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2015
JOSÉ MELO DE OLIVEIRA
Governador do Estado do Amazonas
Estagiários
Apresentação .................................................................................................... 1
Estudo ............................................................................................................... 7
Avaliação .......................................................................................................... 21
Anexos ............................................................................................................. 80
Caríssimos professores,
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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
1.1 Definição
1.2 Objetivos
2
sociais e culturais dos estudantes. E reitera-se que deve difundir os valores
fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito
ao bem comum e à ordem democrática, bem como considerar as condições de
escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho,
a promoção de práticas educativas formais e não-formais.
3
sentido às ações educativas,enriquecendo-as, visando à superação das
desigualdades de natureza sociocultural e socioeconômica.
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em regime de acolhimento ou internação, jovens e adultos em situação de privação
de liberdade nos estabelecimentos penais.
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equivalência da organização e dos planos curriculares do Ensino Fundamental
de 8 (oito) e de 9 (nove)anos, a qual deve ser adotada por todas as escolas.
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ESTUDO
Ambiente
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Saúde
Intercâmbio
Motivação e Autodisciplina
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Na formação intelectual nada se faz sem autodisciplina. A concentração,
elemento primordial nos estudos, depende em boa parte dela, pelo fato de
exigir força de vontade e tenacidade na ação.
Virtudes Requeridas
Senso de Realismo
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Aceitação de Críticas
S T Q Q S S D
Manhã
Tarde
Noite
DICAS DE ESTUDO
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B) HÁBITOS DE CONCENTRAÇÃO SIM NÃO ÀS VEZES
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8) Ocupo muito do meu tempo vendo TV, lendo ou
dormindo? X
9) Minha vida social é muito intensa: festas,
passeios e encontros? Tenho pouco tempo para X
estudar?
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10) Quando não gosto de uma matéria ou de um
professor, não consigo estudar o assunto? X
11) Sinto-me sempre cansado, com sono ou
indiferente para assimilar os assuntos? X
12) Deixo para estudar na véspera da prova e me
sinto sufocado com a quantidade de assuntos? X
Vezes
Vezes
Vezes
Vezes
Não
Não
Não
Não
Questões
Sim
Sim
Sim
Sim
Às
Às
Às
Às
01 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2
02 1 3 2 1 3 2 1 3 2 3 1 2
03 3 1 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2
04 3 1 2 1 3 2 1 3 2 3 1 2
05 1 3 2 1 3 2 1 3 2 3 1 2
06 1 3 2 3 1 2
07 3 1 2 1 3 2
08 1 3 2 1 3 2
09 1 3 2 3 1 2
10 1 3 2
11 1 3 2
12 1 3 2
Soma 10 11 18 23
Total 62
15
Agora compare a pontuação obtida conforme as opções abaixo:
De 32 a 64 pontos
Você precisa reorganizar seu horário e sua forma de estudar. Deve estar
distribuindo de forma inadequada seu tempo para cada matéria e/ou errando
na Metodologia de Estudo.
De 65 a 80 pontos
De 81 em diante
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- Incentivo e apoio nos momentos em que parece ser difícil continuar;
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REGRAS PARA TER SUCESSO NOS ESTUDOS
Para qualquer estudante, tenha a idade que tiver...
Um Pai, industrial que se fez sozinho, participou com suas duas filhas, que cursavam
níveis da Educação Inicial, de um curso de técnicas de estudo, para também aprender e,
assim, poder ajudá-las melhor em seus estudos. Na sessão de encerramento, apresentou
espontaneamente estas regras, extraídas das notas e reflexões que o curso lhe havia
sugerido, e ofereceu-as a todos os estudantes presentes. Dizem o seguinte:
1. Você deve saber que o homem não nasceu para estudar. Se estuda, é para poder
satisfazer as necessidades surgidas com a civilização e por exigências atuais da
sociedade. Estudar, hoje, embora às vezes não lhe apeteça, é imprescindível se
quiser fazer algo nesta sociedade, isso para não lhe dizer se quiser ser o melhor ou o
primeiro.
2. Se quiser se aproveitar e prosperar no estudo, precisa saber se organizar e planejar
para tirar o melhor rendimento do esforço de trabalho/estudo.
3. Todo progresso está em nunca se apressar e em não divagar jamais. Fixe suas
metas: O que quer ser? Aonde quer chegar? E aplique-se ao estudo que cada
meta possa lhe exigir.
4. Por mais inteligente que se ache, pense que sempre haverá alguém melhor que
você, mas nunca diga como consolo “também existe gente mais ignorante que eu!”.
5. Nunca, como pessoa, você pode dizer “isto é impossível”, se antes não utilizou todos
os meios a seu alcance para conseguir. Pense que, se outra pessoa fez você
também pode fazer.
6. Não culpe ninguém por seus fracassos. Para aquele que luta e se esforça até o
fim, sempre resta o sucesso pessoal do dever cumprido: quem faz tudo o que pode,
não é obrigado a fazer mais.
7. Aquele a quem um estudante nunca deve enganar é a si mesmo, principalmente
diante da avaliação de seu esforço e resultados: as provas.
8. Pense que, enquanto estiver na escola, o professor é seu melhor aliado. Procure tirar
o máximo proveito de tudo o que lhe poder oferecer.
9. Tenha sempre as ideias muito claras. Se não as tiver claras, perca o tempo que for
necessário até clareá-las, mas não continue vivendo a deriva, na confusão, ou no
escuro e, pior ainda, na angústia da dúvida.
10. Nunca faça uma coisa sem saber por que faz, que motivos o movem. Se não a pôde
analisar antes de realizá-la, analise-a depois, mas faça isso!
Se fizer essas regras e as aplicar em sua vida e seus estudos, você vai se
surpreender!
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METODOLOGIA DE ESTUDO
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Minayo (1993, p.23), considera a pesquisa como “atividade básica das
ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma
prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente
inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da
realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria
e dados”.
Demo (1996, p.34), arraigar-se a pesquisa como um “questionamento
sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o
diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.
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Dissertação: é um tipo de trabalho científico apresentado ao final do curso
de pós-graduação, visando obter o título de mestre. Requer defesa e tem
caráter didático, pois se constitui em um treinamento ou iniciação à
investigação.
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AVALIAÇÃO
I – Avaliação da aprendizagem;
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tais como as do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB),
Prova Brasil, Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e outras promovidas
por sistemas de ensino de diferentes entes federativos, dados estatísticos,
incluindo os resultados que compõem o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) e/ou que o complementem ou o substituem, e os
decorrentes da supervisão e verificações in loco. A avaliação de redes de
Educação Básica é periódica, feita por órgãos externos às escolas e engloba
os resultados da avaliação institucional, que sinalizam para a sociedade se a
escola apresenta qualidade suficiente para continuar funcionando.
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4.1.1 Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA)
Fonte: Google
23
4.1.2. Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Fonte: Google
Fonte: Google
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tiveram acesso aos estudos ou não puderam continuá-los na idade própria.
Esses brasileiros são certificados por instituições credenciadas para tal fim.
Fonte: Google
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4.1.5. Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB)
Fonte: Google
Fonte: Google
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Portuguesa e alfabetização em Matemática das crianças regularmente
matriculadas no 3º ano do ensino fundamental e as condições das instituições
de ensino às quais estão vinculadas.
(SADEAM)
Fonte: http://www.sadeam.caedufjf.net/
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competências relativas à Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas e
Ciências da Natureza.
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TEXTOS REFLEXIVOS
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PLANEJAR O PROCESSO EDUCATIVO
Maximiliano Menegolla
Ilza Martins Sant’Anna
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A educação também não deve ter o objetivo de dirigir a aprendizagem à
exclusividade de certos assuntos determinados, propostos por sistemas
políticos ou por certas ideologias. Tal educação impediria o educando de tomar
suas decisões e fazer suas opções pessoais. Daí por que se faz necessário
planejar a educação para que ela não bloqueie os processos de crescimento e
a evolução do homem.
todo o fato educativo se situa num processo que tende a um fim. Estes fins
obedecem a finalidades gerias. E estas finalidades são essencialmente ditadas
pela sociedade [...]. Mas são também o produto das vontades e das escolhas
subjetivas dos participantes no ato educativo como dos fins comuns para que
atende a coletividade. Marcar uma finalidade na educação não é investi-la
nesta ou naquela função, mas é mostrar que as funções que lhe são próprias
devem exercer finalidades que as transcendam (FAURE, 1974, p. 227).
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acabado, sempre intenso. A finalidade, mais do que uma seta dirigida para o
futuro, é uma frente que orienta nossa ação e que está sempre se deslocando
para a perfeição (FURTER, 1972,p. 117).
Esta finalidade não pode ser estabelecida como se fosse algo já pronto
ou acabado para as mais diversas realidades circunstanciais. Se assim
procedesse, não permitiria ao indivíduo “caminhar para frente”, assumir a sua
independência e se compromissar com a realidade de maneira consciente.
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o homem diante do seu mundo. Este é o teor que se deve inserir em qualquer
planejamento educacional.
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AVALIANDO A APRENDIZAGEM
Nelson Piletti
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1) O que é avaliação?; 2) as etapas da avaliação; 3) os instrumentos de
avaliação; 4) a interpretação dos resultados; 5) o problema da
reprovação; e 6) a autoavalição.
O QUE É AVALIAÇÃO?
Então, o que é avaliar? É muito mais do que medir, embora possa incluir
medida. A avaliação não pode se constituir numa espécie de “julgamento final”.
Se o professor avalia um aluno pelo acerto ou pelo erro numa conta de somar,
por exemplo, ele estará usando a medida – acertou ou errou – como uma
avaliação final: João errou e está mais atrasado que Justina, que acertou;
Justina sabe somar e João não sabe.
Entretanto, quem garante que o João não sabe somar? Quem sabe, ele
errou a conta apenas porque se atrapalhou na hora, estava nervoso por causa
de uma situação particular, ou não ligou muito para a conta, fez de qualquer
jeito! Além disso, o fato de João não ter acertado a soma não significa que esta
mais atrasado que Justina, pois ele pode saber muitas coisas que ela não
sabe. E tem mais: como o erro na conta João pode ter aprendido, como
acontece em muitos casos, quando o erro conduz ao acerto, ajuda a pessoa a
aprender.
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considerado incapaz de aprender, a ser discriminado pelos professores e pelos
colegas. A partir de algo tão limitado como o rendimento numa matéria escolar,
atinge toda vida do estudante: suas emoções suas relações com os amigos e
com os pais, suas horas de lazer etc.
ETAPAS DA AVALIAÇÃO
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atividades que possam levá-lo a alcançar esse objetivo: ouvir uma explicação
do professor, conversar com os colegas a respeito, tentar fazer uma conta etc.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Testes Objetivos
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Enquanto a elaboração dos
testes objetivos é demorada, sua
correção é tão simples que pode ser
feito por qualquer pessoa que
disponha da lista de respostas, e até
mesmo por um computador. Na
medida em que as respostas não
admitem variações, ou seja, mais
objetiva, mais neutra. São os testes
preferidos quando o número de
examinados é muito grande.
Provas Orais
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dificuldade das questões apresentadas aos diversos alunos, o que pode
ocasionar injustiças etc.
Dissertações
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diferentes. Observa-se que a mesma prova dissertativa, corrigida por diversos
professores, obtém, muitas vezes, notas bastante diferentes.
Trabalhos Livres
1º) Toda avaliação deve ter como critério o aluno que está sendo avaliado,
suas aptidões e interesses. Isso significa que, em Ciências, por exemplo, se
um aluno se interessa mais por ecologia, deve ter oportunidade de trabalhar
mais nessa área, e ser especialmente avaliado por esse trabalho; se outro tem
maior interesse por mineralogia, deve ser avaliado predominantemente e assim
por diante.
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um desestímulo para aquele que saiu pior. Além disso, o resultado da
comparação pode ser a criação de um clima de competição nada educativo,
principalmente porque pode transferir-se para a vida cotidiana dos alunos. Em
tal clima, cada um passa a ver o companheiro como um concorrente a ser
vencido ou eliminado, e não como um ser humano com qual deve trabalhar em
cooperação em busca da solução dos problemas comuns.
3º) A avaliação deve servir para aumentar a confiança do aluno em sua própria
capacidade. A avaliação não se constitui um fim em si mesmo, mas é um meio,
um instrumento, que deve servir como ponto de referência, para que o aluno
saiba em que direção esta avançando, o quanto está se aproximando dos
objetivos estabelecidos. À medida que sentir que se aproxima sempre mais dos
objetivos, aumenta a sua autoconfiança e sua disposição em se manter
trabalhando.
4º) Para o professor, a avaliação também pode ser útil na análise dos
resultados do seu próprio trabalho. É comum professores afirmarem que os
alunos vão mal em suas provas e não estudam, são preguiçosos, vagabundos.
Mas a explicação pode ser outra. Às vezes, é o trabalho do professor ou a
formulação da prova que não estão sendo adequados. Nesse sentido, a
avaliação também pode ajudar o docente a aprimorar a sua forma de trabalho,
a maneira como dá as suas aulas ou como elabora as usas provas.
5º) Por fim, uma palavra sobre a nota. Muitas vezes a nota é tão valorizada que
pode favorecer o desenvolvimento de medos, traumas e, até, sintomas físicos
como tremedeira, transpiração excessiva, diarréia etc. É evidente que o pavor
de uma nota baixa, a insegurança diante de uma prova, podem prejudicara
aprendizagem. A nota deve ser vista como apenas um elemento do processo
de ensino e aprendizagem, e nem de longe o mais importante, de modo a que
não interfira negativamente no trabalho.
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O PROBLEMA DA REPROVAÇÃO
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De maneira geral, pode-se concluir que a reprovação é prejudicial, tanto
para o desenvolvimento intelectual quanto para o desenvolvimento emocional e
social do aluno. Pode ocorrer que a escola – o currículo, o material, o método
de ensino – esteja inadequada às características reais dos alunos. Nesse caso,
é claro que o caminho é a mudança do currículo, dos materiais didáticos e dos
métodos de ensino, e não a reprovação pura e simples de crianças jovens.
AUTOAVALIAÇÃO
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aprendizagem, criando oportunidades e condições para que os alunos exerçam
constantemente a autoavaliação.
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CURRÍCULO – UM GRANDE
DESAFIO PARA O
PROFESSOR
Nereide Saviani
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Há quem o considere mera transposição dos saberes/fazeres de
referência para a sala de aula, mas é sabido que o modo como os elementos
culturais são organizados em situações escolares apresenta certa
singularidade, que constitui um tipo peculiar de saber – o saber escolar. Na
prática, o currículo tem se revelado uma espécie de reinvenção da cultura.
Estudos sobre a história do currículo e a história das disciplinas escolares
demonstram que a produção e veiculação do saber escolar seguem trajetórias
sinuosas e tumultuadas, num processo de lutas de diversas dimensões.
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Problemas básicos implicados no tratamento do currículo
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O currículo como processo
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O Currículo na Ação
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O tratamento dispensado à relação tempo/espaço/recursos funciona
como um “termômetro” indica a concepção de escola e trabalho pedagógico
que alimenta as políticas educacionais adotadas, fornece a dimensão de
proximidade/distanciamento entre os objetivos educacionais proclamados e os
efetivamente perseguidos e realizados. Na lógica do mercado, a educação é
tratada como mercadoria, cujo valor se determina pelo tempo socialmente
necessário para sua produção. Predomina a busca por melhor relação
custo/benefício, que se situa no menor dispêndio de tempo possível, com o
máximo de “eficiência”. A formação do professor é tão mais desejável quanto
mais breve, menos acadêmica. Aos alunos, prefere-se destinar cursos rápidos,
em turmas grandes, buscando-se o uso “racional” dos espaços e
equipamentos. Medidas compensatórias são tomadas para “recuperação” do
tempo perdido.
51
[...]
52
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
VOCÊ SABE LIDAR COM ISSO?
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espera para todas as escolas do país, com um ensino centrado no
desenvolvimento de competências e habilidades, contextualizado e formador
do cidadão.
Os estados e o distrito federal, com base nesses parâmetros, definem os seus
próprios currículos, levando em conta as diferenças regionais, as diferentes
necessidades e possibilidades de cada unidade da federação.
Muitas das nossas escolas não estão preparadas para fazer isso. Será
necessário o trabalho cooperativo de todos para que se estabeleçam rotinas de
planejamento e de acompanhamento do programa de ensino. O trabalho
centrado em projetos pode ser uma ótima alternativa.
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A informação sobre os mais variados assuntos está amplamente
disponível para a sociedade. Basta a Internet para exemplificar isso, embora
ela não seja a única responsável por essa grande quantidade de informação.
Isso faz com que a escola, mais do que nunca, tenha por missão contribuir
para que o aluno desenvolva habilidades e competências que lhe permitam
trabalhar essa informação: selecionar, criticar, comparar, elaborar novos
conceitos a partir dos que se tem.
No primeiro semestre de 1999, uns dez dias antes dessa aula, uma
amiga - que é advogada - trouxe-me um jornal no qual se informava
brevemente ter sido descoberta, na Namíbia, uma bactéria visível a olho nu. O
jornal trazia uma foto dos microorganismos e uma breve nota, em que
constava, entre outras coisas, o nome científico dado a essa bactéria:
Thiomargarita namibiensis. No dia seguinte, introduzi esse nome em um
sistema de "busca" na Internet. Vieram apenas duas referências, de jornais e
em alemão. Não leio alemão, mas já consegui constatar que a descoberta
havia sido realizada por uma cientista do Instituto Max Planck.
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Coloco este exemplo para salientar o quanto, hoje, as informações,
mesmo sobre campos específicos, estão disponíveis para o grande público.
Por isso, o fundamental na educação não é o acúmulo de informações, mas o
desenvolvimento de competências e habilidades que nos permitam encontrá-
las, lidar com elas, discernir quais são importantes para nós em determinado
momento, analisá-las, criticá-las, tirar conclusões.
Pode-se perceber que são objetivos que vão muito além da informação
ou mesmo do mero desenvolvimento de um conhecimento intelectual. Abarcam
toda a formação humana e social da pessoa. É fácil perceber que metas desse
porte envolvem conhecimento, comportamento, conceitos, procedimentos,
valores, atitudes, saber, fazer e ser. Não podem ser atingidas com um ensino
livresco, fragmentado, conteudista, estereotipado, estagnado. Exigem novas
perspectivas, uma nova visão da Educação.
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uma tendência mundial - a necessidade de centrar o ensino e aprendizagem no
desenvolvimento de competências e habilidades por parte do aluno, em lugar
de centrá-lo no conteúdo conceitual. Isso implica em uma mudança não
pequena por parte da escola, que sem dúvida tem que ser preparada para ela.
Você se lembra qual foi o texto com o qual aprendeu a ler? Qual era,
digamos, o "conteúdo" desse texto? Muitos talvez se lembrem de frases com
tanto significado como, por exemplo, "vovó viu a uva". Não sei se alguém se
preocupou com detalhes tais como: que tipo de uva vovó viu? Ela também
comeu a uva depois de vê-la?. Ou talvez a vovó já nem fosse viva! O que era
objetivo de ensino, no caso, evidentemente não era nem a vovó nem a uva,
mas a letra V. Com essa ou com diferentes frases, todos nós aprendemos a
reconhecer e a utilizar essa letra quando desejávamos o som correspondente.
O mesmo foi feito com todas as letras. Hoje há diferentes métodos de
alfabetização, uns melhores e outros piores, mas se você está lendo esse texto
significa que de algum modo aprendeu...
Eis outro aspecto interessante: uma vez que se saiba ler, isso significa
que se pode ler todo e qualquer texto; a habilidade não está vinculada a um
assunto concreto. Eu posso ler em voz alta um texto que verse sobre física
quântica mesmo que compreenda muito pouco do que estou lendo. Um físico,
ao ouvir-me, compreenderá. As coisas acontecem assim porque ler e
compreender são habilidades diferentes.
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no conteúdo e as competências e habilidades serão vistas de modo
minimalista.
Romper esse tipo de hábito não é simples. Daí a importância, a meu ver,
de se considerar as habilidades e competências como objetivos em si, tal como
se faz com a leitura e a escrita. Logicamente, isso não significa desvincular as
habilidades de algum conteúdo. Pelo contrário, os conteúdos das diferentes
disciplinas devem ser o principal instrumento para o desenvolvimento dessas
habilidades. O que se necessita é mudar o enfoque, a abordagem que se faz
de muitos assuntos, além da postura do professor, que em geral considera o
conteúdo como de sua responsabilidade, mas a habilidade como de
responsabilidade do aluno.
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ter dúvidas sobre em que consiste, realmente, uma determinada habilidade, e
mais ainda sobre como auxiliar o seu desenvolvimento. Afinal, possivelmente
isso nunca foi feito conosco... Mas as dificuldades não nos devem desalentar.
Pelo contrário, representam o desafio de contribuir para uma mudança
significativa na prática didática da escola.
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montes de botões. Depois de analisá-los, nenhum outro grupo conseguiu
descobrir qual fora o critério de classificação. Os alunos responsáveis por esta
esclareceram: "feios e bonitos". Naturalmente, foi um bom ponto de partida
para a discussão de objetividade de critérios.
Como muito bem coloca Perrenoud (1999), não existe uma noção clara e
partilhada das competências. Mais do que definir, convém conceituar por
diferentes ângulos.
Vejamos um exemplo:
60
Mas eu não tenho que olhar para a frente??). Depois de algum tempo, tudo
isso lhe sai tão naturalmente que ainda é capaz de falar com o passageiro ao
lado, tomar conta do filho no banco traseiro e, infringindo as regras de trânsito,
comer um sanduíche. Adquiriu esquemas que lhe permitiram, de certo modo,
"automatizar" as suas atividades.
Por outro lado, as situações que se lhe apresentam no trânsito nunca são
iguais. A cada momento terá que enfrentar situações novas e algumas delas
podem ser extremamente complexas. Atuar adequadamente em algumas delas
pode ser a diferença entre morrer ou continuar vivo.
Uma pessoa, por exemplo, que tenha uma boa expressão verbal
(considerando que isso seja uma habilidade) pode se utilizar dela para ser um
bom professor, um radialista, um advogado, ou mesmo um demagogo. Em
cada caso, essa habilidade estará compondo competências diferentes.
62
ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E
ESPAÇOS ESCOLARES
Shoko Kimura
64
Desse conjunto de questões advém a necessidade de ser realizado
constantemente um trabalho coletivo que canalize a organização dos tempos e
espaços escolares no Projeto Político-Pedagógico (PPP). Dessa maneira,
constroem-se não só as bases institucionais como também as circunstâncias
concretas, que podem conferir ao ensino-aprendizagem as pré-condições
estruturais necessárias para ele ser bem-sucedido.
Quando se diz que a escola não está isolada do contexto no qual ela se
encontra, é necessário destacar a sua relação direta com a família, com a
comunidade local na qual ela se insere e com a sociedade em geral da qual ela
é integrante. Análises assim têm sido bastante comuns, mas nem por isso
deixam de ser verdadeiras, uma vez que realçam uma situação da qual se
queixam muitos professores.
65
De sua parte, a situação atual vigente nos põe diante das questões
geradas pelo neoliberalismo e a globalização econômica que se expandiram e
aprofundaram as relações de subordinação e espoliação. Elas acentuam mais
ainda as contradições entre o mundo da riqueza e da pobreza. Assim, esse
modelo também não satisfaz.
Então, temos diante de nós uma crise de paradigmas. Ela nos leva a
retomar algumas questões que podem auxiliar a busca de um outro, tendo em
vista que procuramos novas situações mais condizentes com as nossas
necessidades. São questões cuja resposta ainda está por se fazer. Ao saber,
apenas, que a situação vigente não satisfaz e que ela tem seus reflexos no
âmbito da escola, cabe-nos, como professores debruçarmos sobre as
condições desse contexto. Não é a esse respeito que nos manifestemos
quando tecemos sérias críticas a escola?
66
Disciplina escolar
67
Falando da escola e do professor
68
responsabilizações da escola (entendendo-se, em especial a sua direção). O
tratamento que a escola dispensa aos casos considerados como indisciplina é,
por vezes, o de não se posicionar diante dos mesmos, como se estivesse
omitindo-se. Da mesma maneira, também são apontadas as
responsabilizações do professor por uma eventual inabilidade dos alunos das
licenciaturas que retornam dos estágios nas escolas públicas, o que muitos
desses professores fazem é simplesmente deixar o tempo de aula correr
qualquer que seja o ambiente.
69
especialmente com os pais do aluno. A professora explicou a sua atitude
definindo-a como atitude disciplinadora.
70
É importante, contudo, apontar também alguns aspectos que podem ser
relacionados aos alunos, isto é, ao contexto social, cultural e econômico que
tem colocado vários desafios à escola e aos professores.
Por outro lado, a entrada cada vez maior da mulher pobre no mercado
de trabalho das cidades deslocou, em decorrência, as tarefas da socialização
primária. Esta ficou cada vez mais sob a responsabilidade de outros atores
71
educacionais, em especial da escola, cujo trabalho tornou-se mais complexo
ainda.
72
Foram elucidados aqui alguns aspectos usualmente colocados na
análise da questão da disciplina escolar, vistos por alguns ângulos com objetivo
de enfatizar a importância da escola como um espaço de aprendizagem e de
realização existencial.
73
quadro também carregado de contradições. Esse quadro aponta que por
vezes, a própria população, difícil de ser identificada, agrava a situação de
degradação das escolas públicas, é possível, certamente, tratar da crise
econômica que tem empurrado as populações a se apropriarem de um
patrimônio público para auferir alguma renda. Seja cultural ou econômico o
motivo, evidencia-se a carência ou mesmo a inexistência de limites e de
identificação entre o que é público e o que é privado.
74
feridas em todos os setores relacionados com a escola: professores, alunos,
pais, comunidade. Eram várias as acusações e responsabilizações entre eles
e, em síntese, todos esses setores carregavam parcelas da responsabilidade
pela situação disciplinar na escola e, ao mesmo tempo, todos eram
penalizados pela mesma.
75
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
76
LIVRO 1: AULA NOTA 10: 49 TÉCNICAS PARA SER
UM PROFESSOR CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA.
77
LIVRO 2: Aula Nota 10: 49 Técnicas
para ser um professor campeão de
audiência.
78
aprendizado ainda mais profundo das técnicas, um preparo mais eficaz das
aulas e uma aula onde um número maior de alunos fica atento e participativo.
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ANEXOS
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
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94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
Coordenadoria Distrital / Regional de Educação: ____________________________
Escola Estadual: _______________________________________________________
Gestor (a): ___________________________________________________________
Professor (a):__________________________________________________________
Ano escolar: 6º ano Turma __________ Turno _______________
SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO
Assinatura do (a) professor (a) ______________________ Assinatura do (a) pedagogo (a) ____________________________
108
REFERÊNCIAS
109