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Infraestrutura de Telecomunicações

Aplicada às Funções Operativas do Sistema


Elétrico de Potência

Leonardo Henrique de Melo Leite

UFMG, Escola de Engenharia, 15/03/2019


Agenda

Telecomunicações no Contexto das Redes Inteligentes de


Energia

Arquitetura e Tecnologias de Telecomunicações


(Integração SEP x Telecom)

Segurança Cibernética

Tendência em Redes Operativas de Dados

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

“Se Thomas Edison retornasse à vida


em pleno século 21, ficaria estupefato
com os celulares, os computadores e o
poder da internet. Mas teria uma grande
familiaridade com a nossa rede de energia
elétrica. Afinal, ela não mudou muito
desde que Edison inventou a lâmpada
incandescente comercial, há 130 anos…”

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids
INTELIGÊNCIA:
Wikipédia: capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver
problemas, abstrair idéias, compreender idéias e linguagens e
aprender ; lucidez, perceptibilidade.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Wikipédia: área de pesquisa da computação dedicada a buscar
métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou
multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver
problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente.

SMART: Flexivel, Esperto, Moderno, (Inteligente)....

SMART GRIDS REDES INTELIGENTES DE


ENERGIA
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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

R$ 30,00 R$ 1.000,00 (Custo Efetivo / Caro ??)


Não “Smart” “Smart”
(obsoleto)
Múltiplas Funções
Funções Reduzidas

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

DEFINIÇÃO

Aplicação de Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC) no Sistema Elétrico de Potência
(Geração, Transmissão e Distribuição), a fim de
melhorar a confiabilidade dos serviços de energia,
melhorar a eficiência, minimizar o impacto ambiental e
reduzir os custos operacionais, a partir de soluções
tecnológicas atuais, integradas e de custo atrativo

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids
Aumento do
Consumo
Mudança no Novas Fontes de
Perfil das Energia
Cargas (Solar, Eólica,
(Analógico x Gás, Biomassa,
Digital) outras)

SMART Mercado de
Regulação
Energia mais
GRIDS felexivel

Novas
Impacto
Tecnologias
Ambiental
(medidores,
Key Drivers sensores, Telecom)

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

Sistema Elétrico Convencional Sistema Elétrico Smart


Eletromecânico Digital

Digitalização
Comunicação Unidirecional (quando existente)

Concebida para Geração Centralizada


Comunicação Bidirecional

Geração Centralizada e Distribuída


Topologia Radial Topologia em Rede

Descentralização
Poucos Sensores Distribuídos Múltiplos Sensores/Atuadores Distribuídos na

D 4
Restauração Manual
Rede de Energia
Restauração Automática (Self Healing)

Descarbonização
Muito susceptível à falhas “blackouts”

Inspeção Local de Equipamentos


Proteção adaptável e capacidade de isolamento
de seções com faltas
Monitoramento remoto de equipamentos
Controle de Fluxo de Energia Unidirecional Controle de Fluxo de Energia Bidirecional

Democratização
Papel passivo do consumidor Interação com o Consumidor

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

Funções Avançadas
 Auto recuperação (self healing): capacidade de recuperação ou remoção
automática de algum dispositivo em falha e reconfiguração da rede, a fim de
redirecionar blocos de energia para suprir regiões afetadas;

 Localização de Faltas, Isolamento e Restauração (FLISR – Fault Location,


Isolation and Service Restoration): capacidade de detecção mais precisa do
ponto de falha, isolação ótima da parte do circuito em falha e procedimentos
para o restabelecimento do serviço para a parte que não apresenta ou é afetada
pela falha;

 Predição: capacidade de prevenir e recomendar ações de reconfiguração do


sistema antes que novos eventos maléficos ocorram, a partir de técnicas de
aprendizado, análise estocástica de dados e previsão de possíveis alterações
climáticas que possam afetar o sistema elétrico;

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

Funções Avançadas
 Otimização: capacidade de otimização autônoma do fluxo de energia elétrica
por diferentes rotas (circuitos) do sistema, a partir do sensoriamento do estado
atual de parâmetros de operação do sistema em tempo real ou quase real;

 Flexibilidade: capacidade de conexão de diferentes Recursos Energéticos


Distribuídos (geração distribuída, sistemas de armazenamento, veículos
elétricos) na malha do sistema elétrico;

 Supervisão e Controle Capilar: capacidade de prover informações apropriadas de


forma remota e bidirecional entre dispositivos da rede, sistemas de controle e
operadores, a fim de possibilitar um gerenciamento ótimo e onipresente do
sistema;

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Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

Funções Avançadas
 Interatividade com o Consumidor: capacidade de interação bidirecional com o
consumidor, possibilitando que ele participe efetivamente do ciclo de controle
de demanda e adeque o seu consumo de energia baseado em suas preferências
individuais e capacidade de pagamento, associado a estímulos oriundos do
provedor (ex. tarifação diferenciada por hora de uso)

 Segurança: capacidade de garantir a segurança física e eletrônica (cyber security)


de ativos críticos distribuídos na rede, considerando as possíveis vulnerabilidades
permitidas em um cenário de interoperabilidade e de comunicação bidirecional
fim-a-fim entre os diversos dispositivos espalhados na rede de energia.

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Smart Grids - Investimentos Mundiais

País Investimentos Federais Estimativa de Investimentos


(2010) Federais (prox. anos)

Austrália US$ 360 milhões US$ 240 bilhões


(até 2030)

China US$ 7,3 bilhões US$ 100 bilhões


(2011 - 2016)

Coréia do Sul US$ 824 milhões US$ 24 a 30 bilhões


(até 2030)

EUA US$ 7,09 bilhões US$ 1,5 trilhões


(até 2030)

Índia Não disponível US$ 26,2 bilhões


(2010 - 2015)

Japão US$ 849 milhões US$ 1,7 trilhões


(até 2030)
União Europeia US$ 1, 76 bilhões US$ 1,88 trilhões
(até 2030)

Fonte: (CGEE, 2012), (IEA, 2011) 13


Redes Inteligentes de Energia – Smart Grids

Modelos de Referência

 Arquitetura IntelliGrid
EPRI (Electric Power Research Institute)

 NIST SmartGrid Framework


NIST (National Institute of Standards and Technology)

 IEEE 2030 – SmartGrid Interoperability


IEEE ( Institute of Electrical and Electronics Engineers

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Smart Grid – Arquitetura IntelliGrid

Fonte: EPRI | 15
Smart Grid – Arquitetura IntelliGrid

Fonte: EPRI 16
Smart Grid – Smart Grid Framework - NIST

17
Smart Grid – Smart Grid Framework - NIST

Fonte: NIST 18
Smart Grid – Smart Grid Framework (NIST) Blocos
Funcionais

Fonte: NIST 19
Smart Grid – IEEE 2030

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Smart Grid – IEEE 2030 – Arquitetura de Interoperabilidade

Entidades (SEP)

Interfaces (SEP)

Fonte: IEEE
21
SmartGrid – IEEE 2030 – Arquitetura de
Interoperabilidade

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REFERÊNCIAS

 Arquitetura IntelliGrid
ELECTRIC POWER RESEARCH INSTITUTE.
http://www.epri.com/Pages/Default.aspx

 NIST SmartGrid Framework Progam


Institute of Standards and Technology – NIST Framework and Roadmap for Smart
Grid Interoperability Standards, Special Publication 1108R2 Release 2.0. February,
2012

 IEEE 2030
GUIDE FOR SMART GRID INTEROPERABILITY OF ENERGY TECHNOLOGY AND
INFORMATION TECHNOLOGY OPERATION WITH THE ELECTRIC POWER SYSTEM
(EPS), END-USE APPLICATIONS, AND LOADS. September, 2011.

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Arquitetura e Tecnologias de Telecomunicações

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INTEGRAÇÃO SEP - TELECOM

 Sensoriamento, medição e controle ostensivos de pontos de


interesse

 Automação de elementos de rede (chaves, religadores, banco


capacitores, tap de trafos, reguladores de tensão, inversores, etc.)
 Automação de medição (MT, BT, Balanço Energético, Corte/Religa, Pré
Pagamento, QoE, GD-netmetering, etc.)
 Automação de subestações (S&C, medição, oscilografia, proteção, CAT,
monitoramento de ativos, vídeo monitoramento, etc.)
 Automação de serviço de operação e manutenção em
campo (despacho remoto de OS, navegação, roteirização, comunicação remota
“linha viva”, supervisão de LT)
INTEGRAÇÃO SEP - TELECOM
INTEGRAÇÃO SEP - TELECOM
ARQUITETURA DE TELECOMUNICAÇÕES
Camada de Segurança da Rede de Comunicação

Camada de Gerência da Rede de Comunicação

Local Area Network (LAN) INTERNET


Concessionária

Metropolitan Area Last Mile Customer


Backbone Network (MAN)
Backhaul (Última Milha) Premises

Redes
Redes
Subestações
Subestações
Distribuição
Transmissão

NAN (Neighborhood Area Network) HAN (Home Area Network)


Backhaul BAN (Busines/Building Area Network)
Wide Area Network (WAN) EAN (Extented Area Network)
IAN (Industrial Area Network)
FAN (Field Area Network)

Distribuição Medidor Consumidor


Geração Transmissão Inteligente
Não-Renovável

Renovável Subestação Renovável/


Geração Distribuída/Microgrids Microgrids
ARQUITETURA DE TELECOMUNICAÇÕES

 Principais Requisitos de Telecom


 Tipo de rede – wireline x wireless
 Direção – unidirecional x bidirecional
 QoS (Quality of Service)
 Vazão – banda larga x banda estreita
 Latência (atraso)
 Jitter (variação do atraso)
 Perdas de informação
 Disponibilidade (% ano)

 Infraestrutura de Comunicação
 Redes Fixas x Redes Móveis
 Arquitetura e Topologia de Rede
 Cobertura
 Redes PAN, LAN, MAN, WAN
TECNOLOGIA DE TELECOMUNICAÇÕES
APLICADAS AO SEP

WAN
Wide Area Networks
Redes Mundiais

MAN
Metropolitan Area Networks
Redes Metropolitanas

LAN
Local Area Networks
Redes Locais

PAN
Personal Area Networks
Redes Pessoais
TECNOLOGIA DE TELECOMUNICAÇÕES
APLICADAS AO SEP
Celular (GPRS, 3G,
3 G)4G, 5G)
SATÉLITE (LEO, MEO, GEO)
Tecnologias de Redes sem fio WIMAX - Worldwide Interoperability for
(Wireless) Microwave Access
WiMesh – Wirelles Mesh Networks
PMR – Private Mobile Radio
WI-FI – Wireless Fidelity
 Zigbee / Bluetooth

Fibra Óptica (OPGW, FFTx)

Tecnologias de Redes com fio  PLC - Power Line Communication


(Wireline) HFC - Hybrid Fiber Coax
xDSL - Digital Subscriber Line
Tecnologias de Telecomunicações
TECNOLOGIA DE TELECOMUNICAÇÕES
APLICADAS NO SEP

Qual a melhor TECNOLOGIA de TELECOM


a ser utilizada?

Taxa de Dados Alcance

Tempo de Depende dos RQS Fluxo de


Resposta exigidos pela Dados
Função de
Automação !!! Robustez
Disponibilidade

Mobilidade Segurança

Capilaridade Regulamentação
Algumas Funções e sub funções de
Automação do SEP...

Automação de Rede e Automação da Automação de Serviços


Subestações Medição da Distribuição
 Controle e Aquisição de Dados  AMR/AMI  Despacho de Ordem de Serviço
 Localização, Isolamento e  Leitura Periódica de Energia  Transferência remoto de
Restauração de Faltas (FLIR)  Informação de Perfil de Carga Arquivos
 Análise de Contingência  Medição de Demanda de Pico  Transferência local de arquivos
 Controle de Tensão e Reativos  Precificação em Tempo Real  Navegação
(VVC)  Medição pela Hora de Uso  Roteirização
 Reconfiguração de  Pré-Pagamento de Energia
alimentadores (multi-nível)
 Monitoração de Qualidade da
 Coordenação de Ações de Energia
Emergência
 Controle de Carga
 Coordenação de ações de
 Conexão e Desconexão Remota
Restauração do Sistema
 Detecção de Fraude
 Pré-armamento dos esquemas
de ações corretivas C  Gerenciamento de Carga

 Configuração de Relés de  Detecção de Interrupção de


Proteção Serviço

 Monitoração de Parâmetros de  Portal do Consumidor


qualidade de energia
 Videomonitoramento
RQS de Telecom demandados pelas
Funções de Automação do SEP
Disponibilidade
Tipo Direção Taxa de Dados Latência
(%ano)
Banda Banda
Funções Baixa Média Alta
Larga Estreita Baixa Média Alta
Wireline Wireless Uni Bi (Acim a
(Até
de (m seg) (seg) (min) 99,0 99,9 >99,9
1Mbps)
1Mbps)
Funções de Autom ação da Medição
Automatic Meter Reading (AMR) X X X X X X Disponibilidade
Tipo Direção Taxa de Dados Latência
Automatic Meter Infrastructure (AMI) X X X X X X (%ano)
Leitura Periódica de Energia X X X X Banda BandaX
Baixa
X
Média Alta
Funções Larga Estreita Baixa Média Alta
Informação de Perfil de Carga X X X X X X
Wireline Wireless Uni Bi (Acim a
Medição de Dem anda de Pico X X X X (Até X X
de (m seg) (seg) (m in) 99,0 99,9 >99,9
Real Tim e Pricing (RTP) X X X X 1Mbps)X 1Mbps) X
Tim e of Use (TOU) Funções de Autom ação de Subestações X X X X X X Disponibilidade
Tipo Direção Taxa de Dados Latência
Fault Location Isolation and Restoration
Pré-Pagam ento de Energia X (FLIR) X X X X XX X X X X X(%ano)
Bloqueio e Desbloqueio de Religam ento
Consum er Portal (CP): X (RA)X
X Autom ático X X X X X X
Banda XBanda X
Baixa Média
X
Alta
Mediação de Média Tensão Funções X X X X
Larga X
Estreita Baixa XMédia Alta
Pow er Quality Monitoring (PQM) X X X X X X
Voltage and Var Control (VVC) X Wireline
X Wireless
X Uni Bi X
(Acima X X
Load Control X X X X X (Até X
Reconfiguração de Subestações em Caso de Falha X X X X de X (m seg) (seg) (m in) 99,0 X 99,9 >99,9
Conexão e Desconexão Rem ota X X X X X 1Mbps) X
Ajuste rem oto de Relés de Proteção X X X 1Mbps)
X X X
Detecção de fraude TeleproteçãoFunções de Automação de X Rede X XX X XX X XX X X
Gerenciam ento de Carga Data Acquisition
Acesso Remoto a Oscilografia and X
Control (DAC) X X X X X X XX X X XX X X X X X
Detecção de Interrupção de Serviço
Fault Location
Vidoem onitoram ento Isolation X
and X
Restoration X
(FLIR)
X X X X XX X XX X X X X X X
Contingency
Funções de Autom Analysis
ação Serviço de Manut. Cam po X X X X X X
Despacho Remoto de Ordem de Control
Voltage and Var Serviço (VVC) X X X
X X X X X X X X
Multi-Level
Despacho Local Feeder
de Ordem de Reconfiguration
Serviço X X X X X X X X X X X
Coordination
Envio de Arquivos of Emergency
(mapas, manuais, imagens,Actions
etc) X X X X X X X X X X
Coordination of Restorative Actions X X X X X X
Pre-arming of Remedial Action Schemes (RAS) X X X X X X
Relay Protection Re-coordination (RPR) X X X X X X
Videom onitoring X X X X X X
Tecnologias Telecomunicações Aplicáveis

Tecnologias de Pontos Positivos Pontos Negativos


Acesso
 Utiliza a própria Rede de Energia como  Sinal/ruído e parâmetros da linha alteram
rede/acesso; em condições climáticas adversas e

 Tecnologia madura; Alcance de longa quando há falta na LT;

distância;  Sujeita às diversas interferências;

 - Menor trajeto entre as pontas;  Capacidade de transmissão de dados


PLC
 - Os links do PLC possuem baixo risco de limitada;

re-roteamento, chaveamento e ações de  Maior delay comparando com tecnologias


terceiros . que utilizam fibra óptica;

 Possibilidade de congestionamento de
frequências, que limita o número de links;

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Tecnologias Telecomunicações Aplicáveis

Tecnologias de Pontos Positivos Pontos Negativos


Acesso
 Elevada capacidade de tráfego (modular)  Pode apresentar custo elevado para

 Baixíssima latência comunicação com subestações distantes e


isoladas
 Elevada disponibilidade
 Não há presença considerável em regiões
Fibra Óptica  Alta confiabilidade
rurais e na região norte de minas, em
 Imune a interferências eletromagnéticas
geral.
 Bastante capilar em centros urbanos

Rádio Digital de  Elevada capacidade de tráfego (modular)  Nem sempre aplicável em determinadas
Alta capacidade  Baixa latência topografias
(ex. SDH)  Necessidade de repetidores para
 Elevada disponibilidade
atendimento a subestações distantes.

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Tecnologias Telecomunicações Aplicáveis
Tecnologias de Pontos Positivos Pontos Negativos
Acesso
 Elevada cobertura  Custo muito elevado para transmissão de altas taxas de

Satélite  Elevada disponibilidade dados

 Elevada confiabilidade  Latência média e alta, não sendo compatível com


algumas funções de automação
 Maturidade Tecnológica
WiMax/WiMesh  Elevada cobertura (conforme  Necessidade de investimento inicial elevado (CAPEX)
projeto)  Pode apresentar custo elevado para comunicação com
 Alta disponibilidade da rede em subestações distantes e isoladas
todo o estado (conforme  Operação e manutenção da rede através de recursos
projeto) próprios ou contratados.
 Elevada tendência de utilização  Ativos “não recuperáveis”
no mercado mundial
 Ainda em fase de regulamentação no Brasil

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Tecnologias Telecomunicações Aplicáveis
Tecnologias de Pontos Positivos Pontos Negativos
Acesso

 Baixa latência;  Depende de alto QoS da rede para o

 Alto custo-benefício; bom desempenho (MPLS-TE);


IP / Pacotes
MPLS-TE  Facilidade de integração com novas tecnologias;  Sujeito à latência assimétrica (MPLS-
MPLS-TP TE);
 Banda de link otimizada (MPLS-TE);
(Links:
10/100Mbps,  Tecnologia incipiente para
 Fibra óptica imune a interferências e baixa taxa
1/10 Gbps) Teleproteção;
de erro, sofre baixa interferência do sistema
elétrico;  Dificuldade de manutenção de fibras
em OPGW (alta tensão).
 Resiliência de rede ;

 Rota estática e proteção do circuito (MPLS-TP);

 Comportamento determinístico (MPLS-TP);

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Evolução da Medição Remota
Investimento/Potencial de Retorno
 Corte e reconexão remota integrada
 Tarifação avançada (RTP, TOU)
 Deteção e controle de geração distribuida
AMI  Programação remota de medidores
Comunicação  Monitoração da qualidade da energia
two-way  Home apliances
 Aumento da conformidade e segurança

 Leituras diárias e sob demanda


 Dados de intervalo horário
ARM Plus
 Notificação de falhas
 Perfil de Carga

ARM Tradicional  Leituras mensais automáticas


(one-way)  Detecção de perdas não técnicas
 Melhora na precisão das medições

Funcionalidade Operacional/Flexbilidade

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Aplicações

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Infraestrutura de Telecom para SEP – Cases de Aplicação

Comunicação Operacional Móvel

Localização

SGS OS
GPS
OS Início de
Serviço Transponder
TCM Início de
CAC Serviço
RC
Término/
Cliente Status Término/
Status
Reclamação Hub
Localização

Voz (*)
Operadora
Voz (*) Satélite

Gateway ERB
Rede Corporativa
Operadora
GPRS

Links dedicados
BD BD redundantes

Consumidores CONDIS
Roteador
Gateway
Controlador de
Comunicação (*) Somente via GPRS/EDGE
CEMIG

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Infraestrutura de Telecom para SEP – Cases de Aplicação

Monitoramento - Capacidade de Linha de Transmissão - Flecha

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Infraestrutura de Telecom para SEP – Cases de Aplicação

Medição MultiUtility – Energia, Água e Gás

Nó sensor Zigbee de
baixo consumo

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Medição, Corte Religa e Acionamento Remotos

Subestação
13,8 KV

A
220 V 220 V

Di v. Manutenç ão Labor atóri o


de Equi pamentos de Me dição
MVG MVG
CPE CPE
MA MA
13,8 KV

COS/COD
M M
Poste 8 Poste 7
Sistema de
Supervisão
13,8 KV
BT LAN
Câmera IP
220 V
220 V
Clube Recreativo CELG Armazém
MVG MVG IP
CPE CPE
MA MA
M M
Poste 6 Poste 5
Câmera IP

Câmera IP
13,8 KV

MA 220 V 220 V MA

MVG HE

CELG CMD CELG MED


MVG MVG
CPE CPE
MA MA Poste 1
Poste 4
M M
Poste 3 Poste 2

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AMI – RF MESH / WIMAX

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Monitoramento GD - WIMAX

47
Rede IP Multisserviços

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Monitoramento e Acionamento Integrado de Bombas

49
Automação de Subestações
Comunicação Multi Nível

50
Automação de Usinas e Subestações

Fonte: Cemig
51
DERMS – Distributed Energy Resources Management System

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Proposed PV Voltage Control x Telecom Infrastructure

V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8

PV1 PV2 PV3 PV4 PV5 PV6 PV7 PV8

V1 Q1 V2 Q2 V3 Q3 V4 Q4 V5 Q5 V6 Q6 V7 Q7 V8 Q8

SGGD Telecom Network (IEC 61850) over IP


Optimal Network
Vi Qi
Power Flow QoS
Interoperability Methods - Voltage Control
Standarization
Grid Parameters Cos ф
Distributed Generation Power Distribution
Grid Topology
Management System - Management System
SGGD Weather Forecast (SGD)
Cos ф (P)
Historical Data
Q (V)

L. Leite, W. Boaventura, L. Errico, E. Nohme; R. Dutra, B. Lopes. “Integrated voltage regulation in distribution grids with
photovoltaic distribution generation assisted by telecommunication infrastructure” Electric Power Systems Research. Vol. 136. pp. 53
110-124. 2016.
Teleproteção via Redes Estatísticas (IPMPLS / TP /TE)

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Segurança Cibernética

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Contextualização

Tráfego de Informações
Imagem
Correio Home e-GOV
Eletrônico Som
Cloud Pages Comunicações
Computing Transações OPERATIVAS
Redes Transações SCADA
Financeiras
Sociais Comerciais

O Ambiente Cibernético
Incidentes Cibernéticos Necessidades das Comunicações / Transações
Sabotagem Intrusão Confidencialidade
Interceptação
DOS Privacidade Integridade
Negação Espionagem
Penetração
de Serviço em Sistemas Legalidade Autenticidade
Malware
Back Door

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Cyber e ICS...

 CYBER
Comunicação eletrônica entre máquinas e entre máquinas e pessoas que impactam a
confiabilidade, integridade e/ou disponibilidade. Nem sempre é maliciosa ou digital !!!!

 Sistema de Controle Industrial (ICS – Industrial Control System)


Todo ativo industrial de operação crítica, incluindo: energia, refinaria, transporte, indústria química,
sistemas médicos, sistemas militares, dutos (pipelines), armazenamento e tratamento de água, etc.
ICS incluem:
- DCS – Sistemas de Controle de Distribuição
- SCADA – Supervisory Control and Data Acquisition
- PLC - Programmable Logic Controller

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Ataques Cibernéticos a Sistemas Críticos

 É possível interromper o serviço de fornecimento de energia a milhares de


consumidores a partir de um ataque cibernético ao Sistema de Controle de
uma Subestação ?
 É possível atuar indevidamente em válvulas eletrônicas de um sistema de
abastecimento de água e provocar inundações?
 É possível que um hacker tome o controle de um sistema integrado de
semáforos de transporte público ?
 O que aconteceria se a base de um sistema financeiro fosse invadida ?
Ataques a Sistema Críticos afetam diretamente os
negócios das empresas e, sobretudo, a vida dos
cidadãos !

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Ataques Cibernéticos a Sistemas Críticos (Cont)

 Mais de 400 incidentes em ICS registrados e comprovados no mundo !


A maioria não intencional / alguns maliciosos (ICS Cyber Security Conference)
 Watch Dogs - Video Game – “Hacking Critical Infrastructure”
Sucesso de venda EUA

 Incidentes em SEP - Intencional e Malicioso !


 Stuxnet (2010) - um worm projetado especificamente para atacar o sistema
operacional SCADA (desenvolvido pela Siemens) para controlar as centrífugas de
enriquecimento de urânio iranianas
 Aurora (2007) – exploração de vulnerabilidade de geradores à diesel a partir de
invasão de sistema SCADA e barramento de comunicação

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É uma realidade ....

Two US power plants infected with malware spread


via USB drive
Investigators find no up-to-date antivirus, system backups
for control systems.

A Hacker Says Smart Grid Can Be


Penetrated
http://bits.blogs.nytimes.com/2013/01/17/a-hacker-says-smart-grid-can-be-
penetrated/

EUA discutem lei que permitiria que presidente 'desligasse' a internet


Projeto de lei propõe novos órgãos para tratar de segurança cibernética.
Cyber Security
Obama - 29o de
teria Outubro
poder de 2013
de ordenar às Rio de Janeiro/RJ
empresas bloqueio de tráfego.

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Avaliando o Risco

RISCO = f (ameaça, vulnerabilidade, consequência)


 ameaça
qual sua abrangência, qual o nível de severidade, relatada (ou não), já existe remédio, de onde vem?

 vulnerabilidade
as vulnerabilidades da planta industrial (sistemas, equipamentos, redes, etc. ) são conhecidas ?
os métodos de mitigação (quando existentes) são aplicados ? Quando aplicado provoca alguma
degradação no sistema/processo?

 consequência
quais as consequências de um ataque ao ICS? Para qual estado operacional o sistema/processo irá
caso atacado ?

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O que Fazer ?
 Políticas Governamentais de Segurança Cibernética

 Incentivo e fomento ao desenvolvimento de aplicações, hardware e


software específicos para segurança cibernética

 Adequação dos processos operacionais das empresas tendo em vista o


atual cenário

 Testes de intrusão (pentesting) para averiguar sistemas

 Conscientização e educação

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Requisitos de Telecomunicações - Segurança

Modernização da Infraestrutura de Energia

INFRA - ENERGIA INFRA - TELECOM INFRA - TI


Novos Equipamentos Redes (HAN, LAN, Aplicações,
e Serviços MAN) Processamento e
Conectividade Armazenamento

Segurança Cibernética

63
Requisitos de Telecomunicações - Segurança
Impacto da Segurança de Ativos Cibernéticos de uma Rede Operativa
 Violação dos Aspectos da Segurança da Informação - CIDAL
o Confidencialidade
o Integridade
o Disponibilidade
o Autenticidade
o Legalidade
 Impactos Causados pela Violação dos Parâmetros CIDAL – GUT
o Gravidade
o Urgência
o Tendência
 Importância de cada ativo para os processo ou função de
automação
Arquitetura Centro de Controle Subestação

Substation Gateway

Switch de Medição
Controlador de IO

Roteador Industrial Placas de IO

Placas de IO
Switches Industriais
Switches Industriais Relé de Proteção de Linha

IHM
Relés de Proteção

Conversor
Medidores de Energia RS-485<-> Ethernet

Controladores de Religador
Remotas de Medição

Bloco de Terminais
65
Metodologia de Pentesting em sistemas de controle
industrial

CAM – Content Addressable Memory

Projeto P&D D523 - Workshop Final -


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CEMIG - 07 de Novembro de 2014
Tendência em Redes Operativas de Dados

67
Modernizando as Redes de Energia
Tendências em rede de Telecom Operativas
No núcleo da modernização das redes de energia está a necessidade de redes de
comunicação multicamadas... Mas como as Utilities escolherão as redes de
comunicação corretas? Será apenas uma rede ou várias? Infraestrutura própria
ou de terceiros ?

Pesquisa de amplitude
mundial com 350
Utilities
2017
Fonte: SilverSpring, 2017
Modernizando as Redes de Energia
Tendências em rede de Telecom Operativas

Apenas 6% das Utilities que suas rede de comunicação atuais estão


extremamente prontas para suportar as mudanças na rede de energia nos
próximos 5 anos

Como a rede de distribuição torna-se cada


vez mais distribuída em termos de
inteligência, recursos de geração e
participação do consumidor e de terceiros,
a maioria da Utilities não se sente
totalmente preparadas para esta transição
com suas redes de comunicação atuais —
mas reconhecem que é uma janela de
oportunidade para as melhorias e
mudanças necessárias
Modernizando as Redes de Energia
Tendências em rede de Telecom Operativas
Principais casos de uso suportados pelas redes de comunicação
operativas

SCADA e AMI são as funções que atualmente


mais demandam infraestrutura de comunicação
operativa
Modernizando as Redes de Energia
Tendências em rede de Telecom Operativas
Fibra ÓPTICA e REDES RF MESH lideram o futuro das redes de
comunicação. 74% das Utilities vão usar fibra óptica e 65% vão usar RF
mesh na próxima década
Modernizando as Redes de Energia
Tendências em rede de Telecom Operativas
As Utilities utilizarão REDES RF MESH para atender uma variedade de
casos de usos para as FAN (Field Area Networks)

Casos de Uso que serão suportados por redes RF Mesh,


incluindo serviços críticos
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Tendências em rede de Telecom Operativas
Independente da tecnologia ou necessidade, a CONFIABILIDADE continua
a ser uma prioridade para redes de comunicação

Para 91% da Utilities, a confiabilidade é


uma prioridade para as redes de
comunicação, seguido pelo custo (78%) e
segurança (75%)
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Tendências em rede de Telecom Operativas
SEGURANÇA CIBERNÉTICA é a preocupação mais significativa
considerando a interoperabilidade com as redes de comunicação legadas

 CYBERSEGURANÇA

 Redes de comunicação à prova de futuro

 Configuração e manutenção da redes frente às constantes mudanças


Modernizando as Redes de Energia
Tendências em rede de Telecom Operativas
Novo padrão de Redes Celulares (5G) para diferentes funções do
SEP - Medição e sensoriamentos - Serviços de missão crítica
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Tendências em rede de Telecom Operativas
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Tendências em rede de Telecom Operativas
CONCLUSÕES

 Redes de comunicação já são utilizadas pela Utilities em seus


processos operativos, mas ainda não estão preparadas para a
complexidade que será introduzida à medida que adotarem
IoT, recursos distribuídos e tecnologias “smart city”

É preciso ter em mente....

Simplicidade Máxima
da Solução Flexibilidade

Segurança
Escalabilidade
CONCLUSÕES
 Infraestrutura
o Redes de Comunicação Públicas x Redes de Comunicação
Privadas (Capex x Opex, QoS, Segurança da Informação, etc.)

o Uso intensivo de redes wireless

o IoT no ambiente do SEP

 Tendência de uso do IP para comunicação operativa


o Novos IEDs com interface IP

o Protocolo difundido, porém conhecido...

 Tendência de Interoperabilidade (multi fabricante e


sistemas legados)
Implantação

Verificação, Identificação de Gaps e


do PDA

necessidades de expansão
Implantação Temporal e
Automação do SEP - Diretrizes Para Plano Diretor de

Espacial do PDA
Escolha de Fornecedores de
Equipamentos e Serviços
Análise de Viabilidade Técnica -Econômico-Financeira

(Técnica e Preço)
Elaboração de RFI (Request for
Elaboração de Modelos de Implantação
Desenvolvimento de Plano Diretor

Information) e RFP (Request for


Proposal)
de Automação do SEP

Integração de Sistemas: SCADA, GIS, e Cenários de Custos


DMS, OMS, CIM, etc.
Escolha de Tecnologias: IEDs de
Automação e Infraestrutura de TIC
Definição dos Requisitos de
Telecomunicação para Atendimento
Integrado das Funções de
Automação
Automação (PDA)

Definição dos Requisitos Funcionais


das Funções de Automação
Mapeamento das Funções de
Automação
Planejamento
do PDA
Desenvolvimento do
Plano de Trabalho envolvendo Equipe
Multidisciplinar
Um dia nossas opções de energia serão refletidas em um planeta
mais inteligente…

Obrigado !

Leonardo Henrique de Melo Leite, Dr.


Senior Electrical Engineer – FITec
Homepage: http://leonardoleite.eng.br/
Fundação para Inovações Tecnológicas - FITec
e-mail: lleite@fitec.org.br
+55 31 3069-4084
+55 31 8851-4215
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