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A origem da língua Portuguesa

A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a influência
árabe e das tribos que viviam na região.
Sua origem está altamente conectada a outra língua (o galego), mas, o português é uma língua própria e
independente.
Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis, ela
ainda tem sua identidade única, sem a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão difundida como
agora é o inglês.
No oeste da Península Ibérica, na Europa Ocidental, encontram-se Portugal e Espanha.
Ambos eram domínio do Império Romano a mais de 2000 anos, e estes conquistadores falavam latim,
uma língua que eles impuseram aos conquistados. Mas não o latim culto usado pelas pessoas cultas de
Roma e escrito pelos poetas e magistrados, mas o popular latim vulgar, falado pela população em geral.
Isto aconteceu porque a população local entrou em contato com soldados e outras pessoas incultas, não
magistrados.
Logicamente não podemos simplesmente desprezar a influência linguística dos conquistados.
Estes dialetos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua.
Também devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitas termos nestes romanços até a
Reconquista. Este processo formou vários dialetos, denominados cada um deles genericamente de
romanço (do latim romanice, "falar à maneira dos romanos").
Quando o Império Romano caiu no século V este processo se intensificou e vários dialetos foram se
formando. No caso específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-
português (falado na faixa ocidental da península).
Foi este último que gerou o português e o galego (mais tarde uma língua falada apenas na região de
Galiza, na Espanha). O galego-português existiu apenas durante os séculos XII, XIII e XIV, na Camões, o
português uniformiza-se e adquiri as características atuais da língua.
Em 1536 Fernão de Oliveira publicou a primeira Gramática da Linguagem Portuguesa, consolidando-a
definitivamente.

Signo linguístico
O signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o
significante.
Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses sons
se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real
imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo cachorro.
Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos,
olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo cachorro e também se
encontra armazenado em nossa memória.
Ao empregar os signos que formam a nossa língua, devemos obedecer às regras gramaticais
convencionadas pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo indefinido um
diante do signo cachorro, formando a sequência um cachorro, o mesmo não seria possível se
quiséssemos colocar o artigo uma diante do signo cachorro.
A sequência uma cachorro contraria uma regra de concordância da língua portuguesa, o que faz com que
essa sentença seja rejeitada. Os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de
organização. O conhecimento de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos, como também
o uso adequado de suas regras combinatórias.
Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras gramaticais.
Signo: elemento representativo que possui duas partes indissolúveis: significado e significante.
Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e
compreensão.

Variedades Linguísticas
Variedades linguísticas são as diferentes maneiras de se expressar em uma mesma língua – falada ou
escrita – pelos usuários de um mesmo idioma.
Isso quer dizer que o modo de falar dos usuários da língua portuguesa não é absoluto, idêntico para todos,
mas admite alterações expressivas, regionais, socioeconômicas, culturais, profissionais ou etárias.
Conhecer as variedades linguísticas é importante tanto para melhor usar a língua - de acordo com suas
necessidades -, quanto para entender e respeitar os diferentes falares.
Ao final deste curso, você terá a oportunidade de compreender a diversidade da língua, de acordo com a
situação comunicativa ou o meio onde ela é utilizada.

O nível
Linguagem coloquial: A linguagem coloquial ou informal é aquela em que os falantes expressam-se de
forma mais descontraída e em que há uma preocupação menor com as regras e com as palavras do
discurso.
A linguagem informal não é incorreta, motivo pelo qual ela não pode ser caracterizada como inculta, afinal,
qualquer pessoa a usa num ambiente descontraído.
No entanto, a descontração pode dar abertura a algumas transgressões gramaticais, de onde podem
surgir as variantes linguísticas e, em alguns casos, até pode surgir a linguagem vulgar.
Frases em linguagem coloquial
Acho que a gente tem que começar por aqui.
Tava super derrubado hoje.
Alô, posso falar com a Ana?
Cala a boca.
Linguagem culta: A linguagem culta ou formal é aquela em que as pessoas falam de acordo com as
regras gramaticais. Também chamada de norma padrão, nela se escolhe com mais cuidado o vocabulário
utilizado na comunicação.
É a linguagem usada na escrita e que aprendemos na escola.
Não precisamos ir muito longe para entender o conceito. Basta não concordarmos sujeito com verbo e já
temos aí uma transgressão gramatical, por exemplo: “A gente avisamos para ele se afastar.”.
Frases em linguagem culta
Considero viável começar por este projeto.
Estava muito abatido hoje.
Poderia falar com o departamento de compras, por favor?
Tenho comigo o resultado dos exames.
Linguagem padrão: A língua padrão, que na sociolinguística anglófona se denomina standard language,
é a variedade culta formal do idioma. Há quem tome o termo norma culta, indevidamente, como sinônimo
de língua padrão. Ocorre que a língua culta, isto é, a das pessoas com nível elevado de instrução, pode
ser formal ou informal. A língua padrão é a culta, sim, mas limitada à sua vertente formal. É, pois,
necessário distinguir os dois conceitos.

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