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6.1 INTRODUÇÃO
A espessura adequada de uma base de SAFL deve ser obtida com uso do método de
dimensionamento do DER-SP (1986), (Manual de Normas seção 6.04),
que prevê, para esse tipo de base, o coeficiente de equivalência estru-
tural K=1. Quando executada em uma única camada sua espessura
deve ter, no mínimo 15 e no máximo 18 cm, por motivos construti-
vos. Caso necessário espessura superior a 18 cm, deve-se executá-la
em duas camadas, com espessura mínima de 12 cm cada.
Para a execução e o controle das bases de SAFL e de sua imprimadura até 1988, o
DER-SP utilizava as instruções: I-58-56t para base estabilizada e
I-39-75t para imprimadura asfáltica. Constatou-se, no entanto, que
as recomendações nelas contidas não foram suficientes para evitar
alguns defeitos que ocorrem nesse tipo de base.
O acervo de experiências adquirido na execução dessas bases, suplementado com
a realização dos ensaios de laboratório e campo preconizados na
metodologia MCT, trouxe um melhor conhecimento da fenome-
nologia do comportamento dessas bases. Esses fatos permitiram a
proposição de recomendações construtivas e de controle mais apro-
priadas para esses serviços, que se constituem no principal escopo
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Pavimentos Econômicos
Figura 6.1 Áreas dos tipos de SAFL, associados à técnica construtiva de acordo com a
classificação MCT.
Esses tipos foram definidos com a experiência advinda de uma série muito grande
de trechos, executados até o presente, englobando os 36 trechos
iniciais. Recomenda-se que seja obedecida a ordem de preferência
dos tipos, para as condições prevalecentes no interior do Estado de
São Paulo (ou similares), de acordo com o seguinte:
t Tipo I, com prioridade da subárea próxima à interface com o tipo
II.
t Tipo II, com prioridade da subárea próxima à interface com o
tipo I.
t Tipo III, com prioridade da subárea próxima à interface com o
tipo II.
t Tipo IV (quando os solos que se situam nesta área forem usados
para bases de pavimentos urbanos, convém executar solo-cimen-
to, em faixas de 1 m, próximas às sarjetas).
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
Os problemas de construção, associados aos tipos de solos que se situam nas áreas
acima discriminadas, serão objeto de considerações apresentadas a
seguir.
Observe-se que, se as condições ambientais e os tipos genéticos dos solos
forem distintos daqueles prevalecentes no interior do Estado de São
Paulo, as prioridades poderão diferir das acima consideradas. Além
disso, regionalmente, podem ser desenvolvidas não só novas prio-
ridades, como serem introduzidas condições adicionais. Assim, por
exemplo, no interior do Estado de São Paulo, dentro de cada área as
prioridades são definidas de acordo com detalhes granulométricos
(Villibor, Nogami e Sória, 1987).
O fato de um solo localizar-se numa área da classificação MCT considerada favorável,
não o dispensa da necessidade de obedecer às exigências estabeleci-
das no item 5.3, para que possa ser utilizado em bases de pavimentos
econômicos.
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Pavimentos Econômicos
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
6.3.1.2 Compactação
O conceito, generalizado no meio técnico rodoviário, de que para obter-se uma
camada com características satisfatórias o que importa é a obten-
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Pavimentos Econômicos
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
Figura 6.8 Fissuramento da parte superior da Figura 6.9 Lamelas soltas pela ação do tráfego
base. Compactação excessiva com rolo vibratório de serviço (Trecho: Cândido Rodrigues - SP).
(trecho: Gastão Vidigal - Floreal - SP).
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Pavimentos Econômicos
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
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Pavimentos Econômicos
Figura 6.14 Trincamento devido à secagem do Figura 6.15 Trincamento devido à secagem do
SAFL - Grupo LA’. SAFL - Grupo LG’.
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
6.5.5 Panelas
As panelas são defeitos localizados, consequentes ao desaparecimento do reves-
timento e formação de uma depressão na base, com forma aproxi-
madamente circular, com diâmetro de até dezenas de centímetros.
Em geral, elas decorrem de deficiências da imprimadura, em pontos
alinhados ou isolados (defeitos de falhas
de bico na distribuição da imprimadura),
quando o material betuminoso não adere
convenientemente à base de SAFL.
As panelas podem, também, resultar de lamelas que se
desprendem, soltando a parte superior da
base junto com o revestimento ou, ainda,
ter sua origem nos defeitos apontados nos
itens anteriores. Elas evoluem aumentan-
do de diâmetro e causando umedecimento
prejudicial da base nas suas vizinhanças,
Figura 6.20 Panela típica em bases.
com consequentes deformações localiza-
das. Uma panela típica está ilustrada na
figura 6.20.
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Pavimentos Econômicos
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RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS E DE CONTROLE TECNOLÓGICO 6
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ESTUDO GEOTÉCNICO DE SOLO LATERÍTICO –
AGREGADO PARA BASE COM O USO DA MCT
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7.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE SOLO-AGREGADO
De uma maneira geral é frequente a ocorrência de SAFL que pode constituir-se
em jazidas para base de pavimentos. No entanto, mesmo em regiões
com ocorrências desse solo, seu uso para esse fim não é recomendá-
vel, nas situações:
1) Tráfego superior ao recomendado atualmente para esse tipo de
base, ou seja: Nt > 10 6 solicitações do eixo simples roda dupla
(ESRD) de 80 kN.
2) Ocorrências de SAFL próximas ao trecho, mas cujos solos não
atendem os requisitos para utilização em bases.
3) Em rodovias com greide que acompanha perfil montanhoso e
com curvas horizontais acentuadas, onde a aderência do revesti-
mento com a base imprimada é insuficiente para evitar seu escor-
regamento.
4) Por motivos econômicos:
n Ocorrências de materiais granulares para base, mais próximas
ao trecho do que jazidas adequadas de SAFL.
n Em região em que ocorrem jazidas de solos do tipo IV, as
quais exigem a execução da camada anticravamento, resultan-
do numa base mais onerosa que a de solo agregado.
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ESTUDO DE SOLO L ATERÍTICO - AGREGADO COM A MCT 7
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A figura 7.2 ilustra um canteiro de obra com solo laterítico (LG’) e pedregulho
lavado de rio, que serão misturados para uso em base. A figura 7.3
mostra o solo laterítico LA’ e pedra britada, sendo misturados com
pá carregadeira, para obtenção do material para base de SLAD.
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ESTUDO DE SOLO L ATERÍTICO - AGREGADO COM A MCT 7
Figura 7.2 Solo Laterítico (LG’) sendo misturado com Figura 7.3 Aspecto do Solo Laterítico (LA’) misturado
Pedregulho de rio. com brita.
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Pavimentos Econômicos
Figura 7.5 Foto e croqui do aspecto da base de solo laterítico-agregado (brita) de granulometria
descontínua (SLAD).
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ESTUDO DE SOLO L ATERÍTICO - AGREGADO COM A MCT 7
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Pavimentos Econômicos
Tabela 7.2 FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE SOLO LATERÍTICO -AGREGADO PARA BASE GRANULAR.
cia que não se enquadre em nenhuma das faixas (nem entre faixas),
mas cujos finos sejam lateríticos, ainda poderá ser utilizada como
jazida, desde que atenda a todas as exigências da fase básica. No
entanto, é baixa a probabilidade de que isto ocorra.
Caso a granulometria se enquadre e haja mais que uma ocorrência
a estudar, deve-se proceder à sua hierarquização com base nos requi-
sitos do fluxograma da figura 7.6.
Essas condições indicam uma maior resistência mecânica da base pela
presença de elevada porcentagem de grãos graúdos resistentes, além
de apresentarem uma porcentagem adequada de finos lateríticos que
dará coesão para a mesma e, consequentemente, com baixíssima
permeabilidade, o que é extremamente vantajoso para seu compor-
tamento nas condições ambientais prevalecentes no país.
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ESTUDO DE SOLO L ATERÍTICO - AGREGADO COM A MCT 7
Figura 7.6 Fluxograma da Fase Preliminar do estudo geotécnico das ocorrências de materiais naturais.
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Pavimentos Econômicos
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Pavimentos Econômicos
Figura 7.8 Fluxograma da Fase Básica do estudo de ocorrências de materiais naturais e sua
qualificação para jazidas de base .
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Tendo como fundamento o exposto neste livro, podem-se tecer as seguintes
considerações:
1) A sistemática, do estudo tecnológico de SAFL e de misturas solo
laterítico-agregado para uso em base de pavimentos, baseada nos
ensaios convecionais, apresenta deficiências tais que sua adoção
não mais se justifica para as condições tropicais.
2) Para sua substituição, é preconizado o uso da Sistemática MCT
que apresenta resultados, teóricos e práticos, adequados para a
avaliação das propriedades tecnológicas das bases em questão e
compatíveis com o comportamento real das mesmas.
3) Os conceitos apresentados permitiram propor a elaboração da
Sistemática MCT e a apresentação de seus ensaios, para o estudo
das bases SAFL e de misturas de solo laterítico-agregado, tanto na
fase de projeto como na executiva.
4) A experiência adquirida em mais de 35 anos em projetos, constru-
ção e observação de pavimentos com os tipos de bases referidas,
possibilitou, aos autores, concluir que:
n Mesmo com o uso de materiais homologados pela MCT para
essas bases, o sucesso do seu comportamento está diretamente
ligado ao uso correto da técnica construtiva, do controle tecno-
lógico e da proteção das suas bordas, pelos acostamentos.
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Pavimentos Econômicos
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
197
CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA UTILIZAÇÃO DE BASES COM
PREDOMINÂNCIA DE SOLO FINO LATERÍTICO
ANEXO 1
198
Este Anexo apresenta, por meio de discussão de questões, os conceitos funda-
mentais para o uso de bases com predominância de solo fino laterí-
tico: SAFL, ALA e SLAD. Alerta-se para o fato de algumas questões
discutidas serem síntese de assuntos já tratados e outras envolverem
explicações que se repetem por tratarem de assuntos interligados.
ASSUNTOS ABORDADOS
Conforme os assuntos, as questões foram agrupadas nos blocos de 1 a 6, a saber:
1 Conceituação
1) Qual o Conceito de Pavimento Econômico?
2) Quais são os tipos de Base de Baixo Custo utilizadas em Pavi-
mentos Econômicos no Estado de São Paulo?
3) Conceitue os Solos Finos Lateríticos Arenosos e Argilosos.
4) Quais as Peculiaridades Mineralógicas e das Microfábricas dos
Solos Lateríticos e Saprolíticos?
5) Onde ocorrem os SAFL no Brasil?
6) Qual a Extensão das Rodovias e a Área das Vias Urbanas que
utilizam Pavimentos com Base de SAFL?
2 Campo de Aplicação
8) Para quais Tipos de Tráfego e Características Climáticas pode-
se usar Pavimentos com Base de SAFL, ALA ou SLAD?
9) Quando um SAFL é adequado para Base de Pavimentos?
3 Ocorrências de Jazidas
10) Quais as Peculiaridades das Ocorrências de SAFL para Bases?
11) Pode-se obter SAFL Artificial para uso em Bases?
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Pavimentos Econômicos
5 Comportamento Tecnológico
18) O que explica o Bom Comportamento das Bases de SAFL, ALA
e SLAD?
19) Quais as Experiências que mostram a Ação do Gradiente
Térmico e da Cura por Secagem da Base no Comportamento
do Pavimento?
20) Por que não se recomenda o uso de Critérios Tradicionais para
o Estudo das Bases com Predominância de Solo Fino Laterí-
tico?
21) Podem ser usados Solos Argilosos Finos Lateríticos (LG’) em
Bases de Pavimento Econômico?
22) Solos Arenosos pouco Coesivos, com elevados valores de CBR,
podem ser usados para Bases?
23) O Acostamento é essencial nos Pavimentos com Base de Baixo
Custo?
24) O que explica o Bom Comportamento dos Pavimentos com
Bases de SAFL e ALA revestidas com Tratamentos Superficiais?
25) Qual o Período de Vida da Base e o do seu Revestimento de
Tratamento Superficial, em Pavimentos Econômicos?
26) Como ocorre a Deterioração Estrutural da Base de SAFL?
27) Qual o Conceito, a Especificação e a Técnica Construtiva das
Bases de SLAD?
6 CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO
28) Quais os Principais Defeitos no Revestimento de Tratamento
Superficial dos Pavimentos Econômicos com Base de Baixo
Custo?
29) Qual o Procedimento Recomendado para Recuperação de
Pavimentos Econômicos com Elevado Nível de Deterioração?
200
ANEXO 1
1 Conceituação
1ª Questão: Qual o Conceito de Pavimento Econômico?
É o pavimento que:
t Utiliza base constítuida de materiais naturais ou misturados com
pequena porcentagem de agregado, cujos custos de execução são
substancialmente menores do que aqueles apurados nas bases
tradicionais, como: brita graduada, macadame hidráulico, solo-
cimento, etc.
t Utiliza revestimento betuminoso, tipo tratamento superficial
duplo ou triplo, com espessura máxima de 3 cm e, frequente-
mente, da ordem de 1,5 cm.
t Suporta um tráfego máximo do tipo médio, com Nt ≤10 6 solici-
tações do eixo simples padrão de 80 kN.
A figura A.1 exemplifica uma secção transversal típica de um pavimento
econômico rodoviário, sem escala e com medidas em m. Observe-se
que a imprimadura impermeabilizante, também deve ser executada
nas bordas da base e nos acostamentos, para evitar a infiltração de
água pelas laterais.
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Pavimentos Econômicos
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ANEXO 1
203
Pavimentos Econômicos
204
ANEXO 1
Figura A.3 Corte rodoviário, com camada laterítica sobrejacente a camadas saprolíticas
de origem sedimentar, com as correspondentes microfábricas.
Pela análise das microfábricas das duas camadas em consideração, pode-se notar
diferenças facilmente perceptíveis, mesmo por técnicos não especia-
lizados, a saber:
t Laterítica - os grãos são muito pequenos (da ordem de milioné-
simo de mm), constituídos externamente por óxidos e hidróxidos
de Fe e Al; além de serem pouco expansivos em contato com a
água funcionam, quando secos, como um cimento natural e se
coalescem, formando uma fábrica conhecida como “pipoca” ou
“esponja”. Quando classificado pela MCT, este solo pertence à
classe de comportamento Laterítico (Solos L).
t Saprolítica - são percebidos, nitidamente, grãos de areia e, preen-
chendo os vazios intergranulares, cristais em forma de folhas
associadas, o que dá um aspecto de bucho de vaca, corresponden-
te a um argilo-mineral da família das smectitas (ou da montmo-
rillonita), que se caracteriza pela sua elevada expansibilidade na
presença da água livre. Quando ensaiado pela sistemática MCT,
este solo pertence à classe de comportamento Não Laterítico
205
Pavimentos Econômicos
206
ANEXO 1
Figura A.5 Vicinais e cidades com pavimento de SAFL no Estado de São Paulo.
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Pavimentos Econômicos
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2 CAMPO DE APLICAÇÃO
8ª Questão: Para quais Tipos de Tráfego e Características
Climáticas pode-se usar Pavimentos com Bases de SAFL,
ALA ou SLAD?
Pela experiência atual tem-se:
t Tráfego: O tráfego preconizado para uso de pavimentos com as
bases referidas, abrange os tipos: muito leve, leve e médio, e deve
atender aos seguintes limites especificados:
208
ANEXO 1
3 Ocorrências de Jazidas
10ª Questão: Quais as Peculiaridades das Ocorrências de
SAFL para Bases?
As ocorrências que são aproveitáveis como jazidas de SAFL apresentam uma série
de peculiaridades que as tornam adequadas. As principais são:
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Pavimentos Econômicos
210
ANEXO 1
Coeficiente c’
211
Pavimentos Econômicos
212
ANEXO 1
Figura A.8 Aspecto de uma jazida de SAFL do Tipo I – Figura A.9 Aspecto de uma jazida de SAFL do Tipo IV –
Argilosa (LG’). Arenosa (LA).
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Pavimentos Econômicos
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ANEXO 1
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Pavimentos Econômicos
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ANEXO 1
217
Pavimentos Econômicos
Figura A.11 Araraquara a G. Peixoto - SP. Figura A.12 Via urbana em Araraquara - SP.
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ANEXO 1
5 Comportamento Tecnológico
18ª Questão: O que explica o Bom Comportamento das
Bases de SAFL, ALA e SLAD?
Em meados de 1972, no início do uso das bases referidas, revestidas com
tratamentos asfálticos superficiais duplos ou triplos esbeltos (1 a 3
cm), a maior preocupação dos responsáveis pela sua construção era
a possibilidade de que, durante o período chuvoso, elas apresentas-
sem defeitos, em especial, a ocorrência do amolecimento de toda a
estrutura da base, o que causaria sua ruptura.
O tempo mostrou que tal preocupação era irreal, pois os defeitos esperados
não ocorreram. Os pavimentos tiveram um comportamento excep-
cional, além do esperado, tendo alguns ultrapassado 30 anos de
bom desempenho. Os principais fatores que contribuíram para isso
foram:
t Características Mecânicas e Hídricas das Bases de SAFL.
t Projeto e Técnica Construtiva Específicos de pavimentos com
bases de SAFL, que permitem aproveitar as Peculiaridades do
Ambiente Tropical Úmido.
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Pavimentos Econômicos
220
ANEXO 1
Figura A.14 Fatores que alteram a umidade de equilíbrio em bases com predominância de
Solo Fino Laterítico.
221
Pavimentos Econômicos
222
ANEXO 1
Figura A.15 Pavimento projetado por Villibor, 1982: segmento experimental no trecho
Santa Lúcia - Rincão - SP, estruturas com e sem impermeabilização da sub-base e reforço.
t Diagnóstico do comportamento
Após um ano de tráfego, incluindo um período chuvoso, quase todo o segmento
experimental apresentou uma série de defeitos: deformações excessi-
vas (afundamentos), trincamentos nas rodeiras e rupturas em diver-
sas áreas.
Isto ocorre, pois, com as chuvas, a água infiltra e permanece na base, pela falta
de ação do gradiente térmico. Essa água livre penetra na interface das
“placas” (plano horizontais e inclinadas) da estrutura da base, gera-
das pela compactação durante a execução. Seu efeito é a diminuição
drástica do atrito entre as placas, o que possibilita uma movimenta-
223
Pavimentos Econômicos
ção delas, pela ação cisalhante das cargas, resultando na ruptura (da
base), caracterizada pelo afundamento das rodeiras e soerguimento
da parte central da pista. Este fenônemo é ilustrado pelas figuras A.16
e A.17, obtidas em uma vala de inspeção aberta em área com ruptura,
que mostram as camadas inferiores impermeabilizadas nesse expe-
rimento e, também, a sub-base e o reforço nivelados e em perfeitas
condições.
Figura A.16 Detalhe da inclinação do plano de Figura A.17 Aspecto da vala com base
ruptura da base. rompida e sub-base perfeita.
224
ANEXO 1
Figura A.18 Fase da imprimação com geotêxtil. Figura A.19 Inicio do reflexo das trincas da base
(6 meses).
t Diagnóstico do comportamento
Passados seis meses, teve início o aparecimento de reflexos de placas no revestimento;
após 1 ano, todo o segmento mostrava “blocos” delineados pela
penetração do “geotêxtil” e do tratamento, nas trincas de contração
da base geradas pela sua secagem devido ao fenônemo do gradiente
térmico. Este experimento mostra a importância de deixar trincar a
base, antes de executar seu revestimento, ou seja, a importância da
sua “cura por secagem”. As figuras A.20 e A.21 ilustram o padrão de
contração da base, refletido na camada de rolamento.
Figura A.20 Evolução do trincamento da Figura A.21 Aspecto da placa com as bordas
base, refletida no revestimento, após um ano afundadas e não trincadas pela presença do
de tráfego. geotêxtil.
t Conclusão
Pelo exposto, podem-se resumir os benefícios, a saber:
n Nunca se deve executar imprimadura impermeabilizante sobre
sub-bases e/ ou reforço do subleito, pois o pavimento, muito
provavelmente, apresentará problemas estruturais. Ainda, esse
procedimento errôneo, não permitirá usufruir os benefícios do
gradiente térmico no comportamento dos pavimentos.
n É obrigatório efetuar a cura da base, por secagem ao ar (aumen-
225
Pavimentos Econômicos
226
ANEXO 1
227
Pavimentos Econômicos
228
ANEXO 1
229
Pavimentos Econômicos
Figura A.24 Segmento sem acostamento e com drenagem Figura A.25 Segmento com acostamento e boa
deficiente. drenagem.
230
ANEXO 1
231
Pavimentos Econômicos
Figura A.26 Base de SAFL em processo de Figura A.27 Trincamento de uma base curada de
trincamento por “cura ao ar”. SAFL sem revestimento, em um pátio.
232
ANEXO 1
233
Pavimentos Econômicos
Figura A.28 Revestimento com ligante oxidado e Figura A.29 Revestimento com ligante oxidado, trincado
desprendimento de agregados da penetração dupla. e desprendimento de agregados da tripla penetração, após
15 anos de uso.
234
ANEXO 1
235
Pavimentos Econômicos
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ANEXO 1
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Pavimentos Econômicos
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ANEXO 1
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Pavimentos Econômicos
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ANEXO 1
241
Pavimentos Econômicos
6 Conservação e Recuperação
28ª Questão: Quais os Principais Defeitos no Revestimento
de Tratamento Superficial dos Pavimentos Econômicos com
Base de Baixo Custo?
Aqui serão enfocados os principais defeitos que ocorrem no revestimento, prove-
nientes de três fatores: desgastes, exsudações e superposição (ou enca-
valamento) dos agregados, indicando as causas, a evolução e os servi-
ços de conservação necessários.
a] Desgastes
Podem ocorrer, entre outras causas, devido a:
t Fragilidade do agregado: muitos agregados são frágeis e, quando
utilizados, já na execução pode acontecer a quebra dos seus grãos.
Os grãos quebrados se soltam da estrutura em quantidades maio-
res ou menores (conforme o nível de fragilidade do agregado),
causando desgaste prematuro no revestimento.
t Falta de adesividade entre agregado e ligante: a ocorrência de
excesso de pó ou água, sobre os agregados durante a execução,
cria uma película que os isola e impede sua aderência ao ligante;
isso causa, prematuramente, o desprendimento deles.
t Falha de bico, ou penteadura: o entupimento de alguns bicos
do espargidor, ou o lançamento não homogêneo do ligante entre
os diversos bicos devido a uma falha na regulagem da bomba
distribuidora, resulta numa redução da taxa de ligante em algu-
mas trilhas longitudinais do revestimento. Isso provoca, num
curto espaço de tempo, o desprendimento do agregado dessas
trilhas, carcterizando o defeito conhecido como falha de bico.
t Oxidação do ligante: essa oxidação pode ocorrer, prematuramen-
242
ANEXO 1
243
Pavimentos Econômicos
244
ANEXO 1
n Tapa-buracos.
n Rupturas localizadas.
n Restauração da borda (erosões e ruptura).
n Correções de drenagem na pista, em locais onde ocorrem
empoçamentos de água.
t Fase Inicial
Como consequência do desgaste muito intenso do revestimento, das panelas e
dos remendos, a irregularidade superficial do trecho era acentuada o
que exige uma camada de regularização precedida de uma impri-
madura ligante.
Essa deve ser de CAUQ, rica em asfalto e com granulometria da faixa D do anexo
I da seção 3.13 do Manual de Normas e Pavimentação do DER-SP
(1991); sua espessura é variável em função das irregularidades, mas
com o mínimo de 1,0 cm nos picos da seção transversal do pavi-
mento.
Essa camada deverá:
1) Ter flexibilidade para se acomodar às irregularidades, além
de preencher e / ou selar as trincas da superfície do pavi-
mento deteriorado, com coesão suficiente para não se soltar.
2) Tornar a interface do pavimento antigo e do recapeamento
menos porosa e mais impermeável.
245
Pavimentos Econômicos
t Fase Intermediária
Submeter a camada de revestimento ao tráfego da rodovia, por um período de
pelo menos 30 dias. Esse é o melhor teste (prova de carga) que pode
ser efetuado com o pavimento. Devido à pequena espessura da regu-
larização, eventuais pontos frágeis serão revelados com a ação do
tráfego. Também é indicada, nessa fase, uma campanha de ensaios
com viga Benkelman para confirmar a qualidade estrutural do pavi-
mento, quanto à deformação, definindo-se um valor para Dmáx < 80
1/100 mm, para Nt < 5 x 106 solicitações do eixo padrão.
t Fase Final
Atendidos os requisitos da fase intermediária executar uma camada de rolamento
com CAUQ com faixa granulométrica C do anexo I da seção 3.13 do
Manual de Normas Pavimentação do DER-SP, já referido, com espes-
sura entre 2,5 e 3,0 cm.
As figuras A.38 e A.39 mostram o trecho da figura A.37, após a conclusão dos serviços
de recuperação. Na figura A.38 observa-se na borda do pavimento
recuperado: a superfície do pavimento original, a camada interme-
diária de regularização com massa fina de CAUQ e a camada final de
revestimento com CAUQ.
246
ANEXO 1
Figura A.38 Pavimento original, camada de Figura A.39 Aspecto do trecho recuperado da SP-255 /
regularização e final e revestimento final. cabaceiras / SP-318.
Além do exposto, sugere-se a leitura de Villibor et al (2005), que trata desse assunto.
247
MÉTODOS DE ENSAIO DA SISTEMÁTICA MCT
ANEXO 2
248
Neste Anexo foi alterada a forma de redação dos ensaios propostos na Tese
de Doutoramento de Villibor (1981), visando proporcionar uma
melhor idéia dos seus objetivos; também, foram introduzidos os
ensaios classificatórios (M5, M8) e inseridos detalhes executivos
que interessam, sobretudo, aos técnicos responsáveis pela execução
dos ensaios. Isto resultou nos “Métodos de Ensaios da Sistemática
MCT” apresentados a seguir, cujo mentor e parceiro de Villibor no
seu desenvolvimento, foi Nogami.
249
Pavimentos Econômicos
250
ANEXO 2
Figura A.1
Compactador
miniatura
1.2.4 Soquetes
De tipo leve e pesado, com pés circulares de 49,8 mm, respectivamente com
massas de 2.270 g e 4.500 g; altura de queda 30,0 cm.
1.2.5 Espaçadores
De meia cana, altura de 70,0 mm e raio interno de 50,0 mm.
1.2.6 Dispositivo de medida
Da altura dos cp compactados, dentro de moldes, provido de extensômetro de
0,01 mm de leitura direta, conta giros e curso de, no mínimo, 10 mm
(necessário quando não se dispõe dos dispositivos 1.2.2 a).
1.2.7 Assentador cilíndrico
Com 49,0 mm de diâmetro, comprimento de cerca de 90,0 mm, de preferência
de madeira dura ou PVC rígido.
1.2.8 Bastão
De bambu ou de meia cana de plástico rígido, com 25,0 mm nominais, para
socar o solo solto introduzido no molde.
1.2.9 Funil
De folha metálica ou de plástico, com ângulo de aproximadamente 30º, para
introdução da alíquota de solo no cilindro de compactação.
251
Pavimentos Econômicos
252
ANEXO 2
253
Pavimentos Econômicos
254
ANEXO 2
255
Pavimentos Econômicos
256
ANEXO 2
2.7 Variantes
Diversas variantes são possíveis, das quais se destacam:
1) Sob lâmina d’água: útil nas áreas sujeitas a enchentes.
2) Com sobrecarga maior: para reproduzir os efeitos das espessas
camadas sobrejacentes.
3) Penetração dinâmica: para determinações expeditas tanto em
laboratório como no campo (vide determinação do Mini-CBR no
campo).
257
Pavimentos Econômicos
3.3.2 Montagem
Colocar uma pedra porosa no centro da base do dispositivo de medida da
Contração e, sobre ela, colocar o corpo de prova. Sobre o topo do
corpo de prova, colocar uma pedra porosa apropriada (subitem 3.2.c)
258
ANEXO 2
ar e exposições ao sol.
3.3.3 Leituras
A leitura inicial (Li) do extensômetro (em centésimos de Figura A.2 Esquema de montagem para o ensaio
mm) deve ser feita o quanto antes, porquan- de Contração
to certos corpos de prova começam a contrair
logo após sua retirada do molde. Efetuar a
segunda leitura antes de completar uma hora. Observar que, nos
extensômetros sem mola, é necessário apertar com os dedos, leve-
mente, a sua haste de medida.
Efetuar leituras de hora em hora; após algumas horas, o espaçamento das
leituras pode ser aumentado, podendo fazer coincidir com o perí-
odo noturno. Geralmente, no dia seguinte, isto é, após cerca de 14
horas, os corpos de prova atingem uma variação constante perió-
dica, considerada como a leitura final (Lf) do extensômetro (em
centésimos de mm).
onde:
Ct = Contração axial.
Li e Lf = valores [mm] obtidos no subitem 3.3.3.
Lo = comprimento inicial [mm] do corpo de prova.
259
Pavimentos Econômicos
260
ANEXO 2
Figura A.3 Esquema de montagem para o ensaio de Infiltrabilidade.
261
Pavimentos Econômicos
Graduação [mm]
Bureta com origem no 4.3 Corpos de Prova
bico tubular do
recipiente basal Obtê-los segundo o procedimento Mini-
(nível zero) Proctor, conforme o item 1.3, e de maneira
que os corpos de prova estejam devidamen-
Tubo flexível
Torneira (opcional) te deslocados para uma das extremidades do
molde da figura A.3.
Água Rolha de borracha
262
ANEXO 2
4.4.2 Leituras
Proceder à leitura Lo, no tubo horizontal, correspondente ao tempo t 0 .
Quando os corpos de prova estão no ramo seco da curva de compac-
tação, o deslocamento do menisco no tubo é muito rápido e a primei-
ra leitura dificilmente coincidirá com o zero da escala milimétrica.
Quando os corpos de prova estiverem no ramo úmido da curva de compactação,
o ajuste do zero do menisco, no tubo horizontal, pode ser feito
mediante retirada da água com seringa apropriada. Efetuar leituras
sucessivas dos pares Li e ti, em tempos proporcionais a t1/2 , por exem-
plo: 1, 4, 9, 16, 25,..., n² (n= 1,2,3....) minutos, ou próximo a esses
valores (geralmente n varia de 4 a 20).
Considerar terminado o ensaio quando o deslocamento do menisco no
tubo horizontal estabilizar, o que geralmente ocorre antes de 23
horas. Se não ocorrer a referida estabilização, deve haver um vaza-
mento no conjunto, o que invalida os resultados obtidos.
263
Pavimentos Econômicos
4.6.2 Permeabilidade
Representar as leituras Hi nas ordenadas, em escala logarítimica e o tempo
nas abscissas, em escala linear. Os valores deverão alinhar-se segundo
a reta, da qual se calcula o coeficiente de Permeabilidade.
264
ANEXO 2
4.7 Cálculos
4.7.1 Coeficiente de Sorção (ou Sortividade):
onde:
L1 e L 2 = são pontos da reta [cm] que passa pela origem (a que se refere o subi-
tem 4.6.1) e correspondentes aos tempos t1 e t 2, da mesma reta, expressos em
minutos.
St = seção interna média do tubo horizontal [cm 2].
Sp = seção do corpo de prova [cm 2].
onde:
a = altura inicial do corpo de prova [cm].
ta = tempo de ascensão [min].
onde:
a = altura do corpo de prova, geralmente 5,0cm.
Sb = seção interna média da bureta [cm 2].
Sp = seção do corpo de prova [cm 2].
H1= nível do menisco, correspondente ao tempo t1 [mm].
H2 = nível do menisco, correspondente ao tempo t 2 [mm].
t = t 2 — t1 [min].
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Pavimentos Econômicos
266
ANEXO 2
267
Pavimentos Econômicos
268
ANEXO 2
Além disso, unindo os valores das MEAS correspondentes aos corpos de prova
quando atingiram o patamar (o que corresponde, também, ao estado
final dos corpos de prova), obtém-se uma linha das Massas Específicas
Aparentes Secas finais (MEASf), de tendência retilínea, geralmente
paralela à linha do máximo grau de saturação atingido pelos corpos
de prova.
Convencionou-se chamar coeficiente d’ a inclinação da parte retilínea do
ramo seco da curva de compactação correspondente a 12 golpes,
quando se utiliza a Série de Parsons.
269
Pavimentos Econômicos
270
ANEXO 2
similares, das quais pode-se obter o coeficiente c’, e o solo será clas-
sificado como NA.
Prosseguir com a compactação da alíquota imediatamente mais seca, dando
3, 10, 20, 30, 40, 60, 80... n golpes, até verificar a condição de dife-
rença menor que 0,2 mm, efetuando, sempre que atingir o patamar,
a determinação da sua altura e o seu Mini-MCV. Se essa altura for
maior do que 48mm, podem-se compactar os corpos de prova, que
deram Mini-MCV acima de 12, com apenas 10 (ou 10 e 20 nos solos
arenosos) golpes. Outra série de golpes pode ser usada e, nesses casos,
o valor que caracteriza o patamar deve ser obtido dividindo a defor-
mação pelo número de golpes, que deverá ser inferior a 0,01 mm/
golpe.
Entretanto, se essa altura for inferior a 48 mm, há necessidade de prosseguir
a compactação (de corpos de prova com menor umidade) até conse-
guir uma curva de deformabilidade tal que dê um Mini-MCV igual ou
maior do que 15, que corresponde, aproximadamente, a 30 golpes.
271
Pavimentos Econômicos
arenosos, podem dar uma curva convexa, tendendo a uma reta. Isto
pode ser decisivo no reconhecimento de solos de comportamento
muito próximo do limite laterítico/não laterítico.
272
ANEXO 2
7.3 Procedimento
t Aplainar a área onde se quer determinar o Mini-CBR, ou escolher
uma superfície plana preexistente.
t Apoiar, cuidadosamente, a ponta do penetrômetro (figura A.6)
sobre a superfície que se pretende ensaiar. Se necessário, nivelar
o conjunto variando a altura de um dos pés.
t Efetuar a leitura inicial Li.
t Aplicar um golpe do soquete e, em seguida, efetuar a leitura Lf.
t Utilizar a seguinte fórmula de correlação, ou tabelas, ou gráficos
derivados dela:
log (Mini-CBRd) = 2,28 − 1,5 log (Li-Lf)
onde: Mini-CBRd = Mini-CBR obtido pelo procedimento dinâ-
mico.
t Efetuar, pelo menos, mais 3 determinações num raio de cerca
de 10 cm da primeira, adotando-se a média. Dependendo dos
273
Pavimentos Econômicos
274
ANEXO 2
onde:
275
Pavimentos Econômicos
276
ANEXO 2
onde:
e’ = índice de laterização.
Pi = perda de massa por imersão, obtida segundo o método M8, em [%].
d’ = inclinação do ramo seco da curva de compactação MCV obtida conforme
acima.
Nesta fórmula e no Gráfico Classificatório, os valores numéricos foram obtidos
considerando, como modelo de comportamento laterítico, os solos
classificados pedologicamente como latossol roxo e latossol verme-
277
Pavimentos Econômicos
278
ANEXO 2
ou rigidez das pastas, etc, podem, para certos solos, permitir uma
classificação aproximada dos grupos MCT a que pertence o solo.
Vários procedimentos estão em fase de pesquisas.
Para maiores esclarecimentos sobre os métodos dos ensaios da MCT apresentados,
os autores sugerem a consulta aos métodos oficiais do DER-SP e do
DNIT, disponíveis em seus manuais de ensaio.
279
Pavimentos Econômicos
Tabela A.3 DADOS DE ENSAIOS DOS CP1, CP2, CP3 E CP4 PARA OBTENÇÃO DAS CURVAS DE
DEFORMABILIDADE.
280
ANEXO 2
281
Pavimentos Econômicos
Cálculo da MEAS:
onde:
Mh e Ms = massa específica úmida e seca respectiva-
mente.
Hc = teor de umidade de compactação.
Para os outros valores das MEAS da tabela A.6, o procedimento de cálculo é idêntico.
b] Curva MEAS versus Hc e obtenção do d’
Com os valores da tabela A.6 e para os números de golpes n = 10 e 20,
Tabela A.6 OBTENÇÃO DOS VALORES DA MEAS PARA O TRAÇADO DAS CURVAS
DA MEAS VERSUS HC.
282
ANEXO 2
283
Pavimentos Econômicos
onde:
Pi = Perda de massa por imersão.
Md = Massa seca desprendida [g].
Me = Massa seca extrudada = 1,0 cm x área do cp x MEAS.
Fc = Fator de correção = 1, no caso desse exemplo.
284
ANEXO 2
n C á l c u l o d o
valor de Pi
Substituindo os valores de Md e Me na expressão, tem-se:
285
Pavimentos Econômicos
O valor desse índice indica o comportamento laterítico, ou não, do solo (subitem 3.2.9).
286
ANEXO 2
c] Classificação MCT
Plota r os va lores ac i ma no g rá f ico classi f icatór io da f ig u ra A .12,
para obter a classificação do solo.
Pela posição no gráfico classificatório da MCT, o solo S pertence:
t A classe L: Solo de comportamento. laterítico.
t Ao grupo LA’: Solo Laterítico arenoso.
Para esse solo, a estimativa de suas propriedades, com seus valores numéricos, e
sua utilização em rodovias acham-se indicadas nas tabelas 3.4 e 3.5
do subitem 3.2.9.
287
288
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Pavimentos Econômicos
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