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BANDA MUNICIPAL DE ITAGUAÍ - BAMITA

Programa de Formação Musical


1ª Etapa

percussão
TEORIA MUSICAL

O QUE É MÚSICA?
A música é a arte de combinar bem os sons. Este, tem quatro propriedades:
1. Duração – tempo de produção do som.
2. Intensidade – som mais forte ou mais fraco.
3. Altura – som mais grave ou mais agudo. (Pitch)
4. Timbre – permite reconhecer a origem do som. (Voice of Instrument)

PAUTA/PENTAGRAMA
É o conjunto de 5 linhas paralelas, horizontais, formando entre si 4 espaços onde se
escrevem as notas.

As linhas e os espaços se contam de baixo para cima. As notas podem ser escritas
nas linhas e nos espaços.
5a linha
4a linha 4o espaço
3a linha 3o espaço
2a linha 2o espaço
1a linha 1o espaço

NOMES DAS NOTAS


A música é a verdadeira linguagem universal.

É muito mais fácil aprender a ler música do que aprender a ler um idioma falado.

As palavras do texto da música são feitas com as notas, e há somente sete notas no
alfabeto musical. Seus nomes são:

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

TECLAS DE PIANO
Aqui está uma seção do teclado de piano.

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
2

Os sete sons musicais encontram-se nas notas brancas de Dó até Dó, como neste
desenho. Como compreende 8 notas, de Dó a Dó, chama-se "uma oitava", e de cada
oitava temos uma ESCALA.

CLAVE
As linhas da pauta em si não nos dizem nada, porque tem que haver um sinal de
clave para dar nome às notas.

Temos que observar um sinal que se encontra no princípio da pauta e que se chama
clave.

Há sete claves, mas aqui vamos estudar as duas que se usam na música dos nossos
hinários.

Clave de Sol Clave de


NOMES DAS LINHAS DA CLAVE DE SOL


Mil sol Si re fa

NOMES DOS ESPAÇOS DA CLAVE DE SOL


Fá la do mi

NOMES DAS LINHAS DA CLAVE DE FÁ


Sol si re fa la

NOMES DOS ESPAÇOS DA CLAVE DE FÁ


La do mi sol
3

QUADRO DE 4 OITAVAS NO TECLADO com a “pauta grande”

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó


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LINHAS SUPLEMENTARES

Os sons que uma pessoa pode cantar ou tocar não podem ser colocados todos dentro
dos limites da pauta, por isso se empregam fragmentos de linhas acima e abaixo do
pauta. Estas são chamadas "linhas suplementares".

Dó Central

AS NOTAS
Na música temos tipos de valores representados por várias figuras.

Estas figuras nos indicam com precisão matemática exatamente quanto tempo
devemos sustentar a nota.

A posição da nota na pauta nos indica seu som.


O tipo de figura nos indica a sua duração.

Bandeirola

PARTES DAS NOTAS Haste


Cabeça

TIPOS DAS NOTAS

Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa

A semibreve constitui a unidade musical e vale 4 tempos num compasso quaternário,


4/4. As demais figuras são frações desta.
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VALORES DAS NOTAS

Aqui está o importante. A mínima vale a metade do valor da semibreve, a Semínima a


metade da mínima, etc. (Observe que cada vez que acrescentamos algo á figura da nota,
diminuímos seu valor para a metade da anterior.)

Isto poderia ser ilustrado com a figura de uma roda (sempre em função da semibreve).

Semibreve = Mínima = Semínima = Colcheia = Semicolcheia =


4 tempos ou 2 tempos ou 1 tempos ou 1/2 tempos ou 1/4 tempos ou
1 Compasso 1/2 de 1 Compasso 1/4 de 1 Compasso 1/8 de 1 Compasso 1/16 de 1 Compasso

1 Semibreve = 2 Mínimas = 4 Semínimas = 8 Colcheias = 16 Semicolcheias

1 semibreve = 4 tempos
6
(1 semibreve/compasso)

1 mínima = 2 tempos
(2 mínimas/compasso)

1 semínima = 1 tempo
(4 semínimas/compasso)

2 cholcheias = 1 tempo
(8 cholcheias/compasso)

4 semícolcheias = 1 tempo
(16 semícolcheias/compasso)

************************
PONTO DE AUMENTO

Um ponto à direita da nota chama-se ponto de aumento, e serve para aumentar à figura
a metade do seu valor original.

Por exemplo: Quando a semínima vale um tempo, se tiver um ponto de aumento à


sua direita passa a valer um tempo e meio. Se a mínima vale 2 tempos, com o ponto
de aumento valerá 3, etc.

2+1=3 1+½=1½ ½+¼=¾

PAUSA
A música tem símbolos que indicam silêncio que se chamam pausas.
Para saber a duração do período de silêncio ou pausa, emprega-se o
mesmo sistema de frações que se utiliza nas notas.

Cada nota tem sua respectiva figura para indicar uma pausa.
Cada pausa corresponde em valor à sua respectiva figura. Assim (ainda considerando-
se o valor da semibreve):
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Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa

As Notas

As Pausas

A pausa semibreve e a pausa mínima são muito parecidas.

Semibreve Mínima

COMPASSOS E AS BARRAS
Um trecho musical consta de partes iguais chamadas compassos, que são separados
por linhas verticais denominadas barras ou travessões.

Compasso Compasso Compasso Compasso

Barra Barra Barra Barra Dupla

Barras de Conclusão: Ao Término de uma composição encontram-se duas linhas


paralelas que denotam o fim da composição.
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Barras de Repetição: São uma ou duas barras com pontinhos ou dois pares de
pontinhos em sua imediação.

Se os pontinhos estão do lado esquerdo, isso indica que se deve repetir o que antecede.

Se estão do lado direito, indica que desde ali é que começa a repetição.

COMPASSO
Quase sempre os compassos são representados por frações ordinárias.

A fórmula de compasso tem dois números, um acima do outro que indicam tudo
queprecisamos saber sobre o ritmo da música que tocaremos ou cantaremos.
2 3 4
4 4 4

O número superior (numerador) indica quantos tempos ou batidas teremos


em cada compasso.
2 3 4
4 4 4

O número inferior (denominador) indica que tipo de nota vai receber 1


tempo ou 1 batida de duração.

4= 8= 2 = 1 =
Ás vezes utiliza-se um “C” no lugar do sinal do compasso. Ele indica o compasso
de quatro por quatro ou “tempo comum”.

=
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Os compassos podem ser:

Binário (2 tempos) Ternário (3 tempos) Quaternário (4 tempos)

Alguns exemplos de “compassos simples”.


2 3 4
= 1 tempo
4 4 4

Isso indica que a “semínima” recebe 1 tempo.

Alguns exemplos de “compassos compostos”.


6 9 12 Colcheia = 1 tempo
8 8 8

Isso indica que a “colcheia” recebe 1 tempo.

Para poder ajudar a todos os membros de um grupo musical a sentir o ritmo e sempre estarem
juntos no compasso, o regente marca o compasso coma mão, com movimentos iguais em
duração.

4
Compassos de 4 tempos:
1. Para baixo
2. À esquerda
3. À direita 2 3
4. Para cima
1

Compassos de 3 tempos: 3
1. Para baixo
2. À direita
3. Para cima

2
1
10

Compassos de 2 tempos:
2
1. Para baixo
2. Para cima

NOTA: O primeiro tempo é SEMPRE para baixo.

ANACRUSE

Nota-se que em algumas músicas o primeiro compasso não tem um número completo
de tempos. Se olharmos o final da música, notaremos que o último compasso contém
o que falta ao primeiro.

Nesse caso, este “compasso incompleto inicial” se chama anacruse, e para marcá-lo,
leva-se a mão para cima em vez de para baixo.

4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 123
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SONS INTERMEDIÁRIOS
Nossa linguagem musical tem doze sons diferentes. Destes doze, sete têm nomes.
(Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) Aos outros cinco que não têm nomes chamamos sons
intermediários.

Entre um som e outro há um espaço ou distância de meio tom ou semitom.

Para ilustrar, vamos observar o teclado do piano. Todas as teclas vêm emgrupos
de doze, sete brancas e cinco pretas.

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

Vê-se que a tecla preta pegada a Dó não tem nome. Ela é um semitom mais altoque Dó.

Um SEMITOM é a distância entre qualquer tecla e a PRÓXIMA tecla mais perto dela.

A maioria dos SEMITONS ficam entre uma tecla BRANCA e uma tecla PRETA. Mas, há dois
SEMITONS entre teclas BRANCAS – um entre Si e Dó e o outroentre Mí e Fá.

Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

Mas, entre as outras teclas brancas . . . Dó e Ré, Ré e Mi, Fá e Sol, Sol e Lá, e Lá e
Si . . . há um tom inteiro, pois são dois semitons.
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ESCALAS

As notas das escalas não guardam igual distância entre si. Se cantamos a escala
conforme este desenho vemos e ouvimos onde caem os semitons.

Podemos mostrar a escala de Dó assim:

½ tom ½ tom

1 tom 1 tom 1 tom


1 tom 1 tom

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó

ALTERAÇÕES
Já estudamos que há cinco sons na nossa música que não têm nomes especificos.
Para saber quando tocar ou cantar esses sons emprega-se o sistema de alterações ou
acidentes.

O Sustenido: Colocado adiante da nota significa que se deve SUBIR a nota


escrita em meio tom, ou uma tecla à direita.
Dó# Ré# Fá# Sol# Lá#

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

O Bemol: Colocado adiante da nota significa que se deve BAIXAR a nota


escrita em meio tom, ou uma tecla à esquerda.
Réb M ib Solb Láb Sib

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

O Bequadro: Anula o efeito de um sustenido ou bemol anterior, fazendo tocar a


nota como está escrita, ou seja, natural.
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DOIS TIPOS DE ALTERAÇÕES

Alterações ACIDENTAIS: São colocadas adiante das notas dentro do compasso


e seu efeito se estende somente sobre as demais notas de mesmo nome que se
acham dentro do mesmo compasso.

Alterações FIXAS: São encontradas no início do pentagrama ou imediatamente


após a clave. Seu efeito continuará sobre todas as notas do mesmo nome, seja qual
for a oitava em que estiverem colocadas. Servem para toda a peça musical.

Assim, no princípio de uma música notamos a ARMADURA DE CLAVE


que indica quantas alterações existem e as usamos para toda a música.

ARMADURAS DA CLAVE
No princípio de toda peça musical, logo após o sinal da clave de Sol ou de Fá,
nota-se um conjunto de bemóis ou de sustenidos.

Está apresentado com alterações fixas que formam a armadura da peça musical.

Estas alterações fixas estão em vigência para toda a composição musical, e são
chamadas ARMADURA DA CLAVE.

O seguinte quadro nos ajudará especialmente para conhecer em que tom está escrito
uma música. Também se estamos tocando músicas que têm o tom anotado ao lado,
saberemos quantos acidentes têm e quais são.

NOME QUANTOS
ARMADURA ACIDENTES QUAIS SÃO
DóM Nenhum
SolM Tem 1# Fá#
RéM Tem 2# Fá# e Dó#
LáM Tem 3# Fá#, Dó# e Sol#
MiM Tem 4# Fá#, Dó#, Sol# e Ré#

SiM Tem 5# Fá#, Dó#, Sol#, Ré# e Lá#


Fá#M Tem 6# Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá# e Mi#
Dó# Tem 7# Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#,Mi# e Si#
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NOME QUANTOS
ARMADURA ACIDENTES QUAIS SÃO
FáM Tem 1b Sib
SibM Tem 2b Si e Mib
MibM Tem 3b Si, Mi e Láb
LábM Tem 4b Si, Mi, Lá e Réb
RébM Tem 5b Si, Mi, Lá, Ré e Solb
SolbM Tem 6b Si, Mi, Lá, Ré, Sol e Dób
DóbM Tem 7b Si, Mi, Lá, Ré, Sol, Dó e Fáb

Regra: Quando temos sustenidos na armadura de clave, subimos um semitom no ultimo


sustenido, e isto nos dará o tom ou escala da peça.

Regra: Quando temos bemóis na armadura, o penúltimo bemol nos indicará o tom ou a
escala em que está escrita a obra.

A armadura, com seus correspondentes acidentes, encontra-se ao lado do sinal da clave


de Sol ou de Fá, no princípio de cada peça musical ou hino.

Sol Ré Lá Mi Si Fá#

Fá Si  Mi  Lá  Ré  Sol 
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LIGADURA

A ligadura é um sinal musical que serve para unir notas do mesmo nome ou de
nomes diferentes, por meio de uma linha curva.

Ligadura Melódica(de articulação) enlaça notas de diferentes nomes para


indicar que se liga o som.

Ao final da ligadura pode-se respirar; serve como o ponto ou a vírgula na leitura de um


texto. (É uma frase.)

Ligadura de Duração é uma linha curva que une duas ou maisnotas do mesmo
nome ou som. Tem-se que sustentar o som.

1 + 2 = 3 indica que o som é sustentado por 3 tempos

Tem-se que sustentar o som tanto tempo quanto somam os valores ligados.

TERMOS MUSICAIS DE IMPORTÂNCIA

Pianíssimo pp Suavíssimo
Piano p Suave
Forte f Forte
Fortíssimo ff Muito forte
Mezzo Forte mf Meio forte
Crescendo Aumento de sonoridade
Decrescendo Diminuindo em sonoridade
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Marcato Marc. Marcado


Legato Leg. Ligado
Staccato Destacado, picado

Dolce Dol. Doce


Ritardando Rit. Mais lento (pouco a pouco),
morrendo
Accento Acentuado
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CURSO DE PIANO, Mário Mascarenhas, 1º Volume para jovens e


adultos, Irmãos Vitale, Editores, 1973.

MINISTRANDO COM MÚSICA, Betty Jane Grams, Editora Vida, 1976.

COMPENDIO DE TEORIA ELEMENTAR DA MÚSICA, Oswaldo


Lacerda, 4ª edição, Editora G.Ricordi & C. a. p. a. – Milão

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE, Maria


Luiza de Mattos Priolli, 1º Volume e 2º Volume, 32ª edição, Editora
Casa Oliveira de Músicas LTDA, 198
A PERCUSSÃO

Os instrumentos de percussão fazem parte de um grande mundo, onde pôde-se


tirar som de um simples objeto até os tímpanos, que é o último instrumento de
percussão a ser estudado. Por conta de sua imensa extensão, com suas variedades
e complexibilidades, a percussão se tornou uma importantíssima área dentro das
bandas e orquestras por todo o mundo.
Os instrumentos de percussão tem uma classificação dentro do corpo geral de
instrumentos musicais e eles são classificados por:

IDIOFONES que são instrumentos que dispensam acessórios para que se extraia
vibrações(som) de seu próprio corpo.
Exemplos: Xilofone, Vibrafone, Marimba, chocalho, pratos, clave sonoro, entre
outros.

MEMBRANOFONES que são instrumentos que tem suas vibrações(som)


reproduzidas através de peles de animal ou peles artificiais.
Exemplos: Tímpanos, agogô, pandeiro, tamborim, entre outros.

CORDOFONES que são instrumentos que tem vibrações(som) reproduzidas


através de cordas.
Exemplo: Berimbau (corda percutida).

AEROFONES que são instrumentos que tem vibrações(som) reproduzidas por


colunas de ar provocadas por sopro.
Exemplo: flauta de êmbolo, sirene de sopro, entre outros.

ELETROFONES que são instrumentos que tem vibrações(som) produzidas através


da eletrônica.
Exemplo: bateria eletrônica, entre outros.

Os instrumentos básicos do naipe de percussão são os tambores, os barrafonicos


e os tímpanos.
TAMBORES: caixa e todo o tipo de tambor tocado com baquetas
BARRAFONICOS: xilofone, glockenspiel, marimba, vibrafone, metalofone, campana
tubular/sinos tubulares, entre outros.
TÍMPANOS: são normalmente quatro, tendo cada um o seu grau de extensão.

Na percussão também existe os instrumentos acessórios.


● Triângulo, pandeiro, castanhola, chocalho, bongôs, reco reco, tantam, entre
outros.
● Também temos objetos que podem ser usados como acessórios que são:
garrafas, apitos, prato de cozinha entre outros.
No naipe de percussão também existe a divisão de categorias que são as de som
determinado e som indeterminado.
Determinado: Sons que alcançam as vibrações corretas para que seja possível
alcançar a nota musical desejada. Exemplo: os tímpanos e os barrafonicos.
Indeterminado: Sons que não alcançam as vibrações necessárias para que possa
afinar a nota musical desejada. Chegam próximos mas não o suficiente. Exemplo:
tambores e acessórios.

O princípio das técnicas para estudar instrumentos de percussão está no estudo


dos tambores, principalmente a caixa clara, que é um estudo onde abrange as
técnicas iniciais até as mais avançadas que consistem em técnicas de como segurar
as baquetas até as técnicas de toques simples, duplos e múltiplos.
Nos estudos de barrafonicos estudamos a maneira de como toca-los,
posicionamento das mãos, posicionamento corporal até o estudo de escalas, arpejo
e até de acordes que são estudados na marimba e vibrafone com a utilização de 3
ou 4 baquetas. No vibrafone ainda tem o estudo de pedal e abafamento das notas.
Nos estudos de tímpanos encontramos suas extensões, como percuti-los, como
afina-los, posicionamento de mãos, abafamentos, controle de pedais etc.
Nos estudos de acessórios não existe um estudo específico como o estudo de
tambores, por exemplo. Eles são estudados em simultâneo com técnicas do estudo
de caixa clara e alguns ensinamentos técnicos de como tirar o melhor som e
melhores efeitos.
COMO SEGURAR BAQUETAS

Na percussão, pegada(grip) quer dizer como o percussionista segura a baqueta. Existem


duas maneiras de “segurar” as baquetas que são elas traditional grip e matched grip.

A diferença entre a traditional grip e a matched grip consiste na mão esquerda.


O TRADITIONAL GRIP descende de bateristas militares em marcha que carregavam uma
caixa pendurada na tipoia na altura da cintura. Atualmente é utilizada para tocar caixa e
convencionalmente bateria. A baqueta fica entre o polegar e o dedo indicador, a falange
desses dois dedos devem ficar encostadas enquanto a baqueta fica apoiada no dedo
anelar. O dedo mínimo, ou dedinho, apenas se fecha acompanhando o anelar e o dedo
central acompanha o indicador.

MÃO ESQUERDA

O MATCHED GRIP trata-se de segurar as baquetas da mesma forma com as duas mãos.
Nessa pegada a baqueta é segurada pelo dedo indicador e o dedo médio(dedo do meio).
Esses dedos tem a função de alavanca com os demais dedos controlando a descida e
subida das baquetas. O movimento é convencionalmente executado com a baqueta
posicionada entre a falange do dedo indicador e a falange do polegar(dedão).

E/D
CAIXA CLARA

A caixa clara é um instrumento de origem europeia no século XV onde era utilizada para
fazer a marcação de marchas militares. Foi introduzida nas orquestras 100 anos após os
tímpanos, na segunda metade do século XVIII com Handel na sua music for the royal
fireworks no ano de 1749. No século XX, os compositores deixaram de considerar apenas
um instrumento de marcação de marchas e começaram a explorar mais os diferentes
timbres. Bartók fez diversos usos da caixa, tocando em diferentes lugares da pele como, por
exemplo, em Cantata Profana, no ano de 1930. Atualmente continua sendo usada em
orquestra e em essemble solo, onde vem tendo suas escritas cada vez mais complexas e
técnicas mais exigentes.
PRATOS

Os pratos receberam seu nome pela sua forma, traduzida do grego Kymbre que significa
taça ou bacia. De origem asiática, estão entre um dos mais antigos instrumentos de
percussão onde a sua história mais moderna é do século XVII, onde um alquimista
chamado Avedis descobriu uma forma de produzir os pratos com o som claro, que logo
após veio ser utilizado por bandas turcas e se espalharam pela Europa. Foi introduzido nas
orquestras no ano de 1779 por Gluck, onde os utilizou em Iphigénie en Tauride é mais tarde
por Mozart em 1872. No início do século XIX, devido á Berlioz, passou a ser utilizado de
forma diferente, onde era preciso utilizar baquetas de pontas moles para sustentar o som.
Compositores como Mahler, Bartók e Walton exploraram diversos efeitos de pratos em suas
obras percutindo com vassouras, baquetas de triângulo e até as unhas.
BOMBO

O bombo é um instrumento de percussão de origem europeia e é derivado do Davul. Gluck


é dito como o primeiro a utilizar o bombo em orquestra na sua Ópera le cadi dupé em 1761
quando o instrumento ainda era tocado com duas varas. No início do século XIX teve sua
primeira composição onde o autor, Sportini, pediu para que usasse baquetas com ponta de
feltro em sua ópera The Vestal Virgin no ano de 1807. Começou a ser usado mais tarde em
suportes de madeira e em tamanhos maiores nas orquestras do Romantismo tardio, onde
foi introduzido na sessão de percussão orquestral.
PANDEIRO SINFÔNICO

O pandeiro também é conhecido como pandeirola ou tamborim. Não se sabe ainda ao certo
sobre a origem do mesmo, acredita-se que é derivado dos chamados Frame Drums, mesmo
estes não tendo os chocalhos/platinelas. Na idade média já era muito comum na Europa,
sendo batizado por Tymbre e era utilizado nas orquestras somente em ocasiões especiais.
Sua verdadeira introdução nas orquestras foi através de bandas turcas no meado do século
XVIII. Gluck com Echo et Narcisse em 1799 e Mozart foram os primeiros compositores a
introduzir o tamborim(pandeiro) em orquestras. No início do século XIX, os compositores
escreveram para o tamborim para ter um caráter espanhol ou cigano, como por exemplo,
Weber na Abertura Preciosa no ano de 1820. No meado do século XX foram utilizadas
novas técnicas para percutir o pandeiro utilizando as mãos e joelhos, diferindo o timbre
desejável.
BATERIA

A bateria foi idealizada para que apenas um percussionista pudesse ser capaz de tocar
caixa, prato e bombo, dispensando o uso de 3 percussionistas. O que tornou possível foi a
criação do pedal de bumbo. Seu criador foi Willian F. Ludwig que criou o primeiro modelo de
madeira no ano de 1910. A criação mais jovem do conjunto da bateria foi a do hit-hat ou
chimbal(nome utilizado no Brasil) que apareceu no Brasil na década de 1940.
CONHECENDO OS BARRAFONES

Os barrafones são instrumentos de percussão da família dos idiofones, que são


instrumentos que não precisam do auxílio de peles, cordas ou sopros para emitir vibrações
pois podem ser produzidas pelo próprio corpo. São compostos por teclas de madeira(como
marimba e xilofone) ou metal(como glockenspiel e vibrafone), essas teclas são ordenada à
sequência de ordem do piano. É percutido com 1 até 6 baquetas que podem ter vibrações
diferentes de acordo com a ponta da baqueta que é utilizada.
Como as suas teclas são da mesma ordem que as teclas de um piano, então vamos
conhecer as teclas e suas respectivas notas de Dó à Si.
Tivemos um exemplo dentro apenas de uma oitava(dó - dó) mas os instrumentos podem
variar em quantidades de oitavas. Existem instrumentos barrafonicos com 4 oitavas, por
exemplo, uma marimba 4 oitavas que suas teclas/notas vão dó Dó 3 ao Dó 7. Também
existem as 4.3 oitavas que vão do Lá 2 ao Dó 7.

MARIMBA 4.3 OITAVAS


GLOCKENSPIEL

O glockenspiel é um instrumento musical idiofone percussivo. Seu nome em alemão traduz


como jogo de sinos. É um dos instrumentos de percussão que mais demorou a ser
introduzido nas orquestras, tendo sua primeira aparição com Handel na oratória Saul no ano
de 1739.
XILOFONE

O xilofone é um instrumento de percussão da família dos barrafonicos e é de origem


Africana. Similar ao metalofone mas suas teclas são feitas de madeira. Xilo em grego
significa madeira e logo, xilofone, significa som de madeira. Suas primeiras composições
foram feitas em 1810 por Ferninand Kauer em Sen variazioni. Passou a ser usado em
orquestras no século XIX e sua primeira peça solistica foi O carnaval dos animais, escrita
por Camillie Saint-Saens no ano de 1886. Pode ser tocado com baquetas de diversas
gradações e durezas
MARIMBA

A marimba é de origem angolana, é um instrumento de percussão da família dos


barrafones. Foi introduzida na orquestra em Jenufa no ano de 1904. O instrumento só
recebeu suas partes solisticas no ano de 1947 com Milhaud no concerto para marimbas e
vibrafones. Chegou às Américas no século XVI onde foi adaptada e hoje faz parte da
música em vários países, principalmente Honduras e Guatemala. O instrumento pode ser
tocado com duas até seis baquetas, normalmente tocado com duas ou quatro. Sendo essas
baquetas, com as pontas revestidas com lã ou feltro.
Bass


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D D DD DD DD D D D D DD DD DD D D E E E E E E E E E E E E E E E E E E E E D
Cymbals

4
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Tenor


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Cronograma de Estudos – BAMITA – 1º Bimestre de 2022

Semana Segunda-feira Terça Quarta Quinta Sexta-feira Sábado Domingo

Teoria Musical Pozzoli 1 Teoria Musical pág. 5 a 7 Pozzoli 1 Ensaio de Naipe Pozzoli 2
20 a 26/02 Pág. 1 a 4; Solfejo 1 Da Capo pág. Solfejo 1; Repertório Da Capo Da Capo pág. 2 Tempo Livre
Escala: Bb Maior 1 ENSAIO GERAL pág. 1 ENSAIO GERAL Escala: F Maior

Teoria Musical Pozzoli 2 Teoria Musical pág. 8 a 10 Pozzoli 2 Ensaio de Naipe Pozzoli 3
27/02 a Pág. 8 a 10; Solfejo 2 Da Capo pág. Solfejo 2; Repertório Da Capo Da Capo pág. 3 Tempo Livre
5/03 Escala: F Maior 2 ENSAIO GERAL pág. 2 ENSAIO GERAL Escala: G Maior
APRESENTAÇÂO

Teoria Musical Pozzoli 3 Teoria Musical pág. 11 e 12 Pozzoli 3 Ensaio de Naipe Pozzoli 4
Pág. 11 e 12; Solfejo 3 Da Capo pág. Solfejo 3; Repertório Da Capo Da Capo pág. 4 Tempo Livre
6 a 12/03
Escala: G Maior 3 ENSAIO GERAL pág. 3 ENSAIO GERAL Escala: Bb Maior

Teoria Musical Pozzoli 4 Teoria Musical pág. 13 e 14 Pozzoli 4 Ensaio de Naipe Pozzoli 5
Pág. 13 e 14; Solfejo 4 Da Capo pág. Solfejo 4; Repertório Da Capo Da Capo pág. 5 Tempo Livre
13 a 19/03
Escala: Bb Maior 4 ENSAIO GERAL pág. 4 ENSAIO GERAL Escala: D Maior

Teoria Musical Pozzoli 5 Teoria Musical pág. 15 e 16 Pozzoli 5 Ensaio de Naipe Pozzoli 6
Pág. 15 e 16; Solfejo 5 Da Capo pág. Solfejo 5; Repertório Da Capo Da Capo pág. 6 Tempo Livre
20 a 26/03
Escala: D Maior 5 ENSAIO GERAL pág. 5 ENSAIO GERAL Escala: Eb Maior

Ouvir Música Sugerida; Pozzoli 6 Ouvir Música Sugerida Solfejo Pozzoli 6 Ensaio de Naipe Pozzoli 7
27/03 a Solfejo 6 Da Capo pág. 6; Repertório Da Capo Da Capo pág. 7 Tempo Livre
2/04 Escala: Eb Maior 6 ENSAIO GERAL pág. 6 ENSAIO GERAL Escala: A Maior

Ouvir Música Sugerida; Pozzoli 7 Ouvir Música Sugerida Solfejo Pozzoli 7 Ensaio de Naipe Pozzoli 8
Solfejo 7 Da Capo pág. 7; Repertório Da Capo Da Capo pág. 8 Tempo Livre
3 a 9/04
Escala: A Maior 7 ENSAIO GERAL pág. 7 ENSAIO GERAL Escala: Ab Maior

Ouvir Música Sugerida; Pozzoli 8 Ouvir Música Sugerida Solfejo Pozzoli 8 Ensaio de Naipe Pozzoli 8
Solfejo 8 Da Capo pág. 8; Repertório Da Capo Da Capo pág. 8 Tempo Livre
10 a 16/04 Escala: A Maior 8 ENSAIO GERAL pág. 8 ENSAIO GERAL Escala: E Maior

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