulo 2: O que é ser rico para você?


Se eu fizer essa mesma pergunta a 10 pessoas diferentes, é bem provável que eu
obtenha 10 respostas também diferentes. E possivelmente todas essas respostas
estarão corretas.

Isso é possível porque a percepção de riqueza  varia de pessoa para pessoa. Enquanto
alguns podem pensar que ser rico significa possuir um grande patrimônio, outros
podem definir riqueza como a capacidade de não necessitar mais do trabalho direto
para sobreviver.

O intuito deste capítulo não é responder a essa pergunta. Como já escrevi, ela tem
várias respostas. Mas existem algumas dicas que podem mostrar se você está no
caminho correto para alcançar o objetivo de ser rico. E é isso que discutiremos a partir
de agora.

Você é “destruidor” ou “gerador” de riqueza?


Independente de quanto você ganha atualmente ou o quão perto você está de ser
rico, existem meios bem simples para identificar se você está destruindo sua riqueza
ou gerando mais riqueza. E isso passa por uma simples análise dos bens que tem sido
adquiridos.
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Se, ao ganhar mais dinheiro, você opta por trocar seu carro por um melhor, comprar um
apartamento maior ou uma casa de praia, é possível que você esteja destruindo sua
riqueza. Perceba que os custos para manter cada um desses bens são muito altos. Já
discutimos quanto custa ter um carro ou uma casa de praia.

Em contrapartida, se, ao aumentar seus rendimentos, você optar por adquirir bens
que gerem rendimentos, como imóveis para alugar, aplicações financeiras, títulos
públicos ou ações de empresas pagadoras de dividendos, você pode se considerar
um gerador de riqueza.

Seu padrão de consumo e investimento o liberta ou


aprisiona?
Utilizando o mesmo raciocínio da pergunta anterior, se seus gastos aumentam na mesma
proporção dos seus ganhos, é provável que você fique cada vez mais dependente do
seu salário para manter seu patrimônio, já que os bens que você adquiriu geram
predominantemente despesas.

Ao contrário, se optar por adquirir ativos que gerem majoritariamente receitas, seu
custo de vida estará sendo bancado por esses rendimentos, ao invés da sua força de
trabalho. Por esse motivo, você dependerá cada vez menos do seu salário para cumprir
suas obrigações financeiras, estando assim cada vez mais livre.

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A cada ano, você precisa de mais ou menos força de


trabalho para financiar seu padrão de vida?
Essa pergunta resume muito bem as duas anteriores. Se você precisa trabalhar cada
vez mais para manter seu patrimônio, é um forte sinal que você está cada vez mais
preso ao trabalho e que você tem destruído sua riqueza.

Por outro lado, se seus ativos tem gerado cada vez mais renda e a manutenção do
seu patrimônio depende cada vez menos do seu salário, é um grande indicativo que
você está (ou deveria) livre. Caso ainda trabalhe bastante, o faz por opção e não por
necessidade.

Conclusão
O importante é perceber que ao caminhar para a independência financeira, você também
está buscando melhorar sua qualidade de vida. Recomendo fortemente a leitura dos
artigos “Qualidade de vida e educação financeira” e “Invista para trabalhar
menos e ganhar mais“. Esses textos são leituras complementares essenciais para
esse tema.

Por fim, saiba que é necessário balancear seu padrão de consumo e investimento.
Assim como não é correto apenas adquirir bens “destruidores” de riqueza, também
não seria prudente apenas investir em bens “geradores” de riqueza. Todos anseiam

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por carros melhores, casas maiores ou viagens, e esses itens também devem constar
nos seus planos.

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Capítulo 3: Por que os ricos ficam ricos?


Sei que muitos vão dizer que é porque eles roubam, exploram seus funcionários,
pagam mal ou até porque os governos tomam decisões que sempre favorecem os ricos
e poderosos.

Entretanto o intuito deste capítulo é dar a resposta para esta pergunta apenas do
ponto de vista financeiro. E já começo dando a minha resposta: os ricos têm uma
inteligência financeira acima da média.

Vamos discutir a partir de agora porque eles são mais inteligentes financeiramente
que a maioria de nós, se realmente existe uma conspiração para que não sejamos
inteligentes e o que podemos fazer para mudar esse quadro.

Por que não somos financeiramente inteligentes?


Essa discussão é um tanto quanto filosófica, mas em poucas palavras, eu diria que a
maioria de nós não possui inteligência financeira simplesmente porque não aprendemos
isso na escola, muito menos em casa.

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Basta você pensar sobre o que nossos pais e professores nos ensinam: estude bastante,
faça um bom curso superior, arrume um bom trabalho, compre sua casa própria e
constitua sua família.

Sem desmerecer grandes valores acima listados, mas não estamos sendo formados
para sermos empregados? O correto não seria sermos o dono do negócio, para assim
oferecer bons empregos, ao invés de conseguir bons empregos?

Nós temos um ensino tão precário sobre educação financeira que ao lembrar sobre
as aulas de Matemática sobre juros compostos, recordo apenas de exemplos com
dívidas e cresci achando que juros compostos eram ruins, quando na verdade, são
maravilhosos ao nosso favor.

Então existe uma conspiração para que não sejamos


inteligentes?
Sinceramente não sei, mas começo a desconfiar que exista. Robert Kiyosaki, autor dos
ótimos livros Pai Rico, Pai Pobre e O Segredo dos Ricos, é um ferrenho defensor
dessa teoria. E vou mostrar alguns pontos que fazem ela ter certo sentido:

1. Ensino: Não aprendemos educação financeira na escola. E nem há previsão para isso.
Aprendemos apenas a arrumar um bom emprego, ser um bom funcionário.

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2. Governo: Não desenvolve iniciativas concretas de educação financeira, nos obriga a


contribuir para o INSS e a manter nosso fundo de garantia no FGTS com rendimento
de 3% ao ano, entre outras coisas.

3. Bancos: São amplamente  beneficiados  pelos governos e chamam títulos de


capitalização, caderneta de poupança e planos de previdência privada de investimento.

4. Corretoras: Salvo algumas raras exceções, estão apenas preocupadas de fazer


recomendações para que compremos ou vendemos ações e elas ganhem com
corretagens. Quanto mais operações fizermos, melhor para a corretora.

Mídia: Consuma, consuma e… consuma.

Enfim, vivemos rodeados por pessoas e instituições que, além de não ter a menor
preocupação em desenvolver nossa inteligência financeira, ainda fazem pior: só
ensinam coisas que nos deixam numa situação pior.

Então o que devemos fazer?


Devemos fazer a lição de casa e repassar esses ensinamentos para nossos filhos.
Existem bons livros disponíveis no mercado, tais como os já citados Pai Rico, Pai
Pobre (leitura obrigatória) e O Segredo dos Ricos.

Por fim, há também muita leitura disponível gratuitamente na internet, como o conteúdo
deste blog. A única ressalva que faço é quanto à qualidade do conteúdo. Existem blogs,
como o Quero Ficar Rico, que já possuem uma boa reputação. Mas há também muita
baboseira e você tem que saber separar o que realmente vai agregar conhecimento.
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Capítulo 4: Por que a minha renda não é tributada


como a das empresas?
O título deste capítulo poderia muito bem ser “Por que os ricos ficam ricos? (parte 2)”,
já que ele é complementar ao capítulo anterior.

Muitos, entretanto, podem estar se perguntando: “o que uma coisa tem a ver com a
outra?”. A princípio isso não tem muita coisa relacionada com educação financeira, mas
veremos ao longo do texto que, na verdade, tem tudo a ver com educação financeira
e até, quem sabe, com a conspiração dos ricos e poderosos para que continuemos na
classe média.

O intuito deste capítulo é mostrar como as empresas (ou os ricos) são tributadas,
como nossa renda  é tributada e, por fim, mostrar porque é muito mais vantajoso
pagar imposto de renda como uma pessoa jurídica.

Antes que apareçam as críticas, o objetivo deste artigo não é dar aula de fundamentos
de contabilidade. Então os termos e cálculos aqui utilizados não seguirão fielmente
as nomenclaturas contábeis, pois pretendo deixar a linguagem bem simples, estando
assim ao alcance da maioria.

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Como o lucro das empresas é tributado?


As empresas têm suas receitas brutas (vendas ou prestação de serviços), descontam
os alguns impostos (IPI, ICMS, ISS), chegando à receita líquida. Depois, da receita
líquida são subtraídas outras despesas (custos fixos e variáveis, por exemplo) e só
então chegamos ao lucro (bruto).

O imposto de renda incide apenas sobre esse lucro, e não sobre a receita. Em outras
palavras, as empresas recebem, depois gastam e só então pagam o imposto de renda.

E como a minha renda é tributada?


Conosco, pobres mortais, é bem diferente. Primeiro nós recebemos e já pagamos
o imposto de renda sobre esse valor. Muitos até nem chegam a receber, pois já são
tributados na fonte. Só depois é que gastamos, com o que tiver sobrado.

Ou seja, nós recebemos, pagamos o IR e só então gastamos. Além disso, ainda pagamos
mais uma imensidão de tributos sobre nossos gastos, tendo inclusive produtos onde
mais de 40% do valor final corresponde a impostos. Basta dar uma olhada no excelente
site da Dieta do Impostão.

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Ainda preciso explicar porque a tributação do resultado


da empresa é mais vantajoso?
Tenho certeza que não, mas faço questão. A resposta mais simples é essa: enquanto
as empresas recebem, gastam e só então pagam, nós recebemos, pagamos e
só depois gastamos.

Imagine se você recebesse seu salário, pagasse todas as suas despesas e o imposto
de renda incidisse apenas sobre o que sobrasse (se sobrasse)? Seria maravilhoso, não
é? Pois é assim que acontece com as empresas. E se tiver prejuízo, não paga IR.

Alguns podem dizer: mas as empresas pagam ICMS, IPI, ISS… antes de deduzir as
despesas. Com a gente ainda é pior: mesmo descontando o IR sobre nosso rendimento
total, ainda temos que pagar todos esses impostos em nossas compras. Na verdade,
quem paga o IPI, ISS ou ICMS somos nós. As empresas apenas embutem esses
tributos no preço final.

E o que isso tem a ver com os ricos?


Para fazer a primeira relação, basta responder a essa pergunta: quem são os donos
das empresas mais rentáveis? Além disso, tem uma coisa importantíssima que poucos
sabem: os ricos, como pessoas físicas, são tributados pelo IR apenas sobre o pró-
labore (equivalente ao salário por trabalharem em suas empresas). Os dividendos que

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eles recebem ao longo do ano, como distribuição dos lucros, não sofrem incidência
do imposto de renda.

Ou seja, basta colocar um pró-labore bem baixo (o que a grande maioria dos sócios
faz) e receber tudo livre de impostos no final do ano. E perceba que eu só relatei até
aqui as vantagens que estão dentro da lei.

Conclusão
Meu objetivo não é condenar os ricos, derrubar o capitalismo ou discutir os problemas
de corrupção que enfrentamos em nosso país. Apesar de eu adorar todos esses
tópicos, a função do Quero Ficar Rico é promover a educação financeira e também
o empreendedorismo.

Perceba que economizar, investir, receber comissões ou royalties, aumento de salário


e desenvolver o empreendedorismo são pontos importantes, mas apenas o último
(empreendedorismo) realmente gera riqueza. Todos os outros são auxiliares ou
dependem de outros fatores.

Vejamos: ninguém fica rico apenas economizando nem ganha fortunas investindo
pouco dinheiro. Além disso, receber royalties depende mais de capacidade intelectual
do que apenas do nosso esforço e aumento de salário também não depende só da
gente.

Invista sobretudo na educação e na aquisição de conhecimento, pois estes são os


verdadeiros segredos do sucesso.

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Capítulo 5: Inflação: “imposto” mais caro que


pagamos
Milton Friedman, economista americano ganhador do prêmio Nobel, disse certa vez
que a “inflação é taxação sem legislação“. Ele não poderia estar mais correto.
E o maior problema é que a inflação  atinge diretamente as classes mais baixas
da sociedade, pessoas essas que deveriam ser as menos taxadas.

Todos que vivem exclusivamente dos salários, sem outras fontes de renda
ou investimentos, sofrem ano após ano dos efeitos da inflação. Dificilmente o
empregador – seja ele da iniciativa pública ou privada – oferece um reajuste anual que
sequer iguale a inflação. Isso significa que o poder de compra dessas pessoas diminui
ano a ano, “tributando” desmedidamente a classe assalariada.

O intuito deste capítulo é explicar o que é e porque a inflação é o “imposto” mais caro
e injusto que pagamos e promover uma discussão sobre o tema.

O que é inflação?
A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a
inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
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De uma maneira simples, a inflação pode ser dividida em inflação de demanda e inflação


de custos.

Inflação de demanda
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Em
outras palavras, tem muito mais gente querendo comprar do que produtos sendo
ofertados.

Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se


baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada (elevação da
taxa básica de juros) ou aumento da oferta.

Inflação de custos
É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos
aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com
que os preços de mercado também sofram aumento.

As causas mais comuns da inflação de custos são: os  aumentos salariais fazem


com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente, o aumento do custo de
matéria-prima que provoca um grande aumento nos custos da produção fazendo com
que o custo final do bem ou serviço aumente e por fim, a estrutura de mercado que
algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção.

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Índices de inflação
Os principais índices de inflação são: IPCA, IPA, IPC-Fipe, INPC, INCC, IGP-M
e IGP-DI. Todos estes índices estão muito bem detalhados no artigo “Conheça os
principais índices de inflação“.

Problema da indexação
A  indexação é um sistema de reajuste de preços, inclusive salários e aluguéis,
de acordo com índices oficiais de variação dos preços. Em conjunturas inflacionárias,
a indexação permite corrigir o valor real dos salários e aluguéis e demais preços da
economia, reajustando-os com base na inflação passada. No entanto, a  indexação
automática pode realimentar a inflação futura.

Boa parte dos serviços públicos têm seus preços administrados  corrigidos anualmente
pela inflação. Apenas como exemplo, ônibus interestaduais, energia elétrica residencial,
água, planos de saúde, serviços farmacêuticos, telefone fixo, telefone celular, telefone
público e pedágio são autorizados pelo governo a reajustar seus preços de acordo com
algum índice inflacionário, estimulando a inflação.

Problema da falta de infraestrutura e alta carga tributária


Além da indexação, sofremos também com a incapacidade das indústrias oferecerem
o suficiente para suprir a demanda. Dentre várias causas para isso, podemos citar:
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1. Carga tributária elevada;

2. Custo de infraestrutura;

3. Folha salarial sobrecarregada com encargos;

4. Custo do investimento;

Baixo estágio tecnológico;

Para saber mais, recomendo a leitura do artigo “Os riscos do super-real“, escrito
por Luis Nassif.

E por que os pobres são mais afetados que os demais?


Você pode estar se perguntando isso, já que a inflação causa impacto sobre todos.
A grande diferença é que as classes mais baixas vivem exclusivamente do salário
que recebem no final do mês, ao passo que os mais ricos possuem investimentos
indexados à inflação.

Dentre esses investimentos, é possível ressaltar imóveis para aluguel (indexado ao


IGP-M), ações de boas empresas (como crescem acima da inflação, os dividendos
são cada vez maiores) e títulos públicos (NTN-B, indexados ao IPCA). Entretanto
essa lista é muito mais extensa.

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Conclusão
Já que controlar a inflação depende muito mais de políticas econômicas do governo,
temos que pensar em como nos proteger dela e indexar nossos investimentos. O
objetivo é depender cada vez menos do salário que recebemos no final do mês e cada
vez mais do fluxo de caixa dos nossos investimentos. Esse é o caminho para tornar a
inflação irrelevante e alcançar a independência financeira.

O que não pode é ficar parado, assistindo ao poder de compra ser corroído com o
passar do tempo. Quem nunca ouviu essa história de um familiar ou amigo mais velho:
“Há 15 anos, meu salário equivalia a 20 salários-mínimos. Hoje não vale nem cinco”?
Não seja o próximo a contar essa história.

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Capítulo 6: Como ganhar dinheiro fácil


Recebo diariamente e-mails de leitores pedindo dicas sobre como ganhar dinheiro fácil,
como conseguir rendimentos altíssimos mensais sem riscos ou questionando se
empresas visivelmente caracterizadas como pirâmides são confiáveis.

Para essas pessoas, eu tenho uma péssima notícia a dar: não existe dinheiro fácil.
O que existe, muitas vezes, são pessoas que possuem grande conhecimento de algum
mercado específico e conseguem ter êxito, ou pessoas que têm acesso a informações
privilegiadas (o que é ilegal, principalmente no mercado de ações) e terminam ganhando
bem durante um tempo, mas sob um risco alto.

Wall Street, os filmes


Assisti ao filme “Wall Street – Poder e Cobiça (1987)“, no intuito de assistir
à continuação, “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme“, com Michael
Douglas (também esteve no 1º filme, em atuação que lhe garantiu o Oscar em 1987),
Shia LaBeouf e grande elenco.

Como eu já esperava, o filme é excelente! O filme mostra como era os bastidores do


mercado acionário americano nos anos 80, onde um ambicioso corretor de ações,
seduzido pelo poder, se envolve com um megaespeculador de Wall Street, que lhe
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oferece muito dinheiro “fácil” em troca de algumas operações ilícitas, baseadas em


informações privilegiadas.

Tem uma passagem, já na parte final do filme, onde o pai desse ambicioso corretor diz
para o filho que não existe não existe dinheiro fácil e que ele devia criar algo, ao invés
de simplesmente viver especulando, pois isso poderia lhe trazer problemas.

Então não existe dinheiro fácil?


Na minha opinião, não. Mas existem algumas formas de deixá-lo menos difícil,
ou pelo menos, mais prazeroso. Seja qual for sua área de atuação, quanto mais
conhecimento do seu negócio você tiver, melhor colocado você estará nesse mercado.
E, consequentemente, maiores serão suas chances de conseguir algo melhor e mais
rentável.

O mais próximo que existe do conceito de dinheiro fácil é ter prazer no que trabalhamos.
Muitos pensam que isso é impossível ou que todos que amam o que fazem terminam
se tornando workaholics  (viciados em trabalho). Como em tudo na vida, é preciso
ter equilíbrio. Equilíbrio para comprar, beber, comer, rezar, amar e até para trabalhar.

Um sinal que não deixa dúvidas que você gosta do que faz é se fizesse isso mesmo
sem receber. Quando eu comecei com o Quero Ficar Rico, não recebia nada e mesmo
assim continuava a escrever, procurando sempre atender a todos os leitores e oferecer
um conteúdo de qualidade.

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Atualmente já ganho um ótimo dinheiro com o site e dando consultoria de investimentos,


tanto pela grande repercussão que o Quero Ficar Rico alcançou, quanto pelo
reconhecimento do bom trabalho que tenho feito, mas continuo fazendo tudo com o
mesmo prazer que fazia no começo, quando pagava do próprio bolso para manter o
Quero Ficar Rico.

Trabalho atualmente com consultoria de TI e consultoria de investimentos, e o podem


ter certeza que dou valor ao dinheiro que ganho com ambas as funções, mas tenho
muito mais prazer com o auferido pela segunda. Descobri que é isso que quero fazer
na minha vida e tenho me capacitado cada vez mais para continuar crescendo nessa
área.

Como descobrir o que tenho prazer em fazer?


Não tenho a mínima ideia da resposta para essa pergunta, mas tenho algumas dicas
do que você não deve fazer. O primeiro de tudo é não se desesperar. Conheço
muitos que estão preocupados por ainda não ter descoberto o que fazer da vida. Ao
invés de parar no tempo e achar que algum dia virá uma luz e te dará essa resposta,
tente fazer muitas coisas e vá descobrindo o que você não quer fazer. Isso já ajuda
bastante.

A segunda dica é não abrir mão de tudo para investir na nova carreira, a não
ser que você tenha muita certeza do que está fazendo e da viabilidade dessa decisão.
Por mais desgastante que seja, o ideal é tentar conciliar o trabalho atual com as novas
atividades, até que você consiga se estabelecer. Até hoje trabalho com informática,
pois ela é quem ainda garante meu sustento, e sou muito grato por isso.
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Por fim, assim que você descobrir o que realmente quer e tiver grandes indícios que
isso dará certo, não poupe esforços para alcançar seu objetivo. Estude bastante,
invista em formação e conhecimento, dedique-se a isso e tenha certeza que o resultado
virá. O resultado disso tudo certamente não será um dinheiro fácil, mas um dinheiro
conquistado com muito prazer!

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Capítulo 7: Como gastar dinheiro


Já escrevi diversos artigos sobre como poupar dinheiro ou como dizer não aos
gastos, pois só assim será possível alcançar objetivos de longo prazo e atingir
a  independência financeira. Também já escrevi vários artigos sobre gastos
relacionados a bens, como imóveis ou carros. Mas ainda não havia escrito um artigo
explicando a importância de saber gastar seu dinheiro e como você deve fazê-lo.

Antes que você pense que isso vai de encontro a tudo que defendemos aqui no blog,
lembre-se que a primeira coisa que devemos fazer é definir objetivos financeiros.
Durante essa atividade, devemos selecionar e priorizar tudo que almejamos para
o futuro, onde podemos optar por pagar dívidas, fazer uma poupança para o futuro e
até mesmo comprar um carro. Mesmo um gasto precisa ser planejado e controlado.

Roupas de marca ou itens de última geração?


Estive em contato com duas pessoas, onde ambos são médicos, ganham bem
e se preocupam com a aposentadoria, pois possuem uma previdência privada. As
semelhanças acabam por aqui. Um deles valoriza muito estar bem vestido, sempre
comprando roupas de qualidade (e de marca, o que geralmente representa preços
altos). Entretanto esse mesmo amigo não dá a mínima para celulares e aparelhos

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eletrônicos de última geração. Acha um desperdício gastar dinheiro com itens que se
tornam obsoletos em pouco tempo.

O outro é fissurado em tecnologia. Basta a Apple lançar um novo produto que ele corre
para comprá-lo. Possui iPhone,  iPod, GPS,  notebook  de última geração e muitos
outros produtos. Em compensação acha um absurdo pagar caro numa roupa de marca,
já que existem muitas alternativas que não possuem marca renomada, mas que tem
qualidade.

Quem você acha que está correto? Ou você acha quem ambos estão errados? Na
verdade, ambos estão corretíssimos e explico o porquê dessa afirmação. Preocupar-
se em manter as finanças em ordem não nos impede de realizar desejos ou fazer
coisas que damos muito valor, mesmo quando são de curto prazo e teoricamente
representariam apenas gastos.

Gastar com supérfluos nem sempre é errado, desde que


seja planejado!
A partir do momento que organizamos nossas finanças, mantemos nossas dívidas sob
controle e planejamos nossos investimentos para alcançarmos objetivos maiores (plano
de aposentadoria ou imóvel, por exemplo), nada impede que separemos uma parte do
nosso salário para gastarmos com coisas que valorizamos e que nos satisfazem. E que
isso muda de uma pessoa para outra, não existe os produtos certos e os errados. Uma
mulher pode ser louca por bolsas e pares de sapatos, ao passo que um homem pode
adorar equipar seu carro.
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Entretanto temos que saber exatamente quanto a aquisição de um bem representa


em nosso orçamento. Comprar um novo par de sapato, por exemplo, representa
apenas o valor dessa compra. Entretanto, ao comprar um carro, não devemos levar
em consideração apenas o valor da prestação e do combustível. Existe muitos outros
pontos a ser considerados, como mostrei no artigo “Quanto custa ter um carro“.

Quero mostrar que não devemos apenas nos preocupar em poupar o máximo que
pudermos, vivendo com o mínimo possível e deixando de aproveitar nosso presente.
Nem, obviamente, estou defendendo que devemos fazer tudo que der na telha e comprar
tudo que desejarmos, sem se preocupar com nosso orçamento. O mais importante é
balancear os objetivos de curto e de longo prazo, para vivermos equilibradamente,
para não nos arrependermos no futuro.

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Capítulo 8: Viver ou juntar dinheiro? Escolho os dois!


Quem lê colunas em jornais ou revistas, artigos em blogs ou ouve comentários nas
rádios sabe que o texto é opinativo e, portanto, parcial. Se você estiver procurando
entender sobre determinado assunto, a leitura desses meios deve ser feita com muita
prudência, para separar os fatos das opiniões e tirar sua própria conclusão.

O público dessas mídias também sabe que as colunas e artigos mais lidos são, via
de regra, os mais polêmicos. Diogo Mainardi, por exemplo, fala sobre política e é o
colunista mais lido da revista Veja. Já o Juca Kfouri, jornalista esportivo e blogueiro
do UOL, é um dos mais lidos e comentados. Quem conhece o trabalho de ambos,
independente de gostar deles, sabe que “exalam” polêmica.

Eis que um deixa uma ótima sugestão de leitura, onde Max Gehringer, da CBN e
Fantástico, leu em seu programa uma carta de um ouvinte que falava sobre a escolha
entre viver ou ficar rico.

Viver ou ficar rico?


Não transcreverei o conteúdo aqui, mas disponibilizo o link para o texto no blog
da Maria Helena, colaboradora do blog do Noblat. De uma forma resumida, o

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texto trata das escolhas que fazemos ao longo da vida entre viver o presente e viver o
futuro, e conclui que é melhor viver o presente e ser pobre no futuro.

Após ler o texto, um tanto quanto polêmico, me senti obrigado a comentá-lo e emitir
minha opinião sobre o assunto. Quem acompanha o Quero Ficar Rico há algum
tempo certamente já sabe a minha opinião.

Mas não custa nada deixar claro: quem disse que temos que optar exclusivamente por
viver o agora ou o depois? Quando temos objetivos bem definidos e somos disciplinados,
podemos nos dar a vários luxos. Escrevi outro dia o artigo Como gastar dinheiro,
que trata exatamente sobre esse assunto.

Segredo do sucesso: planejamento, disciplina e equilíbrio


A conclusão que eu e a maioria dos leitores chegamos foi que o segredo para vivermos
muito bem no presente e no futuro  está num planejamento bem feito, disciplina
para segui-lo à risca e equilíbrio para balanceá-lo de forma a atender os anseios e
desejos de hoje e as necessidades de amanhã.

É totalmente inadequado, na minha opinião, afirmar que temos que optar por viver
em detrimento de juntar dinheiro ou vice-versa. É possível, tanto que não é difícil
provar matematicamente essa afirmação, viver o agora muito bem, obrigado, e o
amanhã melhor ainda!

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Respondendo os comentários da Maria Helena


Por fim, aproveito também para responder alguns comentários que a Maria Helena
deixou no final do seu post, sobre o texto do Gehringer.

1) “Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele
saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO”

A frase é excelente e concordo 100%  com essa afirmação. Mas  discordo


totalmente do contexto onde ela foi inserida. Educação financeira nada tem a ver
com isso. Inclusive quem é educado financeiramente sabe muito bem que é possível
viver e juntar dinheiro.

Existem vários significados para “ser rico“, e o mais sensato, na minha opinião, é
“educação financeira em busca da liberdade e independência financeira com qualidade
de vida”. Para entender melhor sobre essa opinião, sugiro fortemente a leitura do
artigo Qualidade de vida e educação financeira.

2) Mais vale ter dinheiro na caixinha…

Não conhecia até então essa frase, mas certamente deve terminar com algo do tipo
“…que no caixão“. Mesmo quem poupa mais do que deve, se privando de viver o
presente (o que não faria nem recomendaria, mas respeito quem o faz), em algum
momento começa a gastar.

Quem vive pensando em “se eu morrer amanhã, pelo menos terei gastado tudo” conta
com a morte. Se a pessoa chega pobre aos 61 anos e viver até os 90, o que será do fim

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da vida dela? Prefiro viver com meu plano de aposentadoria complementar e contar
com a vida.

Além disso, posso definir uma “data para minha morte” e planejar como gastar tudo
que juntei antes de morrer. Para aprender a fazer essa conta, leia o próximo capítulo.

Conclusão
Respeito demais as opiniões do Max Gehringer e da Maria Helena, mas discordo de
ambos em relação ao assunto debatido. Acredito que podemos viver e juntar dinheiro
e afirmações como essa só refletem a falta de educação financeira da população.

É por isso que me preocupo em publicar informações que contribuam com a educação
financeira do país, através do  Quero Ficar Rico. E conto com você para contribuir
com essa discussão e divulgar o trabalho das pessoas que lutam diariamente por essa
causa!

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Capítulo 9: Viva rico, morra quebrado


O título do capítulo pode até parecer estranho, mas o conceito que vou apresentar
é bem interessante. A ideia é acumular um montante e gastar todo o dinheiro até o
último dia, e não apenas viver dos rendimentos deste montante.

O propósito deste artigo é mostrar como é possível viver rico e morrer ‘quebrado’,
quais as vantagens em utilizar esse método, apresentar uma planilha para fazer essas
simulações e, por fim, discutir quais fatores pesam a seu favor e quais pesam contra.

O que é viver rico e morrer quebrado?


Primeiro de tudo é importante explicar que morrer quebrado não significa terminar
a vida pobre ou endividado. Trata-se de investir mensalmente para acumular um
montante para aposentadoria (como já tratamos em vários artigos), mas tem como
diferencial consumir todo esse dinheiro num período de tempo pré-definido, ao invés
de viver apenas com o rendimento mensal.

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Rendimento mensal versus renda mensal


A diferença entre eles é que no primeiro, você viveria apenas com os juros mensais
sobre o montante que você acumulou ao longo da vida. No final, você ainda teria o
capital intacto. Já no segundo você viveria desses juros acrescidos de uma parte do
todo, para que, ao final do período previamente estabelecido, não restasse nada!

Simulador de projeção financeira


No intuito de ajudá-lo a calcular a renda mensal pretendida na aposentadoria, atualizei
e já disponibilizei o Simulador de Projeção Financeira, trazendo várias melhorias.

Para utilizá-lo, você precisará informar os seguintes dados:

• Montante inicial: quanto já poupou até agora;

• Aporte mensal: valor a ser aplicado mensalmente;

• Tempo de contribuição: durante quantos meses os aportes serão feitos;

• Taxa de Juros: valor médio da taxa de juros ao ano;

• Inflação: taxa de inflação anual. Pode ser modificado, mas já está com a meta do
governo (4,5% a.a.);

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• Imposto de renda: alíquota do IR para sua aplicação. Existem aplicações,


como LCI e FII por exemplo, que são isentas do IR. Mas a maioria é tributada em
15% sobre o lucro obtido;

• Idade para aposentadoria: informe a idade que pretende se aposentar;

Idade Limite: preencha a idade que você deseja encerrar o recebimento.

Preenchidos todos os atributos supracitados, você obterá a taxa de juros real (descontada
da inflação), a poupança formada, o rendimento mensal e a renda mensal. Perceba
que a renda mensal sempre será maior que a rentabilidade no mesmo período.

O que está a nosso favor e o que está contra


Após fazer algumas simulações, você perceberá que existem alguns atributos que
são bem favoráveis e outros que comprometem bastante o resultado final. Claro que
ao aumentar o montante inicial ou o aporte mensal ou o tempo de contribuição, a
poupança formada será maior.

Mas experimente aumentar de 500 para 600 reais o aporte mensal e veja o resultado.
Agora volte aos 500 e aumente a taxa de juros de 12 para 13% ao ano. Percebeu a
diferença?

A taxa de juros e o tempo de contribuição são, sem dúvida, nossos maiores aliados.


Quanto antes você começar e quanto maior a taxa média das suas aplicações, melhor
será o resultado.

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Já nossa longevidade (nunca pensei que falaria mal dela) é nosso pior inimigo.


Experimente aumentar o tempo de aposentadoria de 20 para 25 anos (idade limite
de 85 para 90 anos) e veja a pancada na renda mensal. Entendeu agora porque
o governo não vai acabar com o fator previdenciário? Quanto menor seu tempo
de aposentadoria, melhor para ele.

Em resumo, ao invés de se preocupar em viver menos, procure começar a contribuir


o quanto antes pelo maior tempo possível e utilize esse longo prazo para arriscar
parte do capital em aplicações de renda variável, que tendem a apresentar melhores
rendimentos.

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Capítulo 10: Investir em aplicações financeiras ou


negócio próprio?
Vivemos atualmente um momento repleto de oportunidades tanto para investimentos
em aplicações financeiros, quanto para abertura e desenvolvimento de um
negócio próprio. Discuti um pouco sobre esse tema no artigo “Qual o melhor
investimento?“, mas achei interessante escrever um novo artigo para abordar o
assunto com mais detalhes.

O propósito desse capítulo é explorar as principais vantagens de aplicar nas diversas


modalidades de investimento existentes ou na abertura de um negócio próprio,
independente ou não (franquia, por exemplo), e discutir qual deles é a melhor forma
de investir seu dinheiro.

Investimento em modalidades financeiras


Existe atualmente uma infinidade de formas para investir seu dinheiro. Poupança,
títulos públicos, fundos de renda fixa, fundos de investimento em ações e investir
diretamente em ações são apenas algumas delas.

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As aplicações de baixo risco possibilitam ao investidor um retorno consistente e muito


seguro, apesar de não representar percentualmente valores altos. Já os investimentos
de alto risco (ações, derivativos e câmbio, por exemplo) sugerem, a longo prazo,
rentabilidade mais atraente, entretanto não oferece segurança ou garantias para que
isso ocorra.

A semelhança entre elas é que ambas estão a apenas alguns cliques de se tornarem
parte do seu patrimônio. Como escrevi no artigo “Investimento online: comodidade
para o investidor“, a tecnologia permite a aquisição de uma vasta gama de produtos
financeiros sem sair de casa.

Abertura de negócio próprio


O sonho de muitos empregados e autônomos é abrir o próprio negócio. Não é à toa
que 23% das pessoas que responderam à enquete “Qual seu principal objetivo
ao investir” afirmaram que era  abrir um negócio próprio. Não ter patrão e ter
autonomia para tomada de decisão são apenas algumas das justificativas para ter a
própria empresa.

Entretanto se engana quem pensa que ser dono do próprio negócio é sinônimo de
moleza, chegar no horário que quiser e ficar rico  rapidamente. Quem pensar assim
não completa o primeiro ano à frente do negócio. Geralmente os donos trabalham entre
10 a 14 horas diárias e muitas vezes não se dão ao luxo de terem finais de semana,
feriados ou férias.

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A grande vantagem é que, na maioria das vezes, o dinheiro investido numa


empresa que dá certo rende muito mais que as principais aplicações
financeiras existentes no mercado.

Então onde é melhor investir meu dinheiro?


Depende do seu perfil (você é empreendedor?) e dos seus valores. Percebe-se que
(como tudo na vida) ambos têm vantagens e desvantagens. Contudo é necessário que
você faça uma auto-avaliação é verifique se você tem um perfil empreendedor ou não
e se você topa priorizar seu lado profissional em detrimento do pessoal.

Administrar um negócio próprio geralmente exige muito mais tempo e dedicação que
administrar aplicações financeiras, o que pode ser traduzido em pior qualidade de
vida, prioridade pelo lado profissional e menos atividades de lazer.

Em contrapartida, você certamente conhece muito mais pessoas que ficaram ricas
através do próprio negócio. A própria lista das pessoas mais ricas do mundo em
2010 fala por si só. Você pode perceber que apenas Warren Buffett é exclusivamente
investidor. Todos os outros são sócios de grandes empresas ou receberam grandes
fortunas como herança.

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Posso ser os dois?!


Também pode! Inclusive esse é uma das premissas defendidas pelo Robert Kiyosaki,
autor do excelente e – muitíssimo recomendado – livro Pai Rico, Pai Pobre. Ele sugere
que você deve migrar de empregado ou autônomo, para dono ou diretamente
para investidor.

Na percepção de Kiyosaki, ser investidor significa ser proprietário de uma (ou mais)
empresa, mas não administrá-la, possuindo apenas participação no capital social e
recebendo parte dos lucros no final de cada exercício.

É exatamente isso que acontece quando investimos em ações. Ao comprar ações de


uma determinada empresa, você passa a também ser dono da empresa e receber
(proporcionalmente à sua participação no capital social) parte dos lucros anualmente,
na forma de dividendos.

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Capítulo 11: Quais os melhores investimentos


para você?
Já respondendo à pergunta do título, os melhores investimentos  são aqueles que
que você possui maiores conhecimentos sobre a dinâmica deles. Faço questão de
responder essa pergunta logo no início do artigo porque muitas pessoas querem começar
a investir sem ter o conhecimento mínimo necessário para aplicar em determinado
ativo.

Antes de perguntar se é melhor investir num negócio  próprio, em imóveis ou


em  ativos financeiros, primeiro você deveria responder a essa pergunta: “qual
desses investimentos você conhece melhor ou, pelo menos, tem mais afinidade?”.

O objetivo deste capítulo é discutir sobre três tipos de investimento (negócio próprio,
imóveis e ativos financeiros), mostrar as vantagens e desvantagens, e dar algumas
dicas sobre como investir em cada um deles.

As vantagens e desvantagens foram retiradas do excelente livro “O Segredo dos


Ricos“, de Robert Kiyosaki.

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Negócios próprios
Abrir uma empresa e passar de empregado a patrão é o sonho de muita gente. E não é
à toa, pois quando uma empresa dá certo, geralmente os resultados obtidos superam
com folga a grande maioria dos investimentos existentes. Em contrapartida, cerca de
60% das empresas morrem antes de completar cinco anos de vida.

Existem – pelo menos – duas possíveis interpretações para essa estatística: (1) trata-
se de um negócio muito arriscado e (2) boa parte dos empreendedores não estudam
suficientemente o seu mercado antes de abrir o negócio. Por sinal, acredito que ambas
estão corretas.

Vantagens
Uma empresa é um dos ativos mais poderosos para se possuir porque você pode se
beneficiar de vantagens tributárias, utilizar pessoas para aumentar seu fluxo de
caixa e ter o controle de suas operações. Não é à toa que as 10 pessoas mais ricas
do mundo em 2011 possuem empresas.

Desvantagens
Intensidade de relacionamentos. Isso quer dizer que você precisa administrar
empregados, fornecedores e clientes. Habilidade com pessoas e liderança, assim como

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pessoas talentosas que conseguem trabalhar em equipe, são essenciais para o sucesso


do negócio.

Imóveis
Investir em imóveis foi durante muito tempo um dos investimentos mais difundidos
do país. A possibilidade de “tocar” no bem sempre encantou investidores mais
conservadores. Com o boom imobiliário dos últimos anos, esse ativo voltou com força
e muitos ingressaram nesse mercado.

Ninguém pode prever até quando o mercado continuará aquecido, mas quem conhece a
fundo o mercado imobiliário sabe que sempre existirão ótimas oportunidades. O grande
erro é pensar que investir em imóveis é simplesmente comprar e esperar valorizar. É
necessário administrar o patrimônio e sempre prospectar novas oportunidades.

Vantagens
Podem trazer grandes retornos especialmente quando se utiliza dinheiro de outras
pessoas ou de bancos para alavancar o empreendimento, além de se coletar fluxo
de caixa constante (aluguel) se o ativo for bem administrado. O livro “Pai Rico, Pai
Pobre” explora de forma simples a utilização do dinheiro alheio para investimento.

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Desvantagens
Intensidade de administração. O investimento imobiliário é um ativo que exige controle
constante, tem baixa liquidez e, se for mal administrado, pode custar muito dinheiro.

Ativos financeiros (ações, títulos públicos, fundos de


investimento)
Investir em ativos financeiros é, sem dúvida, o tema mais discutido no Quero Ficar
Rico. E isso não é uma coincidência. Afinal adquirir esses ativos é uma das formas
mais fáceis de investimento, sobretudo para quem tem pouca educação financeira e/
ou pouco dinheiro para aplicar. E como o objetivo é promover a educação financeira,
nada melhor que difundir o modo mais simples de investir.

Vantagens
Os ativos financeiros têm a vantagem de serem fáceis de investir. Além disso, são
líquidos (em sua maioria) e escaláveis, o que quer dizer que a pessoa pode começar
pequeno, com muito menos dinheiro do que outros tipos de ativos.

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Desvantagens
Por esses ativos serem muito fáceis de vender, uma pequena mudança no mercado
pode fazer você perder um bom dinheiro se não vender a tempo (no caso das ações,
por exemplo) ou não aproveitar oportunidades de compra.

Conclusão
Certamente você encontrará algumas pessoas que dirão que o melhor investimento é
abrir uma empresa e ser o próprio patrão. Outras dirão que não existe investimento
melhor que o mercado imobiliário. Haverá ainda investidores que jurarão “de pés
juntos” que nenhum investimento traz mais retorno que o mercado de ações. E é
possível que todos eles estejam corretos. Mas na escolha dos investimentos deles, e
não do seu.

Esse texto não tem – de forma alguma – a pretensão de mostrar todas as vantagens
e desvantagens de cada um desses investimentos. Muito menos de apresentar todos
os tipos de investimentos possíveis. O objetivo, como ressaltei na introdução, é abrir
uma discussão sobre os melhores investimentos par você e – principalmente –
estimulá-lo a estudar antes de começar a investir.

A principal lição que eu deixo neste artigo é: “antes de investir seu dinheiro, invista
seu tempo“.

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Capítulo 12: Independência financeira, trabalho e


qualidade de vida
Você parou para pensar por que trabalha? O principal objetivo para a maioria das
pessoas é obter uma renda suficiente para pagar as contas e, se possível, sobrar
algum dinheiro para coisas supérfluas ou até mesmo investir esse dinheiro.

Existe, entretanto, uma minoria que trabalha simplesmente no que gosta, onde
o objetivo não é gerar renda para se manter. Muitas vezes até ganham um bom
dinheiro com esse trabalho, mas essas pessoas acumularam um patrimônio que gera
riqueza suficiente para bancar as despesas. Essas pessoas são  financeiramente
independentes.

O objetivo deste capítulo é mostrar a importância de três metas fundamentais na


vida de qualquer pessoa: conquistar a independência financeira, trabalhar com
prazer e buscar qualidade de vida.

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Invista para trabalhar menos e ganhar mais


Quando escrevi o artigo ‘Invista para trabalhar menos e ganhar mais‘, mostrei
que devemos trabalhar não apenas para obter uma receita para se manter. Devemos
nos preocupar em investir esse dinheiro para gerar riqueza.

Dessa forma, a rentabilidade obtida com esses investimentos diminuirá mensalmente


a dependência do salário, a ponto de suprir totalmente a necessidade mensal para
manutenção. Nesse ponto, você não dependerá mais do dinheiro advindo do seu
trabalho para viver, tendo então liberdade para fazer o que realmente lhe dá prazer

Gastar menos ou ganhar mais?


Existem duas formas de acelerar o processo para alcançar a independência financeira:
gastar menos ou ganhar mais. Apesar de não ser fácil fazer essa opção, gastar menos
é sem dúvida a alternativa mais rápida. Quanto menos precisamos para viver, menor
será a necessidade de rendimentos dos nossos investimentos.

O grande problema é que erroneamente interpretamos aumentos de salário como


possibilidade de aumentar o padrão de vida, comprar um carro novo, mudar-se para
uma casa maior. E não como uma excelente oportunidade de antecipar a conquista da
independência financeira.

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Liberdade Financeira

Qual o significado da independência financeira?


Enquanto muitas pessoas pensam que independência financeira significa aposentadoria,
eu acredito que ser financeiramente independente é ser livre. Ter liberdade para
trabalhar exclusivamente com o que gostamos.

Sou formado em Ciência da Computação, tenho muito orgulho da minha profissão


(por sinal, ontem foi o dia do profissional de informática) e ainda trabalho na área.
Mas descobri que minha grande paixão é a educação financeira, meu objetivo desde
então é conquistar minha independência financeira para trabalhar exclusivamente com
isso.

Há uma belíssima frase de Confúcio (muitos devem conhecê-la), que resume


brilhantemente esse objetivo:

“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia
na tua vida”

Na minha opinião, essa frase é 100% verdade. Trabalho diariamente pelo menos 12
horas por dia. Nunca trabalhei tanto. E tenho muito prazer nisso. Porque não sinto que
trabalho. Sinto que me divirto. E tenho certeza que é nisso que quero trabalhar por um
bom tempo, pois ainda tenho muito a fazer.

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Liberdade Financeira

Não se esqueça da qualidade de vida


Você já parou para pensar quanto tempo dedica ao trabalho? Vamos pensar num
horário padrão, de 8:00 às 18:00. De cara já “perdemos” 10 horas do dia por conta
do trabalho. Se considerarmos que precisamos de, no mínimo, 30 minutos para ir ao
trabalho e mais 30 para retornar para casa (quem mora em cidade grande, sabe que
apenas 30 minutos é irreal), dedicamos pelo menos 11 horas diariamente para o
trabalho.

Se você considerar que uma boa noite de sono dura 8 horas, sobrariam apenas 5 horas
para se dedicar à família, se divertir com os amigos ou praticar um hobby. Isso é muito
pouco! E se o trabalho não lhe dá prazer, é ainda pior.

Mesmo quando trabalhamos no que nos dá satisfação, ainda assim temos que nos
preocupar com a qualidade de vida.

Ser rico, na minha opinião, é viver com qualidade de vida e acumular paulatinamente


um patrimônio que gere rendimentos cada vez maiores para que eu dependa
cada vez menos da renda obtida através do meu trabalho.

Conclusão
Todos nós somos livres para fazer escolhas e ter os mais diversos objetivos. Mas, na
minha opinião, três objetivos são essenciais:

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Liberdade Financeira

1. Independência financeira. Quanto menos dependermos do dinheiro, mais livres


seremos.

2. Gostar do trabalho. Quanto mais gostarmos do nosso trabalho, menor será a


sensação de perda de tempo.

3. Qualidade de vida. Aproveite seu tempo da melhor maneira possível, tentando


sempre estar próximo às pessoas que realmente são importantes para você.

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Liberdade Financeira

Sobre o autor
Rafael Seabra é educador financeiro e consultor de investimentos. Formado em Ciência
da Computação pela UFPE e pós-graduado em Finanças pelo Ibmec, atua desde 2007
promovendo a Educação Financeira, através de cursos e palestras.

Autor do QueroFicarRico.com, um dos sites de maior audiência do país na área de


Educação Financeira, aborda assuntos relacionados à Economia, Finanças Pessoais e
Investimentos com uma linguagem simples, informal e inteligente.

Para saber mais sobre esse trabalho, visite:

www.queroficarrico.com.br

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