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RESUMO: Nas regiões semi-áridas a salinização e a sodificação dos solos têm proporcionado severas restrições às
explorações agrícolas, principalmente nos perímetros irrigados do Nordeste, resultando em impactos sócio-econômico-
ambientais negativos. A presente pesquisa teve como objetivo estudar o efeito do ácido sulfúrico e do gesso no
crescimento de espécies arbóreas cultivadas em solo degradado por sais. O experimento foi conduzido em casa-de-
vegetação do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da UFCG. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com
os tratamentos em um arranjo fatorial 4 x 6, onde foram combinados quatro tratamentos referentes a correção do solo
(não salino, solo salino-sódico, solo salino-sódico com ácido sulfúrico e solo salino-sódico com gesso) com seis
espécies vegetais arbóreas [(moringa (Moringa oleifera), algaroba (Prosopis julifora), sabiá (Mimosa
caelsalpiniaefolia), jucá (Caesalpinia ferrea), leucena (Leucaena leucocephala), tamboril (Enterolobium
contortisiliquum)] com três repetições totalizando 72 vasos de 2,5 L. As amostras de solo foram coletadas no Perímetro
Irrigado de São Gonçalo-PB, na profundidade 0-40 cm. Após seco e peneirado o solo foi colocado em vasos com os
respectivos tratamentos. Após quinze dias de incubação, o solo foi lavado e posteriormente realizado a semeadura
diretamente nos vasos. A adição de ácido sulfúrico ou gesso ao solo salino sódico proporcionou um maior crescimento e
uma maior produção de matéria seca da parte aérea das espécies avaliadas, especialmente para a algaroba, o tamboril e a
moringa, em relação ao solo salino sem corretivo.
Palabras clave: recuperación de los suelos, la salinidad, los árboles, yeso agrícola.
Revista Verde (Mossoró – RN – Brasil) v.5, n.3, p.179 – 187 julho/setembro de 2010
http://revista.gvaa.com.br
REVISTA VERDE DE AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
GRUPO VERDE DE AGRICULTURA ALTERNATIVA (GVAA) ISSN 1981-8203
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franco-arenosa. Para o estabelecimento de tratamentos salino (Tabela 1), coletado em área não salinizada,
testemunha, foram empregadas amostras de um solo não adjacente ao solo salino-sódico..
O experimento foi conduzido em delineamento das plantas rente ao solo, as quais foram acondicionadas
inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 6, em sacos de papel, secas em estufa com ventilação
sendo quatro tratamentos referentes ao emprego de forçada a 65°C para a obtenção da produção de matéria
corretivos nos solos (solo não salino, solo salino-sódico, seca da parte aérea. Dividindo-se a altura de planta ou
solo salino-sódico com ácido sulfúrico e solo salino- matéria seca da parte aérea produzida nos tratamentos
sódico com gesso) e seis tratamentos referentes às com solo salino-sódico pela altura ou matéria seca da
espécies arbóreas moringa (Moringa oleifera), algaroba parte aérea obtida nos tratamentos com solo não salino,
(Prosopis julifora), sabiá (Mimosa caelsalpiniaefolia), obtiveram-se a altura relativa (AR) e a produção relativa
jucá (Caesalpinia ferrea), leucena (Leucaena (PR) de matéria seca da parte aérea das plantas,
leucocephala) e tamboril (Enterolobium contortisiliquum), respectivamente. Assim tratamentos referentes ao solo não
com três repetições, totalizando 72 vasos com 2,5 L de salino tiveram AR e PR sempre 100%.
solo. As variáveis foram avaliadas mediante análise de
O gesso empregado foi obtido de uma amostra do variância e teste de Tukey, quando pertinente, ao nível de
mineral moído (gipsita) extraído no município de Sousa- 5% de significância.
PB. Sua composição média é 19% de sulfato e 12% de
cálcio solúvel em água. A dose de gesso aplicada (6,2 g
kg-1) foi calculada através de equilíbrio químico, como RESULTADOS E DISCUSSÃO
sugere RICHARDS (1954). Esse produto, após ser
peneirado em malha de 1,0 mm de abertura, para O Crescimento das espécies arbóreas durante o
uniformizar a granulometria, foi incorporado e período experimental foi afetado pelos tratamentos de
homogeneizado aos 2,5 L de solo contidos em cada vaso. correção do solo (Figura 1). Para todas as espécies, as
Para o H2SO4, empregou-se produto analítico (p.a) plantas cultivadas em solo salino-sódico com emprego de
concentrado cuja dose (2,1 mL kg-1 solo) foi calculada gesso ou ácido sulfúrico, apresentaram sempre o maior
com base na dose de gesso, objetivando fornecer a mesma crescimento em altura em relação ao solo sem a aplicação
quantidade de enxofre fornecida pelo gesso. O ácido dos corretivos, embora em geral, menor em relação ao
depois de diluído em água destilada foi incorporado a todo solo não salino.
o volume de solo contido nos vasos. Entre os corretivos, a adição de ácido sulfúrico ao solo
Após a aplicação dos corretivos os solos foram salinizado proporcionou, à exceção do tamboril e da
mantidos por 15 dias com umidade correspondente a 70% algaroba, crescimento das plantas, semelhante ao
da capacidade de campo. A fase seguinte correspondeu a observado no solo não salino, sendo, portanto, mais
lavagem do solo, aplicando-se um volume de água eficiente que o gesso. AMEZKETA et al. (2005)
equivalente a duas vezes a porosidade total do solo. observaram que o ácido sulfúrico foi um melhor corretivo
Foram semeadas seis sementes por vaso e após oito de solo salino-sódico em relação ao gesso,
dias da germinação foi efetuado o desbaste, mantendo-se proporcionando uma maior redução da condutividade
três plantas em cada vaso. elétrica e dos teores de sódio trocáveis e prevenção do
Durante um período de 35 dias foram efetuadas encrostamento da superfície do solo.
medições semanais da altura e diâmetro das plantas.
Transcorrido esse período, foram cortadas a parte aérea
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Não salino
Moringa Salino-Sódico
Salino-Sódico +ácido Algaroba
40 Salino-Sódico +gesso 40
35 35
30 30
Altura (cm)
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
7 14 21 28 35 7 14 21 28 35
Tamboril
Jucá
40 40
35 35
30 30
Altura (cm)
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
7 14 21 28 35 7 14 21 28 35
Leucena Sabiá
20 20
15 15
Altura (cm)
10 10
5 5
0 0
7 14 21 28 35 7 14 21 28 35
Dias após o desbaste Dias após o desbaste
Figura 1. Altura das plantas de moringa, algaroba, tamboril, jucá, leucena e sabiá em função dos dias após o desbaste
nos diversos tratamentos de correção do solo.
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A aplicação de gesso aos solos salinizados seguida da Avaliando-se o efeito dos tratamentos sobre o
aplicação de uma lâmina de lixiviação, em geral crescimento das plantas na quinta semana do experimento,
proporciona alterações nos seus atributos químicos constata-se resultado semelhante ao discutido
favoráveis ao crescimento vegetal (SANTOS, 1995; anteriormente, ou seja, a adição de gesso e ácido sulfúrico
VITAL et al., 2005). Essas alterações envolvem em geral, ao solo salino-sódico em geral, proporcionaram um maior
diminuição da condutividade elétrica da solução do solo e crescimento a todas as espécies vetais, quando comparado
dos teores de sódio trocável o qual é substituído pelo com o solo salino-sódico sem a aplicação de corretivo
cálcio no complexo sortivo (ILYAS et al., 1997; LEITE et (Tabela 2). Embora não significativo, o ácido sulfúrico
al., 2007). Com relação ao ácido sulfúrico. A substituição tendeu proporcionar um maior crescimento das espécies
do sódio, a dos ânions carbonatos e bicarbonatos e a em relação ao gesso. Entre as espécies vegetais, a algaroba
redução provocada no pH do solo, podem ser a causa e o tamboril parecem ser mais tolerantes à salinidade, uma
direta e, ou, indireta, desse aumento no crescimento vez que seu crescimento foi menos afetado pelo solo
vegetal (COSTA SILVA et al. 1997; SANTOS & salino-sódico sem corretivo, em relação às demais
TERTULIANO, 1998). espécies (Tabela 2).
Tabela 2. Altura das plantas na quinta semana em função dos tratamentos de correção do solo e espécies vegetais.
Espécies vegetais
Correção do solo Moringa Algaroba Tamboril Jucá Sabiá Leucena
------------------------------------- cm -------------------------------------
Não salino 21,5 a* 32,6 a 36,2 a 28,9 a 17,4 a 17,7 a
Salino-Sódico 12,1b 23,1b 22,5 b 10,4 c 2,3 c 10,2 b
Salino-Sódico + H2SO4 23,9 a 26,9 ab 29,1 ab 21,9 ab 13,0 ab 18,2 a
Salino-Sódico + gesso 19,6 a 25,5 ab 30,6 a 16,1bc 9,0 bc 14,4 ab
*Médias seguidas de letras diferentes, nas colunas, diferem entre si (Tukey 5%).
A produção de material vegetal seco também foi ao solo não salino. Entre os corretivos, as espécies
influenciada pelos tratamentos referentes à correção do moringa, jucá e sabiá mostraram maior produção de
solo e às espécies vegetais avaliadas (Tabela 3). Como matéria seca vegetal quando o solo salino-sódico foi
observado para o crescimento em altura, à exceção da tratado com ácido sulfúrico. Por outro lado, as espécies
algaroba e do tamboril, a adição de gesso e ácido sulfúrico algaroba, tamboril e leucena apresentaram produção de
ao solo salino-sódico, proporcionaram uma maior material vegetal seco semelhante em ambos aos
produção de matéria seca da parte aérea nas plantas em corretivos.
relação ao solo não corrigido, embora menor em relação
Tabela 3. Massa de material vegetal seco das plantas em diferentes em função dos tratamentos de correção do solo e
espécies vegetais.
Espécies vegetais
Correção do solo Moringa Algaroba Tamboril Jucá Sabiá Leucena
------------------------------ g vaso-1 ---------------------------
Não salino 4,5 a* 9,3 a 8,1a 7,2 a 6,3a 9,9 a
Salino-sódico 0,6 a 4,2 b 2,1 b 0,21c 0,12 c 1,5 c
Salino-sódico + H2SO4 3,3 b 6,6 ab 4,5 b 3,3 b 3,9 ab 5,4 b
Salino-sódico + gesso 2,1 a 5,4 b 3,6 b 1,8 c 1,5 bc 5,7 b
*Médias seguidas de letras diferentes, nas colunas, diferem entre si (Tukey 5%).
Independentemente da espécie vegetal verifica-se que Resultados similares foram obtidos por FARIAS JUNIOR
a altura e a massa do material vegetal seco foram maiores et al. (2007) quando constataram que o gesso e o ácido
no solo não salino e que o uso dos corretivos ácido sulfúrico aumentaram a produção de matéria seca de
sulfúrico e gesso, apesar de não diferirem entre si, foram moringa e por HOLANDA et al. (2007) que verificaram
superiores ao solo salino-sódico sem correção (Tabela 4).
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maior crescimento em altura e diâmetro das espécies Nim, turco nos solos salinizados tratados com gesso.
Tabela 4. Altura e produção de material vegetal seco da parte aérea das plantas em função dos tratamentos de correção
do solo, independentemente da espécie vegetal.
Correção do solo Altura de planta Material vegetal seco
------- cm ------- --------- g vaso-1 --------
Não salino 25,7 a* 7,5 a
Salino-Sódico 13,4 c 1,4 c
Salino-sódico + H2SO4 22,2 b 4,5 b
Salino-sódico + gesso 19,2 b 3,4 b
*Médias seguidas de letras diferentes, nas colunas, diferem entre si (Tukey 5%).
Considerando a média das espécies, independente do maior quantidade de matéria seca do que a moringa
tipo de solo, aquelas que apresentaram maior crescimento (Tabela 4).
foram o tamboril e a algaroba. Observa-se que a espécie A velocidade de crescimento de uma determinada
tamboril demonstrou maior crescimento que a algaroba; espécie arbórea obviamente está condicionada também a
sabiá teve menor crescimento. A ordem de crescimento sua constituição genética. Contudo, é importante se
das espécies arbóreas foi a seguinte: tamboril > algaroba > conhecer quais espécies apresentam maior crescimento ou
jucá > moringa > leucena > sabiá. O maior crescimento velocidade de crescimento em condições de salinidade
em altura das plantas nem sempre correspondeu a maior (embora a média tenha incluído também o efeito do solo
produção de material vegetal seco. Assim, algaroba e não salino), uma vez que o rápido crescimento das
leucena apresentaram maior acúmulo de matéria seca em espécies é uma característica desejável em programas de
comparação ao tamboril que teve maior crescimento. A recuperação de áreas degradas por sais.
espécie sabiá teve menor crescimento, mas apresentou
Tabela 4. Altura e produção de material vegetal seco da parte aérea das plantas em função dos das espécies vegetais,
independentemente dos tratamentos de correção do solo.
Quanto ao crescimento relativo em altura (AR), à apresentaram o maior e o menor valor dessa variável
exceção da moringa e da leucena no solo salino-sódico foram a algaroba e a sabiá, respectivamente No solo salino
tratado com ácido sulfúrico, as demais espécies, quando tratado com ácido se destacaram a moringa e a leucena,
cultivadas no solo salino-sódico com ou sem corretivo, únicas espécies com AR superior a 100%. No solo tratado
apresentam AR sempre inferior a 100% (Figura 2). Para com gesso, a moringa também apresentou maior valor de
todas as espécies avaliadas, a adição de gesso ou ácido AR em relação às demais espécies, seguida do tamboril e
sulfúrico proporcionou os maiores valores de AR em da leucena (Figura 2).
relação ao solo salino-sódico sem corretivo. Em geral, a A análise produção de material vegetal seco
adição de ácido sulfúrico proporcionou maiores valores de relativa (PR) mostra que todas as espécies apresentaram
AR para as espécies em comparação com o gesso, drástica redução nos valores de PR quando cultivadas em
concordando com os resultados obtidos por SANTOS & solos salinizados sem a aplicação de corretivos,
TERTULIANO (1998) e AMEZKETA et al. (2005). No principalmente as plântulas de jucá e de sabiá (Figura 3).
solo salino-sódico sem corretivo, as espécies que Como ocorreu para a AR, os maiores valores de PR foram
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obtidos quando as espécies foram cultivadas em solo ácido, a moringa e a algaroba apresentaram os maiores
salino com o uso de corretivos. Entre os corretivos, o valores de PR, enquanto que com a adição de gesso,
ácido sulfúrico foi o que proporcionou os maiores de PR. leucena e algaroba foram as espécies que apresentaram os
No solo salino sem corretivo, as espécies algaroba e maiores valores para esta variável.
tamboril se destacaram em PR. Já no solo salinizado com
120 moringa leucena algaroba
sabiá tamboril jucá 111
103
100
Crescimento relativo (%)
80
60
40
20
0
normal salinizado salinizado+ácido salinizado+gesso
C orreção do solo
Figura 2. Crescimento relativo das espécies arbóreas em função dos tratamentos de correção do solo.
100
m oringa leucena algaroba
90 sabiá tamboril jucá
80
70
Peso relativo (%)
60
50
40
30
20
10
0
normal salinizado salinizado+ácido salinizado+gesso
Tratam entos
Figura 3. Peso relativo das espécies arbóreas em função dos tratamentos de correção do solo.
Em geral, os resultados do presente trabalho mostram intensidades, mostrando que há entre as mesmas,
que as espécies arbóreas cultivadas em solo salino-sódico diferenças quanto à sua tolerância aos sais. informação
têm seu crescimento reduzido, mas com diferentes essa que pode ser aproveitada nos estudos que objetivam
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estabelecer estratégias de recuperação de áreas degradadas atributos de solo salinizado e em plantas. Workshop:
por sais. Essa tolerância, contudo, foi maximizada, quando Manejo e Controle da Salinidade na Agricultura Irrigada,
empregados corretivos como o gesso ou o ácido sulfúrico. 2007, Recife, Anais..., 06 a 09 de novembro de 2007.
No presente trabalho, o ácido sulfúrico mostrou-se mais
eficiente do que o gesso em relação as variáveis avaliadas GUPTA, R. K. & ABROL, I.P. Salt-affected soils: their
nas plantas. A superioridade do ácido sulfúrico em relação reclamation and manegement for crop production.
ao gesso, provavelmente, deve-se a seu efeito na redução Advances in Soil Science, New York, v. 11, p.224-88,
do pH do solo para valores que proporcionam uma maior 1990.
disponibilidade de nutrientes às plantas. Este aspecto é
ainda mais importante para solos salino-sódico que HAZEWAGA, P.; BRESSAN, R.A.; ZHU, J.K.;
apresentam reação alcalina (Tabela 1) e assim tem sua BOHNERT, J.; BRESSAN, R.A.; ZHU, J.K.; BOHNERT,
disponibilidade de micronutrientes catiônicos J. Plant cellular and molecular responses to high salinity.
desfavorecida (McBRIDE, 1995; NOVAIS et al., 2007). Annu. Rev. Plant Physiol. Plant Mol. Biol. V. 51, p.
463-499, 2000.
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salinidade. Workshop: Manejo e Controle da Salinidade
na Agricultura Irrigada, 2007, Recife, Anais..., 06 a 09 de
novembro de 2007.
Recebido em 22/03/2010
Aceito em 12/06/2010
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