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MATERIAL COMPLEMENTAR

Coleta de Material
Biológico

Profa. Ma. Juliana Garcia


Diferentes tipos de teste para Covid-19

 Diagnóstico da Covid-19: é o nome da doença causada pelo vírus Sars-CoV-2 e é uma


abreviação de Corona Virus Disease (“doença causada pelo vírus Corona”, em tradução
literal do inglês).

Fonte: https://www.colegiocrescersbc.com.br/blog
Diferentes tipos de teste para Covid-19

 A sorologia, diferentemente da RT-PCR, verifica a resposta imunológica do corpo em relação


ao vírus. Isso é feito a partir da detecção de anticorpos IgM e IgG em pessoas que foram
expostas ao Sars-CoV-2. Nesse caso, o exame é realizado a partir da amostra de sangue do
paciente.
Testes rápidos
 Estão disponíveis no mercado dois tipos de testes rápidos: de antígeno (que detectam
proteínas na fase de atividade da infecção) e de anticorpos (que identificam uma resposta
imunológica do corpo em relação ao vírus). A vantagem desses testes seria a obtenção de
resultados rápidos para a decisão da conduta. No entanto, a maioria dos testes rápidos
existentes possui sensibilidade e especificidade muito reduzidas em comparação
às outras metodologias.

A
Fonte:
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile. Área I
php/22198/mod_resource/content/1/S%C3
%ADfilis%20- T C
%20Manual%20Aula%207.pdf
Coleta e transporte de secreção respiratória para pesquisa de Sars-COV-2

Coleta para RT-PCR


 RT-PCR (do inglês reverse-transcriptase polymerase chain reaction) é considerado o padrão
ouro no diagnóstico da Covid-19, cuja confirmação é obtida pela detecção do RNA do Sars-
CoV-2 na amostra analisada, preferencialmente obtida de coleta de nasofaringe. RT-PCR
(reação da transcriptase reversa, seguida de reação em cadeia da polimerase). Esses
nomes complicados são processos que garantem a capacidade de identificar a presença do
vírus.
 O RT-PCR é realizado a partir de amostras coletadas no trato
respiratório inferior ou superior. A coleta das secreções
geralmente é feita por meio do swab (um cotonete longo e
estéril), que é aplicado na região nasal e faríngea (a região da
garganta logo atrás do nariz e da boca). Ela também pode ser
feita com a lavagem broncoalveolar e também de aspirado
de nasofaringe.
Coleta de secreção respiratória

 Período de coleta: as amostras clínicas deverão ser coletadas preferencialmente até o 3° dia
após o início dos sintomas e, no máximo, até 7 dias após o início dos sintomas,
independente de utilização de medicação ou vacinação prévias.

 Existem várias metodologias e protocolos para realização da RT-PCR, por isso, os


resultados podem variar de um laboratório para outro.
Coleta de secreção respiratória

 Materiais clínicos: coleta dos swabs combinados (nasofaringe e orofaringe).

 Quem coleta: a coleta deve ser realizada pelo médico, pelo serviço de enfermagem ou pelo
laboratório, seguindo as orientações técnicas do Lacen/SP.

Antes da coleta
1. Identificar o frasco coletor ou o tubo com a solução fisiológica:
 Nome do paciente, município, data de coleta, natureza da amostra e
 Tipo de exame solicitado.
2. Lavagem das mãos

3. Colocar equipamento de EPI (avental descartável,


máscara N95, luvas de látex descartáveis, gorro e óculos
ou viseira de proteção)
EPI

 avental descartável,
 máscara N95,
Standard PPE Full PPE
 luvas de látex descartáveis,
 gorro,
 óculos ou viseira de proteção.

Fonte: COFEN; COREN.


Cartilha de orientações sobre a
colocação e retirada dos
equipamentos de proteção
individual (EPIS), 2020.
Coleta de secreção respiratória

 Proceder com a coleta dos swabs combinados (nasofaringe e orofaringe):


a) Total de swabs utilizados = 3:
 1° Narina direita;
 2° Narina esquerda;
 3° Orofaringe.
b) Introduzir o swab pela narina, paralelamente ao palato, até a nasofaringe, realizar
movimentos rotatórios para captação de células da nasofaringe e absorção da secreção
respiratória. Realizar o mesmo procedimento com outro swab na outra narina.
Dorso nasal Assoalho nasal e palato

Nasofaringe
Narina anterior
Meato nasal médio

Fonte: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/doencas-
infecciosas/instrucoes-coleta-covid-19/
Coleta de secreção respiratória

 O terceiro swab será utilizado na coleta de secreção respiratória da parte posterior da


orofaringe, evitando contato com a língua, dentes e bochechas para
minimizar contaminação.

Fonte: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/doencas-infecciosas/instrucoes-coleta-covid-19/

 Após a coleta, inserir os três swabs no mesmo frasco contendo solução fisiológica ou Meio
de Transporte Viral (MTV – meio rosa).

Fonte: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/doencas-infecciosas/instrucoes-coleta-covid-19/
Coleta de secreção respiratória

Dorso nasal Assoalho nasal e palato

Palato Mole
Úvula
Amígdala

Língua
Nasofaringe
Narina anterior
Meato nasal médio

Fonte: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/doencas-infecciosas/instrucoes-coleta-covid-19/
Coleta em nasofaringe em crianças

 A coleta em nasofaringe deve ser evitada em crianças. Se decidir por colher nessa região em
crianças, usar somente swabs especiais com ponta de material sintético (flocados ou
poliéster), flexíveis e com ponta não ultrapassando 2-3 mm de diâmetro. Não usar em
nasofaringe de criança o swab padrão do kit de coleta. Em crianças, a opção mais adequada
é realizar coleta com um swab padrão em narina anterior e coleta com outro swab padrão na
orofaringe, colocando os dois swabs no mesmo tubo de transporte. Havendo muita
resistência por parte da criança, é aceitável colher só nas duas narinas anteriores com o
mesmo swab.
Interatividade

O RT-PCR é considerado o padrão ouro no diagnóstico da Covid-19, cuja confirmação é obtida


pela detecção do RNA do Sars-CoV-2 na amostra analisada, preferencialmente obtida de
coleta de nasofaringe. Proceder com a coleta dos swabs combinados (nasofaringe e
orofaringe). Deve-se colher o total de quantos swabs?
a) 3.
b) 2.
c) 1.
d) 4.
e) 5.
Resposta

O RT-PCR é considerado o padrão ouro no diagnóstico da Covid-19, cuja confirmação é obtida


pela detecção do RNA do Sars-CoV-2 na amostra analisada, preferencialmente obtida de
coleta de nasofaringe. Proceder com a coleta dos swabs combinados (nasofaringe e
orofaringe). Deve-se colher o total de quantos swabs?
a) 3.
b) 2.
c) 1.
d) 4.
e) 5.
Aspirado da nasofaringe (ANF) para pesquisa de Sars-COV-2

 Material necessário:
 Frasco estéril para coleta de secreção (bronquinho)
 Sistema de aspiração em circuito fechado – Trackcare
 Soro fisiológico 0,9%
 Isopor com gelox
 Saco plástico
 Acoplar o cateter ao aparelho de sucção. Mantenha o
paciente sentado com a cabeça levemente inclinada para
trás. Instilar 1,5 mL de solução salina em um nariz. Inserir o
cateter paralelamente ao palato até atingir a parede posterior
da nasofaringe. Iniciar o processo de aspiração removendo o
cateter suavemente com movimentos de rotação. Transferir o
aspirado para o tubo.
Aspirado da nasofaringe (ANF) para pesquisa de Sars-COV-2

Fonte: Laboratório Central de Saúde Pública- IPB-LACEN/RS


Aspirado da nasofaringe (ANF) para pesquisa de Sars-COV-2

 A coleta do ANF é um processo indolor, podendo apenas provocar lacrimejamento reflexo. O


coletor descartável de muco deve ser acoplado a uma sonda uretral nº 6 com apenas um
orifício na extremidade para a obtenção da secreção.
 A aspiração pode ser realizada com bomba aspiradora portátil ou vácuo de parede
hospitalar. Não utilizar uma pressão de vácuo muito forte.
 Durante a coleta, a sonda é inserida na narina até atingir a região da nasofaringe (6 a 8 cm),
quando então o vácuo é aplicado aspirando a secreção para o interior do coletor. Esse
procedimento deverá ocorrer em ambas as narinas, mantendo movimentação da sonda para
evitar que haja pressão diretamente sobre a mucosa, evitando sangramento.

Fonte: BRASIL. Ministério as


Saúde. Guia para a Rede
Laboratorial de Vigilância de
Influenza no Brasil. 2016.
Aspirado da nasofaringe (ANF) para pesquisa de Sars-COV-2

 Alternar a coleta nas duas fossas nasais até obter um volume suficiente, aproximadamente
1 mL de ANF. O vácuo deve ser aplicado após a sonda se localizar na nasofaringe, tendo em
vista que, se no momento da introdução da sonda houver vácuo, poderá ocorrer lesão
da mucosa.
 Após obter secreção de ambas as narinas, aspirar o meio de transporte viral para o interior
do coletor (bronquinho) com a mesma sonda. Descartar a sonda em lixo adequado e vedar o
orifício do bronquinho com a extremidade da borracha.
 Observação: os profissionais devem ficar atentos à retirada da sonda de ANF, pois a
extremidade introduzida nas vias respiratórias do paciente contém material nasofaríngeo
potencialmente contaminado em sua parte externa.
Lavado broncoalveolar (amostra do trato respiratório inferior)

 Coletar 2 a 3 mL de secreções respiratórias em coletor estéril; armazenar a (+)4 a (+)8 °C,


caso o transporte da amostra até o laboratório ocorra no prazo de até 72 horas;

 Enviar imediatamente o material até o laboratório acondicionado em gelo ou gelox.

 Frente à impossibilidade dessa logística poderão ser armazenadas até 72 horas a (+)4 a
(+)8 °C. Encaminhar para o laboratório acondicionado em banho de gelo ou gelox. Em
situações de encaminhamento para outras cidades ou estados, congelar em temperaturas
abaixo de (-)70 °C após a coleta e encaminhar ao laboratório em gelo seco.
Fragmento de tecidos (material post-mortem)

 Para diagnóstico viral: fragmento de pulmão e brônquios in natura acondicionado em frasco


plástico estéril;
 Enviar imediatamente o material até o laboratório acondicionado em gelo ou gelox. Frente à
impossibilidade dessa logística poderão ser armazenadas até 72 horas de (+)4 a (+)8 °C.
Encaminhar para o laboratório acondicionado em banho de gelo ou gelox. Em situações de
encaminhamento para outras cidades ou estados, congelar em temperaturas abaixo de
(-)70 °C após a coleta e encaminhar ao laboratório em gelo seco.
 Para diagnóstico histopatológico: fragmento de pulmão e brônquios acondicionados em
frasco de boca larga (coletor universal) com formalina tamponada a 10%. Enviar ao
laboratório em temperatura ambiente não superior a (+)40 °C.
Transporte de amostras de casos suspeitos de Covid-19

 A embalagem para o transporte de amostras de casos suspeitos de Covid-19 deve seguir os


regulamentos de remessa para Substância Biológica UN 3373, Categoria B. As amostras
deverão ser transportadas em caixas isotérmicas individuais, separadas de outros agravos,
em temperatura de (+)4 a (+)8 °C. As amostras de Coronavírus não devem vir misturadas
com amostras para outros agravos;
 Jamais utilizar frascos de vidro ou de polipropileno sem tampa de rosca para o
armazenamento e o transporte da amostra biológica;
 Jamais inserir a identificação na haste do swab para evitar a contaminação do material.
Transporte de amostras de casos suspeitos de Covid-19

 Os frascos deverão ser acondicionados e transportados na posição vertical;


 Não acondicionar a ficha com os dados do paciente no interior da caixa isotérmica, contendo
a amostra biológica coletada;
 Em caso de transporte utilizando o nitrogênio líquido, o único frasco permitido é o de
polipropileno com tampa de rosca;
 Realizar criteriosamente todos os procedimentos quanto à coleta, ao acondicionamento e ao
transporte do material para evitar fontes de contaminação, por exemplo, aerossóis;
 Certificar-se de que no local da coleta do material haverá
descartes apropriados, água e sabão para a lavagem das
mãos, regra básica para o controle de infecção, seguindo as
boas práticas laboratoriais para coleta de material
potencialmente infectante.
Referências

 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_laboratorial_influenza_vigilancia_influenza_
brasil.pdf
 BARROS, F. R. et al. O desafio da influenza: epidemiologia e organização da vigilância no
Brasil. Boletim Eletrônico Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, [S.l.], v. 1, p.
1-7, 2004. Disponível em: http://portalsaude.saude. gov.br/images/pdf/2014/julho/16/Ano04-
n01-desafio-influenzabr-completo.pdf. Acesso em: 1º jun. 2021.
 Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul /Centro Estadual de Vigilância em
Saúde/Laboratório Central de Saúde Pública- LACEN/RS.
 Protocolo Laboratorial para a Coleta, Acondicionamento e Transporte de Amostras Biológicas
para Investigação de Covid-19/Instituto Adolfo Lutz – Centro de Virologia.
 https://www.youtube.com/watch?v=fKZlLIWr-h8.
TELESSAUDE UERJ.
Fontes:
https://www.juponline.pt/sociedad
e/artigo/35284/guia-protecao-
covid-19.aspx
https://g1.globo.com/bemestar/sto
ries/2021/01/18/vacinacao-contra-
covid-no-brasil-perguntas-e-
respostas.ghtml
ATÉ A PRÓXIMA!

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