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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE –PB

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
CURSO: METEOROLOGIA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II
PROFESSOR: WILSON CURI
NOME: JOSÉ VIEIRA NETO
MATRÍCULA: 115111657

RELATÓRIO 2 : REFLAÇÃO DA LUZ

CAMPINA GRANDE, 02 DE DEZEMBRO DE 2016


1. INTRODUÇÃO

Um raio de luz atinge uma superfície que esta entre dois meios
diferentes, tem parte da energia luminosa refletida e outra parte penetrada no
segundo meio, que muda a direção do raio luminoso, e esse fenômeno recebe o
nome de refração.

As leis da refração são:

 O raio refratado está no plano de incidência;


 Para dois meios dados, o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo
de refração estão numa razão constante.

O índice de refração (n) é uma constante de onde está o raio refratado


para onde está o raio incidente, alem de expressar a velocidade que a luz possui
𝑐
num determinado meio de transmissão, e é dado pela formula: 𝑛 = , onde c é
𝑣

a velocidade da luz no vácuo e v é a velocidade da luz no meio em questão.

Mas sabendo que o a refração sempre envolve dois meios, pode-se


𝑛𝐵
definir o índice de refração relativo, 𝑛𝐵𝐴 = .
𝑛𝐴

Lembrando que quando um raio de luz muda de um meio que tem


índice de refração grande para um meio que tem ele pequeno, a direção de onda
transmitida afasta-se da normal. À medida que se aumenta o ângulo de
incidência i, o ângulo do raio refratado tende a 90°, isso acontecendo o i passa
𝑛
a ser o ângulo critico, e a equação dele é: 𝜃𝑐 = 𝑠𝑒𝑛−1 (𝑛2 ) onde n1 > n2. Se a
1

incidência com o ângulo maior que 90° sofre o fenômeno da reflexão interna
total.

O principal objetivo dos experimentos a seguir é mostrar que as leis


da refração são válidas.
2. MATERIAL UTILIZADO

 Fonte de luz branca 12V – 21W;


 Chave liga-desliga;
 Alimentação bivolt e sistema de posicionamento do filamento;
 Base metálica 8x70x3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral
de 700mm;
 Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
 Diafragma com uma fenda;
 Diafragma com cinco fendas;
 Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø60mm, DF 120mm em
moldura plástica com fixação magnética;
 Lente de vidro convergente biconvexa com Ø50mm, DF 50mm em
moldura plástica com fixação magnética;
 Lente de vidro convergente plano-côncava com Ø50mm, DF 100mm em
moldura plástica com fixação magnética;
 Letra F vazada em moldura plástica com fixação magnética;
 Quatro cavaleiros metálicos;
 Suporte para disco giratório;
 Disco giratório Ø23cm com escala angular e subdivisões de 1°;
 Perfil em acrílico semicircular;
 Perfil em acrílico biconvexo;
 Perfil em acrílico bicôncavo;
 Perfil em acrílico retangular (dióptro plano);
 Trena de 2m;
 Anteparo para projeção com fixador magnético.
3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

1º Determinação do índice de refração de um material:

Parte 1:

O experimento foi montado com a figura abaixo:

Girou-se o disco variando o ângulo de incidência de 10° em 10°, e


anotou-se os valores dos ângulos de refração na Tabela 4-4. Também se
preencheu a tabela com o seno do ângulo de incidência, o seno do ângulo de
refração e a razão entre eles.

Parte 2:

O experimento foi montado com a figura abaixo:


Girou-se o disco variando o ângulo de incidência de 5° em 5°, e
anotaram-se os valores dos ângulos de refração na Tabela 4-5. Também se
preencheu a tabela com o seno do ângulo de incidência, o seno do ângulo de
refração e a razão entre eles.

2º Refração da luz: Lente convergente:

O experimento foi montado com a figura abaixo:

Colocou-se uma folha de papel oficio entre a lente e o disco, e foi feito
o esboço e identificado seus principais elementos.

3º Refração da luz: Lente divergente:

O experimento foi montado com a figura abaixo:

Colocou-se uma folha de papel oficio entre a lente e o disco, e foi feito
o esboço e identificado seus principais elementos.
4º Distância focal de uma lente convergente:

O experimento foi montado com a figura abaixo:

Ajustou-se o anteparo para que a imagem projetada ficasse bem


nítida, logo após, mediu-se a distância entra a imagem e a lente (Di) e, utilizando
1 1 1
a equação de Gauss = + , calculou-se a distância focal, também foram
𝑓 𝐷0 𝐷𝑖

medidos o comprimento do objeto (O) e o da imagem (I) a cada D0 adotado, com


todos os dados, calculou-se a razão entre Di e D0 e I e O e anotou-se na Tabela
4-6.

5º Dióptro plano:

O experimento foi montado com a figura abaixo:

Colocou-se uma folha entre o dióptro e o disco ótico, e se fez um


esboço, logo após girou-se o disco a fim de obter um ângulo de 30° e também
desenhou-se o contorno do dióptro e as trajetórias dos feixes de incidentes e
refratados os ângulos θ1(θi e θr) e θ2 e com uma régua mediu-se a espessura (t)
𝑡 𝑠𝑒𝑛 (𝜃1 + 𝜃2 )
do dióptro e o desvio lateral x, calculado a partir da equação: 𝑥 = .
cos 𝜃2

Então, foi possível calcular o índice de refração do dióptro, por: 𝑛1 𝑠𝑒𝑛𝜃1 =


𝑛2 𝑠𝑒𝑛 𝜃2 .
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

1º Determinação do índice de refração de um material:

Parte 1:

Ângulo de sen(i) Ângulo de sen(r) sen(i)/sen(r)


incidência (i) refração (r)

10° 0,17 7 0,12 1,5

20° 0,34 13,5 0,23 1,5

30° 0,50 20 0,34 1,5

40° 0,64 25,8 0,43 1,5

50° 0,76 31,3 0,51 1,5

Tab. 4-4 (medidas dos ângulos de refração)

A razão sen(i)/sen(r) é constante em media = 1,4568, isso ocorre


como diz a 2º lei da refração, que significa que quando se faz o ângulo de
incidência, o ângulo de refração varia de tal modo que a razão dos senos destes
ângulos é constante, e é o chamado índice de refração. E a primeira lei da
refração diz que o raio refratado está no plano de incidência, como realmente
ocorreu no experimento.
Parte 2:

Ângulo de sen(i) Ângulo de sen(r) sen(i)/sen(r)


incidência (i) refração (r)

5° 0,08 7,5 0,11 0,9

10° 0,17 14 0,24 0,7

15° 0,25 22,5 0,38 0,7

20° 0,34 30,5 0,50 0,7

25° 0,42 38,5 0,62 0,7

30° 0,50 48,5 0,74 0,7

35° 0,57 58,5 0,84 0,7

40° 0,64 78,5 0,96 0,6

45° 0,70

Tab 4-5 (medidas dos ângulos de refração)

Não foi possível completar a tabela para o ângulo de 45°, pois neste
ângulo o ângulo de incidência com o ângulo refratado fez ângulo maior ou igual
que 90°, sofrendo, então o fenômeno da reflexão interna total. Mas o ângulo
limite não foi 45° e sim 41,5°.

Foi possível calcular o ângulo critico do acrílico, pela formula: 𝜃𝑐 =


𝑛
𝑠𝑒𝑛−1 (𝑛2 ), logo, como o n1 = 1, tem-se que o ângulo critico do acrílico é 41,5°.
1
As condições para que a reflexão interna total ocorra são que o raio
mude de um meio que tem índice de refração grande para um meio que tem
índice de refração pequeno, para que a direção da onda transmitida afaste-se da
normal e, para que à medida que aumentar o ângulo de incidência, o ângulo do
raio refratado tenda a 90°.

2º Refração da luz: Lente convergente:

O pondo de cruzamento do feixe luminoso com o eixo principal da


lente convergente se chama foco, e mediu-se com base no desenho o foco =
11,8 cm, o foco é real, pois o a luz passa por ele.

As propriedades do feixe luminoso na lente convergente são:

1ª) Todo raio luminoso incidente paralelo ao eixo principal refrata-se


passando pelo FOCO.
2ª) Todo raio luminoso incidente que passa pelo FOCO refrata-se
paralelamente ao eixo principal.

3ª) Todo raio luminoso incidente que passa pelo CENTRO óptico não
sofre desvio.

3º Refração da luz: Lente divergente:


O pondo de cruzamento do feixe luminoso com o eixo principal da
lente divergente se chama foco, e mediu-se com base no desenho o foco = 6,7
cm, o foco é virtual, pois o a luz não passa por ele.

As propriedades do feixe luminoso na lente divergente são:

1ª) Todo raio luminoso incidente paralelo ao eixo principal refrata-se


com o prolongamento passando pelo FOCO.

2ª) Todo raio luminoso incidente que tem a direção do FOCO refrata-
se paralelamente ao eixo principal.

3ª) Todo raio luminoso incidente no CENTRO óptico não sofre desvio.

O
4º Distância focal de uma lente convergente:

N D0 (cm) Di (cm) F (cm) I (cm) O (cm) Di/D0 I/O

1 16 25,0 9,76 1,6 1,0 1,56 1,6

2 18 21,5 9,80 1,4 1,0 1,19 1,4

3 20 19,0 9,74 1,1 1,0 0,95 1,1

4 22 18,0 9,9 1 1,0 0,82 1

5 24 16,5 9,78 0,9 1,0 0,69 0,9

6 26 16 9,9 0,8 1,0 0,62 0,8

Tabela 4-6 (relaciona os valores medidos de D0 e Di a fim de determinar o


foco da lente)

O valor médio da distância focal é f = 9,81cm, a imagem no anteparo


é real e invertida. Di/D0 é bem próximo a I/O, isso indica que o tamanho da
imagem é proporcional a sua distância do objeto e da lente.

Considerando
D0=24cm, tem-se que
imagem é real,
invertida e menor que
o objeto.
5º Dióptro plano:

meio1 θ1i = 30°

θr = 20

meio2 { θ2 = 20°

a espessura: t = 3 cm

n=1

Calculou-se o desvio lateral (x):

𝑡 𝑠𝑒𝑛 (𝜃1 + 𝜃2 ) 3 𝑠𝑒𝑛 (30° + 20°)


𝑥= =
cos 𝜃2 cos 20°

𝑥 = 0,6 𝑐𝑚

Foi possível também calcular o índice de refração do dióptro:

𝑛1 𝑠𝑒𝑛𝜃1 = 𝑛2 𝑠𝑒𝑛 𝜃2

1 𝑥 𝑠𝑒𝑛30° = 𝑛2 𝑠𝑒𝑛 20°

0,5 = 𝑛2 𝑥 0,342

𝑛2 = 1,461
5. CONCLUSÃO

No 1º experimento (parte 1 e parte2) foi possível mostrar que as leis


da refração foram obedecidas para uma lente plano-convexa e também o
fenômeno da reflexão total; no segundo e terceiro experimentos, foi possível
verificar os elementos, consecutivamente, de uma lente convergente e uma lente
divergente, medir seus focos e enunciar as propriedades dos feixes luminosos
na lente; já quarto calculou-se a distância focal de uma lente convergente,
verificou-se as características da imagem e que a razão Di/D0 é bem próxima à
I/O o que implica que seguem um padrão de crescimento proporcional; no quinto
e ultimo, foi plausível a determinação do índice de refração do dióptro plano.

Mas a conclusão geral que se pode chegar é que se houver uma


quantidade de erro aturável, as leis da refração são verdadeiras, e melhor, fáceis
de mostrar.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David – 1916. Fundamentos de Física, volume 4: óptica e física


moderna / Halliday, Resnick, Jearl Walker; Tradução e revisão técnica Ronaldo
de Biasi Sérgio, Rio de Janeiro, 2009.

SILVA, Domiciano Correa Marques da. A Refração da Luz – Brasil Escola.


Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm>. Acesso
dia: 27/11/106.

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