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Por outro lado, para este bloco eleitoral é claro que importa
não faltar às urnas para sair deste ciclo “trágico” de seis
anos em que uma avalanche de legislação abalou os
fundamentos de uma convivência civilizada e sustentável
na sociedade portuguesa. As leis do aborto, da procriação
artificial, do casamento entre pessoas e do mesmo sexo, do
divórcio e da mudança de sexo, com o seu cortejo de
injustiças, infelicidade e pobreza, abriram feridas que serão
difíceis de sarar. As dificuldades postas às escolas
particulares, o fecho dos ATL, a retirada de crucifixos das
escolas e repartições públicas, as limitações à actividade
das instituições de solidariedade, a difusão da ideologia do
género, a pesada carga fiscal que dificulta a vida das
famílias, a equiparação das uniões de facto ao casamento,
e tantas outras medidas semelhantes, ajudaram a conduzir-
nos á actual situação de crise e desarmaram a energia dos
portugueses para a enfrentar.
Vistas assim as coisas, as eleições do próximo dia 5 de
Junho são uma ocasião de afirmação deste espaço político
saudavelmente inorgânico mas encontrável na opinião
publicada, na área social e cultural e na intervenção
partidária no centro-direita. Um momento de discernimento
do sentido de voto, não fechando as portas previamente a
nenhuma conclusão. Um trabalho que começa pela
formulação de três perguntas aos partidos concorrentes às
eleições: que prevêem os programas eleitorais nestes
temas estruturais? Que compromissos de voto tomam os
candidatos em relação a esses pontos? Se por iniciativa
popular for proposto referendo sobre algumas dessas
matérias, qual a posição?